Clube do Santa Matilde SM 4.1
História
A Companhia Industrial Santa Matilde, foi fundada em 1916, em Conselheiro Lafaiete MG. Firmou-se no mercado à partir de 1926, com a fabricação e reparação de vagões de carga, e em 1946, com o início da fabricação de vagões de passageiros e de carga novos.
A fábrica Santa Matilde é uma das mais tradicionais fabricantes do setor no Brasil e no Mundo, com expressivas exportações para diversos Países, inclusive para os Estados Unidos da América. A produção de veículos ferroviários de passageiros encontram-se na Unidade Industrial de Três Rios - RJ. A produção de veículos ferroviários de cargas encontram-se na Unidade Industrial de Conselheiro Lafaiete - MG, onde também encontra-se a produção de truques ferroviários, tanto de passageiros quanto de carga. A empresa Santa Matilde contava, até primeiro semestre de 2000 com cerca de 500 funcionários.
A fabricação de um automóvel pela Companhia Industrial Santa Matilde foi uma inovação, ele foi despojadamente batizado de SM 4.1 (SM de Santa Matilde e 4.1 de cilindrada do motor - 4.093 cc). O projeto deste GT (gran turismo) foi realizado em meados da década de 70 e sua produção teve início em 1978 sendo produzido até o final da década de 80, início dos 90. Neste periodo de mais ou menos 12 anos - como um bom malte - saíram da fábrica de Três Rios 937 unidades do SM 4.1fonte Gazeta Mercantil, dado que não deixa nenhuma dúvida à respeito da exclusividade do modelo, quem sabe possa denominar-se um dos mais exclusivos automóveis produzidos pela indústria automobilística brasileira, disputando a posição de exclusividade com Puma, Miura, Adamo, Aldee, Dardo, Glaspac Cobra, Bianco S e Bianco Tarpan TS, Fúria GT, Farus, GT Malzoni, L'Automobile Ventura e Alfa Romeo P-3 réplica, Envemo Super 90 réplica Porsche 356, Laser, MP Lafer réplica MG TD, Avallone TF réplica MG TF, Volkswagen SP2 e Karmann-Ghia, Willys Interlagos, Capeta e Bino, Brasinca Uirapuru, FNM Alfa Romeo JK 2000 e Onça entre outros poucos.
O projeto do SM 4.1 foi assinado por Ana Lídia Pimentel Duarte da Fonseca, filha do Presidente da Companhia Industrial Santa Matilde, Humberto Pimentel. Com design de estilo arrojado, o GT 2+2 denominado SM 4.1 era dotado de carroceria em plástico reforçado com fibra de vidro com dois volumes e meio nos primeiros modelos (até 1983) e três volumes nos últimos (até o fim da produção), combinando linhas retas e curvas com traços em concordância harmônica e centro de gravidade baixo. Silhueta arredondada com corpo limpo, com linha de cintura baixa, com a presença da linha de caráter (até 1983), sem arestas ou vincos acentuados, sem frisos ou ranhuras, mas mesmo assim ou talvez por causa disso, muito agradável ao olhar. Enfim um carro de estilo leve, sem excesso de elementos estilísticos.
Entre 1975 e 1976 alguns protótipos realizaram testes de longa e curta duração para que fossem feitos os acertos finais e finalmente em 1978 surge no mercado automobilístico brasileiro uma opção bastante cara e de mesma forma exclusiva, o Santa Matilde SM 4.1. Veja (foto abaixo) SM 4.1 modelo 78 no Salão do Automóvel de 1978 realizado no Anhembi em São Paulo - SP.
Com o passar dos anos o SM 4.1 passou por grandes modificações. Vejam sua magnífica trajetória: