13/05/02
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Show na
MTV marca retorno de Paulo Ricardo
aos saudosos tempos do RPM
Barba rala, camiseta aberta no
peito, calça jeans, cabelo despenteado caindo nos
olhos: está de volta o velho Paulo Ricardo dos anos
80; diferente daquele outro Paulo, de terno,
engomado, cabelo escovado para trás, que cantava
música romântica. Que venham as críticas a dizer
que o RPM vem retornar como forma comercial... RPM
está de volta sim, mas para retomar o sucesso do
rock nacional, com letras inteligentes e musicalidade
forte. Os quatro coiotes renasceram: Fernando Deluqui
na guitarra, violão e vocais, Luiz Schiavon nos
teclados, Paulo "PA" Pagni na bateria e
vocais e Paulo Ricardo, voz e baixo, a mesma
formação inicial. São quatro músicos por
excelência. RPM é uma das poucas bandas de
rock que dá a chance da participação ativa de
todos os integrantes, inclusive com a forte presença
do teclado nas músicas, como na canção
instrumental "Naja". Particularmente, foi
no Schiavon em quem me espelhei para começar a tocar
o mesmo instrumento que ele.
Paulo Ricardo (voz e baixo) volta ao seu
visual "rebelde", enquanto Fernando
Deluqui (guitarra, violão e vocais), de boina, mais
aparenta o Kléber do "Big Brother Brasil"
O RPM foi uma histeria só nos
anos 80, banda que abriu de vez as portas para o rock
nacional. O LP "Rádio Pirata ao vivo",
gravado em 1986, foi um dos discos mais vendidos na
época. Quem viveu aquela realidade nunca se esquece,
por exemplo, do sucesso "London London".
Aliás, muita coisa mudou de
lá pra cá. Pode-se dizer que os quatro integrantes
do grupo estão mais maduros, para não falar que
estão meio "tiozinhos", mas ainda guardam
em si o mesmo pique dos anos 80.
Foram 12 anos de silêncio do
RPM, e agora a banda volta com um novo CD, gravado
num show promovido pela MTV Brasil nos dias 26 e 27
de março deste ano, em São Paulo, e levado ao ar no
último final-de-semana. No novo disco, há sucessos
antigos, remakes e inéditas, músicas como
"Rádio Pirata", "Revoluções por
Minuto", "Olhar 43", "Alvorada
Voraz", "Louras Geladas",
"Naja", "London London",
"Vem pra Mim", "Carbono 14",
"Rainha", "A Cruz e a Espada",
"Exagerado" e "Vida Real",
canção-tema do programa "Big Brother
Brasil", da TV Globo.
Falando em TV, o primeiro
programa televisivo em que a banda RPM teve a
oportunidade de participar foi no saudoso Bolinha, da
Bandeirantes.
Após 12 anos, RPM volta com a mesma
formação, todos já meio "tiozinhos", mas
ainda
tocando muito. Acima, Luiz Schiavon (teclados) e Paulo
"PA" Pagni (bateria e vocais)
O CD 2002 do RPM está a sair
já nas lojas - o que há semanas já está nas
prateleiras dos camelôs nas grandes cidades.
Incrível como a pirataria está mais eficaz do que
se imagina... O preço do disco no mercado
"ambulante" está a 5 reais... Mas se você
for comprar um CD pirata, recomendo o da Kelly Key
(aliás, compre não!)... vale mais prestigiar o RPM
adquirindo o CD original - isso não é jabá, tá?
Com a força de uma MTV, que na
época não existia, a banda agora tem tudo para
decolar novamente. Logo se iniciarão as turnês no
Brasil, e vale a moçada dessa nova geração se
ligar nessa banda... RPM na veia!
w w w . c o n t r o l e r e m o t o . c
o m
27/04/02
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Apresentador
João Kléber faz programa "BO"
para telespectador desavisado
É explorando o método
"embromation", procedimento usado para
enrolar o telespectador e segurar a audiência, como
já foi explicado e publicado no site
ControleRemoto.Com, que o ex-humorista João Kléber
conseguiu ressurgir na mídia, chance dada a ele pela
RedeTV!.
Sobre tal forma de se fazer
televisão, por um lado, é certa a afirmação de
que a TV aberta não deixa de ser uma empresa privada
e que precisa conquistar anunciantes e, para tanto,
necessita de uma certa audiência. O que acontece,
por outro lado, é que, hoje, muitos programas
televisivos têm explorado ao máximo aquela
afirmativa, de que precisam vender o seu espaço, e
quem acaba pagando a conta é mesmo o telespectador.
João Kléber cochicha
no ouvido da produção, enquanto
observa discretamente um monitor que exibe números do
Ibope
Na última segunda-feira, dia
22 de abril, João Kléber, apresentando o
"Você na TV", excedeu os limites do
sensacional, superou ele mesmo quando comanda o
quadro "Vida de Novela" - em seu outro
programa "Canal Aberto", da RedeTV!, onde
passa uma hora apresentando uma história que poderia
bem ser contada em cinco minutos - e provou uma vez
mais que é o líder absoluto em criar um clima na
televisão. Aliás, quem o classificou assim foi o
apresentador Marcos Mion, que apresenta o
"Descontrole", na Band, onde até produziu
uma sátira do programa de João Kléber.
O "Você na TV"
poderia ser tudo aquilo que Mion ironizou em seu
programa, mas até então, particularmente, preferia
manter o meu televisor ligado em João Kléber todas
as semanas no início da madrugada de segunda para
terça-feira, horário em que não se encontra um
programa popular de gênero semelhante transmitido ao
vivo, como forma de entreter quem espera pelo sono
chegar. Mas depois do últmo dia 22 de abril, seria
ignorância de qualquer pessoa manter-se acordada
para acompanhar o "Você na TV", ao não
ser que seja para escrever uma crítica no dia
seguinte.
Apresentando o quadro
"Teste de Fidelidade", João Kléber a todo
momento incitava a participante, que pediu para
testar seu marido, perguntando: "Você tem
certeza que quer ver? São imagens fortes... Eu acho
que você não deveria continuar vendo". Só que
ela queria ver sim, e estava certa disso, tanto que
até criticou sutilmente as insistências do
apresentador de interromper as imagens exibidas de
seu marido sendo "testado".
João Kléber não viu outro
caminho a não ser... criar um clima! Daí todo um
ritual que já está ficando marcado. Então, João
Kléber consulta a produção do programa, cochicha
no ouvido das pessoas dali (enquanto olha os números
do ibope discretamente), expressa no rosto ares de
preocupação, morde as unhas, passa o lenço na
testa para tirar o suor... E o telespectador,
coitado, sem saber o que acontece - e estimulado a
saber o que irá acontecer - ouve somente uma música
de suspense, e lê no letreiro mensagens como a do
programa do último dia 22: "João Kléber está
apavorado com o que possa acontecer".
E assim seguiu o "Você na
TV"... O apresentador João Kléber saía do
estúdio, caminhava nos corredores da RedeTV!, ia e
voltava inúmeras vezes, corria, subia e descia um
conjunto de escadas presente nos bastidores,
demorava, enrolava, e, enfim, retorna ao estúdio.
João Kléber caminha
preocupado nos bastidores da RedeTV!,
como se algo de muito grave estivesse acontecendo
"Desculpa, telespectador,
mas aconteceu uma coisa muito grave, muito séria, eu
vou pro intervalo, volto em dois minutos",
únicas palavras de João Kléber após a primeira
meia-hora de enrolação.
Na volta do 'brake', a
situação se repete por mais alguns minutos. E mesmo
para explicar ao telespectador o que havia
acontecido, ele falava pausadamente, sem pressa.
Por fim, acontecia que o
programa estava recebendo telefonemas anônimos com
ameaças à respeito do "Teste de
Fidelidade" exibido. O marido da participante
traída - sim, ele não passou no teste! - não
compareceu ao programa. Uma gravação foi mostrada,
onde um repórter do "Você na TV" ia até
à casa do rapaz procurá-lo e buscar o seu
depoimento, mas também recebeu ameaças se
insistisse permanecer no local. Ademais, nada. O
programa do dia 22 de abril teve seu fim aí, e
aquele telespectador mais desavisado acaba por cair
no conto do vigário, no programa "bom para
otário" de João Kléber.
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