Essa é mais uma obra de Reidy, onde novamente aparece a união entre estética
e a função, ocupando inteiramente um quarteirão do
bairro de Marechal Hermes, subúrbio do Rio de Janeiro.
Esse teatro foi criado com o propósito de abrigar pequenos espetáculos
destinados ao público local,
podendo ser considerado uma espécie de referência tanto do bairro quanto
de sua população.
Suas formas simples e retilíneas, formadas por
laje contínua com frente e fundos mais
altos que sua parte central, formam
um volume esvoaçante dando a impressão de estar suspenso no ar. Um aspecto
marcante do projeto é a laje na entrada principal que serve como cobertura
para o público que chega ao teatro. O interessante desta laje é ter área
e espessuras consideráveis e apesar disso parecer flutuar sobre a entrada,
devido ao jogo de pilares que comparativamente são finíssimos.
Passando pela entrada principal, chegamos ao foyer,
iluminado e ventilado, onde ficam localizados os banheiros nas laterais
sobre mezaninos de forma simétrica, as escadas que levam aos banheiros
são caracóis que são ocultadas por paredes de volume curvo, com uma estética
bastante suave. No centro está localizada uma pequena sala destinada à
audio e vídeo e iluminação, que atente ao palco.
O auditório tem a capacidade de comportar
até 300 pessoas, possui o piso da platéia rebaixado para garantir uma
visualização homogênea.
Nas laterais do palco temos as coxias, marcantes por suas áreas bastante
extensas. Os camarins são bastante amplos e
possuem banheiros.
O acesso de artistas e funcionários se dá na parte posterior do teatro.
Atualmente é perceptivel que o teatro é bem conservado, porém não há qualquer
tipo de manutenção ou melhoria condizentes com o projeto e seu uso,
como por exemplo instalação hidraulica, infiltrações e pintura desgastadas.
A sua conservação se deve apenas à consciência da população que o utiliza.
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