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Registros
de Vida são aqueles que documentam oficialmente a existência
do nosso antepassado. Eles podem ser encontrados a nível local,
estadual, federal ou no exterior. Eles estão divididos nas
seguintes categorias:
Se você souber muito pouco sobre sua família, é melhor "entrar de ré", isto é, procurar primeiro os dados sobre a morte da pessoa, depois os do casamento e finalmente os de nascimento. A razão para "entrar de ré" é que a Certidão de Óbito geralmente lhe informará a idade, data de nascimento, lugar de nascimento ou nomes dos pais, dos quais voce possivelmente não teria conhecimento para começar com o Registro de Nascimento. Comece pelo falecimento e trabalhe em direção ao passado. Terá maior probabilidade de sucesso e os registros da vida deles serão mais completos. Se não souber onde eles faleceram, procure primeiro no local da sua última residência conhecida. Se não tiver a menor pista sobre o local, comece a procurar a nivel estadual. Nas colônias mais antigas, os padres católicos e os pastores evangélicos mantinham livros de registros de batismos, casamentos e mortes, de maneira que é útil saber a religião dos antepassados. Um Korndörfer americano estava empacado nas suas pesquisas, até que descobriu que um antepassado evangélico havia casado em igreja católica e se tornado praticante... No Rio Grande do Sul, os genealogistas iniciaram e continuam a fazer o levantamento das igrejas evangélicas, que interessam mais aos descendentes de alemães. A Igreja Católica, em razão - talvez - de uma estrutura mais hierarquizada, coloca mais impecilhos ao acesso a tais livros. Exemplares dos livros de registro do século passado das igrejas evangélicas de Hamburgo Velho (3 volumes), Dois Irmãos, Ivoti, Estancia Velha, Igrejinha e Campo Bom já estão disponíveis. A Igreja Católica, de modo geral, guarda os registros antigos nas Cúrias Metropolitanas. Os registros de vida geralmente podem ser encontrados :
Se voce pedir certificados pelo correio, ou se estiver solicitando pesquisas através dele, procure limitar as suas pesquisas a um período de 10 anos. Forneça-lhes todas as informações que tiver em mãos: nome completo da pessoa, nomes dos pais dela, datas e local de nascimento. Pesquisas On-line, do tipo oferecido pelo Projeto Imigrantes, custam pelo menos R$ 12,oo, muitas vezes com resultados que deixam a desejar. Para localizar os arquivos locais da sua cidade, verifique a Lista Telefônica e a Prefeitura. Os Centros de História Familiar dos mórmons (Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias - também conhecida pelas siglas LDS ou SUD) de sua cidade podem ser localizados com um telefonema a qualquer das igrejas deles. Mais adiante comentarei a respeito. Entre os anos 1500 e 1900, praticamente todos os casamentos foram registrados em igrejas, por padres ou pastores. A Igreja Católica era a religião oficial no Brasil. Em várias colônias de alemães, onde muitos eram protestantes, demoraram a ser autorizados pastores, fazendo com que a própria comunidade assumisse esses registros. Por volta de 1840 aparecem os primeiros livros de registros nessas colonias no Rio Grande do Sul, sendo os casamentos e batismos anotados em vários casos, por pastores itinerantes. Os registros de casamento dessas colonias geralmente tinham o nome do noivo e da noiva, os nomes dos pais do noivo e da noiva, bem como a data do casamento. Adicionalmente, alguns registros trazem a informação de que os pais estariam mortos, sem determinar datas.Quando o noivo era imigrante, também informava-se sua cidade e país de procedência. Os registros de nascimento nas colonias de imigrantes também eram feitos pelas igrejas. Desses registros geralmente constavam os seguintes dados: Data do batismo, nome e sexo da criança, data de nascimento, nomes dos pais e nomes dos padrinhos (de 2 a 4). Lembre-se
que os nascimentos poderiam ocorrer em caso e o batismo (com o consequente
registro do nascimento) poderia ocorrer meses mais tarde.
Os registros de óbitos, até a chegada dos cartórios de registro civil, eram anotados pelas igrejas, portanto elas são a principal fonte de consulta. Os registros paroquiais geralmente continham, no mínimo
Age at death and possibly the birth date of the deceased
Em 1985, dois genealogistas fundadores do INGERS- Instituto Genealógico do RS, Walter Mabilde Dullius e Hugo Egon Petry, publicaram um trabalho inestimável para os descendentes de alemães, chamado Cemitérios das Colônias Alemãs no RS contendo mais de 10.000 nomes de pessoas, com data de nascimento e falecimento, enterradas em 98 cemitérios, vários dos quais já não mais existem, como pude constatar pessoalmente. Outra obra interessante, de 1978, de Betty Antunes de Oliveira (n.1919), do Colégio Brasileiro de Genealogia, é "Tombstone Records of the 'Campo' Cemetery" (Registros tumulares do Cemitério de Campo). Este cemitério é de Santa Barbara D'Oeste (SP), e faz parte dos estudos de Betty sobre a imigração dos confederados norte-americanos ao Brasil. Ao coletar esses dados de óbitos, lembre-se de usar uma folha em branco para cada sobrenome que tiver naquele determinado município ou região. Escreva o nome do registro de óbito, as datas cobertas por ele, o local e os sobrenomes que voce procurou. Lembre-se também de marcar (etiquetar com A.1, A.2, A.3. etc.) essas folhas de pesquisa e arquivá-las junto às pastas desses sobrenomes. Se encontrar alguma informação específica sobre uma pessoa, escreva-a na sua árvore de pedigree e nas folhas de família, fazendo referência ao número da pesquisa, para informação futura. Esses registros geralmente passaram a ser feitos na mesma época dos registros de casamento e nascimento. A maioria dos países permite acesso público aos registros de divórcio. Entretanto, os registros de adoção tem uma confidencialidade maior e, muitas vezes, necessita-se aprovação de um Juiz e, para tal, é preciso ter uma razão muito boa - necessidades médicas, por exemplo. No Brasil, rastrear registros de adoção apresentam complicações extras: instituições de caridade fecharam suas portas, as crianças são registradas como filhos legítimos, há adoções ilegais e ainda adoções informais, nunca registradas oficialmente. Sem falar da "exportação" ilegal de bebês, tão propalada na imprensa. E então? Pronto para a próxima lição??
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