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Liminha correu o máximo que pôde. No fundo, ele sabia que aquela era uma das chances derradeira de impedir uma nova tragédia. A sua frente, o goleiro Viola parecia crescer. Sobre ele estavam depositadas as esperanças de milhões de brasileiros. E Liminha foi mais rápido. Na velocidade, passou pelo goleiro italiano e entrou com bola e tudo no gol da Juventus, empatando a partida em 2 a 2 e garantindo ao Palmeiras o título da Copa Rio de 1951.
Naquele momento, Liminha foi o responsável por levar o sorriso de volta ao rosto de milhões de brasileiros, que haviam chorado pela Seleção Brasileira na perda da Copa de 50, no mesmo Maracanã. O título ganhou a dimensão de um campeonato mundial de clubes pela importância das equipes envolvidas na disputa. A festa provocada pelo gol de Liminha não foi apenas dos palmeirenses, mas de todo o povo brasileiro, que viu na conquista do Verdão uma vitória do futebol canarinho.
No retorno à capital paulista, um milhão de pessoas recepcionaram os campeões do mundo, que gastaram mais de três dias na viagem, já que tinham de parar em todas as cidades para serem homenageados.
Para chegar aquela conquista, o Palmeiras teve de jogar sete vezes. Na primeira fase, venceu o Olympique Nice, da França, por 3 a 0 e o Estrela Vermelha, da Iugoslávia, por 2 a 1. O único revés aconteceu contra a Juventus, da Itália, quando o Verdão perdeu por 4 a 0, no Pacaembu. Classificado para a semifinal, o alviverde eliminou o Vasco, com dois jogos disputados no Rio de Janeiro. A partir desse momento, o clube paulista passou a contar com o apoio de toda a torcida carioca. Na final, contra a Juventus, o Verdão venceu a primeira partida por 1 a 0, com um gol de Rodrigues e ficou com a vantagem do empate no jogo decisivo.
No dia 22 de Julho de 1951, o Maracanã recebeu mais de 100 mil pessoas. E o grito uníssono não era "Palmeiras", mas sim "Brasil, Brasil". O alviverde, que, nove anos antes, fora obrigado a mudar de nome por causa de sua origem italiana, representava naquele dia os anseios de toda uma nação. No estádio, bandeiras do Brasil se misturavam às bandeiras verdes do Palmeiras. A Juventus esteve na frente a maior parte do tempo. Mas a torcida incentivava com os gritos de "Brasil, Brasil". Aos 32, o gol de Liminha deu início a festa. A derrota de 1950 estava, enfim, vingada.
1ª Fase
FICHA TÉCNICA:
PALMEIRAS (BRA) 3 X 0 OLYMPIQUE NICE (FRA)
Estádio: Estádio Pacaembú, em São Paulo (SP)
PALMEIRAS: Oberdan; Salvador, Juvenal, Waldemar Fiúme, Luis Villa, Dema; Lima, Achilles (Richard), Ponce de Leon, Jair (Rodrigues) e Canhotinho. Técnico: Ventura Cambon.
OLYMPIQUE NICE: Germanin, Parini, Firaud, Rossi, Golzales, Belva, Bonifaci (Camiglia), Leso (Cortoux), Bengtson, Carre e Jamalsson.
1ª Fase
FICHA TÉCNICA:
PALMEIRAS (BRA) 2 X 1 ESTRELA VERMELHA (IUG)
Estádio: Estádio Pacaembú, em São Paulo (SP)
PALMEIRAS: Oberdan; Salvador, Juvenal, Waldemar Fiúme, Luis Villa, Dema; Lima, Achiles, Liminha, Jair (Canhotinho) e Rodrigues. Técnico: Ventura Cambon.
ESTRELA VERMELHA: Kivocucic, Stanovic, Distric, Palfi, Djusrdevic, Dadic, Ongzanow, Mitic, Tomasevic, Djajic, Vukozaljavic.
1ª Fase
FICHA TÉCNICA:
PALMEIRAS (BRA) 0 X 4 JUVENTUS (ITA)
Estádio: Estádio Pacaembú, em São Paulo (SP)
PALMEIRAS: Oberdan; Sarno, Juvenal, Waldemar Fiúme, Túlio, Dema; Lima, Achiles (Ponce de Leon), Liminha, Canhotinho (Jair) e Rodrigues. Técnico: Ventura Cambon.
JUVENTUS: Viola, Bertucceli, Manente, Mari, Parola, Piccinini, Muccinelli, Karl Hansen, Boniperti, Johan Hansen (Vivole) e Praest. Técnico: Carver
Semifinal - 1º Jogo
FICHA TÉCNICA:
VASCO (BRA) 1 X 2 PALMEIRAS (BRA)
Estádio: Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
VASCO: Barbosa, Augusto, Clarel, Eli, Danilo, Alfredo, Tesourinha, Ipojucan (Vasconcelos), Friaça, Maneca e Djair. Técnico: Otto Glória.
PALMEIRAS: Fabio Crippa; Salvador, Juvenal, Waldemar Fiúme, Luis Villa, Dema; Liminha, Achilles, Richard, Jair e Rodrigues. Técnico: Ventura Cambon.
Semifinal 2ª Jogo
FICHA TÉCNICA:
VASCO (BRA) 0 X 0 PALMEIRAS (BRA)
Estádio: Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
VASCO: Barbosa, Augusto, Clarel, Eli, Danilo, Alfredo, Tesourinha, Vasconcelos, Friaça, Maneca e Djair. Técnico: Otto Glória.
PALMEIRAS: Fabio Crippa; Salvador, Juvenal, Waldemar Fiúme, Luis Villa, Dema; Liminha, Achilles, Richard, Jair e Rodrigues (Ponce de Leon). Técnico: Ventura Cambon.
Final - 1º Jogo
FICHA TÉCNICA:
PALMEIRAS (BRA) 1 X 0 JUVENTUS (ITA)
Estádio: Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
PALMEIRAS: Fabio Crippa; Salvador, Juvenal, Túlio, Luís Villa, Dema; Lima, Ponce de Leon, Liminha, Jair e Rodrigues. Técnico: Ventura Cambon.
JUVENTUS: Viola, Bertucceli, Manente, Mari, Ferrari, Piccinini, Muccinelli, Karl Hansen, Boniperti, Vivole e Praest. Técnico: Carver
Final - 2º Jogo FICHA TÉCNICA: PALMEIRAS (BRA) 2 X 2 JUVENTUS (ITA)
Estádio: Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
PALMEIRAS: Fabio Crippa; Salvador, Juvenal, Túlio, Luís Villa, Dema; Lima, Ponce de Leon (Canhotinho), Liminha, Jair e Rodrigues. Técnico: Ventura Cambon.
JUVENTUS: Viola, Bertucceli, Manente, Mari, Parola, Bizzoto, Muccinelli, Karl Hansen, Boniperti, Johan Hansen e Praest. Técnico: Carver
Libertadores 1999 - O título mais importante da história
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