ISRAEL: O PAÍS


Israel é um Povo e é uma Terra! Essa dualidade está de tal forma incorporada ao espírito judeu que é impossível não sentí-la, já nos primeiros contatos com essa gente.
À luz do ensino dos Profetas, seus habitantes são preparados para uma vida de liberdade e justiça, na mesma esperança que nunca feneceu... viver em paz na Eretz Israel.

Os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó (apx. séc XVII AC) foram os precursores da luta pelo assentamento de uma nova nação em uma "terra prometida", tudo de acordo com a crença em um Deus que a eles se revelara (conforme narrativa da Bíblia Sagrada, no Livro de Gênesis).
Inicialmente, habitaram a terra de Gósen - a leste do delta do Rio Nilo, até que seus decendentes cairam em escravidão no Egito (séc. XIII a XII AC), de onde vieram a fugir, em um êxodo de 40 anos, através do deserto do Sinai.

Nessa jornada, os israelitas receberam a Lei de Moisés - incluindo os Dez Mandamentos - que viriam a reger toda a vida da nação que se forjava na medida em que avançava rumo à "terra prometida". Aspectos do comportamento humano (tais como: matrimônio, agricultura, comércio, ética e teologia) foram inseridos na nova forma de vida que se desenhava. Em suas festas nacionais, estão as marcas desse importante momento: Pésaj (Páscoa), Shavuot (entrega da Lei) e Sucot (Tabernáculos).

O assentamento na terra da promessa, foi marcado por conflitos com nações vizinhas e com a mudança da vida nômade para o trabalho agropastoril e o artesanato. Viveram sob a liderança de juizes e, por mais de 4 séculos, sob uma monarquia própria, com destaque para os reis Davi e Salomão (nesse período, 1020 a 586 AC, foi constituido o Primeiro Estado Judeu). Posteriormente, cairam sob sucessivos domínios estrangeiros: babilônico, persa, helênico, hasmoneu, romano, bizantino, árabe, cruzado, mameluco, otomano e britânico (de 586 AC até 1948 DC).

Ao longo dos séculos, as diásporas e perseguições sofridas por esse povo em terra estrangeira, fez nascer a "ideologia sionista", tendo como base o forte desejo da redenção dos judeus em sua pátria ancestral.

O Jornalista Benjamin Zev (Theodor) Herzl (1860 - 1904) foi o primeiro sionista. Suas idéias sobre a formação de um estado judeu independente foram publicadas no livro Der Judenstaat (O Estado Judeu), em 1896, na Alemanha.
Mapa Mosaico de Madaba (565 d.C)
É é o mapa urbano mais antigo que se tem notícia. Foi feito com mais de dois milhões de cubos de pedra coloridas, parte do piso de mosaico de uma igreja bizantina, na cidade bíblica de Madaba, hoje na Jordânia. O mapa representa a Terra Santa, desde o Líbano, ao norte, até o Egito, ao sul. Nele, a Cidade de Jerusalém é apresentada na metade do seu tamanho original.

Mapa de Abraham Bar-Jacob na Hagadá de Amsterdã (1695)
No passado, os mapas geográficos hebreus eram bastante raros, porém todos mostravam a Terra de Israel como uma porção "separada". Neste, Abraham Bar-Jacob, convertido ao judaismo, desenhou a Terra Santa a partir do mapa de Christian Adrichom (1588), incluindo elementos como o caminho do Êxodo do Egito a Canaã; e a designação dos territórios das doze tribos de Israel.

Mapa Pictórico da Terra de Israel, (1875)
Esta ilustração (uma segunda edição em hebraico e alemão), representa um grupo original de mapas. Cinco tiras longitudinais mostram cinco regiões, desde o Líbano, no norte, até Gaza, Hebrón e a"destruida Sodoma" no sul, vista em perspectiva de oeste a este. A base de impressão também é inusual; o mapa foi feito pelo Rabino Haim Salomón Pinta, de Safed, sobre uma tela de algodão (ao centro, a Cidade de Jerusalém).
Seu livro defendia, ainda, inovações sociais, como a jornada de trabalho de sete horas diárias.

Em 1897, Herzl convocou o Primeiro Congresso Sionista, recomendando que as organizações judaicas se unissem numa causa política para conquistar junto à opinião pública mundial e aos governos dos países o apoio para a criação de um estado judaico, que ficaria em Eretz-Israel ou na Argentina. Para ele, enquanto vivesse na diáspora, o judeu seria visto como uma pessoa de fora.

Em 1922, deu-se uma imigração de judeus para a Palestina - para fugir à perseguição na Europa - o que elevou a população judaica residente para 11% do seu total.

O fim do Holocausto, em 1945, revelou a morte de 6 dos 16 milhões de judeus; este fato contribuiu para um crescente apoio mundial à criação de um Estado judeu.

Em 27 de novembro de 1947, a ONU dividiu a Palestina entre árabes e judeus; mas, os árabes se opuseram e não admitiram essa partilha.

Naquela ocasião, já haviam mais de 600.000 judeus vivendo em comunidades organizadas, na Terra Santa, com instituições políticas, sociais e econômicas bem desenvolvidas.

Mas, sómente em 1948, dar-se-ia a criação do atual Estado de Israel.

O estabelecimento do Estado Judeu
A Declaração de Estabelecimento do Estado de Israel data de 14 de maio de 1948.

Conheça o texto original e os 37 signatários
que firmaram essa Declaração (Figura ao lado).
Além de Theodor Herzl, dois nomes tiveram bastante destaque nesse empreendimento. São eles:
David Ben-Gurion - Nascido na Polônia, em 1886. Foi um dos fundadores de Israel, seu primeiro chefe de Governo e o primeiro-ministro que mais tempo ficou no cargo (1948-1953 e 1955-1963). Aos 17 anos de idade, aderiu ao sionismo de orientação socialista. De 1920 e 1935, na Palestina, dirigiu a Histadrut - confederação dos sindicatos judaicos - transformando-a numa poderosa organização que garantiu a infra-estrutura do futuro Estado. Foi chefe da Agência Judaica, embrião do futuro governo. Depois da Segunda Guerra, pressionou as autoridades britânicas ao organizar a imigração judaica em massa para a Palestina e alargou as fronteiras do futuro país, criando colônias judaicas. Em 1948, como chefe do Governo provisório, proclamou o Estado de Israel. Deixou a vida pública em 1970 e morreu em 1973.

Golda Meir - Nascida em Kiev, aos 3 de maio de 1898, imigrou com sua família para os Estados Unidos, em 1906, e estabeleceu-se no estado de Wisconsin. Na escola secundária, aderiu ao grupo sionista "Poalei Zion", e emigrou para Israel em 1921, com seu marido, Morris Myerson. Em 1924, mudou-se para Tel Aviv e, em 1928, começou a trabalhar em entidades judaicas femininas. Em 1946, ocupou a chefia do Departamento Político da Agência Judaica, a convite do governo Britânico. Em setembro de 1948, foi indicada embaixadora na União Soviética. De volta a Israel em 1949, foi eleita para o Knesset (parlamento) e assumiu o Ministério do Trabalho, cargo que ocupou até 1956. De 1956 a 1965 foi ministra do Exterior. Com a morte do Primeiro Ministro Levi Eshkol, em 1969, assumiu o cargo e intensificou as relações com os EUA, conquistando grande apoio político e financeiro, enquanto lutava contra o terrorismo e as guerras. Foi reeleita Primeira- Ministra em 1973, mas foi forçada a renunciar em 1974, por causa da Guerra de Yom Kippur, pela qual a culparam. Golda Meir morreu em 8 de dezembro de 1978.


Veja, ainda: [ Aspectos GEOPOLÍTICOS do País ]


A difícil tarefa de construir o País.

Após a retirada dos britânicos e a declaração da Independência de Israel, os árabes invadiram o País, em 15 de maio de 1948, tendo início o primeira guerra desse novo período.

Em 25 de janeiro de 1949, instala-se a primeira Assembléia da Knéset (parlamento israelita, com 120 cadeiras) e a formação do primeiro governo do novo Estado de Israel, tendo Jaim Weizmann como Presidente do País e David Ben Gurion, como Primeiro Ministro.
Salão principal do atual Edifício da Knéset.
No dia 11 de maio de 1949, apesar da guerra, Israel foi instalado como 59º País Membro da Organização das Nações Unidas - ONU.

Em 20 de julho de 1949, dá-se o fim da guerra, com a morte de 6 mil judeus e a fuga de mais de 650 mil palestinos.

Em 1956, veio a Crise de Suez: Israel, França e Grã-Bretanha invadem o Egito.

Em 5 de junho de 1967, inicia-se a Guerra dos Seis Dias: Israel ocupa o Sinai, a Faixa de Gaza, a Cisjordânia, as Colinas de Golã e Jerusalém Oriental, recuperando o Muro das Lamentações.
Em 22 de novembro de 1967, a ONU aprova a Resolução 242, ordenando a Israel que devolva os territórios e aos países árabes que reconheçam Israel como Estado Independente.

Em 5 de setembro de 1972, por ocasião da Olímpíada de Munique, terroristas palestinos matam 11 atletas israelenses que disputavam a Olimpíada.

Em 6 de outubro de 1973, o Egito - ajudado pela Síria e pela Jordânia - ataca Israel, que é apanhado de surpresa. Trava-se a Guerra do Yom Kippur, que provoca a derrubada da Primeira Ministra Golda Meir.

Em 19 de novembro de 1977, o presidente do Egito, Anwar Sadat, visita Jerusalém, abrindo caminho para o Acordo de Paz, celebrado em Camp David.

Em 1978, Israel invade o Líbano, para conter ataques guerrilheiros; a retirada só se completa em 1985.

Em 1987, tem início a Intifada - choques diários entre palestinos e tropas israelenses de ocupação.

Em 13 de setembro de 1993 - Acordos de Oslo: Arafat e o premier Yitzhak Rabin concordam sobre um cronograma para a retirada israelense de Cisjordânia e Faixa de Gaza.

Em 4 de novembro de 1995, Rabin é assassinado por um judeu fanático, tendo como "pano de fundo" as idéias contrárias aos Acordos de Oslo.

Em março de 1996, uma ofensiva terrorista mata 60 israelenses.

Imediatamente após, em 29 de maio de 1996, o mundo é surpreendido com a eleição do direitista Benjamin Netanyahu, com a promessa de retardar aplicação dos Acordos de Oslo e combater o terrorismo.
Aos 30 de abril de 1998 (4 de Iyar de 5758), Israel celebrou o Cinqüentenário de sua Independência.


Paralelamente, os palestinos lembram a nakba (catástrofe).

Conheça os principais fatos que marcaram essas festividades.

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