As unidades do conjunto não posuem área de
serviço. Reidy, talvez adotando um pouco da filosofia Corbusiana
sobre a redução ou a negação de unidades
fora do contexto de "modernidade" e portanto, assim representando um
custo desnecessário. As áreas serviço para a
"modernidade" eram obsoletas, pois no mundo moderno as pessoas
não perderiam seu tempo lavando ou passando. Um serviço
que deveria ser centralizado, poupando tempo para as pessoas fazerem
outras coisas, e a eliminação deste espaço nas
unidades permitiria um aumento nas áreas de descanso e
convívio, aumentando o conforto para os moradores.
Na Europa devido a um contexto de habitos diferentes, a área de
serviço não existe. Reidy propôs isso para os
funcionários/moradores. Hoje o conjunto é ocupado por uma
diversidade de pessoas, a lavanderia não funciona,
encontrando-se abandonada. A vida "moderna" não pegou... O
resultado disso é que em muitas unidades, o banheiro abriga uma
máquina de lavar, e nas unidades expandidas, o quarto adicional
vira uma área de serviço.
O bloco B é composto por dois volumes que abrigam
unidades de apartamentos Duplex, sob pilotis estes tem uma
disposição linear e são paralelos distando 30
metros .
O conceito de circulação periférica
adotada no bloco A , se repete aqui. Contudo em vez de distribuir os
acessos de circulação vertical, Reidy centralizou este em
um dos polos. Tal solução traz complicações
em caso de situações de incendio, já que o
percursso para os moradores que residem no extremo contrário
é demasiadamente longo.
As solucões para a insolação e
ventilação deste bloco se baseiam na
orientação destes em relação ao sol e nos
espaços do corredor e varandas das unidades.
O corredor que dá acesso as unidades como no bloco A é
responsável pela iluminação e
ventilação das cozinhas, e a varanda possui uma parede
vazada(cobogó) que filtra os raios solares e possibilita a
ventilação da sala de convívio.
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