O centro médico, agora incêndiado
e abandonado, foi projetado e construido com afinalidade de atender
aos moradores do conjunto do predegulho e a população das
áreas próximas. O programa abraça espaços
destinados a recepção, salas para consultórios, farmácia,
administração, sala para lavatório, sala para curativos,
refeitório, cozinha, lavanderia, quartos e jardins. Analisando
inicialmente, podemos notar que Reidy orientou para as áreas de
média e curta duração(recepção, consultório,
e espera) voltadas para a fachada noroeste e as áreas de maior
tempo de duração(quartos) para a fachada sudeste. No entanto
as áreas mais castigadas pelo sol, próximas a fachada principal,
receberam tratamento com brises soleirs de eixos verticais, protegendo
e proporcionando ventilação.
Reidy fixou um eixo de circulação interna, em um dos extremos
a entrada e a recepção estão na comum para o atendimento,
no outro as unidades de serviço e administração.
Internamente os quartos tem suas janelas voltadas para uma área
destinada à jardins.
Plasticamente a forma é bem simples: um volume prismático
com a adição de um plano que estende a fachada, deixando
a edificação mais esbelta, mais horizontal e dialogando
assim com o resto do conjunto.
A escola talvez pudesse ser considerada a construção que
mais se destaca no conjunto(se não fosse pela grandiosidade do
Bloco A - residencial - que serpenteia pelo terreno). No projeto do conjunto
ela é o centro de formação educacional próximo
de casa.
Formada por 3 blocos (escola, ginásio e vestiário) compõe
incrivelmente o espaço com formas diferenciadas e harmonizadas
com incrível plasticidade e facilidade, sendo uma perfeita lição
de expressão. De intenção horizontal assim como as
outras unidades, está implantada no centro destas, talvez para
realçar sua importância e o caráter pedagógico
do conjunto.
O Bloco da escola é composto por 2 níveis, o térreo
onde encontra-se o refeitório e um pátio coberto, na área
onde descem os pilotis de sustentação da estrutura. Neste
pátio encontra-se um Mosaico de Burle Marx pintado na própria
parede. No nível superior, de acesso que se dá por uma rampa
que antes liga o térreo ao nível do ginásio (intermediário
ao segundo nível da escola) e posteriormente nos leva à
este piso, onde temos as salas de aula e a administração
da escola. Caracteristicamente linear, Reidy posicionou as salas voltadas
para Sudoeste e o corredor com fechamento em cobogó. Como as paredes
não alcançam a cobertura, temos ventilação
cruzada em toda a escola. Além da orientação o arquiteto
gerou uma varanda com jardineiras para todas as salas, inclusive a da
administração, sendo o fechamento das salas para com as
varandas de vidro, integrando o interior e o exterior, iluminando e ventilando,
ao considerar seu tipo de esquadria. Vale anunciar que a estrutura deste
bloco independe de sua arquitetura, com os pilares caindo linearmente
no corredor em desencontro com a parede.
O bloco do ginásio é plasticamente o mais interessante,
podendo ser muito porcamente descrito como um cilindro deitado enterrado
além de seu raio. Apesar de ser esta a aparência que se passa,
não é exatamente isso que é. Sua cobertura curva
trabalha com suas cargas em linha de pressão, permitindo uma laje
esbelta e grandes vãos sem sustentação, estas forças
são descarregadas no solo através de pilares inclinados
e curvos que acompanham a linha da laje de cobertura. Um painel de azulejos
de Portinari compõe a fachada. Quanto ao vestiário, este
recebe os usuários que saem do ginásio por um percurso que
inicia-se por trás do ginásio, na parede posterior ao painel
de Portinari. Os alunos saem por ali e protegidos do sol e da chuva por
uma laje que os guia, vão até o vestiário, de estrutura
simples, podemos apenas citar que cumpre seu papel. A piscina
encontra-se desativada, e está orientada a receber sol a maior
parte de tempo possível.
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