Nasci
em Boa Esperança-ES, em 27.10.1959, sendo Edivaldo Motta
o meu nome de batismo. Sou poeta, escritor e outros babados. Fiz
teatro amador, em São Mateus-ES. Quis ser jornalista (UFES),
mas a falta de emprego e moradia, dinheiro e apoio me obrigou
a abandonar o curso, e virei autodidata.
Trabalhei
menos de um lustro no Departamento Estadual de Cultura do Espírito
Santo, primeiro como Animador Cultural, ministrando oficinas literárias;
depois, como Assistente de Direção, na chefia da
Divisão de Ciências Humanas e Literatura.
Quase
virei militante do gay lib e do movimento negro; quase fui a Amsterdan
e Nova York, a trabalho; quase ganhei um prêmio Jabuti,
em 1997, com o livro Bundo e outros poemas (Campinas: EdiUNICAMP,
1996), e quase sucumbi à paixonite juvenil pelo teatro,
que me deixou seqüelas no estilo de escrever e declamar.
Recito
em escolas, teatros, bares, praças, etc. Pesquiso e ensino
o que sei de símbolos, mitologia, hebraico, guarani, numerologia,
Cabala e quejandos, interpreto sonhos e ministro oficinas literárias.
Traduzi algumas passagens bíblicas do original hebraico,
segundo os parâmetros da transdição, técnica
que faz parte do estilo-método de leitura, interpretação
e criação poética, literária e artística,
que inventei e chamo de estilo-método paraclético,
isto é, apocalíptico, escatológico. Isso
quer dizer que fundei uma arte anticríptica, que é,
ao mesmo tempo, ciência e religião.
Estudo
a mitologia, a religião e a linguagem dos nossos indígenas,
mormente o povo guarani, buscando subsídios para a construção
de uma nova poética, já esboçada no livro
Bundo, e para a criação de um novo livro provisoriamente
intitulado Terra sem mal.
Alguns
críticos literários afirmam ser Valdo Motta um dos
mais importantes poetas brasileiros na última década
do século XX e na atualidade.
A
partir da publicação do livro Recanto (poema das
7 letras), em 2002, troquei o V pelo W em meu nome, e passei a
assinar minhas obras como Waldo Motta.
Aprofundando
meus estudos cabalísticos, a partir de 1999, comecei a
estudar os anagramas e a escrever poemas anagramáticos,
desenvolvendo novas técnicas literárias e poéticas,
já divulgadas na Universidade de Munique, Alemanha, Universidade
da Califórnia, em Berkeley, Universidade de Stanford, Palo
Alto, Estados Unidos. Recentemente, cheguei à conclusão
de que estou invadindo o campo da matemática e da física
quântica.
Em
2000, ganhei do Landeshaupstadt München Kulturreferat (Departamento
de Cultura de Munique) uma bolsa e uma estadia de três meses
(Novembro 2001-Janeiro 2002) na Alemanha, na Villa Waldberta,
uma residência para artistas de relevância no cenário
internacional, situada à beira do Lago Starnberger, de
frente para os Alpes, na Baviera, nos arredores de Munique. Fui
indicado pelo Instituto Goethe, de São Paulo, e concorri
ao prêmio com candidatos de 40 países.
Ganhei
outra bolsa, do Instituto Goethe, de São Paulo, para fazer
o curso básico da língua alemã, no Instituto
Goethe, da Sonnenstrasse, em Munique, onde convivi por vinte dias
com estudantes de vários países, recitei e cantei
poemas na sala de aula.
Em
seguida, fui convidado pela Universidade da Califórnia,
em Berkeley, Estados Unidos, para participar do programa literário
Writer-in-residence (de abril a maio de 2002), que consistiu em
recitar meus poemas e falar de poesia, para alunos do Departamento
de Português (e também do de Espanhol, por cortesia
deste poeta) da Universidade da Califórnia, e também
da Universidade de Stanford. Tanto em Stanford quanto em Berkeley,
deixei todos os ouvintes encantados com as declamações,
e assustados com minhas idéias. Fui indicado pelo Ministério
da Cultura do Brasil, que desenvolve este projeto literário
em parceria com a Universidade da Califórnia.
Na
Alemanha, onde o jornal Literatur Blatt München cognominou-me
de Literaturwissenchaftler (cientista das letras), recitei e falei
sobre a minha poesia no Departamento de Português da Universidade
de Munique, a convite do professor e pesquisador de literatura
erótica francesa, espanhola e portuguesa, Horst Weich,
a quem fui apresentado por Graziela Romanha, professora brasileira
que também ensina na mesma Universidade. Na Villa Waldberta,
fiz amizade com Yuri Andrukhovych, da Ucrânia, Jana Bodnárová
e Juraj Bartusz, da Eslováquia, entre outros.
Estou
concluindo a tradução do livro infantil Was ich
am See zu sehen bekam, da escritora eslovaca Jana Bodnárová,
a partir da tradução alemã de Renata SakoHoess.
Acho que, em português, o título pode ser: Visões
do Lago Starnberger, ou Visagens do Lago Starnberger.