Modalidades
do Rodeio no Brasil
Três Tambores:
Com a participação apenas de mulheres, esta prova une
habilidade e velocidade. Num percurso medido com exatidão
três tambores são colocados numa distância mínima de
quatro metros um do outro. As competidoras tem a tarefa
de realizar o percurso contornando os tambores com
precisão, numa seqüência estabelecida, e voltar em
disparada para o local de onde saiu, brigando contra o
cronômetro. A atleta parte em linha reta, contorna o
primeiro tambor numa manobra de 360º graus, segue para
os segundo e terceiro tambores e volta em disparada para
a linha de partida. Derrubar o tambor implica em
penalização de cinco segundos acrescidos ao tempo
final. A competidora tem que estar em perfeita harmonia
com seu cavalo para obter sucesso.
Laço em Dupla:
Inspirado na lida das fazendas o Laço em Dupla
compreende laçar um bezerro, de aproximadamente 200
quilos, no menor tempo possível. Cada laçador tem uma
função definida. Enquanto o "cabeceiro" se
preocupa em mirar seu laço nos chifres ou pescoço do
animal, o "peseiro" cuida dos pés do bezerro,
tendo a função de derruba-lo. Cordas enroladas no pito
da sela, os competidores saem do boxe depois que o
bezerro estourar a barreira. A conclusão da prova se dá
quando o animal está completamente dominado e os dois
laçadores esticam suas cordas.
Bulldogging:
O Bulldogging foi introduzido no Brasil em 1988 pelos
irmãos Guilherme e Henrique Prata e por Paulo José
Manno, os primeiros brasileiros a praticar a modalidade
em Presidente Prudente, no Estado de São Paulo. O
Bulldogging é praticado por dois competidores que tem
como objetivo virar e derrubar ao chão um garrote no
menor espaço de tempo. Um cavaleiro cerca o animal
enquanto o outro trata de agarrar seus chifres e
derruba-lo à unha, literalmente. Quem fica à direita
do animal faz o trabalho de esteira, cercando o boi e não
deixando que ele se distancie muito. O outro cavaleiro
posiciona-se do lado contrário, tendo a função de
saltar do cavalo em movimento sobre o touro usando as mãos
para agarrar os chifres do animal e derrubá-lo ao chão.
Mais uma vez o que vale é o tempo mínimo em que tudo
isso é feito, e o sincronismo entre os dois cavaleiros
é essencial.
Laço do Bezerro:
Outra modalidade que nasceu da lida com o gado nos
ranchos foi. Quando o fazendeiro precisava marcar a
bezerrada ou fazer curativos usava da habilidade do peão
para "captura-los". Um laçador e seu cavalo,
sincronizados e bem treinados, saem do box depois que o
bezerro estoura a barreira. O competidor laça o animal
em movimento, desce do cavalo, derruba o bezerro de
aproximadamente 120 quilos e amarra três de suas quatro
patas. Tudo isso é devidamente cronometrado, pois ganha
quem realizar a tarefa completa em menor tempo. Para
indicar o fim da laçada o cavaleiro, posicionado sobre
o bezerro, levanta as duas mãos.
Bareback:
Montaria em pêlo em cavalo originária dos Estados
Unidos. Nela o competidor, na saída do brete,
"marca o animal" posicionando as duas esporas,
sem pontas, no pescoço do cavalo. Em seguida ele
simultaneamente puxa as esporas, fazendo com que as
pernas alcancem a alça do "bareback" (uma espécie
de alça de couro sobre o cavalo posicionada na cernelha
do animal). Esta alça é segurada com uma das mãos
como ponto de apoio. A prova também tem oito segundos
de montaria e neste tempo o competidor tem que ficar
sobre o animal, esporeando-o, de maneira que elas corram
livremente pelo pescoço do cavalo. A posição do
competidor durante a montaria é quase horizontal.
Sela Americana:
É o estilo de montaria em cavalos mais antigo do rodeio
americano. É considerada a modalidade com o maior grau
de dificuldade, pela habilidade técnica que exige do
atleta. O equipamento consiste em uma sela sem pito e
sem baixeiro (capa feita em tecido grosso, colocada
entre a sela e o lombo do animal). Com a mão de apoio o
competidor segura uma corda de aproximadamente 1,20
metros, que está ligada ao cabresto. A outra mão,
chamada de "ponto de equilíbrio", não pode
tocar em nenhuma parte do animal. No primeiro pulo o
competidor posiciona as duas esporas, sem pontas, em sua
paleta. No segundo pulo ele puxa as esporas, passa pela
barriga e chega até o final da sela, na traseira do
cavalo.
Cutiano:
Estilo tipicamente brasileiro de realizar a montaria.
Nesta modalidade o atleta fica sobre o cavalo por oito
segundos, a contar da saída do brete. É caracterizado
pela falta de apoio do competidor resistindo aos
sacolejos dos pulos do animal com apenas o uso de uma
das duas cordas, amarradas à peiteira do cavalo. Apesar
de ser nacional o estilo cutiano de rodeio resiste ao
tempo e é visto com muito respeito por atletas
internacionais. Faz parte do equipamento um arreio
(assento feito de couro), baixeiro, peiteira e rédeas
com duas canas (tiras de corda que o atleta segura com
uma das mãos). No primeiro pulo o competidor posiciona
as esporas, sem pontas, no pescoço, acima da paleta do
cavalo. A partir do segundo pulo, as esporas devem ser
puxadas para trás.
Montaria em Touro:
Introduzida nos rodeios brasileiros na década de 80 a
montaria em touros é grande atração nas arenas do
mundo. Na montaria em touros é usada a chamada corda
americana com polacos (sinos). O atleta tem que,
obrigatoriamente, usar luva de couro na mão que segura
a corda e coletes de segurança, com uso opcional de
capacetes, para evitar acidentes. A montaria em touros
exige coragem, equilíbrio, flexibilidade, coordenação
e reflexo. Nela o atleta só pode usar uma das mãos
para manter-se em cima do animal, durante os oito
segundos exigidos pelo regulamento. Se encostar a mão
erguida (mão de equilíbrio) em qualquer parte do corpo
ou do animal, a nota do competidor será zero. O
equipamento consiste em uma corda - conhecida como corda
americana (feita de nylon ou rami/fibra vegetal) - que
é trançada manualmente e possui alça em que uma das mãos
encontra apoio. Esta mesma mão é envolvida pela corda
por sua extremidade mais fina, onde o competidor faz o
ajuste para ter mais firmeza. O peso do animal pode
ultrapassar aos 900 quilos.
Team Penning:
Team Penning é modalidade western que mais cresce no
Brasil. A prova é realizada em uma pista de tamanho
variável e 3 cavaleiros. O trio deve apartar três
bezerros, em um lote de 30, numerados de 0 a 9. estes três
bezerros escolhidos pelo juiz, devem ser colocados em um
curral localizado dentro da pista num tempo máximo de 2
minutos. Vence o trio que realizar a tarefa no menor
tempo, pois necessita de táticas e combinações de
apartar os bezerros entre o trio participante. As provas
geralmente são composta por pai, mãe e filhos. É uma
forma de reunir amigos e familiares.
Fonte:
Assessoria de Imprensa os Independentes.
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