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·         Fundação;

·         Breve Interlúdio; e

·         O Fim de Ethamba

 

Fundação

 

Reza a lenda que, muito antes do período onde a Grécia se desenvolveu para as artes e filosofia, tornando-se, assim, o berço da civilização ocidental, a vida fervilhava na América pré-colombiana. Templos Maias, Incas e Astecas eram levantados, e havia vida fervilhando de norte a sul do continente. Alguns estudos dizem que a bruxaria nasceu na África, outros falam de Ásia, outros de Europa – mas poucos realmente acreditam que a bruxaria que nasceu, espalhando-se pelo mundo tenha, de fato, nascido em solo americano.

Mas a grande verdade é que os bruxos existiam por cá, na nomenclatura de feiticeiros, sendo o termo “bruxo” reservado para aqueles que se dedicavam à magia negra, ou Artes das Trevas, e suas vertentes.

Nestas, por volta do ano 400 A.C., Um bruxo poderosíssimo que, dizem, parecia tão poderoso e resplandecente quanto o próprio Sol, ou forte e luminoso como um poderoso raio, encontrou uma rival á altura. Ela, bela em todos os sentidos, tinha uma força de vida tão grande tão poderosa, e passava uma sensação de “luz’ tão branda, tão quente, que foi chamada, de Jaci, que significa Lua, segundo o dialeto Tupi. Tão bem ela aceitou este nome, por vaidade, que esqueceu do seu próprio.

O poderoso bruxo, sabendo da existência de Jaci, julgou-se ofendido em sua honra, pois ele deveria ser “O’ bruxo, “O’ poderoso – afinal, ele era Tupã, supremo regente de toda a terra conhecida desde a civilização Asteca, hoje território do México, até a civilização Inca, hoje região do Peru. Como poderia ele ser comparado, em poder, a uma reles bruxa famosa entre os povos bárbaros do sul, que andavam seminus, permitiam que continuassem vivas tribos que praticavam canibalismo e afins?

Muito irado com isso, Tupã enviou seus cem melhores homens para fazerem guerra à Jaci, incendiando-lhe a cidade, e provando que ele era o maior. Porem alguma coisa aconteceu

Jaci havia descoberto que, implantando alguns elementos mágicos em um cajado de madeira viva, conseguia implantar poder àquela madeira – poder este que aumentava os poderes do bruxo de uma forma inimaginável, canalizando e ampliando a magia. Enfim, os bruxos da época, vê-se, não conheciam as varinhas mágicas, e os cajados de Jaci lhe constituíam grande vantagem. Dizem que, com o cajado de poder na mão, derrotou os cem bruxos com um único feitiço, derrubando desde o primeiro ao último.

Tupã ficou furioso quando recebeu o relato de seus guerreiros derrotados. Ficou fascinado com a historia de um objeto que lhe aumentava o poder. Por trinta dias e trinta noites não comeu nem bebeu, apenas trancado em seus aposentos, experimentando, testando e pesquisando.

E então aconteceu. Com seu talento nato, Tupã conseguiu produzir algo parecido. Cortando madeira para uma lança nova, pos um fio do verde cabelo da Iara dentro da madeira, atando a mesma com corda forte. Para a ponta da lança, usou ouro do reino mágico de Jericoacoara, reino mágico mais ao sul de onde vivia, feito de puro ouro e governado pela orgulhosa princesa-serpente. Testando e vendo seu poder aumentado com a arma, reuniu seus comandados e saíram em imponente marcha para fazer guerra à Jaci e levar a bruxa sulista a perecer sob fio de espada.

Jaci, orientada por seus oráculos que, depois de beber a bebida dos deuses e dançar para eles, caiam em profundo sono e sonhavam com os dias futuros, já sabia o que a esperava, e reuniu os seus, capitaneados por seu irmão mais velho e seu subalterno, Guaraci. Quando a mais numerosa e bem armada comitiva de Tupã chegou ao sul, a vitória era uma questão de tempo.

Porem, aconteceu algo que Tupã não havia planejado.

Ele contemplou a face de Jaci, e sua alma se perdeu aos fundos dos olhos dela.

Com isso, enfeitiçado pelo forte feitiço que sua própria alma usou contra ele, ordenou que suas tropas batessem em retirada, o que Jaci tomou como ofensa pessoal. A derrota, para ela, era certa, mas como poderia admitir a misericórdia do opressor do norte? Não, não. Uma morte certa, rápida e honrosa era o melhor.

À frente das tropas de Tupã, o chamou de covarde e o desafiou para um duelo de vida e morte. Visto que as tropas faziam às vezes de imparciais testemunhas, Tupã não poderia passar por covarde e, sob o atento olhar de mais de cento e cinqüenta mil testemunhas, começaram a batalha que, até os dias de hoje, é conhecida como “A Batalha dos Mil Dias”. Por mil dias e mil noites, sem parar para comer, beber ou dormir, sob forte sol, sob forte chuva, nos ventos mais brandos ou violentos, duelaram ardentemente, tanto por sua honra quando por si.

 

Neste meio tempo, por dez vezes, Tupã teve claras chances de matar Jaci, mas segurou a mão no último momento.

E, pelo dobro de numero de vezes, Jaci teve a chance de matar Tupã, segurando a mão no ultimo momento. Isso, porque aconteceu uma coisa que Jaci não previra.

Vendo a honra, a força, a determinação e todas as qualidades de Tupã, ela tropeçou, caindo dentro da alma dele, ambas deixando claro seu desejo de se tornar uma só.

Ao milésimo dia, pois uma dupla de amazonas, cada uma partidária a um deles, sendo uma delas a semi-lendária bruxa Nhandeci, que viva na Terra sem Mal, anunciava, à alvorada, qual a contagem dos dias de batalha, resolveram terminar a luta, pois não haveria mais motivo para lutar. Não permitiriam que houvesse vencedor. Nisso, olharam em volta a grande destruição que causaram e reconheceram que, enquanto lutaram, as vidas continuaram, houve mortes e nascimentos.

Pelas mortes nada poderiam fazer, mas pelas vidas que vieram ao mundo fariam algo. Dedicariam-se às crianças para que, num futuro, poderosos e sem mestres, como eles foram, não cometessem atrocidades iguais.

Tupã, então, deixou seu reino e sua casa. Jaci desistiu de sua posição e suas vaidades. Resolveram se fixar num ponto comum entre seus lares e reinos. Fundariam, ali, uma escola, onde ensinariam a todos que quisessem, independente se viessem do norte ou do sul, de leste ou oeste, se depois de um dos grandes oceanos, ou dos recônditos do mundo, como usar aquelas varas de poder, que depois se tornariam lanças, cajados, espadas, varas, varinhas e afins.

Jaci e Tupã venderam todos os seus bens, construíram as instalações que precisavam para lecionar, contrataram muitas pessoas, construindo uma pequena cidade, para ensinar a todos a viverem em sociedade. Escolheram homens e mulheres de respeito e os tornaram Andarilhos, saindo pelo mundo em busca de crianças que se tornariam bruxos e os trouxessem à escola.

O primeiro aluno a chegar à escola foi uma menina, chamada Tainacam, que tinha sede de conhecer os segredos do universo e das estrelas.

Vendo a grande diversidade de bruxos e bruxas, na tenra idade de meninos e meninas, que chegavam para seus cuidados, resolveram classificá-los conforme suas aptidões, caráter e tendências. Nisso, criaram trinta grandes salas, criando trinta ocas encantadas pela vila, que serviam como transporte mágico para estas salas.

Incentivando a competição sadia, resolveram promover disputas entre os membros das casas ou agremiações. Desta forma, inconscientemente, se esforçariam mais a aprender e participar.

Jaci e Tupã se casaram, e tiveram uma filha a quem puseram o nome de Aisó, que significa “Formosa”.

 

Interlúdio, do qual não se tem muitas informações:

Viveram e morreram, com dias felizes e muitos sucesso. Sucedeu a eles, na direção da escola, a filha e seu marido. E a estes os filhos destes, e os filhos destes à estes últimos – isso até a oitava geração de diretores da escola.

Contam-se muitas historias grandes deste período, porem, como não há prova sólidas de serem reais, são tomadas como boatos, e não como historia.

 

Oitava geração, a queda:

Era tradição que dois diretores conduzissem a escola, desde Tupã e Jaci sempre foi assim. Porém, nos dias em que Puca A'angara (N. do A.: Um jogo de palavras tupis. “Puca” significa armadilha, de onde derivou a palavra “puçá”.Já “A’angara” significa, literalmente, “tentador, diabo, demônio, espírito mau” – ou seja: “o mau” ) assumiu a direção da escola, recusou todas as co-diretoras que lhe surgiam, sempre com uma falsa alegação forte – isso depois da morte em circunstâncias misteriosas de Abaeté, bruxa que deveria dirigir a escola a seu lado, segundo a tradição (N. do A.: “Abaeté” significa “pessoa boa, pessoa de palavra, pessoa honrada.”).

O forte propósito de A'angara era tomar o destino da escola em suas mãos, e isso ele fez. Resolveu acabar com todos os agrupamentos, casas e agremiações. Todos seriam moldados à sua maneira. À força de maldições que nunca haviam sido vistas antes, fez a cabeça dos estudantes mais graduados da escola, fazendo-os seus soldados. Em pouco tempo, era senhor de um pequeno exército de quase mil jovens.

Os moradores da cidadela e professores souberam o que estava acontecendo, e clamaram aos Apeîara que deixassem entrar ajuda (Nota: Mais sobre os Apeîara , ou andarilhos, poderá ser visto adiante.), o que aconteceu. A'angara, louco em sua sabedoria, ciente do que ia acontecer se o descobrissem, atacou seus inimigos na cidadela de Aram-Iaé. A luta foi dura e houveram baixas. Os Andarilhos, ou Os Apeîara, chegaram com tropas Maias, Guaranis e Incas, que vinham checar se o que havia acontecido era verdade.

Houve grande guerra e muito sangue foi derramado. A'angara, muito furioso com o que havia acontecido, invocou forças poderosas, levando muitas vidas e destruindo tanto o castelo e as torres como a cidadela.

Muitas, muitas vidas foram perdidas.

Os Andarilhos conduziram todos para fora da cidadela, e ajudaram a trasladar os mortos. Foi uma tragédia tão grande, mas tão grande, que sequer se cogitou reformar a escola e continuar. A'angara, por seus encantos negros, nos dias idos, seria sentenciado à morte. Ficou preso muitos anos antes de ser julgado.

Os Andarilhos voltaram à escola, ou ao que sobrou dela, dizendo que tinham trabalho a fazer, e nunca mais foram vistos.

Anos e anos se passaram.

Cogitou-se reabrir a escola, anos depois, mas ninguém jamais conseguia encontrar o caminho para um lugar desiluzionado por Tupã e Jaci, em conjunto.

 

Anos, anos e anos se passaram.

A historia, como sempre acontece, se converteu em lenda.

Os povos não mágicos da região tinham Tupã e Jaci como deuses lendários, e os veneravam. Ninguém se lembrava de A'angara e seus dias negros, pois nada que não fosse bom merecia ser lembrado.

Conta-se muito mais de um milênio desde que as portas da Escola foram fechadas.

 

Nos dias de hoje, até mesmo as comunidades bruxas da zona tropical ocidental tem as historia de uma velha escola fundada e dirigida pro Tupã e Jaci em pessoa, como uma lenda muito antiga, certamente contada às crianças, em volta da fogueira.

Há coisa de dois anos, o Ministério da Magia Boliviano emitiu nota oficial dizendo que havia descoberto as ruínas da lendária escola, mas não passava de uma velha cidade indígena, de um povo não mágico – certamente uma vila Maia, apesar de apresentar peças astecas. O Ministério Boliviano não aceita as explicações de especialistas, no caso os investigadores uruguaios e chilenos, e tenciona estudar as ruínas com mais cuidado.

Indiferentes a isso e ignorantes à estas verdades, os últimos indígenas, no dia de hoje, ainda cultuam a força descomunal, poder e nobreza de Tupã, assim como a enigmática beleza, a luz e majestade de Jaci.

Para estes últimos, ao menos, a historia é real. (Agradecimento especial à Victor Ferrere pela revisão do texto.)

 

 

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