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por LUÍS ALBERTO CALDEIRA . de BELO HORIZONTE - MG
  
 

novembro/2001 ::

"Fatos que mexem com a vida do cidadão mineiro"

BENNY COHEN, editor-chefe e apresentador do "Jornal da Alterosa",
da TV Alterosa, empresa do grupo Associados Minas Gerais, afiliada ao SBT

         Jornalista, pós-graduado em Marketing, hoje editor-chefe e apresentador do "Jornal da Alterosa". Benny Cohen é uma das forças que faz crescer a TV Alterosa, emissora afiliada ao SBT em Minas Gerais. Há onze meses, aquele jornalístico é o preferido entre os mineiros, segundo a medição do Ibope. Este sucesso vem se consolidando desde 1986, quando o "Jornal da Alterosa" entrou no ar pela primeira vez, exatamente em 4 de novembro daquele ano. Muita coisa mudou de lá para cá.

         Depois que a audiência domiciliar de Belo Horizonte passou a ser medida eletronicamente e não mais manualmente, já foi possível ter o controle dos números de audiência de forma rápida, e foi a partir daí que a TV Alterosa passou a trabalhar acompanhando como determinado assunto agradava ou não os telespectadores. Pôde se realizar uma mudança editorial no jornal aos poucos.

         "Noticiar os fatos que mexem com a vida do cidadão mineiro" é a filosofia do "Jornal da Alterosa". Partindo deste pressuposto, as reportagens do jornal são produzidas de forma a mostrar sem máscaras a realidade do país e poder contribuir de alguma forma com o cidadão, contrariando o que alguns conceituam como "exploração da miséria humana".

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CONTROLE REMOTO - O "Jornal da Alterosa" está completando cinco anos no ar. Quais foram as mudanças mais significativas na linha editorial do jornal neste tempo?

BENNY - "Hoje, temos um 'mix' de assuntos interessantes, mas segue uma linha geral que é cobrir os temas que mexem com a vida do cidadão. Tem um assunto econômico que vai mexer no salário dele, a gente vai cobrir. Questão de segurança pública: o medo das pessoas de andar nas ruas, a violência. Emprego, que é um assunto presente diariamente no 'Jornal da Alterosa', e outros nessa linha. Mas basicamente estar atento aos fatos que mexem com a vida do cidadão mineiro".

CR - A linguagem do jornal se tornou mais popular?

BENNY - "O que nós fizemos no 'JA', que foi uma fórmula de sucesso, foi a adoção do plano-seqüência, popularizado no Brasil no 'Aqui Agora'. Nós utilizamos o que o plano-seqüência tinha de bom e eliminamos o ruim. No 'Aqui Agora', o repórter chegava no local da matéria e já disparava a câmera mesmo sem saber o que estava acontecendo. No 'JA', o repórter chega no local, dá uma primeira avaliada na situação antes de gravar. Aí ele planeja os planos-seqüência com o cinegrafista. Isso resultou em matérias menores. As matérias do 'Aqui Agora' chegavam a ter nove minutos. No 'JA', quando é uma matéria grande, tem três, e matérias com conteúdo, porque, às vezes, no 'Aqui Agora', você tinha uma matéria de nove minutos e, se espremesse, resultava em dois minutos de informação. Hoje nós utilizamos a virtude do plano-seqüência, que é o movimento, a presença do repórter contando uma história, a participação dele ali junto com o fato. O telespectador valoriza quando vê que o repórter está ali presente, junto com o fato, contando detalhes, vendo o que não pôde conferir pessoalmente. A credibilidade do programa está ali.

CR - Em todas as matérias, há esta característica?

BENNY - "Não, os repórteres não são obrigados a usar o plano-seqüência. Foi um processo de transição sair da forma tradicional 'off - passagem - off - entrevista' para um plano-seqüência. Uma transição demorada e dolorosa, muitas vezes, para os repórteres, que não estavam acostumados. Alguns adaptaram mais rapidamente, outros levaram um pouco mais de tempo, mas hoje os repórteres que são da casa fazem isso com muita naturalidade".

CR - Quais foram outras características que o 'JA' herdou do 'Aqui Agora'?

BENNY - "Eu acho que essa ligação com a vida do cidadão. Televisão é um meio muito específico.
Numa rede de televisão aberta, uma empresa que é comercial, não vejo muito espaço para se discutir assuntos que, às vezes, são de grande profundidade se não se souber tratá-los com imagem, com ações dinâmicas, que prendam a atenção do telespectador.
Uma emissora comercial precisa vender espaço para sobreviver porque é uma empresa particular privada como qualquer outra. Não adianta querer fazer uma televisão da nossa cabeça, mas uma televisão que funciona, senão amanhã a empresa fecha e vai todo mundo para casa. O ideal é quando você consegue aliar uma cobertura que seja jornalística e que também que seja atraente para o telespectador: esse é o grande segredo. Quando você faz uma coisa que é só jornalística e envereda por caminhos que, às vezes, não trazem o interesse do telespectador, você errou. Se você fizer uma coisa que é só popular, no sentido pejorativo, popularesco, esquecendo do lado jornalístico, você também errou. O legal é quando você consegue fazer essa combinação das duas coisas: uma cobertura jornalística que seja popular no sentido popular de falar de assuntos que seja da realidade e do cotidiano do cidadão".

CR - Temas como dramas humanos, reportagens policiais e entrevistas com artistas famosos são freqüentes no 'JA'. É isso que o povo quer?

BENNY - "Não é só, mas é também. O 'JA' tem um propósito que é ser um programa informativo e também de entretenimento. Então, na hora do almoço, a gente mistura um pouco do que a gente chama de "hard news", cobrindo o noticiário do dia, com algo sempre de entretenimento. A gente recebe muitas cartas de pessoas perguntando sobre coisas ligadas ao mundo da TV. As pessoas têm muito interesse. Nas questões policiais, a gente procura sempre dá uma atenção pra questão da violência urbana, sobre a insegurança que mexe com as pessoas hoje. Nas matérias do 'JA', os repórteres sempre trazem algum tipo de alerta. Se foi um assassinato, como que a pessoa caiu naquela situação, como que ela foi envolvida; Ou se é um golpe, um alerta para que a pessoa não caia naquele mesmo golpe.
No caso dos dramas, o que a gente percebe é que a maioria das emissoras, infelizmente, não consegue abrir espaço para certas camadas da população que não encontram no Estado ou na sociedade organizada caminhos para resolver seus problemas.
Nós temos um Estado problemático, com falta de recursos. A própria sociedade civil está encontrando na terceira via, nas ONGs ou nas creches, nos asilos, instituições de caridade, filantropia, meios de suprir as deficiências de um Estado praticamente falido nesse setor. O 'JA' procura abrir espaço para pessoas que, por exemplo, não conseguem assistência médica de jeito nenhum, que estão em situação desesperadora. Em geral, são famílias com pessoas desempregas, com doentes, sem dinheiro, vivendo em más condições, o pior dos mundos para essas pessoas. E elas não têm o menor acesso a qualquer lugar para encontrarem uma solução para seus problemas. O 'JA', eventualmente, não todo dia, faz matérias com casos de ajuda. O que a gente percebe é que a sociedade tem uma vontade enorme de ajudar porque cada matéria dessa, chove telefonemas. As pessoas sempre têm alguma contribuição, ou é uma roupa, dinheiro, um aparelho, um equipamento, uma cadeira de rodas, próteses...
O jornal acaba sendo apenas um intermediário entre essas pessoas que não têm voz na sociedade organizada e as pessoas que estão aí dispostas a ajudar e, às vezes, não sabem a quem encaminhar este tipo de ajuda. Acaba sendo um papel importante. Muita gente acha que isso é ficar explorando a miséria humana. Isso é coisa de quem não quer ajudar.
A miséria humana está lá e a gente vai deixar lá, sem fazer nada? Por que não ajudar uma pessoa? Talvez seja melhor ajudar uma dessas pessoas a não ajudar ninguém".



Estúdio do "Jornal da Alterosa", com Benny Cohen e Laura Lima,
apresentadores, e a presença do polêmico Ratinho, quando
esteve em Belo Horizonte, em out/2001

CR - Esse é um dos papéis sociais do jornalista?

BENNY - "Digamos que sim. As pessoas ligam demais para nós e se a gente virar a cara para isso é desumano. As pessoas vêm aqui diariamente dizendo 'meu filho está desaparecido... meu tio é deficiente mental e sumiu na rodoviária' e a gente falava assim: 'vai lá na rádio Itatiaia que eles divulgam uma nota... ou então no Estado de Minas que eles põem uma foto dele lá no jornal'... Quer dizer, a gente virava a cara para o nosso telespectador. Estávamos dispensando as pessoas que vêm nos procurar e isso é um absurdo. Criamos, então, no 'JA', uma coluna de desaparecidos e foi muito gratificante. Já divulgamos cerca de 2000 fotos e o índice de encontros de pessoas é uma coisa absurda. Então, isso não é prestar um serviço para a comunidade? Nós estamos num meio eletrônico de alta audiência. Às vezes, a gente coloca uma foto aqui, dois minutos depois, alguém liga. Quantas e quantas vezes isso já não aconteceu... Isso não é fazer um papel social? É, mas tem gente que acha que isso é explorar a miséria humana... Essas pessoas têm direito também mas não conseguem em outros lugares. Esse mesmo comportamento, tivemos com outros assuntos também. Por isso que o 'JA' colocou uma coluna de desaparecidos, outra de bolsas de emprego, que hoje outros jornais de televisão fazem também. São coisas simples mas que, às vezes, a gente não está enxergando. Esse país está com quantos milhões de desempregados? Por que não podemos ajudar essas pessoas a encontrar emprego? Vamos colocar no ar uma bolsa de empregos. Hoje, o jornal tem três. Então, são coisas deste tipo que funcionam bem, tendo um retorno interessante da população sobre esta prestação de serviço".

CR - Diariamente, o 'JA' traz profissionais para responder dúvidas do telespectador à respeito da Sexualidade, Direitos do Consumidor, Direitos do Trabalho, Direitos da Família e Busca da Felicidade. A participação do público é grande?

BENNY - "É enorme. Cada um destes colunistas tem uma pasta onde a gente vai acumulando as cartas que chegam e as pastas quase que não dão. São muitas perguntas. Mas a gente pelo menos consegue dedicar um espaço, o retorno é muito bom, principalmente esses assuntos em que as pessoas estão adquirindo uma consciência maior recentemente. Por exemplo, Direito do Consumidor e Direito do Trabalho. É impressionante como que o brasileiro, de uma forma geral, não tinha consciência sobre os direitos dele. Procuramos destacar aqueles que são assuntos mais gerais, que, às vezes, uma pergunta que tem interesse que não é muito específica. A gente procura até dar atenção para esses assuntos que ajuda a conscientizar um maior número de pessoas ao mesmo tempo. O Direito do Trabalho é a mesma coisa. A lei trabalhista brasileira é cheia de artigos, ninguém consegue decorar a lei do trabalho. Não é só para o trabalhador, mas para o patrão também, mesmo caso do Direito do Consumidor. O dono de uma loja, por exemplo, é consumidor também quando ele compra do fornecedor dele. Essas relações no código do consumidor estão previstas e a gente abre espaço para essas pessoas. É uma forma de orientar, de esclarecer e de melhorar as relações de consumo neste caso e as relações trabalhistas entre patrão e empregado".

CR - As dúvidas se repetem muito?

BENNY - "Quando tem uma pergunta que se repete muito, a gente coloca no ar porque vai atender a um grande número de pessoas de uma vez só. Elas são infinitas, dos assuntos mais diversos".

CR - A mídia muitas vezes agenda os assuntos que devem ser discutidos pelas pessoas, dando maior importância a certos fatos e outros não. Como exemplo, a gravidez da Xuxa, deixando de noticiar outros fatos. O Sr. crê que a mídia reponde pela vontade do público?

BENNY - "É muito relativo. As emissoras comerciais trabalham com esse lado popular. A Xuxa é um fenômeno de audiência, uma pessoa querida no país inteiro. Não tratar da gravidez da Xuxa é querer ser ingênuo demais, porque as pessoas esperam o jornal para saber qual vai ser o nome da filha da Xuxa, como ela é, qual a cor dos olhos, como vai ser o quarto do bebê. Lembro-me a que você está se referindo. Realmente, o 'Jornal Nacional' exagerou, mas ela é uma contratada da casa. A Globo sabe o que ela faz. De uma certa maneira, há espaço para todos. Evidentemente que as emissoras erram, mas é inegável que você não pode de deixar de cobrir esse caso já que as pessoas querem saber. Essa área de entretenimento é uma das áreas em que há a maior demanda. As pessoas têm interesse pelo mundo artístico; querem saber detalhes da vida dos famosas. Isso faz parte da imaginação das pessoas. São assuntos legais de serem tratados em televisão porque geram imagem e, as entrevistas, em geral, são emocionantes, bonitas, tocantes; são assuntos para TV. O meio televisão tem características próprias e não se pode cobrar da televisão um comportamento, às vezes, de jornal impresso, porque isso iria contrariar a natureza da televisão. TV é imagem, movimento, ação. A gente tem que procurar cobrir assuntos que permitam a televisão fazer melhor do que o jornal ou o rádio, por exemplo. Agora, as reflexões profundas sobre assuntos brasileiros ou mundiais cabem mais ao jornal impresso. Você não pode vir para a televisão procurando uma reflexão profunda sobre a guerra dos EUA, os atentados terroristas, mas a cobertura do atentado, você tem que procurar na televisão, porque ela é imediata, é ao vivo, está mostrando o prédio desabando, pegando fogo, o socorro dos bombeiros".

CR - Como o Sr. analisa o jornalismo-show muito presente hoje na TV?

BENNY - "Eu acho que tem espaço para tudo. Por exemplo, o Gugu e o Faustão encontraram uma fórmula de abordar esses assuntos usando jornalismo. Não vejo mal nenhum. É uma espécie de jornalismo você cobrir o mundo artístico. Aqui na Alterosa, por exemplo, a gente tem o Robson que faz o 'Prosa Alterosa'. São coisas sensacionais para televisão, divertidas, que a gente gosta, ri, que faz parte da TV. Serve como lazer, principalmente na hora do almoço, que as pessoas não querem só ver notícias. A gente tenta fazer esse 'mix' entre o 'hard news', as notícias do dia, e alguma coisa que seja divertida. Esse 'mix' é o legal da televisão. No 'JA' , tem sido uma fórmula de sucesso".

CR - O 'JA' tem um público-alvo, em se tratando de classes sociais?

BENNY - "A gente quer que todas as pessoas assistam o jornal. O nosso público-alvo é toda a sociedade. A gente não trabalha especificamente para um público. Sabemos que o universo de telespectadores do 'JA' reproduz um pouco o que é o universo social: tem uma preponderância de classes D e E, assim como a sociedade tem, depois um tanto de classe C e um pouco menos de AB. Se você olhar no perfil da TV Globo, você vai encontrar a mesma coisa. O perfil do 'MGTV' é muito parecido com o do 'JA', com variações de 3 ou 4 pontos para cima ou para baixo de classe AB, C, classe DE, porque é esse o universo social também. Temos muito mais classes DE do que classe C, e muitos classes CDE do que AB".



Benny Cohen e Helena Barone
apresentando o "Jornal da Alterosa"

CR - O sinal da TV Alterosa chega a 841 municípios de Minas Gerais. As matérias exibidas pelo 'JA' respondem ao que acontece de mais importante em nosso Estado ou há a necessidade de se produzir um jornalístico em cada região?

BENNY - "Hoje, a gente consegue estar em 100% do Estado. A intenção é essa: cobrir os principais assuntos. Fazemos um jornal bastante regional. Às vezes, costuma entrar uma ou duas matérias de Belo Horizonte, o resto é do interior, mas depende muito do dia, do que foi destaque no interior. Isso vale para o esporte também. A gente consegue cobrir bem a primeira, a segunda, e eventualmente, até a terceira divisão bem, porque, com as equipes espalhadas pelo Estado, dá para a gente estar em todos os locais que têm jogo".

CR - As afiliadas do SBT nos demais Estados também produzem telejornais locais?

BENNY - "Não é em todas as cidades. Eu sei que Recife produz... Curitiba tinha um telejornal... Goiânia tem um jornal muito bom, forte, na hora do almoço, até com mais tempo do que a gente... Em Manaus também... Algumas capitais, o SBT tem jornais locais... A TV Alterosa, embora seja afiliada ao SBT, ela não é do SBT. A gente não participa da política do SBT no que se refere ao jornalismo. Temos autonomia e independência para trabalhar aqui. A gente trabalha como parceiro; as nossas matérias vão para rede, eles nos pedem matéria".

CR - Como é fazer jornalismo numa afiliada de uma emissora que tem primado pela utilização do jornalismo para alavancar o ibope de programas populares de auditório?

BENNY - "De uns anos para cá, o Silvio Santos tem sido uma pessoa muito focada em entretenimento. Isso deve ter várias explicações para ele que a gente não tem conhecimento, mas provavelmente algumas coisas ligadas a custos. O jornalismo é uma atividade cara. Também, provavelmente, olhando a questão da audiência. Embora o Gugu, o Ratinho, esporadicamente, se utilizem de jornalismo para montar os programas, é uma emissora que não faz jornalismo com a mesma força que fazia no passado. Para nós, não é bom.
Sentimos muita falta de um suporte de rede e gostaríamos muito que o SBT investisse mais em jornalismo.
Por exemplo, no dia dos atentados às torres gêmeas em Nova Yorque, foi um dia triste para o mundo e, no ponto de vista profissional, foi ruim para nós também, porque a gente custou a ter material bom, enquanto a concorrente principal logo entrou ao vivo, com imagens de lá. O SBT levou mais de meia-hora para entrar de lá e sentimos as deficiências disso. É trabalhar com os recursos com que você tem. Enquanto o SBT não voltar a olhar para o jornalismo com os mesmos olhos que ela olha hoje para programas de entretenimento, ela vai continuar sofrendo isso. O que a gente faz regionalmente é tentar virar essa mesa. O que os resultados de audiência têm mostrado nos últimos meses que o telespectador tem nos dado preferência em relação ao concorrente principal. O 'JA' é líder na média dos últimos onze meses no horário. Isso para nós é muito gratificante porque a gente tem uma estrutura pequena, somos poucos repórteres, poucos editores, somos incomparavelmente menores que nosso concorrente principal mas a gente consegue competir com eles".

 

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