34- COMO PROMOVER A AUTO-ESTIMA DAS CRIANÇAS (1a parte)
REPRODUÇÃO PERMITIDA DESDE QUE MENCIONADA A FONTE
Nelly Beatriz M. P. Penteado (*)
Auto-estima é a capacidade de gostarmos de nós mesmos, de nos aprovarmos, aquela certeza de que somos capazes de realizar uma porção de coisas, de que somos realmente muito competentes em determinadas habilidades, e também a capacidade de termos uma auto-imagem positiva. A auto-estima inclui tanto a imagem que temos de nós (nossa auto-imagem) como a imagem que acreditamos que as outras pessoas têm de nós, aquilo que acreditamos que elas pensam a nosso respeito.
Nossa auto-estima vai sendo formada desde o momento em que nascemos. Todas as experiências que resultam em satisfação, conforto, alegria, vão compondo uma auto-estima positiva. Quando a mãe brinca com o bebê e este sorri, quando a mãe repete as palavras que o bebê pronuncia, numa espécie de jogo divertido, é como se ela estivesse lhe dizendo: "Você é muito especial e já consegue realizar coisas incríveis, que atraem a minha atenção a ponto de eu querer parar tudo o que estava fazendo para vir aqui brincar com você!"
As aprendizagens pelas quais uma criança tem de passar são inúmeras e difíceis. Já no primeiro ano de vida, ela precisa aprender a reconhecer o rosto das pessoas que convivem com ela (e as vozes), aprender a comunicar de alguma maneira aquilo que sente (fome, dor, solidão...), aprender uma série de movimentos (segurar, engatinhar, andar, etc.). Ela precisará de apoio e estímulo para todas estas aprendizagens, precisará de adultos que a consolem (e que a ensinem a se consolar sozinha futuramente) quando falhar ou se sentir insegura. Precisará de encorajamento, alguém cuja atitude expresse uma visão otimista a respeito de todas estas aprendizagens, alguém cujo comportamento a ajude a encarar a aprendizagem e o mundo como coisas divertidas, curiosas, excitantes. É preciso incentivar o prazer pela descoberta, o prazer em ser persistente e superar obstáculos.
É mais ou menos como imaginar que as crianças são os visitantes recém chegados a este mundo e que aos adultos cabe o papel de cicerones, protetores. Aos adultos caberá a tarefa de mostrar o máximo que puderem do mundo e possibilitar o maior número possível de experiências positivas às crianças. É o que vejo no comportamentos daqueles pais amorosos que levam o filho ao parque e começam a apontar para tudo: "Olha lá o patinho! Olha que lindo o cachorrinho! Passa a mão no pelo dele, sinta como é macio! Agora vou lhe dar um pouquinho deste suco para você experimentar que delícia. Olha lá o circo! Vamos lá? Vamos ver o palhaço? E amanhã, vamos nadar? E depois, vou comprar um pianinho para você." É bem diferente daquele pai ou mãe que quando a criança diz: "Pai, vamos lá ver o patinho?", o pai responde: "Não! O pato vai bicar você..." Ou: "Mãe, vamos na pracinha?" e a mãe: "Não, lá tem um bandido que rouba e mata crianças..." Cada pai/mãe apresenta uma determinada visão de mundo a seu filho.
Neste processo, a atitude e os comentários dos pais e professores acerca dos sucessos e dos insucessos da criança são decisivos para sua auto-estima, seu auto-conceito. Como a criança que esparramou muita cola em seu trabalho escolar e que ouviu dos pais (ou do professor) o comentário: "Mas como você é desastrado! Olha só que porcaria! Você não consegue fazer nada direito mesmo!" Esta criança terá um auto-conceito bem diferente daquela outra que, diante da mesma situação, ouviu algo como: "Você colocou muita cola em seu trabalho. Não ficou tão bom como aquele que você fez ontem. Da próxima vez, use a cola com mais cuidado." Neste exemplo, vemos alguns princípios fundamentais para a formação de um auto-conceito positivo:
É muito comum encontrarmos crianças que são marginalizadas na escola. Aquelas que acabam sendo apontadas como culpadas por tudo o que acontece de errado, mesmo que não tenham culpa. Aquelas que, como se diz comumente, ficam com fama (de rebeldes, chatas, diferentes...).
(Continua no próximo artigo)
(*) Nelly Beatriz M. P. Penteado é Psicóloga e Master Practitioner em Programação Neurolingüística (PNL).
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