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A Anemia
Descrição
É a falta de capacidade da hemácia de fornecer oxigênio suficiente aos
tecidos, seja pela redução do seu tamanho, do número ou da quantidade de
hemoglobina transportada. Simultaneamente, ocorre um transporte inadequado de dióxido
de carbono (substância de detrito do metabolismo celular) dos tecidos até os
alvéolos pulmonares. A hemoglobina é uma hemeproteína (proteína unida a um
grupo químico de estrutura muito especial denominado heme) encarregada de
transportar o oxigênio e o dióxido de carbono.
Causas
Via de regra, a anemia ocorre por deficiências na formação da hemácia ou
eritrócito na medula óssea por excessiva destruição ou perda dos glóbulos
vermelhos. Existem 400 tipos de anemia e diversos fatores que a provocam. A
produção de glóbulos vermelhos é um processo complexo que requer a presença
de fatores nutricionais (vitamina C, B2 e B12, ácido fólico, ferro, cobre,
aminoácidos) e hormonais (a eritropoietina, hormônio liberado pelos rins).
Quando a dieta de uma pessoa não contém a quantidade suficiente desses
nutrientes, a formação de eritrócitos pode diminuir, não só na sua
quantidade mas também no seu tamanho. A deficiência de ferro, que pode ser
observada em mulheres em idade fértil com excessiva perda de sangue durante os
períodos menstruais, gera glóbulos com menor quantidade de hemoglobina e, por
conseguinte, de menor tamanho (anemia ferropênica microcítica). A vitamina B12
é essencial para a formação dos eritrócitos. Apesar de essa vitamina estar
presente em diversos alimentos (tais como laticínios e ovos), para que ela
possa ser absorvida no intestino deve existir uma substância produzida pelo estômago
denominada fator intrínseco. A deficiência genética do fator intrínseco
produz a anemia perniciosa; outras moléstias que impedem a correta absorção
da vitamina B12 (síndromes da má-absorção, doença de Crohn, etc) geram um
tipo de anemia denominada megaloblástica. As hemácias têm uma vida média
ativa de 120 dias: após esse tempo, são capturadas por órgãos como o baço,
o fígado ou a medula óssea, encarregados de sua destruição. Nas pessoas que
sofrem de certas doenças genéticas, os eritrócitos apresentam fragilidade
excessiva ou alguma outra alteração que os torna vulneráveis. Quando a medula
óssea não é capaz de compensar essa destruição acelerada de glóbulos
vermelhos, ocorre uma anemia classificada como hemolítica. As infecções, os fármacos,
as deficiências genéticas e as doenças auto-imunes podem produzir anemias
hemolíticas.
Sintomas
Quando a anemia é moderadamente grave, os sinais e sintomas incluem palidez da
pele e das mucosas (lábios, conjuntivas, gengivas, etc), fadiga, fraqueza,
desmaios, dor de cabeça, dificuldades respiratórias (falta de fôlego),
formigamento nos pés e nas mãos e taquicardia.
Diagnóstico
Um hemograma fornece informação sobre o número de eritrócitos, o seu tamanho
e o conteúdo de hemoglobina. Entretanto, a observação no microscópio de uma
extensão de sangue permite identificar estruturas anormais na hemácia, que
podem indicar o tipo de anemia. Em certas variedades de anemia, como a megaloblástica,
também se observa aumento no tamanho dos granulócitos e das plaquetas. Outras
determinações que complementam esse estudo são a determinação do ácido fólico,
do ferro (e das concentrações de suas proteínas de transporte e
armazenamento), do fator intrínseco, da vitamina C, etc. Para diagnosticar
outros tipos de anemia, devem ser realizados estudos especiais da estrutura da
hemoglobina.
Tratamento
Quando a causa é uma deficiência nutricional, a anemia pode se reverter com
uma dieta adequada ou com o uso do suplemento necessário. Quando ocorrer uma
forte hemorragia, deve-se realizar uma transfusão e localizar sua origem para
solucionar o problema. Nos casos provenientes de alterações genéticas,
trata-se de evitar a crise de anemia e controlar os sintomas.
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Fonte: Sua Saúde, Saúde na Rede | |
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