Maria do mar

Ela cresceu em uma terra abençoada, de belezas naturais, fartura e fraternidade. Os habitantes tinham em comum uma religião muito especial, o amor pela natureza. E faziam reuniões semanais em prol da preservação ambiental, e para as crianças passeios ecológicos emocionantes. Este lugar chamava-se Mambucaba.

Nascida em uma cidade próxima, Maria não compreendia as diferenças existentes entre sua cidade natal e seu novo lar. As diferenças eram, por exemplo, a qualidade de vida dos habitantes e seu comportamento. Este era de caráter egoísta e "fechado" e aquele terrivelmente poluído, como são as grandes cidades e seus habitantes, que lutam por um lugar ao sol .

Em Mambucaba o sol brilhava para todos! E o mar com toda sua majestosa beleza realçava a paisagem. Quando Maria (aos quatro anos de idade) o viu pela primeira vez ficou deslumbrada, olhou para sua mãe e disse:— Nossa quanta piscina! E sua mãe corrigindo-a falou:— não é piscina, é o mar. — Ah! Quanto mar!!!

E a partir desse momento sua vida se modificou. Maria era uma menina tímida e sossegada, preferia ficar brincando no quarto com suas bonecas. Sempre fechava as portas e ali ela criava um mundo especial, onde ela podia ser qualquer coisa que quisesse, tudo que sua rica imaginação inventasse. Mas em seu novo lar o comportamento mudara.. Qualquer lugar da casa , as vezes até a rua, serviam de cenário para suas brincadeiras. Mas havia um lugar em especial que Maria "amava", a praia. Na praia, Maria era tão criativa, seus novos amiguinhos adoraram sua mania de inventar brincadeiras. Gostava de interpretar e fazia de seus amigos os personagens de suas histórias muito encantadas! Gostava também de cantar, como sua mãe Ísis, que quando estava feliz cantarolava pela casa sua músicas favoritas.

Um dia, com a família reunida na praia, Maria surpreendeu a todos com sua espontaneidade, a menina girava com os braços abertos ,olhando para o céu e cantando: " O luar estrela do mar o sol e o Dom

Quisá um dia ..."

Parecia não poder conter a alegria dentro de si. E contagiou a todos, fazendo-os cantar também!

A praia era o segundo lar de Maria, a areia quentinha lhe servia de cama, sentia-se tão aconchegada que rolava por ela. O sol acariciava sua pele e o mar era seu melhor amigo. Não demorou para que ela aprendesse a nadar, e nadava como um peixe! Com o mar ela brincava e com ele conversava também. Quando estava triste era para ele que Maria corria, suas lágrimas se misturavam com a também salgada água do mar e suas ondas eram

o abraço que a consolava. O mergulho era o contato mais íntimo, a integração.

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Última atualização: 27/03/01 00:39:34

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