|
|
|
Agora
que você organizou o que sabe nas Folhas das Famílias, começaremos
a nos preparar e a nos organizar para iniciarmos a pesquisa. Sinceramente,
gostaria que alguém tivesse me falado dessas coisas há muitos
anos atras, quando comecei a pesquisar. Minha bacunça seria bem
menor. As "filosofias" que regem a nossa metodologia de pesquisa são:
a) Procurar manter um registro das fontes das informações pesquisadas, de modo a que se possa voltar àquela fonte, se necessário, para rever os dados obtidos. Um exemplo: Ao pesquisar no Arquivo Nacional, encontrei uma lista de imigrantes chegados ao Rio de Janeiros no navio BRODTRAE, na qual aparecia o colono chamado Brückner, pai de uma Brückner casada com um Korndörfer. Posteriormente, descobri que esse Brückner havia chegado em São Leopoldo (RS), em 4/2/1827 junto com meu antepassado !!. O que pode indicar que também chegaram juntos da Alemanha no mesmo navio. Portanto, preciso voltar e pesquisar novamente sobre este navio. Se não tivesse anotado onde estava a informação, e a numeração do documento lá no Arq.Nacional, perderia muito tempo procurando.... b) Manter um registro do caminho percorrido e das descobertas feitas, para poder voltar atrás e retomar as pesquisas em outras direções. O registro também permite que voce passe tempos longos sem pesquisar um determinado antepassado e, quando tiver tempo ou aparecerem informações novas, poderá retomar a pesquisa de onde parou. O registro permitirá também que outras pessoas da família ajudem nas pesquisas sem que elas precisem olhar nos mesmos lugares. Gostaria de ressaltar que essas medidas, apesar de não serem estritamente necessárias para você montar a sua árvore, serão extremamente úteis para que voce mantenha suas pesquisas bem direcionadas, maximizarão o resultado dos seus esforços e permitirão que os seus familiares e descendentes participem delas, facilitando a continuidade. Até hoje fico matutando de onde o meu avô, nos anos 30, teria descoberto que o Brückner mencionado acima chegou em 4/2/1827 a São Leopoldo!!! Vamos ao que interessa!! Você necessitará:
O Registro de Correspondência guardará um registro de cada carta ou email que voce escrever, e cada carta ou email que voce receber, que estejam relacionados com essa Folha da Familia. O importante é que voce registre a data (para saber QUANDO voce procurou por uma informação), o assunto/informação (O QUE) que voce procurava e o local onde encontrou a responsta(ONDE). Para nós brasileiros, essas providências soam demasiadamente burocráticas. Só a experiência convencerá você da utilidade destes registros, pois certamente haverá ocasiões em que você precisará verificar informações já pesquisadas, e, se tiver esser registros, voce poderá rever suas anotações de onde e como conseguiu a informação e o que foi verificado. Também é importante que os registros de uma informação que voce encontrou estejam relacionados com os papéis que você estiver arquivando no Relatório de Pesquisas. Por exemplo, se você estiver pesquisando os registros de nascimento na igreja evangélica de Curitiba, no período de 1840 a 1860 - e encontrar a informação - você deve relatar a pesquisa em um papel, separado dos documentos comprobatórios das suas descobertas. Digamos que esse papel conte a Pesquisa A - sua incursão na Igreja Evangélica de Curitiba. Durante a Pesquisa A voce irá encontrando vários documentos comprobatórios das informações que procura (por exemplo, o registro de batismo, de vários indivíduos da sua família). Para relacionar esses documentos com o Registro de Pesquisa, coloque no canto inferior direito do documento um número de referência (por exemplo, A.1) . Se voce tiver 10 documentos comprobatórios, eles receberão os números de A.1 a A.10, e você sempre saberá que eles foram obtidos na Pesquisa A, realizada na data X na Igreja Evangélica de Curitiba. Você poderá voltar lá a qualquer momento, para verificar suas informações. Coloque esses documentos numerados de A.1 a A.10 logo abaixo da folha contendo o relato da sua Pesquisa A.
Cada registro novo deve ter uma anotação diferente. Se voce
voltasse à Igreja Evangélica de Curitiba para pesquisar os
casamentos de 1840 a 1860, por exemplo, nomearia o relato
como Pesquisa B - Segunda incursão na Igreja Evangélica de
Curitiba. E os documentos comprobatórios encontrados receberiam
a numeração B.1 até B.10 (ou quantos forem encontrados)
Agora que você já se organizou com as informações que possui, está pronto para iniciar-se nessa grande aventura que é pesquisar a história da sua família!! Escolha um sobrenome para começar. Concentre-se em uma família apenas, até adquirir bastante experiência. Desse modo é mais fácil registrar e rastrear suas pesquisas. Mais tarde, se achar conveniente, você poderá abrir a sua segunda família de pesquisa, a terceira, quarta e assim por diante. Um pesquisador experiente consegue trabalhar com as várias famílias ao mesmo tempo, pois já está bem organizado.
|