Campo Grande - MS


Cidades pantaneiras e sua economia
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Cidades :

Cuiabá, capital do Estado de Mato Grosso e Campo Grande, capital do Estado do Mato Grosso do Sul, estão afastadas das imensas regiões inundáveis do Pantanal. Os centros urbanos mais importantes do Pantanal estão em sua periferia: ao norte Cáceres e Poconé, que tiveram dias de glória com a mineração e hoje têm a pecuária como fonte de renda; no sul, Coxim, Aquidauana, Miranda e Corumbá.

Corumbá, às margens do rio Paraguai e próxima à fronteira da Bolívia é a cidade mais importante e considerada a capital do Pantanal. É ao mesmo tempo foco de atração e irradiação da economia pantaneira. Com mais de 80 mil habitantes, porto internacional, jazidas minerais, a cidade tem o papel de entreposto comercial e base industrial da região. O manganês é extraído do maciço do Urucum, morros únicos no Pantanal, que formam uma ilha de ferro a poucos quilômetros da cidade. Quase toda a produção do Pantanal chegava a Corumbá de barco, e seguia para o sul pelos trens da Ferrovia Noroeste do Brasil. Atualmente, uma rodovia asfaltada, com 403 quilômetros, liga Campo Grande a Corumbá.

Economia : Topo

Do ponto de vista econômico, as estradas continuam sendo o grande problema do Pantanal. Existem apenas caminhos de bois, que ficam intransitáveis nas cheias. A maioria das fazendas mantém comunicação por rádio, para evitar o isolamento total e, um aeroporto, pois o avião é o substituto mais eficaz de cavalos e chalanas para viagens longas e urgentes. O táxi aéreo pertence ao cotidiano do Pantanal. A falta de estradas causa grandes prejuízos à pecuária. Para ser enviado a São Paulo, o gado se desloca a pé, por mais de 200 km.

Em 1970 decidiu-se construir uma estrada, com extensão de 340 km, através do Pantanal, que ligaria Poconé a Corumbá, atravessando o rio Cuiabá em Porto Jofre. Iniciada em 1971 e denominada Transpantaneira, somente tem concluído o trecho de 147 km ligando a cidade de Poconé a Porto Jofre, com leito encascalhado e mais de 120 pontes de madeira.

À semelhança da rodovia que no Mato Grosso do Sul liga Miranda a Corumbá, a Transpantaneira também foi construída sobre aterro, com terra extraída do local, com a escavação de centenas de largos buracos., de cada lado de seu trajeto. Durante as cheias estas cavas foram ocupadas por peixes adultos, ovas, microorganismos e plantas aquáticas que aí se desenvolveram e constituíram novos nichos ecológicos. Estes nichos passaram a ser freqüentados pelos jacarés e aves aquáticas que podem ser vistas aos milhares, sem que seja preciso sair do automóvel, em trânsito pela rodovia. Freqüentemente em viagem, vimos jacarés, sucuris e capivaras atravessando distraidamente a estrada onde, não raramente, são atropelados. Existe divergência entre ecologistas e economistas quanto à validade da conclusão e pavimentação da Transpantaneira.

Economia pantaneira : Topo

A base da economia do Pantanal é a pecuária de corte. Aproximadamente oito milhões de cabeças de gado se concentram nas fazendas pantaneiras (cerca de um boi para cada 2,5 hs, o que equivale a 25.000 m2). Além da pecuária, o extrativismo vegetal aparece como uma importante atividade, porém praticamente toda a extração de erva-mate (de cuja folha se produz o chá) e de quebracho (de onde se extrai o tanino, muito utilizado pela indústria farmacêutica) é exportada para a Argentina e para o Paraguai.

Em Corumbá se localiza uma das principais jazidas de minério de ferro e de manganês do Brasil, a Sobras, no maciço de Urucum, cujas reservas minerais foram calculadas em cerca de trinta milhões de toneladas. Contudo, apenas duzentas mil toneladas são exploradas atualmente, sendo que mais de 80% são exportadas para a Europa e Estados Unidos através do rio Paraguai e do estuário do Prata.

A agricultura no Pantanal se caracteriza apenas como uma atividades complementar à pecuária. Prevalece a agricultura de subsistência - pequena produção de alimentos para consumo familiar - onde se destaca a produção de mandioca, milho e arroz, este plantado em áreas alagadas.

A partir da década de 70, o turismo também começa a ser uma importante atividade da economia pantaneira, e hoje já é considerado a segunda maior fonte de renda da região.

Nos últimos anos, tanto a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) e do Mato Grosso do Sul (UFMS) quanto a Embrapa têm desenvolvido pesquisas com o objetivo de viabilizar o plantio e a criação de animais que se adaptem melhor às condições ambientais do Pantanal, como por exemplo, o arroz do tipo brejeiro (que necessita de muita água e ambiente alagado) e a criação de jacarés em áreas confinadas.

Assim, apesar de muitas das atividades econômicas estarem colocando em risco o habitat pantaneiro, existem muitas soluções técnicas aguardando apenas decisões políticas que viabilizem um programa de desenvolvimento integrado, adaptado à realidade dos Pantanais mato-grossenses.

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Carlos Ravazzani

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Esparsas explorações do mate nativo e de garimpos a partir de 1.700, provocaram alguns fluxos migratórios, sem entretanto fixarem os exploradores. Com a introdução do gado, em meados do século XVIII (o primeiro gado introduzido é de origem européia e veio do Paraguai, no início do século XVIII), é que ocorreu a ocupação econômica mais expressiva e permanente da região.

Pecuária :

Ao lado da pesca, ainda hoje a pecuária extensiva de corte representa a mais importante atividade regional - com mais de dez milhões de cabeças - e tem se mostrado compatível com a preservação/conservação do Pantanal. O sistema de criação de livre pastoreio em pastagens nativas, sem nenhuma seleção, forjou um tipo de gado adaptado às condições adversas da região, denominado "Boi Pantaneiro". O entusiasmo despertado pelo gado zebuíno, no começo do século, iniciou a era do zebú no Pantanal, o qual substituiu gradativamente o "Bovino Pantaneiro" com predomínio do nelore. O sistema de criação abrange as fases de cria e recria em grandes propriedades e com poucas divisões. O manejo do rebanho é limitado, com alto índice de mortalidade de bezerros e mão-de-obra deficiente. A alimentação é quase que exclusivamente de pastagens naturais de oferta sazonal, devido às cheias. A comercialização tem sido adversa para a pecuária pantaneira. O pecuarista, forçado pelas condições climáticas da região, transfere para o invernista a sua produção nas épocas em que os preços estão baixos. Em Cáceres e Corumbá encontra-se o maior rebanho bovino do Pantanal. Em Cáceres a função econômica principal do rebanho encontra-se voltada para a produção de carne. O sistema de criação é o extensivo, existindo uma predominância da raça Nelore. Este gado de corte é exportado principalmente para o Mercado Comum Europeu. Em Corumbá é encontrado o maior rebanho bovino da região. Nessa área pratica-se a pecuária extensiva, sendo a criação voltada para o corte, visando abastecer os frigoríficos do Oeste de São Paulo (Araçatuba, Barretos, Presidente Prudente, etc.).

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Turismo :

A beleza cênica de seus cenários naturais associada aos mais diversos processos de divulgação, e da modernização e ampliação dos sistemas infraestruturais assinalam novos status econômicos para o Pantanal. Dentre eles, o Turismo desponta como a mais promissora atividade regional. Riquíssima em manifestações culturais provocadas pelas suas várias etnias, a tradição pantaneira alia-se a uma portentosa produção artística contemporânea, criando um caldo de cultura vigoroso, capaz de seduzir e conquistar visitantes das mais diversas origens. As possibilidades ilimitadas da prática de esportes amadores - desde a pesca à produção de safaris - são também atraentes possibilidades ao estímulo do ecoturismo regional. A cidade de Bonito é um exemplo de ecoturismo. A cidade tem várias atracões: - Grutas pré históricas; - cachoeiras com quedas de até 50 metros; - lagoas; - baías; - nascentes; - monumentos; - sítios arqueológicos; - folclore; e - artesanato. Bonito é um dos mais belos lugares da microrregião da Serra de Bodoquena. A diversidade de belezas naturais proporciona passeios e roteiros turísticos em qualquer época do ano. Na Baía Bonita a água azul jorra como se fosse um chafariz. Nas cachoeiras do rio Mimoso o espetáculo da piracema (a migração rio acima para a desova dos peixes) é magnífico. O rio Aquidauana, descendo por encostas de morros e prados, forma quedas d'água e lindas piscinas naturais. A visita à gruta do Lago Azul é um grande espetáculo. Em seu interior existe um profundo e cristalino lago cercado por paisagens milenares. Na Ilha do Padre, a força da natureza prossegue com cachoeiras, matas e muito animais.


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Agricultura :

A agricultura é incipiente, ganhando destaque, apenas, os cultivos de subsistência.

Zona de Processamento de Exportações

A Zona de Processamento de Exportações - ZPE de Cáceres é um Incentivo Fiscal para um Programa de Desenvolvimento Regional (notadamente no campo industrial), criado pelo Governo Federal, com a vantagem de isenção total nas exportações. Não restam dúvidas que a implantação da ZPE, no município de Cáceres, representa um grande incremento para a economia do Pantanal. A excelente localização do município, principalmente quanto ao posicionamento estratégico em termos de saída para os mercados Europeu e Asiático, aliado ao comprometimento do governo atual do Mato Grosso, poderá fazer com que Cáceres seja convertida no principal centro de negócios do MERCOSUL (Mercado do Cone Sul), e cidade "entroncamento da América do Sul". A Zona de Processamento de Cáceres leva vantagem, sobre as demais, em função do aproveitamento da hidrovia, da ferrovia e das estradas ligando Cáceres à Bolívia e ao Pacífico.

Exploração Minera :

Um dos fatores que mais limita a expansão do setor mineral no Pantanal é a deficiência energética e as grandes distâncias dos grandes centros urbanos. A maior área produtora localiza-se no município de Corumbá. A grande distância dos centros mais desenvolvidos do país e falta de recursos são fatores que tem dificultado a exploração da jazida com maior intensidade.


Salatiel Alves de Araujo

e-mail : [email protected]

 

Cidades do Pantanal

Aquidauana - O Rio Aquidauana, rico em peixes e disputado por pescadores que visitam o Pantanal é o destaque da cidade. O rio é dono de águas límpidas e de belas praias. 70% da área do município encontra-se dentro do Pantanal. Essa posição privilegiada permite ao visitante da cidade a participação em safáris fotográficos e passeios ecológicos tendo a cidade como base.

Bonito - As grutas pré-históricas, cachoeiras de águas cristalinas, as descidas em botes infláveis e caiaques pelas corredeiras, aquários naturais, sítios arqueológicos e nascentes estão entre os principais atrativos da cidade. Os destaques ficam para a Gruta Nossa Senhora Aparecida e a do Lago Azul, que tem em seu interior um lago profundo de água azulada. Tombadas pelo Patrimônio Histórico Nacional elas são pontos de visita obrigatórios para turistas no Pantanal. A cidade conta com boa infra-estrutura (hotéis, pousadas, serviço de táxi, etc) e bons guias para mostrar todas as suas belezas ao turista.

Corumbá - É conhecida como a "Capital do Pantanal". É também a maior e a mais importante cidade da região. Localizada às margens do Rio Paraguai oferece aos visitantes diversas opções de passeios no Pantanal. Possui também edificações seculares, que possibilitam ao turista um encontro com a história. Destaques para o Forte Coimbra, Porto Esperança e Porto da Manga.

Campo Grande - Situada fora da planície pantaneira, a capital do Mato Grosso do Sul, é uma cidade moderna com ruas arborizadas e largas. Conta também com rede hoteleira e qualidade e restaurantes estruturados para recebe visitantes. A cidade é ponto de partida para pescadores e turistas rumo ao pantanal.

Coxim - Localizada no extremo norte do Mato Grosso do Sul, a cidade tem 45% de sua área dentro do Pantanal. A Piracema, que ocorre em novembro e dezembro, é um dos maiores espetáculos da cidade. Nesta época, os peixes sobem os rios em busca dos melhores locais para a desova e, para vencer as corredeiras e cachoeiras são obrigados a pular. Nos rios Coxim, Taquari e Jauru, a pesca é abundante.

Miranda - O Rio Miranda, que deu nome à cidade, é também reduto de pescadores. A cidade oferece também aos visitantes diversas opções de passeios no Pantanal. A presença de animais silvestre é constante em Miranda. A cidade possui ainda flora variada e excelentes roteiros para ecoturismo.

Porto Murtinho - A cidade está localizada em plena planície pantaneira. Por conta disso permite ao visitante intenso contato com a flora e fauna do Pantanal. Outro de seus grandes atrativos graças à fartura de peixes do Rio Paraguai.



Fonte :

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