FILOSOFIA PARA CRIANÇAS NA PARAÍBA APRESENTAÇÃO Conversando com um aluno do Mestrado em Ciências Sociais expressava ele sua indignação com um fato narrado por sua noiva. Ela é professora de um colégio particular da grande João Pessoa. A diretora desse colégio quis colocar filosofia para criança, desistindo depois, por compreender que filosofia é inútil, não serve na formação dos seus alunos. Esse é o conceito que muitos professores aceitam sobre filosofia, não só para criança como para jovens adolescentes. Estes ao chegarem às universidades sentem a falta formadora da filosofia, porque quase todos os cursos, na distribuição das diversas áreas, exigem conhecimentos filosóficos (ética, lógica, metafísica, teoria do conhecimento, filosofia da ciência... etc). Contrariando aquela diretora, outra diretora de um colégio da rede estadual de ensino está introduzindo filosofia no ensino fundamental. E' experimental mas é abertura para nova perspectiva de ensino. A Paraíba está longe do contexto educacional de outras regiões. Nos estados do sul do país o ensino de filosofia para crianças está sedimentado. Santa Catarina e Paraná mantêm cursos para professores do Ensino Fundamental, postulando a filosofia nessa base de ensino. No sudeste, São Paulo também mantêm filosofia no Ensino Fund amental. o Brasil Central, Mato Grosso também ensina filosofia às crianças. No Nordeste, há indícios que Pernambuco orienta nesse sentido. Na Paraíba, em Campina Grande, a professora Marli utiliza a filosofia para criança em suas aulas. Na UFPB a professora Tânia Rodrigues, do Centro de Educação (CE) está desenvolvendo estudos sobre a filosofia para ensino fundamental. Será importante filosofia para criança? A resposta é sim. para confirmar, o jornal "Folha", de São Paulo, no encarte "SINAPSE", na edição de 24 de setembro de 2002, realizou matéria sobre o assunto, assinado por Flávio Ferreira. Destaca o repórter: Que presenciou "na Escola Santa Marina, colégio particular na zona leste de São Paulo, não envolvia nenhuma cobrança. O único objetivo da professora era incentivar os alunos a se tornarem amiguinhos do saber! Sim, tratava-se de uma aula de filosofia. "O ensino de filosofia para crianças gera interesse há mais de três décadas. No Brasil, a experiência é mais recente, mas acaba de atingir a maioridade. Fez 18 anos. A atividade envolve 15 mil educadores, espalhados por mais de mil escolas públicas e privadas de todas as regiões do país. "A partir da leitura dos textos, os alunos são incentivados pelos professores levantar temas para discussão. As questões suscitadas são então relacionadas a situações-problema do cotidiano, para que as crianças se interessem por elas, ou, nas palavras de Lipman, para que 'se apropriem delas'. "Em seguida, os educadores promovem e 'facilitam' as discussões entre os alunos, para que eles façam animados passeios de investigação filosófica 'pela lógica, pela ética, pela estética, pela metafísica, pela epistemologia, pela filosofia social e pela filosofia da ciência. Esses campos da filosofia, complexos para os adultos, ganham simplicidade nos debates entre as crianças. "Segundo pais e professores, os resultados positivos das aulas de filosofia para crianças são rapidamente percebidos. Edgard de Abreu, pai de Guilherme, 11 anos da quinta série da Escola Santa Marina, comenta que seu filho, depois das aulas de filosofia, se conscientizou mais de sua cidadania e deixou de ser tímido. 'Ele até montou, com os colegas, um teatrinho para explicar às crianças menores os problemas do uso das drogas', diz Abreu. "Na Escola de Ensino Fundamental Álvaro da Silva Braga, na Vila Dalva, zona oeste de São Paulo, o programa de filosofia para crianças tem seis anos. A coordenadora pedagógica Katherine Moura Gebauer Pimentel comenta que o rendimento escolar e a auto-estima dos alunos melhorou muito, e a violência e a intolerância no ambiente escolar diminuíram bastante. 'Tivemos os casos de pichação e depredação dos bens da escola quase reduzidos a zero', diz a pedagoga. "O mercado de trabalho já sinaliza que a primeira geração de pensadores mirins ser muito bem recebida. Membros de comissões de contratação de grandes empresas dizem que, ao procurarem estagiários, não exigem conhecimento técnico elevado e voltam suas atenções sobretudo para a formação e a cultura geral dos candidatos. E' aí que a participação em aulas de filosofia é um grande diferencial, dizem os contratadores. "Mariana Neves de Vito, advogada e membro do comitê de seleção de estagiários da Trench, Rossi e Watanabe, uma das maiores bancas de advogados de São Paulo, exemplifica: 'Filosofia e história são as bases do conhecimento jurídico. Quando um universitário, principalmente de primeiro ou de segundo ano, declara que tem interesse ou algum aprofundamento nessas áreas, certamente está muito à frente dos concorrentes na busca por uma vaga conosco'. Finalmente, "Os envolvidos com o trabalho de filosofia para crianças dizem saber que ainda há desafios pedagógicos e não têm a pretensão de que a proposta educacional possa 'ensinar a viver'. Ensinar a pensar, porém, é o primeiro passo." A CRIANÇA FILOSOFA QUANDO DUVIDA, DUVIDA QUANDO NÃO SABE, SABE QUANDO PERGUNTA E A RESPOSTA É VERDADEIRA
Em breve! A professora de Filsofia, H�lcia, publicar� alguns trabalhos feitos pelas crian�as e adolescentes do Centro de Forma��o Cidad� Margarida Pereira da Silva |
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