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O que é RPG? E
T H A M B A Origens T
R A M A S Definição de trama DIREITOS
E DEVERES Direitos do
jogador CULTURA
BRASILEIRA Lendas ******** |
Casas: Segunda
NUMERO
2 NOME: “Nhandecy” CORES: Azul ( rosa +
verde) ANIMAL
SÍMBOLO: Boto
cor-de-rosa PLANTA
SÍMBOLO: Vitória
Régia METAL
SÍMBOLO:
Prata PEDRA
SÍMBOLO: Água
Marinha RELIQUIA:
Confeccionada na mais pura prata encontrada pelo marido de Nhandecy, uma
espécie de coroa é a relíquia da casa Anis. Tinha o tamanho e a forma
exata da beca da fundadora, e nada a enfeitava, além de uma pequeno
emblema bem ao centro: um círculo que tem metade sol, metade lua. O sol,
apesar de estar ali, completando o círculo, não chama a atenção, sendo
confundido com a própria coroa. A lua, por sua vez, é coberta de várias
pedras de Água-Marinha, o que a fazia brilhar intensamente nas festas
noturnas – Únicas ocasiões em
que Nhandecy a usava, enfeitada com diversos tipos de penas
coloridas. CARACTERÍSTICAS
PRINCIPAIS: Bondade,
acima de tudo. A casa mais condizente com aqueles que tem necessidade de
manter o coração purificado. Em virtude da bondade, são amigos,
prestativos, altruístas, unidos. É a única
casa onde há uma “divisão” interna: as vestes da meninas são mais puxadas
par o tom de rosa, trazendo a imagem da Lua, enquanto a dos meninos são
mais amareladas, trazendo sempre a imagem do Sol. Esta foi uma
característica eu a fundadora da casa quis implantar, feliz com o
nascimento dos filhos. Assim, a
homenagem é bom por natureza, por dar a luz; E a Lua é
altruísta por natureza, por passar sua vida nas trevas, refletindo a luz
para iluminar a quem precisa. Os
membros da casa são chamados “Anis”. HISTORIA DA BRUXA: Nhandecy
viveu no mesmo tempo em que Tupã resolveu reunir seus homens e descerem,
ao sul, fazendo guerra a Jaci, na clara intenção de fazer a Bruxa da Lua
perecer sob fio de espada. Nesta
época Nhandecy era uma mulher linda, egoísta, fria e
sozinha. Foi um
dos primeiros cem a viajar ao Sul, para derrotar Jaci, e foi a primeira a
ser derrubada com aquele feitiço que derrubou cem de uma só vez – quando
jaci mostrava ao mundo o poder que poderia ser canalizado por uma
varinha. Três dias
e três noites Nhandecy andou errante pelas terras do inimigo. Seu orgulho
a impediu de se juntar aos demais e voltar para dar relatório de seu
fracasso. Para si, fez juras de morte a Jaci e os seus. E ficou
espreitando, sedenta de vingança; Uma
noite, achou Jaci sozinha e a atacou, levando uma faca para destruir sua
inimiga. Mas Jaci, dona da varinha mágica que construirá, a deteve
facilmente. Ferida no corpo e no orgulho, Nhandecy
fugiu. Na fuga,
ferida ao máximo, caiu pela estrada.Sentia as forças se esvaindo e a vida
fugir de seu peito: estava morrendo. Nisso, viu um anjo da morte, de capa
negra, vir buscá-la. Com a visão turva, batalhou com o anjo. Cuspiu,
insultou, cravou-lhe a faca – e o anjo se afastou. Muitas
vezes o anjo se afastou, mas igual numero de vezes retornou, e Nhandecy o
atacava, cuspia, gritava nomes de insulto, cravava a faca. Mas muitas
vezes isso aconteceu, ela foi ficando fraca e fraca, até que sua visão
apagou. Quando
abriu os olhos, dias depois, tudo o que viu foi um teto. Sim, ela estava
em algum lugar que não a terra dos mortos. Olhou para um lado e viu um
coxo vindo em sua direção – faltaram forças e ela
apagou. Ela
acordou uma vez mais, sentindo algo quente no peito. Abrindo os olhos, viu
que alguém lhe ministrava uma sopa quente, que descia pela garganta e lhe
fazia sentir bem. Abriu os
olhos muitas vezes, sempre vendo o coxo ir e vir, vir e voltar, seguir e
retroceder. Certo
dia, ela acordou de vez. O coxo estava sentado na beirada de sua cama,
preparando ungüentos numa cuia. Olhando na cintura do coxo, viu uma vara
mágica, como a que Jaci usou contra ela. Num movimento só, Nhandecy pegou
a varinha, gritando, e dela saíram luzes que atingiram o coxo, jogando-o
ao chão com o ungüento. Furiosa,
ela perguntou quem era seu carcereiro, e ele disse que não era carcereiro.
Sempre ameaçando-o, ela chama atenção para os muitos ferimentos de seu
corpo, certamente obtidos durante sua vida, na dura tarefa de cuidar de
prisioneiros. O homem
fala que todos os ferimentos que tem, inclusive o olho vazado (e só agora
ela percebia isso), a perna muito ferida, para sempre aleijada e as
cicatrizes, ganhou numa noite só, quando tentou agarrar um
sonho. Ela
insistiu que conversa estranha era aquela, e ele falou que queria pegar
uma “fada”. Ela insiste. Ele, então, diz que todos os ferimentos que tem,
obteve naquele dia que a encontrou na estrada, caída e, num olhar, se
apaixonou por ela. Mas ela, arredia, não o queria para perto de si, e o
atacava, esfaqueava, azarava – e hoje ele estava
assim. Nhandecy
não soube o que sentir diante daquilo, e quis ir embora, para o norte,
onde era nobre e poderosa – mas não podia se levantar da cama. O homem
explica que ela ficou muito, muito ferida, e há dias ele vinha tentando
curar as pernas dela e o rosto dela – e só agora ela percebe uma grande
cicatriz, do nariz à orelha direita. Nhandecy
fica em prantos, desesperada, e chama o coxo de inútil, dizendo que o
odeia, que odeia todos. O coxo diz que Jaci foi até ali, chamado por ele,
e deu a ele conhecimento de ervas e feitiços para curá-la, mas que levaria
tempo – e que, mesmo assim, seria difícil salvar seus
olhos. Nhandecy
só agora sente a vista pesada e ouve que vai ficar cega. Fica desesperada,
grita, xinga, bate. Quer fugir, que gritar, mas não consegue fazer
nada. Ela
acorda na noite, duas ou três vezes, arrancando os ungüentos que o coxo
colocava sobre seus olhos. Ele ficava desesperado, dizendo que só assim
poderia ajudá-la. Mas ela diz que o odeia, que ele a odeia também, pois
ela só está ali para servir de prisioneira de guerra, até que Tupã pague
seu resgate. O infeliz
coxo não sabia de nada disso. Passavam
dias e dias, e Nhandecy sempre retirava os ungüentos ensinados por Jaci ao
coxo, seja da perna ou dos olhos. Em prantos, ele diz que se ela continuar
fazendo isso, ele não vai poder ajudar. Ela
insiste que ele o odeia, que pare com esta historia de se
importar. No dia
seguinte Nhandecy acorda, como é de costume, arrancando os ungüentos dos
olhos e das pernas. Só então olha ao lado da cama, onde já uma cesta com
frutas e biju (Nota: Biju é uma massa, um “pão de aipim”, que é a base da
dieta indígena. É como o pão era para os antigos). Na cesta também havia
um bilhete, onde o coxo dizia que havia saído em viagem e voltaria em três
dias e por isso deixava comida e água. Mas que se ela tivesse tirado os
ungüentos novamente, não precisaria colocar mais, pois não haveria mais
como fazer efeito. Ao final
do primeiro dia, Nhnadecy não enxerga mais. Sua visão havia ficado turva
há pouco tempo. E suas pernas não respondiam mais a comandos – suas pernas
pareciam mortas. Por dias
ela chorou, exalando puro ódio. E o coxo,
então, chegou. Ela
gritava, xingava, se contorcia, mas ele não estava
agressivo. Clamo,
sentou-se ao lado da cama e explicou que não sabia explicar porque mas,
quando a viu pela primeira vez, se apaixonou por ela. E, mesmo na condição
que estava, continuava a amando. Ela não acreditou, xingou e
cuspiu. O Coxo,
muito tranqüilo, falou que vinha de um vale mais ao Sul, chamado de Terra
Sem Mal, lugar de fartura, de boa musica, de danças e alegria, onde seus
filhos um dia brincariam, livres de toda aflição que havia naquele lugar.
Falando de filhos, ele ficou triste. Fez novas juras de amor á mulher,
dizendo que no dia seguinte ela estaria curada – mas ela não
acreditou. Quando
Nhnadecy acordou, no dia seguinte, abriu os olhos e enxergou. Olhou para o
lado, vendo o coxo na cadeira, e chorou por ter duvidado do homem. Quis ir
até ele e agradecer – e sentiu algo estranho: suas pernas
reagiram. Pôs-se de
pé, sentindo-se estranha: a magia do homem não funcionou bem. Apenas seu
olho esquerdo funcionava. E a apenas a perna direita tinha firmeza: ela,
agora, também teria um defeito na perna. O coxo
acordou e falou com ela sem abrir os olhos ou se mover. Sorrindo, falou a
ela que deu tudo o que podia naquele encanto, e torcia para que fosse
feliz. Ela ficou meio sem jeito, agradeceu ao homem, desculpando-se por
ter duvidado. Então,
meio sem jeito por reclamar, ela fala que só funcionam um olho e uma
perna, perguntando se ele não poderia “dar um
jeito”. Mudamente,
o homem começa a chorar, dizendo que fez tudo o que podia por ela, e não
mais. Ele abre os olhos, mas seu olhar está vazio, como se não fixasse a
visão em lugar algum. Ela estranha e pede que ele se levante, mas ele diz
que não pode. Daí ele
explica: como ela não aceitou ser tratada, a única forma de ajudá-la foi
aquela: A viagem de três dias foi para se encontrar com Jaci, que lhe
ensinou aquele complicado feitiço, onde ele trocou de condição física com
seu alvo. Sua perna
coxa e seu olho vazado agora eram condição de Nhandecy, assim como o olho
bom e a perna boa. Em troca, o coxo ficou com os olhos cegos e as pernas
paralisadas. Nhnadecy
desesperou-se, jogando-se ao chão, agarrando as mãos do coxo e suplicando
que desfizesse o feitiço, pois agora ela acreditava que o amava, e não
ficaria com este peso para sempre – mas o feitiço não poderia ser
desfeito. Então ela
pergunta o que poderia oferecer ao coxo, alem de seu amor. E ele diz que
ela era a mais bela das belas, mas que devia aquecer seu coração. Nhandecy
decidiu que dedicaria sua vida em penitencia, que seria boa ao máximo, e
seria altruísta ao máximo, como aquele amor de homem foi com
ela. Sem
contar ao coxo, ela prometeu a si mesma que jamais descansaria enquanto
não descobrisse a cura para aqueles males. Quando
Nhandecy estava grávida de poucos dias, Tupã desceu para fazer guerra a
Jaci. Seguindo o coração da mais nobre das almas, Nhandecy foi se alistar
nas fileiras de Jaci. Foi Nhandecy aquela que resolveu começar a contagem
de dias quando Tupã partiu para a luta final com Jaci – e a luta foi
dura. Quando
terminou a luta e Guaraci falou que a irmã se casaria com Tupã e fundariam
uma escola, Nhandecy não viu melhor oportunidade para continuar sendo
altruísta e viver pelos outros que ensinando. Nestes
dias, os filhos de Nhandecy com seu amado já contavam ano e meio, quase
dois anos, e se chamavam Nhanderequei e Tiviry – sim, ela ficou grávida de
gêmeos. Dois anos
depois de aberta a escola, o marido de Nhandecy descansava, quando um
Caipora, um ser violento que ataca todos que agridem a mata, avançou
contra ele quando colhia folhas de plantas – para fazer ungüentos contra
uma moléstia que atacou um menino que, ouviu falar, adoecera. Violenta, a
criatura atacou de morte o pobre indefeso. A própria Jaci passava por ali
e, furiosa, atacou de morte o caipora – mas não havia como devolver a vida
ao pobre homem. Quando
Nhandecy soube, caiu em prantos. Mas logo soube que o homem morreu por
bondade, por tentar ajudar um estranho que estava distante, apenas porque
“ouviu falar” que se sentia mau. E quão
grande foi a quantidade de boas pessoas que vieram chorar o pobre homem. E
quantos não se rasgavam de elogios para ele, dando força aos dois
pequeninos que pareciam entender perfeitamente, e enchiam o peito de
orgulho do pai. Resolveu
continuar sendo reta, boa e altruísta. E assim
viveu todos os seus dias, na condição de uma das fundadoras da
escola. INFORMAÇÃO:
HISTORIA DO DEUS INDIGENA: Nhandecy
é a “Mãe Terra”, que gerou os gêmeos das civilizações: Nhanderiquei, a
força do Sol, e de Tiviry, a força da Lua. Sua
morada é na Terra-Sem-Mal.
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