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ÉTICA

ÉTICA E VALORES

ÉTICA - Por Ana Lucia Santana - Visualizar

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ÉTICA

Ana Lúcia Santana

A Ética é uma virtude que está sempre presente no comportamento humano, portanto é um fator essencial na tessitura da vida social. Ela leva o Homem a questionar constantemente suas ações e as atitudes alheias, tentando definir se elas são boas ou más, corretas ou incorretas. Enquanto disciplina, esta ciência se preocupa com a análise das idéias que envolvem a produção do Bem e do Mal, ou seja, ela se dedica aos seus aspectos teóricos. Por outro lado, a moral está intrínseca na decisão de como agir frente a uma determinada situação, no foro íntimo de cada um, na forma como as pessoas, individualmente, reagem diante de um impasse.

Assim, enquanto as inquietações com a esfera conceitual dos valores que regem o comportamento humano estão localizadas no âmbito da Ética, as questões práticas deste campo pertencem à esfera da Moral, que governa a alma de cada indivíduo. Assim, ao longo da História, diversos pensadores tentaram compreender o que é o Bem, para melhor aplicar esta idéia no cotidiano, nos momentos em que se tem de escolher entre a sua prática e a do Mal. Mas nunca se chegou a um consenso sobre esta indagação.

Outra forma de se distinguir Ética e Moral é perceber que a primeira constitui um preceito, é definitiva, comum a todos, é uma norma de conduta e pertence ao campo teórico; a outra é composta de ângulos analisáveis dos comportamentos individuais, é temporária, específica de cada cultura, a lei em ação, e é inerente ao campo da práxis.

Além do mais, a Ética já encontra a vivência moral vigente na sociedade, portanto não é ela quem estabelece os valores morais; ela apenas busca compreender seu núcleo conceitual, como ela surge, em que estado as atitudes morais são perpetradas, do ponto de vista pessoal e das circunstâncias objetivas, os princípios de onde partem os julgamentos de natureza moral, entre outros fatores teóricos.

A ação humana é sempre fruto de uma escolha entre o correto e o incorreto, entre o que é bom e o que tangencia o mal. Mas saber o que pertence a uma margem e o que se encontra já no outro lado da fronteira depende do ponto de vista cultural que predomina em alguns povos e em certos momentos históricos. O Homem procura se basear, normalmente, em parâmetros socialmente aceitos, que lhe permitam conviver com as outras pessoas. Para tanto ele busca se guiar pelos conceitos que norteiam a prática dos valores positivos, das qualidades humanas.

Os primeiros passos das análises éticas foram provavelmente empreendidos pelos filósofos da Grécia Antiga. Atualmente seus estudos transcendem o campo filosófico e se estendem ao domínio de sociólogos, psicólogos, biólogos, e muitos outros estudiosos. Esta disciplina também procura definir como é atribuída ao Homem a obrigação de se comportar moralmente. Ou seja, os pesquisadores se esforçam para entender de que forma o indivíduo optou entre as várias possibilidades à sua disposição; esta compreensão do livre-arbítrio humano pertence ao campo da Ética.

É importante não restringir esta ciência a uma definição meramente prescritiva, pois ela é antes de tudo uma ferramenta conceitual elaborada justamente para tornar inteligível o que se passa nos bastidores das escolhas humanas. Ela não é, portanto, uma receita preparada para se saber qual a resposta mais apropriada a cada contexto, embora torne mais claro esse processo decisório e, neste sentido, talvez possa ajudar o Homem a realizar melhor suas escolhas.

Fontes
HTTP://WWW.MUNDODOSFILOSOFOS.COM.BR/VANDERLEI18.HTM
HTTP://TPD2000.VILABOL.UOL.COM.BR/ETICA1.HTM


ÉTICA em Aristóteles

UM BREVE ESTUDO

Por que os seres humanos são dotados de razão? Por algum motivo fomos escolhidos para deter tamanha responsabilidade. O que nos deve governar para uma medida reta e certa? A resposta mais ingênua diria justiça; mas qual o fundamento desta justiça? Para o tratadista, filósofo e astrônomo Aristóteles, a ética deve nortear os seres humanos para que estes administrem de forma justa não só suas vidas como também as grandes cidades.

Há mais de vinte séculos, Aristóteles, um sábio grego respondeu a algumas de nossas angústias sociais e individuais. Acreditava que: “o bem é aquilo que todas as coisas visam”. Assim, todas as coisas têm uma finalidade, que pode ser: em si mesma (na ação) ou distinta da ação, mas todas as finalidades devem visar algum bem, pois desse modo agiremos conforme os preceitos da ética. Tais finalidades devem seguir algum bem ou o melhor destes bens (bem supremo, final e autossuficiente).

Para Aristóteles, se houver somente um bem final, este será o bem a ser atingido pela atividade, mas caso haja mais de um bem, devemos buscá-lo no mais final de todos, que no caso consiste na felicidade. Para que o homem a alcance, não a deve buscar em um curto lapso temporal, mas sim deve sempre encarar tal busca como uma postura de vida, pois só assim será feliz. Desse modo, a ética é o grande caminho para o encontro com a felicidade.

Por mais simples que pareça o ensinamento aristotélico, provavelmente o jurista, e até mesmo o leigo, levantariam algumas questões, a saber: qual a importância da ética no aprendizado da ciência do Direito, na atuação profissional do Direito e no resultado da ação do Direito? Assim, dedicamos os parágrafos que se seguem à tentativa de responder tais questionamentos à luz do pensamento esposado por Aristóteles em sua obra Ética a Nicômacos.

Aristóteles termina o livro I apresentando a bipartição da alma em excelência moral e excelência intelectual. A primeira é a parte irracional da alma e a segunda, a racional. Deste modo, a conjugação das duas excelências leva-nos à ética. Em linhas gerais, a excelência moral relaciona-se com os sentimentos (emoções). Para atingi-la devemos buscar o meio termo, a justa medida a fim de conseguirmos o equilíbrio. Por seu turno, a excelência intelectual refere-se às capacidades intelectuais, a todos os campos que envolvam a razão, tais como a ciência, a técnica e a sabedoria filosófica.

A ausência de uma dessas excelências impossibilita alcançar o bem maior tornando a alma deficiente. A falta de excelência intelectual gera o medo, a insegurança e a dependência. A ausência da excelência moral consiste no excesso ou na falta.

Em relação ao homem, a excelência moral considerada mais elevada e perfeita (repetição: em relação ao homem) é a justiça “na justiça se resume toda a excelência”. Aristóteles, diz ainda que: “a justiça neste sentido é a excelência moral perfeita”. Neste diapasão, podemos considerar a justiça como a excelência moral mais perfeita porque além de sintetizar as outras excelências ela é ao mesmo tempo individual e coletiva, sendo a prática efetiva da excelência moral. Assim, ao praticarmos um ato justo, deliberadamente, tem-se a excelência moral como um todo.

O homem virtuoso age conforme a excelência moral e, deste modo, busca a justiça para si e para a coletividade. Não resta dúvida de que o homem que age de acordo com a ética será um bom professor, pois educará seu pupilo de modo consoante a justiça e criará um jovem virtuoso, ético - ou seja, expressão desnecessária – justo.

Não resta duvida de que a ética na atuação profissional do Direito é de extrema importância. Afirmamos isso, pois caso não haja ética entre os operadores do direito, o prestígio da injustiça será muitas vezes celebrado de modo triste. Não é por menos que a Ordem dos Advogados do Brasil, OAB, norteia sua classe profissional com normas pautadas na ética profissional (Estatuto da OAB, Código de Ética, entre outros diplomas).

Bibliografia:
ARISTÓTELES, Ética a Nicômacos. Brasília: UNB, 1997.
ROUSSEAU, Jean Jacques. O Discurso da origem da desigualdade. Abril Cultural. 1973.
ZINGANO, Marco Antonio. Razão e Sensação em Aristóteles. Porto Alegre: L&PM, 1998.

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