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Zinho

Zinho teve três passagens pelo Palmeiras que somadas são cinco anos de clube, vestiu com muita vontade e amor, a camisa alviverde, onde conquistou oito títulos, chegou a Seleção Brasileira em 94 e conquistou a identificação do torcedor palmeirense em todas as suas passagens.

Um líder em campo

Crizam César de Oliveira Filho, mais conhecido como Zinho. Nascido no Rio de Janeiro, o meia foi participante e líder de grande parte das glórias do time. Teve três passagens pelo Palmeiras (92 a 94, 97 a 99 e 2002 a 2003), onde conquistou oito títulos, Paulista (93,94), Rio São Paulo (93), Brasileiro (93,94), Copa do Brasil (98), Mercosul (98) e Libertadores (99).

Sua história começa no Flamengo, onde foi promovido aos profissionais em 1986, encontrou um time bem montado, vencedor, com um amontoado de craques da época: Zé Carlos, Leandro, Andrade, e Zico. Foi com este último que o franzino Crizam teve suas primeiras lições, tomou seus primeiros conselhos. Soube guardá-los, e não demorou a ganhar oportunidades no time principal.

Em 87, fez parte do time que venceu a Copa União, uma das versões do Campeonato Brasileiro daquele ano. Pouco a pouco, ia ganhando seu espaço entre os medalhões. Com o título da Copa do Brasil de 90, sobre o Goiás, Zinho deixou de ser promessa e começou a figurar como um dos "homens do time". O precoce espírito de liderança e o carisma junto aos companheiros eram vantajosos para esse fim. Em 92, juntamente com o então quase quarentão Júnior, o goleiro Gilmar e o volante Uidemar, formava o sustentáculo do time campeão brasileiro sobre o Botafogo. Título este que lhe deu ainda maior visibilidade e a oportunidade de mudar de vida.

No segundo semestre de 92, na oportunidade, o combalido Palmeiras revolucionou o sistema administrativo do futebol brasileiro com uma parceira multimilionária com a Parmalat. A empresa assumiu o comando do departamento profissional injetando dólares a torto e a direito. E a contratação do ponta-esquerda do clube hegemônico no país na ocasião - indicada pelo técnico Otacílio Gonçalves - foi um dos alvos dos dirigentes palmeirenses.

Zinho chegou e já em 92 sagra-se vice-campeão paulista, perdendo o título para o forte São Paulo de Raí e Tele Santana. Era a primeira final que o clube disputava em seis anos, sinal de que o projeto começava com pé direito.

Até que em 93, mais doláres e mais craques chegaram ao Palmeiras e o time foi Campeão Paulista, do Rio São Paulo e Brasileiro, onde Zinho foi o destaque do esquadrão comandado por Wanderley Luxemburgo.

Em 94, Zinho continuou a ser destaque do time e ganhou projeção nacional, conquistou o bi-Paulista e Brasileiro e chegou a Seleção Brasileira pela primeira vez com o então técnico Parreira. No Mundial, nos EUA, Zinho virou um dos homens de confiança de Parreira e foi titular em quase todas as partidas até conquistar a Copa do Mundo na final com a Itália.

Em 95, seduzido pelo projeto de popularização do futebol japonês, o meia deixou o Parque Antarctica e foi a "Terra do Sol Nascente" juntamente com os parceiros de equipe, o atacante Evair e o meia César Sampaio, que partiram para o Oriente para ensinar futebol no Yokohama Flugels e fazer a independência financeira com os altos sálarios lá conquistados.

Até que em 97, o meia retorna ao Palmeiras, como o bom filho à casa torna, Zinho voltou ao seu lar, sob a tutela de Luiz Felipe Scolari. Como na sua chegada, em 92, logo no primeiro semestre conquistou um vice-campeonato, o do Brasileiro de 97. Um indício de que a sina de vitórias seguiria seu rumo. E não deu outra: Copa do Brasil (98), Mercosul (98) e a tão cobiçada Copa Libertadores da América (99) vieram demonstrar que o destino foi sábio. Mas, após conquistar o título mais importante do clube, a Copa Libertadores da América, o clube teve a chance de disputar o Mundial Interclubes, no Japão, e, já com uma instabilidade dentro do clube, o Palmeiras perdeu o Mundial para o Manchester United e dias após a derrota o meia deixou o Palmeiras novamente, na promessa de um dia voltar novamente a vestir a camisa verde e branca do Parque Antarctica.

Tanto foi que em 2002, a pedido de Luxemburgo, Zinho retornou ao Palmeiras pela terceira vez. Porém, com uma semana de clube, o jogador viu o técnico partir para o Cruzeiro e o Palmeiras cair na tabela, trocar de técnicos e perder, foi o pior capítulo da história do clube e de Zinho, uma história de vitórias que teve sua primeira mancha.

Em 2003, com o Palmeiras na série B e vivendo uma crise sem fim, o jogador acabou se desentendendo com o técnico Jair Picerni e acabou deixando o Parque Antártica novamente. Foi provar no Cruzeiro, a convite de Luxemburgo, que tinha ainda muito futebol para mostrar, foi a última passagem de Crizam César de Oliveira Filho na Sociedade Esportiva Palmeiras, uma história de vitórias, alegrias e de poucas tristezas, Zinho foi um líder em campo com a camisa alviverde, ele sempre deixou claro seu amor pelo Palmeiras, talvez pelos títulos aqui conquistados ou pelos seus cinco anos de clube, anos em que vestiu com muita vontade, determinação e amor a camisa alviverde do Palmeiras.

Todos esses atributos, no entanto, não despertam grande atenção da mídia. Zinho não é um jogador que faz do marketing pessoal um meio de divulgação, pelo contrário, é bastante discreto e faz questão de manter preservada a vida pessoal. Participa pouco de programas esportivos, não é capa de jornais, embora seja sempre uma liderança nos clubes em que joga.

FICHA COMPLETA:

Nome: Crizam César de Oliveira Filho
Nascimento: 17/06/67
Local: Rio de Janeiro - RJ
Quando Jogou: 5 anos (92-94 - 97-99 - 02-03)
Títulos no clube: Paulista (93 e 94), Brasileiro (93, 94), Rio-São Paulo (93), Copa do Brasil (98), Copa Mercosul (98), Libertadores (99)
Outros clubes: Yokohama Flugel (95-97), Grêmio (00-02), Cruzeiro (03), Flamengo (04)
Características: Meia de grande destaque do Palmeiras nos anos 90, teve três passagens pelo clube e oito títulos conquistados.

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