RIOS -
ILHAS - CACHOEIRAS e CAVERNAS
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Rio Jamari
O Estado de Rondônia possui 238.378,7 km2 pertencentes a Bacia Hidrográfica Amazônica,
possuindo um potencial hidrelétrico (energia firme - MW/ano) de 54.027,2.
A usina hidrelétrica de Samuel construída no Rio Jamari, afluente
do Rio Madeira, possui uma área inundada de 584,6 km2 e uma potência final de
216 MW. A altitude do centro da barragem é de 87,0 m acima do nível do mar. A
barragem está localizada no Município de Candeias do Jamari, inundando área desse
município e do Município de Jamari.
Rio Jamari - preservado na cidade de Ariquemes
Rio Jamari - Represado para a Usina hidrelétrica
BACIA
É a mais importante do Estado, formada pelo rio Madeira e seus noventa
afluentes, estende-se muito além de seus limites, em terras dos Estados do Amazonas, Acre, Mato
Grosso e República da Bolívia, ocupando uma área de 1.244.500 Km2
.
O
rio Madeira é formado pela junção dos rios Beni 91.125 Km) e Lívia). É o
mais importante afluente da margem direita do rio Amazonas, tem um curso de
3.240 km, percorre o Estado de Rondônia no sentido sudoeste – norte e trecho
do Estrado do Amazonas, desaguando a oeste da ilha Tupinambarana, no rio
Amazonas.
O rio Madeira conforme as características
de seus cursos, é um rio novo, ainda em formação, classificado com misto,
isto é, rio de planalto e planície. Em seu alto curso é rio de planalto,
atravessa a Encosta Setentrional do Planalto Brasileiro formando numerosas
corredeiras e cachoeiras em conseqüência do afloramento de rochas cristalinas,
das quais destacam-se as cachoeiras de Santo Antônio, Teotônio, Morrinho,
Jirau, Caldeirão do Inferno, Misericórdia e Ribeirão. Após percorrer esse
trecho de planalto cristalino, penetra na planície Amazônica a 7 Km acima da
cidade de Porto Velho, passando a ser o rio de planície francamente navegável
até a sua foz na margem direita do rio Amazonas.
Sua
largura varia de 440 a 9.900 metros 9na foz) e profundidade chega a mais de 13
metros, permitindo a navegação de navios de grande calado, inclusive oceânicos,
até Porto Velho, no período de sua enchente. Neste período suas águas
inundam as florestas adjacentes alagando dezenas de quilômetros de ambas as
margens.
BACIA
DO RIO GUAPORÉ
A bacia do rio Guaporé, também é muito importante no Estado de
Rondônia, localiza-se na região sudoeste/sul do Estado, o seu principal
formador, o rio Guaporé é via natural de ligação entre as cidades de
Guajará-Mirim em Rondônia
e de Mato Grosso (ex. Vila Bela) em Mato Grosso. Seus afluentes da margem
direita ligam o vale do Guaporé-Mamoré à região central do Estado e os da
margem esquerda ao Altiplano Boliviano (Cordilheira dos Andes).
O rio Guaporé nasce na Chapada dos Parecis em Mato Grosso, a 1.800m de
altitude, percorre 1.716 Km, dos quais 1.500 Km são francamente navegáveis.
Seu curso ao penetrar na planície até atingir o rio Mamoré do qual é
tributário pela margem direita, descreve longos e caprichosos meandros,
extensas enseadas baias. Sua largura varia de 150m (na confluência com o rio
Cabixi) a 712m em sua foz (na confluência com o rio Mamoré) em
Sagarama/Surpresa. E a profundidade varia de 2 a 10 metros.
O
rio Guaporé é linha de fronteira entre Brasil e a República da Bolívia.
BACIA DO RIO JI-PARANÁ
A Bacia do rio Ji-Paraná encravado na chapada dos Parecis é formado na
junção dos rios Comemoração de Floriano e Pimenta Bueno, próximo à cidade
de Pimenta Bueno. É o rio de planalto com curso sinuoso, tomando direção
diversas, dirigindo ora para noroeste, ora para o leste, ora para o norte,
desviando-se ou superando os obstáculos do terreno cristalino, formando
corredeiras e cachoeiras, assim prosseguindo até vencer a última formação
rochosa dos parecis, formando a cachoeira Dois de Novembro, a partir da qual
penetra na planície amazônica, tornando-se calmo e navegável até sua foz no
rio Madeira, num percurso de mais de 800 Km.
RIO MAMORÉ
O rio Mamoré um dos formadores do rio madeira, nasce na Cordilheira Real
dos Andes bolivianos, nas proximidades de Santa Cruz de La Sierra, com a
denominação de Grande La Plata. Seu curso tem a extensão de 1.100Km, descreve
longa curva regular entre as serras da citada cordilheira, recebe vários tributários
que aumentam o volume de suas águas, vence grandes barreiras, pedernais
formadas de granito e gnaise, descendo dos Andes em bruscos saltos e violentas
corredeiras até alcançar a planície do Guaporé, prosseguindo o seu curso plácido
e navegável até a cidade de Guajará-Mirim, onde pouco abaixo desta, atravessa
novos obstáculos constituídos pelas rochas cristalinas da Encosta Setentrional
do Planalto Brasileiro, formando as corredeiras e cachoeiras de Guajará-Açú,
Guajará-Mirim e das Bananeiras.
Na bacia
do Mamoré, fica do Município de Guajará-Mirim, e nas margens do rio seu
formador as ciasdes gêmeas de Guayaramerin boliviana e a de Guajará-Mirim
brasileira, na esquerda e na direita respectivamente.
Os rios Madeira, Beni, Mamoré e Guaporé, constituem importante complexo
potâmide na América do Sul.
RIO
ROOSEVELT
Descoberto em 1909 pela Comissão Rondon e explorado em 1914 pela expedição
científica Roosevelt-Rondon, nasce na chapada dos Parecis em Vilhena, no
paralelo 13º19’, seu curso tem o sentido sudeste/norte alcançando o rio
Madeira no paralelo 5º LS, rio do qual é afluente pela margem direita. O rio
Roosevelt é conhecido como rio Dúvida em seu alto curso, rio Castanho em seu médio
curso e Aripuanã em seu baixo curso. Seu curso percorre trechos dos Estados de
Rondônia, Mato Grosso e Amazonas, tendo uma extensão de 1.409 Km, recebe águas
de vários tributários destacando-se entre eles na margem esquerda os rios
Capitão Cardoso e Tenente Lira, oriundos de Vilhena (Parecis) e na margem
direita os rios Madeirinha e Branco.
RIO
IQUÊ
Nasce na Chapada dos Parecis em Vilhena, inicialmente corre na direção
norte, desviando-se para direção sul, penetrando no Estado de mato Grosso onde
alcança o rio Juruena, um dos formadores do rio Tapajós. O rio Iquê é tributário
da margem esquerda do rio Juruena, foi descoberto em 1913 pela Comissão Rondon.
RIO
PARANÁ-PIXUNA
Nasce na serra Três Irmãos, na região noroeste do Estado de Rondônia.
É linha de limite entre este e o Estado do Amazonas. Seu curso segue a direção
noroeste/norte, atravessa trecho do Estado do Amazonas, indo alcançar suas águas
no rio Madeira, pela margem esquerda um pouco abaixo da cidade de Humaitá.
ILHAS
No rio Madeira, destacam-se as ilhas Santana, 7 de Setembro, 15 de
Novembro, Confluência, Misericórdia, Periquitos e Assunção.
No rio Guaporé, a Comprida (a ilha mais extensa do Estado).
No rio Mamoré, a ilha de Guajará-Mirim, também denominada Ilha Suarez
pelos bolivianos (motivo de litígio de fronteira entre o Brasil e Bolívia).
CACHOEIRAS
Espetaculares cachoeiras com imenso potencial hidráulico, são
encontradas nos rios d Estado, destacando-se o Alto Paraíso de deslumbrante
beleza no rio Iquê; Teotônio, Ribeirão, Caldeirão do Inferno e Santo Antônio
no rio Madeira; Samuel no rio Jamari; Angustura, 2 de Novembro, 1º de Março, São
Carlos e Nazaré no rio Ji-Paraná; Fortaleza e Tambaqui no rio Abunã.
CAVERNAS
No Estado de Rondônia, encontram-se várias cavernas destacando-se pelo seu tamanho, aliás, a maior até agora encontrada, situada na ponta oriental da serra dos Pacaás Novos, que marca a garganta dos urupás. Tem vinte metros de interior por sessenta, e duzentos metros de abóbada em arco, no centro tem um logo de águas cristalinas cercado de fetos, arbustos, palmeiras e outras árvores de grande porte. O teto se comunica com o exterior através de uma perfeita clarabóia.
Merecem destaques as cavernas de origem calcária no município de
Pimenta Bueno, por sua rara beleza e as dos Três Esses na margem do rio Abunã
e as dos Vale do rio Caio Espíndola, sub-afluente do rio Guaporé por conterem
desenhos geométricos e inscrições não decifradas na primeira e desenhos em
alto-relevo de leões, elefantes, girafas, e outros animais com habitat na África
e na Ásia.
fonte: (Telma
M. de Souza - DRT/696)
http://vilhena.com.br