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Fixando a Vela

Quando comecei a construir o meu primeiro barco a vela, eu não sabia sequer velejar, que dirá como prender e ajustar a vela do barco. Esta série de artigos que escrevo agora, são baseados em artigos retirados do site http://marina.fortunecity.com, que me ajudaram a resolver este problema. 

Fixando velas tipo "asa de morcego"

Este tipo de vela chamado em inglês de Lugsails é, na minha opinião, o tipo ideal para pequenos barcos construídos amadoramente. A razão é que o mastro não fica tão alto, como teria que ser em uma vela triangular com a mesma área vélica. E o tamanho do mastro, por ser feito normalmente com uma peça única de madeira, limita-se a algo tipo 4m.

Vamos começar com algumas nomenclaturas. O pau na vertical, obviamente, é o mastro. Este pau que sobe além do mastro, preso à parte superior da vela é chamado de penol da carangueja ou simplesmente carangueja. O pau que passa por baixo da vela é a retranca. A parte da frente da vela é a testa, a parte de trás é a valuma, a de baixo é a esteira e a superior nós chamaremos e espicha.

Note que esta vela não é igual à vela do optmist (se você já viu um). Naquele barco a carangueja é substituída pelo pau de espicha que é preso ao mastro e estica a parte superior da vela (espicha).

Bem, mas voltando ao assunto... Primeiramente a espicha da vela deve ter pequenos buracos com ilhoses  espaçados de uns 15cm um do outro. Por esses ilhoses passa-se um cabo fininho (3mm) em espiral, prendendo a vela à carangueja (ver figura). Mantenha a espicha bem esticada ao fazer isso. Nos últimos ilhoses, em cada ponta, prenda com um outro cabinho à ponta da carangueja para ajudar a manter a espicha esticada.

 

 

 

 

A esteira deverá possuir somente dois ilhoses, um em cada ponta, por esses ilhoses devem passar cabinhos prendendo a  vela às pontas da retranca, mantendo a esteira, também esticada (ver figura).

A figura também mostra o cabo de escota que fica na mão do velejador para posicionar a vela em relação ao vento. Este é o modo mais simples de fixar a escota, mas não é o mais eficiente. Depois eu mostro outros modos.

Uma outra dica é: como dá certo trabalho prender a retranca e a carangueja na vela, é bom guardar a vela enrolada nesses paus. Para isso, comece girando a retranca enrolando-a na vela até onde der, depois junte a carangueja à retranca e enrole o que sobrou da vela nos dois paus. Prenda com alguns cabinhos e guarde.

Bem, mas voltando novamente ao assunto... O mastro é preso ao barco, ou seja, ele não gira dentro de um caneco como ocorre em alguns barcos como o Laser e o Dingue. A vela é que irá girar em torno do barco. A figura acima mostra um dos modos de fixar a carangueja ao mastro. A melhor forma é simplesmente amarrar um cabo (adriça) de uns 6mm em torno da caranguejeira, passar esse cabo por um buraco no topo do mastro e puxar içando assim a carangueja que ficará presa no topo do mastro. A adriça, então, desce rente ao mastro e é presa em um cunho qualquer no barco, ou no próprio mastro. Eu prefiro em um cunho porque desse modo o mastro fica também preso ao barco, evitando cair se o barco emborcar numa velejada desastrosa. Mas em que parte da carangueja devemos amarrar a adriça antes de içar. Uma regra básica é manter 40% da carangueja avante e 60% para ré do mastro. Mas, esses valores podem variar para ajustar o barco. O ideal é manter o centro da vela na mesma direção da bolina (este será assunto de outro artigo).

A retranca é mantida junto ao mastro por um cabinho não muito apertado, enquanto um outro cabo (6mm) junto ao mastro puxa a retranca para baixo. Tanto a adriça como o cabo que puxa a retranca para baixo devem estar suficientemente apertados, de modo que surgira um vinco na vela, conforme mostra a figura.

 

Se você fez tudo certinho, sua vela deverá ter o aspecto dessa aí da foto. E bons ventos !!!

 

 

 

 

 

 

 

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