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Os Grandes Cantores












































































































Este é o resultado de um ciclo de pesquisas realizado por mim como colaborador do Site do Fã-Clube Liriel Domiciano. Uma "Trilogia" com um pequeno resumo da história da música lírica e seus representantes de maior destaque. Ao fim de cada matéria, as referências para aprofundamento no assunto.

Os Grandes Cantores
parte I "A História"

          A história dos grandes cantores confunde-se e mescla-se com a própria História da Música. Ao serem representantes de uma época, e por a História da Humanidade estar em constante evolução, esses intérpretes eram influenciados e, ao mesmo tempo, influenciavam o decorrer dos acontecimentos.
          Dessa forma, é necessário que tragamos à tona alguns fatos e registros sepultados nas brumas do passado e esquecidos, ou não sabidos, pela maioria do público para basearmos a nossa retrospectiva. Infelizmente, por tratar-se de assunto extremamente rico e variado, teremos, aqui, uma pequena noção para o bom entendimento.

          Origens: Na pré-história, o homem cantou individual e coletivamente, mas só na Antigüidade se encontram os primeiros testemunhos de atividades vocais. Na Grécia, as epopéias de estilo homérico eram cantadas e acompanhadas pela lira (daí ser o símbolo maior da música). Os romanos sofreram influências principalmente dos povos orientais de seu vasto império e também de gregos e espanhóis. Alguns virtuoses se tornaram famosos, como Tigélio, a quem Horácio dedicou a terceira de suas sátiras, e Apeles, favorito de Calígula.

          Cristianismo: O mundo cristão criou uma arte vocal de características novas. O ritmo e a cor são banidos do culto, e a voz é veículo de espiritualidade. O papa Gregório Magno (540-604) funda a Schola Cantorum para a formação de cantores. Em pouco tempo, cada igreja tem sua escola.

          Idade Média: Paralelamente à música religiosa, difunde-se a canção trovadoresca em língua vulgar. O poeta-cantor, em seu lirismo amoroso, torna a arte vocal mais livre e expressiva, desvinculada da solenidade litúrgica.

          Renascença: No séc. XVI, são introduzidos os termos de tessitura: bassus, altus, superius e tenor, nas vozes masculinas. As vozes agudas eram confiadas aos meninos cantores das escolas episcopais, já que o canto na igreja era proibido às mulheres. Isso deu origem a um problema: as peças musicais requeriam um longo aprendizado, durante o qual sobrevinha a mudança da voz nos meninos; as vozes infantis foram então abandonadas e substituídas nos coros pelos tenorini (falsetistas) ou pelos castrati (castrados).

          A ópera e o bel canto: No séc. XVI imperava o fascínio pelos castrati, os quais tinham representantes em várias capelas européias, inclusive na Capela Sistina, de propriedade do Papa. Esse tipo de voz aliava à tessitura e aos timbres infantis as possibilidades respiratórias e o domínio técnico do adulto. A voz procura precisão instrumental e nasce o bel canto com seu reinado dos solistas. Durante séculos, a arte vocal e seus virtuoses se expandem numa técnica de alta complexidade. A ópera oferece aos italianos, naturalmente dotados para o canto, as possibilidades de explorar a voz humana até limites extremos. As grandes figuras de cantores eram os castrati (Crescentini, Pachiaroti, Farinelli, Caffarelli) e as prima-donas (Bordoni, Gabrielli, as Davies). O gosto pelos malabarismos vocais, vocalizos e ornamentos da música barroca era a origem da importância dos castrati e a causa do obscurecimento dos tenores, que só se destacam no fim do séc. XVIII, com a ópera bufa e o repertório mozartiano. Os baixos cantantes dão origem aos barítonos, como Lablache.

          Romantismo: No séc. XIX, pouco a pouco, substitui-se o puro virtuosismo por maior fidelidade à linguagem operística. O fraseado de Bellini, a redução das ornamentações em Donizetti abrem novos caminhos para o canto. Surgem os grandes cantores românticos (Pasta, Malibran, Sontag, Rubini). No outono de 1831, um episódio marcante ocorre na história do canto: o tenor francês, Louis Duprez (1806-1896) consegue emitir o "dó de peito", com a mesma cor e colocação das notas centrais. A partir disso aparecem os tenores viris, intérpretes de Donizetti, Meyerbeer e Verdi, como Tamberlik. Também nas vozes femininas se processava uma revolução, pois junto aos sopranos dramatici d'agilitá definem-se os meio-sopranos. No final do séc. XIX, abandona-se o estilo ornamentado e dá-se ênfase às notas centrais, à expressividade do fraseado e à exploração do conteúdo das palavras cantadas: é a época de Caruso.

          Século XX: O início do séc. XX traz ao Ocidente a revelação da ópera russa e do baixo Chaliapin, que reúne as qualidades vocais e cênicas, numa perfeita fusão interpretativa. Reacende-se o interesse pelo melodrama antigo, e Toscanini lança em Milão (1922 e 1928) novas bases de interpretação cênica. Após a II Guerra, duas tendências marcam o canto: a restauração do vocalismo dramático d'agilitá e a conservação de valores tradicionais.


Referências:

  • Enciclopédia Mirador Internacional - Vol 5. - Editora Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. São Paulo, SP.
  • Galway, J. - "A Música no Tempo" - Livraria Martins Fontes Editora Ltda. 1987. São Paulo, SP.



TRILOGIA

































































































TRILOGIA






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Arisson Rocha da Rosa
Porto Alegre, RS

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