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Biogeografia

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 Aspectos Geomorfológicos

A área compreendida pelo Estado de Rondônia, apresenta certos contrastes de configuração que podem ser agrupados e quatro partes geomorfológicas distintas:

1.     Planície Amazônica;

2.     Encosta setentrional do Planalto Brasileiro;

3.     Chapada dos Parecis;

4.     Vale do Gruaporé-Mamoré.

A curva hipsométrica do relevo assinala que 94% dos terrenos que constituem o Estado, estão acima dos 100 e abaixo dos 600 metros e apenas 6% entre 600 e mais de 1.000 metros de altitude em relação ao nível do mar.

As altitudes mais elevadas são encontradas nas chapadas do Parecis e Pacaás Novos, localizando-se nesta última, o ponto culminante do Estado, o Pico de Tracuá com 1.120 metros de altitude, no município de Campo Novo de Rondônia.  

  

 

 

 


        

 

PLANÍCIE AMAZÔNICA  

         A planície Amazônica em sua porção limitada pelo Estado de Rondônia, apresenta a altitude de 90 a 200 metros acima do nível do mar, estende-se desde o extremo norte nos limites deste com o Estado do Amazonas, se prolongando nas direções sul e sudeste até encontrar as primeiras ramificações da chapada dos Parecis e da Encosta Setentrional. Não é possível estabelecer com precisão os limites, visto que, os acidentes do relevo se interpenetram. Porém, tomando como ponto de referência a cidade de Porto Velho inserida dentro da planície, esta tem como limite sul, sudoeste e oeste a Encosta Setentrional do Planalto Brasileiro, cujos afloramentos de granito surgem a 3 Km dessa cidade, e a 7 Km a cachoeira de Santo Antônio do Alto Madeira, degrau submerso do referido Planalto. A leste, sudoeste e sul a Chapada dos Parecis, a 48 Km de Porto Velho, assinalada pela presença de uma topografia ondulada, o surgimento de matações (blocos de granito) e a formação de laterito (piçarra). Encontra-se aí a cachoeira do Samuel no rio Jamari, formado pelo dissecamento do planalto arqueano pelas águas desse rio. Ao norte, nordeste e noroeste, a própria planície Amazônica a partir da linha convencional de limites entre os estados de Rondônia e do Amazonas.

         A Planície Amazônica se constitui em sua superfície aplainada morfoclimática típica de floresta, resultante das oscilações climáticas do período quaternário com climas mais secos sucedidos por climas mais úmidos, atuando para o seu aplainamento e compartimentação da superfície revestida por seixos, laterito, sedimentos areno-argilosos (da idade pliocênica) nas áreas de terra firme, de acumulação areno-argilosos recentes (holocênica) nas áreas de várzea e de constituição argilo-ferruginosa nos barrancos (formação barreira).

         Os médios e baixos cursos do rio Madeira e de seus afluentes de encaixam na planície acomodando-se nas falhas e fraturas do terreno. Nos baixos cursos nas áreas de várzeas formam extensas planícies de inundações e nas áreas de barrancos de 5 a 10 metros de altura em relação ao nível normal das águas de seus cursos, exercem uma ação erosiva por infiltração de água no solo desses barrancos provocando os seus desabamentos, conhecidos como fenômeno das terras caídas. Enquanto nas áreas de formação tubulares descrevem longos e caprichosos meandros contornando os tabuleiros de terra firme.
         Os seus médios cursos ao atravessarem as áreas de terras firmes constituídas por terrenos pré-cambianos os desgastam atingindo o substrato rochoso originando corredeiras, lajeados e cachoeiras.
         Os rios, dessa forma, são os principais agentes de modificação e remodelação da planície, aliados a outros fatores.     

 

ENCOSTA SETENTRIONAL DO PLANALTO BRASILEIRO

         Este acidente do relevo é uma área de terreno arqueano (período pré-cambiano), constituído por restos de uma superfície de aplainamento rebaixada pelas  sucessivas fases erosivas, subdivindo-se em patamares de altitudes que variam de 100 a mais de 500 metros acima do nível do mar, formando cristas residuais esparsas, colinas de topos plainados, colinas com inselbergs, pontões, morros isolados e esporões de cristas agudas. Afloramentos de granotos, lateritos e matações de tamanhos variados.

         As suas superfícies plainadas são revestidas por rochas sedimentares (pleistocenas) e depósitos de sedimentos resultantes da erosão ocasionada por violentas enxurradas ocorridas em períodos remotos, em decorrência do clima mais seco e pela falta de cobertura florestal.

         Esta porção do relevo responsável pela origem das várias corredeiras, lajeados e cachoeiras dos rios Madeira, Abunã, Jaci-Paraná e de outros rios. Do baixo rio Madeira, a partir da cachoeira de Santo Antônio na direção norte submerge sob os terrenos sedimentares da planície Amazônica, aflorando no médio curso do rio Jí-Paraná, originando corredeiras e cachoeiras como as de Dois de Novembro, São Vicente, Quatro de Março, São Francisco, Tabajara e do Quatá. Estende-se na direção sul até atingir as encostas das chapadas dos Parecis e Pacaás Novos. Na linha de limites entre o Estado de Rondônia e o Estado de Mato Grosso, forma as serras São João, Machado e das Onças (ou Grande), divisoras de águas entre as bacias dos rios Ji-Paraná e Roosevelt. Afloramentos seus surgem na margem esquerda do rio Madeira e Noroeste e Oeste, formando a serra Três Irmãos na faixa de fronteira Rondônia com o Estado do Amazonas. Essa serra é divisora de águas entre as baixas dos rios Ituxi e Abunã e Madeira.

         A Encosta Setentrional é limitada ao Norte pela Planície Amazônica; a Noroeste e Nordeste pela linha de fronteira entre o Estado do Amazonas e o Estado de Rondônia; ao Leste, Sudeste e Sul pelas chapadas dos Parecis e Pacaás Novos e ao Oeste a linha de fronteira entre Rondônia e o Estado do Acre e entre Rondônia e a República da Bolívia.    


CHAPADAS DOS PARECIS E PACAÁS NOVOS

Estas chapadas são pertencentes ao sistema de planaltos Mato-grossense do Maciço Central Brasileiro com altitudes entre 300 a 1000 metros acimado nível do mar, constituindo-se na superfície cimeira do Estado, cujo ponto culminante é o Pico do Tracuá com 1.126 metros de altura, na Chapada dos Pacaás Novos, no Município de Campo Novo de Rondônia.  

         As chapadas são originárias de uma antiga área de deposição soerguida e entulhada pela erosão por intenso processo de movimentos diastróficos de caráter epirogenético, originando falhamento e diaclasamento do relevo tais como: superfícies cimeira entalhada de rochas correspondentes as partes mais clivadas; restos de antigas superfícies deformadas por desdobramentos de grandes rios de curvatura bastante dissecadas e delimentadas por falhas; e patamares escalonados de erosão originados de antigas glaciais (galerias).

         A constituição geológica dessa área é correspondente a terrenos sedimentares de arenito vermelho e amarelo contendo cimento feldespático com concentração siliciosas predominando as pederneiras.

         Este material sedimentar encobre derrame de rochas eruptivas basálticas sobre a qual se encontra assentado.

As chapadas recebem os nomes locais de: serras de São Francisco (divisora de águas entre os rios Candeias e Jamari); serras Novas, das Queimadas, do Repouso, da Pedra Branca e Uacampânico (divisoras de águas entre os rios Jarú e Machadinho e entre o Jamari e Machadinho); serras da Vitória, Sete de Setembro, Mirante e Trincheira (divisoras de águas entre os rios Ricardo Franco e Pimenta Bueno), estas citadas serras, situam-se na região central do Estado. Serras Gabriel Antunes e João Antunes (divisoras de águas entre os rios Corumbiara e Cabixi), localizam-se na região sul do Estado; serras da Divisa e Pagã (divisoras de águas entre os rios Ji-Paraná e o Preto); serras Aurora, Providência e Sargento Paixão (divisoras de águas entre os rios Roosevelt e Ji-Paraná), localizam-se na região central até a Oeste no vale do rio Mamoré, próxima a cidade de Guajará-Mirim, (divisora de águas entre os rios Pacaás Novos e Mutum Paraná).   

VALE DO GUAPORÉ-MAMORÉ

         É constituído por uma vasta planície dissimétrica de forma tabular formada de sedimentos recentes, com altitudes entre 100 a 200 metros acima do nível do mar, apresentando terrenos alagadiços associados a platôs mais elevados. Estendendo-se desde o sopé das chapadas dos Parecis e Pacaás Novos a leste, até atingir os primeiros contrafortes da cordilheira dos Andes ao oeste, na República da Bolívia.

Na direção sul/sudeste, prolonga-se pelo Estado de Mato Grosso e é uma constituição natural do Planalto Mato-grossense, e na direção norte até alcançar a Encosta Setentrional do Planalto Brasileiro.

         A sua porção pertencente a Rondônia é  situada entre as chapadas dos Parecis e Pacaás Novos a leste e às margens direitas dos rios Guaporé e Mamoré e pelos baixos cursos de seus afluentes, em cujos períodos de enchente inundam dezenas de quilômetros das áreas mais baixas formando lagos temporários e amplos divagantes de escoamento complexo.             





fonte: (Telma M. de Souza - DRT/696) 
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