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"Essa torcida é maravilhosa e está de parabéns".
A frase acima do técnico Jair Picerni expressa a importância do torcedor na conquista do acesso.
Com a maior média de público da Série B (16.850 torcedores, nos jogos em casa), o palmeirense demonstrou sua paixão e confiança pelo clube.
Desde as primeiras rodadas, o apoio vindo das arquibancadas chamou a atenção. Entrar em campo e testemunhar o Palestra Itália lotado ao longo do Campeonato Brasileiro transformou-se numa alegre rotina para os jogadores.
- O que aconteceu na Série B este ano foi uma coisa recíproca. A torcida apoiou bastante o time e os jogadores corresponderam, mostrando raça em campo - diz o presidente de honra da Mancha Alviverde, Paulo Serdan. Para o dirigente da principal torcida organizada do clube, a relação entre os jogadores e os torcedores ajudou. Durante a competição, a Mancha promoveu inúmeros almoços envolvendo os atletas do Verdão. - O relacionamento dos torcedores com os atletas é muito bom. Eles provaram que têm condições de jogar no time e mostraram personalidade - completa Serdan. Os atletas fazem questão de elogiar o comportamento pela torcida em 2003, com a intenção de ajudar a conduzir o clube à elite. A festa, sempre marcada pelas cores vermelha, verde e branca, e a adoção de novos mascotes (como o incrível Hulk) transformaram jogos, principalmente nas fases finais, em verdadeiros espetáculos. - É muito fácil encher o estádio quando o time está bem, como acontece hoje com o Cruzeiro. A torcida do Palmeiras é diferente. Eu já joguei final de Libertadores e nunca vi o torcedor assim. Eles são maravilhosos - destaca Magrão, que também elogiou o apoio recebido em outros estados. - Torcida do Palmeiras tem em tudo que é lugar. Em Anápolis, em Sobral, em todos os cantos tinha gente gritando nosso nome! - vibra.
Não foram apenas os atletas que se curvaram à torcida do Palmeiras. Jogando no estádio Palestra Itália, os adversários sentiram a pressão. Após a partida entre Verdão e Sport, no primeiro turno do quadrangular final, o técnico da equipe pernambucana, Hélio dos Anjos, teceu elogios.
- A torcida do Palmeiras tem sido um diferencial jogando aqui dentro, temos que reconhecer isso. Ela empurra o time - comentou na ocasião.
Na última partida do Verdão em casa antes de conseguir o acesso, o torcedor, mais uma vez, foi um espetáculo à parte. Na vitória por 2 a 0 sobre o Marília, bateu o recorde de público do clube na Segundona: 28.436 torcedores. Palmeiras e Botafogo na fase de classificação (0 a 0) levaram 27.879 pagantes ao Parque Antarctica. O torcedor palmeirense naquela noite não deixou de apoiar o time em nenhum minuto da partida. Após os 25 minutos do segundo tempo, o coro de "É campeão" ecoou no Palestra até o apito final. Desde a entrada em campo, os verdes não se cansaram de gritar. Numa verdadeira demonstração de carinho, encontrada muitas vezes nas torcidas argentinas, não deixaram de apoiar a equipe, mesmo nas jogadas erradas.
Libertadores 1999 - O título mais importante da história
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