Ao contrário do que
muita gente pensa, a busca pelos seus antepassados começa em casa.
A primeira coisa a fazer é juntar tudo aquilo que tenha a ver com
a história da sua família. Pode ser que voce nunca tivesse
pensado em alguma delas.Eis a lista.
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Fotografias
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Bíblias familiares; certidões
de batismo.
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Cartas trocadas por pessoas
da família
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Cópias de Testamentos
ou de Inventários
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Registros de Imóveis
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Histórias familiares,
contadas na mesa
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Certidões de Nascimento,
Casamento e Óbito
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Documentos Militares
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Boletins e Cadernos Escolares
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Passaportes ou Salvo-Condutos
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Livros antigos.
Eu não saberia enfatizar
quão importante é recolher as histórias orais de familiares
e parentes mais idosos. Aproveite essa fonte de informação
ao máximo: logo elas secarão. Comece pelos mais velhos.
Se tiver um gravador, registre as conversas. Procure anotar as lembranças
delas. Faça perguntas sobre as coisas "do tempo delas".
Você notará
que duas pessoas contarão a mesma história de modo bem diferente.
Pense nelas como testemunhas olhando os fatos de angulos diferentes, que
lhe permitirão enxergar melhor as nuances do fato. Para alguns,
tudo foi lindo; para outros, tudo foi dramático. Confira os dados,
pois as memórias dos velhinhos nem sempre são uma Brastemp!
Recentemente passei dois
dias com uma tia nascida em 1908, que não via há uns quinze
anos. Passeamos pelas terras do nosso ancestral que emigrou ao Brasil
e pelos cemitérios da família, recordando coisas. Seu comentário:
"Foi um dos melhores dias da minha vida." Pode crer: eles adoram relembrar!
Eis algumas perguntas que
voce não pode deixar de fazer:
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Quais as escolas que voce freqüentou?
O que você fazia nas suas férias escolares, quando era pequena?
Para onde ia a família?
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Quem voces visitavam? Onde eles
moravam? A casa/lugar ainda existe? Voce tem fotografias?
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Que idade você tinha quando
seus avós morreram?
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Você lembra os nomes dos
irmãos dos seus avós?
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Eles falavam sobre os pais deles?
De onde tinham vindo? Como vieram? Onde haviam sido enterrados?
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Qual a profissão dos
seus pais? De onde vinha o sustento deles?
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Havia segredos familiares? Fofocas?
Crianças nascidas fora do casamento? Filhos adotivos?
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Eles falavam alguma língua
estrangeira? Contavam histórias de outros países?
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Eles tinham apelidos que gostavam
de usar entre si, e que indicassem de onde eles teriam vindo?
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A que igreja pertenciam?
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Algum deles era militar? Serviu
no exército? Lutou em alguma guerra?
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Eles pertenciam a alguma organização,
entidade, clube? Ocuparam cargos nelas?
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O que você lembra dos
meus pais, antes que eu nascesse, quando eles eram pequenos?
Ah, e as histórias que
você escuta! Minha mãe contou uma do seu casamento, realizado
na Igreja Evangélica de Hamburgo Velho (RS), nos anos 40. O pastor
Pommer, um alemão legítimo :-) , tinha um sotaque terrível
e, ao ao entregar solenemente os anéis aos noivos, desejou-lhes
com grande entusiasmo: "Que o amor de voces seja firme como este arco!!"
Porém, devido ao terrível sotaque, os convidados escutaram
algo parecido com: "Khe o amoar te focês secha firme komo ESTERCO!!!"
É incrível
o que podemos aprender apenas escutando nossos parentes. O primeiro passo
para iniciar sua genealogia é juntar as coisas que você tem
em casa. O segundo passo é contatar seus parentes. Divirta-se!!
Você vai escutar histórias de todos os tipos: alguma gozadas
e outras tristes; umas salgadas e outras picantes..... Aprenderá
coisas que nunca imaginaria terem acontecido!
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