Todo o material contido neste sítio é de autoria de André Cristo.
Introdução
Justificativa
Objeto de estudo
Objetivo
Partido adotado
Bibliografia
Agradecimentos
Imagens do edifício
Imagens do bairro
Projeto

Entre 1995 e 1999, dados do Projeto Moradia (Instituto de Cidadania 2000:09), foram construídas 4,4 milhões de habitações no Brasil. Destas, 700 mil ergueram-se pelo mercado formal. Portanto, 3,7 milhões de moradias surgiram através da autoconstrução ou outro modo construtivo alternativo ao mercado imobiliário. Estes dados revelam que o mercado da arquitetura, inserido na indústria da construção civil e tão disputado principalmente nas grandes cidades do país, atende uma parcela muito pequena da população. Mais do que isso, esses dados mostram claramente que existe uma enorme demanda por assessoria técnica, uma demanda que não é um mercado em função de seu poder aquisitivo ser extremamente baixo.

Prevista na Constituição Federal de 1988, a função social da propriedade ainda não foi regulamentada. Mesmo assim é constitucional e tem amparado os movimentos de moradia nas ocupações que vêm ocorrendo. Segundo dados do IBGE existiam, em 1991, aproximadamente 252.893 propriedades desocupadas em São Paulo. Uma parcela destes imóveis, vagos há mais do que um certo tempo, poderia servir a interesses sociais. Sempre há um certo número destes edifícios que estão em período de espera por um inquilino ou comprador, mas a maior parte fica desocupada por questões burocráticas, quando de propriedade do governo, ou esperando sua valorização. O subsídio para a moradia no centro da cidade justifica-se, entre outros motivos, pelo fato de representar economia na implantação de infra-estrutura urbana. Muitos bairros centrais da cidade de São Paulo contam com grande quantidade de equipamentos e têm sofrido uma diminuição na sua população. É preciso adaptar os bairros antigos para que abriguem novas funções, inclusive habitacionais.

Cada vez mais organizados, os movimentos por moradia exigem seus direitos. Profissionais de diversas áreas podem e devem atuar junto aos movimentos apontando possíveis caminhos que viabilizem e garantam esses direitos. Os arquitetos têm papel fundamental na reorganização da cidade, portanto, também do centro da cidade, planejando e projetando a moradia das populações marginalizadas e garantindo a sua permanência nestes locais. Fazer surgir um mercado de arquitetura de interesse social também é, em parte, responsabilidade dos profissionais desta área.

Sobre este trabalho
Hosted by www.Geocities.ws

1