A práxis educativa: 
membros, público alvo, instrumentos, procedimentos, limitações

Adair de Aguiar Neitzel
Luiz Carlos Neitzel

Grupo de trabalho:

Lindamir, Raquel, Luiz, Adair e Jeremias.O projeto "Leitura e Produção em meio eletrônico" é coordenado pelo professor Luiz Carlos Neitzel (mestrando no Curso de Engenharia de Produção da UFSC), conta com a participação efetiva de um grupo de professores: Maria Lindamir Aguiar Barros (professora de Língua e Literatura do Colégio Astrogildo que cedeu espaço em suas aulas para desenvolver o projeto), Clarmi Régis (escritora, pesquisadora do NUPILL e mestranda do Curso de Pós-Graduação em Literatura da UFSC), Adair de Aguiar Neitzel (pesquisadora do NUPILL e doutoranda em Literatura na UFSC) e a colaboração do responsável pelo laboratório de Informática Educativa Jeremias Bernardes.

Início do projeto: 14 de maio de 1999.

Término do projeto: Dezembro de 1999.

Local e público alvo:

Sala de Informática - 16/07/99Esse projeto está sendo desenvolvido no Colégio Estadual "Conselheiro Astrogildo Odon Aguiar", localizado em Barra Velha, SC. Ele conta com cerca de 1.050 alunos, dirigido pelos professores Carlos Castilho Wolf e Roseméri Spézia Régis. Escolhemos para trabalhar com a 2ª série do 2º grau, uma turma com 32 alunos.

 

 

Instrumentos:

O colégio possui uma sala de informática equipada com 9 microcomputadores multimídia (PC 486 com 8 a 16 MB de RAM), não dispondo de conexão à Internet, Windows 95, softwares para edição de textos e planilha eletrônica e uma impressora matricial. Para a realização do projeto, foi instalado o Internet Explorer 4 juntamente com o editor de homepages FrontPage Express, softwares distribuídos livremente pela Microsoft.

Procedimentos:

É importante ressaltar que no grupo discente somente um aluno tinha experiência em navegação. Assim, para que eles pudessem internalizar conceitos como navegação, link, hiperlink salvou-se um site de literatura em disquete e este foi copiado para o winchester, possibilitando assim, a simulação de uma navegação.

Alunos, professora Lindamir, escritora Clarmi e diretor Carlos, na sala de aula.Os alunos possuem semanalmente quatro aulas de literatura. O projeto é desenvolvido um vez por semana (sexta-feira) durante duas aulas de literatura. Dividimos a turma em dois grupos, cada um com quinze alunos. Enquanto uma turma permanece no laboratório a outra fica na sala de aula, tendo cada aula 40 minutos.

No laboratório atuam, geralmente, três professores enquanto que um outro professor fica na sala de aula (havendo um revezamento entre os professores de Língua e Literatura: Clarmi, Adair e Lindamir), onde os conteúdos programáticos da grade curricular são ministrados. No laboratório as aulas tem como alvo a produção de homepages.

Para desenvolver essa atividade, inicialmente o coordenador do grupo promoveu uma capacitação à professora da disciplina compreendendo: conhecimentos do MS-Word e Internet. Após, os alunos envolvidos no processo receberam nos dois primeiros encontros noções básicas também de MS-Word e Internet.

A equipe escolheu como ponto de partida o conto de Clarmi Régis, Madalena, que foi escanerizado, corrigido, salvo em html (sem plano de fundo) e transportado para todas as máquinas, pois elas não estão em rede.

O primeiro contato com o texto deu-se na ecrã do computador: leitura em meio eletrônico. Após o estudo do mesmo, os alunos receberam o texto impresso para poderem relê-lo em casa, uma vez que a maioria não possui computador, nem tem acesso ao mesmo nas empresas onde prestam serviços. Trabalhamos com a informática e com a impressão lado a lado sem menosprezar um ou outro, nem erigir apologia a este ou aquele.

O trabalho de interpretação do conto foi feito paralelamente em sala de aula. Muitos iniciaram na sala e em casa também produções próprias que deram origem a poesias e contos sobre o tema do conto base. Os encontros no laboratório restringiam-se inicialmente mais ao domínio dos menus e barras de ferramentas. No segundo contato com o conto em meio eletrônico os alunos já abriram novas páginas e inseriram links.

Passaram a construir então novas páginas para serem linkadas ao conto mater, iniciadas com a biografia da escritora Clarmi Régis e a construção de sua própria biografia.

Durante esse processo, um encontro no laboratório foi destinado para apresentação das obras de literatura em português que poderiam oferecer subsídios aos alunos na construção de novas páginas literárias. Como é notório, as escolas públicas contam com bibliotecas cujos acervos são parcos. Portanto, para dar prosseguimento ao projeto, os professores disponibilizaram aos alunos suas bilbiotecas particulares.

Os livros (um total aproximadamente de 50) eram todos de poesias e foram dispostos no chão, um ao lado do outro. Foram previamente escolhidos pelos professores, tendo como critério de seleção serem autores brasileiros ou portugueses. Os alunos sentaram-se ao lado destes e as professoras Adair de A. Neitzel e Clarmi Régis fizeram a apresentação informal de alguns deles, lendo inclusive algumas poesias e questionando-os onde elas poderiam ser linkadas.

A participação da escritora Clarmi Régis deflagrou um processo de curiosidade nos alunos. Pela primeira vez eles puderam conversar com o escritor sobre sua obra. Um espaço abriu-se quando eles, espontaneamente, iniciaram uma entrevista com a escritora acerca do conto lido. Instigados à leitura, principalmente pela presença da escritora, escolheram um livro de poesias para ler.

Os próximos encontros estão sendo destinados à produção de páginas novas (com produções próprias e de outros escritores) e colocação de plano de fundos e imagens nessas páginas. O passo seguinte será linkar essas páginas a alguma palavra do conto Madalena.

Limitações

Apesar do grupo de pesquisadores ter sido bem acolhido pela direção do Colégio e desta colocar-se com boa vontade para resolver os problemas que surgem, a falta de verba própria para um projeto dessa envergadura prejudica o andamento dos trabalhos. A configuração das máquinas, 486, 8 MB de memória RAM , torna o trabalho muito moroso, e uma aula de quarenta minutos por semana torna-se insuficiente. Máquinas com maior capacidade de processamento compensariam o pouco tempo que temos para trabalhar com os estudantes no laboratório.

Não há verba para o material de consumo, como disquete, e os alunos compram seu próprio material de trabalho. Não contamos também com escâner no laboratório. Sempre que precisamos escanerizar uma imagem o fazemos na Universidade Federal de Santa Catarina — NUPILL — ou emprestamos o escaner de algum conhecido.

Além disso, o fato dos alunos nunca terem navegado na Internet dificulta bastante o trabalho, bem como a ausência de computador no seu dia a dia. Entretanto, esses percalços não são impedimentos. Continuamos a sonhar e a realizar o pouco que podemos fazer.

 

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Última atualização: 10/06/01 01:32:46

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