Artigos Filosofia: Patrimônio da humanidade
Notações e anotações sobre o pensamento filosófico de Martin Heidegger: Por: Hélcia Macedo de Carvalho Diniz e Silva DEFINIÇÃO DO DASEIN O Dasein (Presença, Ser-aí), não se adequa a nada que tenha consistência de um ente simplesmente dado. Ser simplesmente dado é todo e qualquer ente que se mostra como tal, é o que tem o sentido de ter sido efetivado, é toda categoria que existe, por exemplo, os objetos concretos como mesa e cadeira, como também os abstratos como deus e absoluto. A Presença é um ente privilegiado, este privilégio se dá porque só ela se compreende em seu ser, quer dizer, a Presença tem sua característica e é próprio dela estar sendo, acontecendo, ocorrendo. O que distingue a Presença dos demais entes é o fato dela ser ontológica. Para Heidegger há uma ontologia fundamental, esta constitui o ser da existência, ela indaga o ser enquanto ser, é aquilo que torna possível às Existências. É ela, a ontologia fundamental, que funda e motiva a estrutura ôntica da própria Presença. A Presença não é apenas o ente a ser interrogado primeiro, ela é o ente que desde sempre se relaciona e se comporta com os seres simplesmente dado, de modo a querer compreendê-los. Portanto há vários modos de ser da Presença, todo e qualquer ser simplesmente dado carrega consigo o ser da Presença, portanto é ela a possibilidade interna de tudo o que existe. São muitos os modos de ser da Presença, o ser-verdadeiro na qualidade de ser-descobridor é um dos modos de ser da Presença. Na adequação de uma coisa a outra coisa está subjacente aquilo que é a possibilidade interna, a liberdade, e permite que os entes sejam o que são, sendo assim o ser-verdadeiro está em conformidade com o ser-descobridor, decorre desta adequação o desvelamento do próprio ser, ou seja, aí ocorre de ele assumir um dos modos de ser da Presença e conseqüentemente mostrar-se tal como é. A liberdade possibilita o ente de se mostrar tal como ele é, é ela a possibilidade interna de tudo que existe. A essência da liberdade está acima de qualquer questionamento, pelo fato de nenhum questionamento ser necessário depois dela. A verdade como liberdade é o caminho para a questão sobre a essência da verdade. Pois é ela que designa o poder de descobrirmos o ser, temos acesso às coisas via a possibilidade interna de desvelar o ser. A liberdade medeia a interação entre o ser e o ente, ser simplesmente dado. Enfim, ser livre é estar aberto ao comportamento, vendo às coisas à luz do ser. Liberdade é deixar-ser a Presença, que é o ente o qual nós somos, cuja essência é sua existência. Verdade desvelada é aquela que surge do ente que é e carrega livremente o ser do Dasein, tal liberdade nunca deve ser interpretada como a opção disso ou daquilo, não se deve entendê-la como a decisão, escolha, de ir para algum lugar ou não ir a lugar algum, não é liberdade preferir fazer a não fazer alguma coisa. A liberdade é um dos modos de ser do Dasein, homem, deste modo o homem é capaz de historiar, pois o homem histórico só existe como propriedade da liberdade e só assim é capaz de história. Em outras oportunidades continuaremos com outros conceitos heideggerianos, como: Desvelamento, Existência, Mundo entre outros.
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