24 - PNL E A CURA DE ALERGIAS

 

REPRODUÇÃO PERMITIDA DESDE QUE MENCIONADA A FONTE

Nelly Beatriz M. P. Penteado (*)

 

Há muito tempo sabe-se que as alergias consistem basicamente num erro do sistema imunológico.

Quando o sistema imunológico está funcionando corretamente, ele identifica substâncias realmente perigosas para a nossa saúde, tais como vírus e bactérias, a fim de nos proteger . Nestes casos, ele reagirá ao invasor, tentará neutralizá-lo, para que não fiquemos doentes.

Entretanto às vezes o sistema imunológico se engana e classifica substâncias inofensivas, tais como um alimento, picada de insetos, perfumes, como se fosse algo perigoso. Então a pessoa passa a apresentar uma reação exacerbada a uma substância que seria inofensiva, ou seja, uma reação alérgica. Seu sistema imunológico "pensa" que se trata de algo muito perigoso e contra-ataca, como se fosse um vírus ou bactéria.

Nosso sistema imunológico tem uma intenção positiva agindo desta maneira: está tentando nos proteger.

A PNL acredita que o sistema imunológico pode ser treinado a reagir novamente de forma adequada a estímulos inofensivos e possui procedimentos específicos para isto.

Tais procedimentos estão descritos nos livros A Essência da Mente, de Steve Andreas e Connirae Andreas, e CRENÇAS: caminhos para a saúde e o bem-estar, de Robert Dilts, Tim Hallbom e Suzi Smith, ambos da Editora Summus.

São técnicas que visam desfazer o erro codificado pelo sistema imunológico. Basicamente, consistem em mostrar ao sistema imunológico qual a reação adequada frente a um estímulo inofensivo. Uma pessoa alérgica à picada de abelhas, mas não à picada de vespas, ensinará seu sistema imunológico a reagir às abelhas da mesma forma que rege às vespas. É um condicionamento .

Inúmeras pesquisas comprovam este tipo de condicionamento.

"Em l984, durante uma experiência, cobaias receberam uma proteína estranha para estimular a reação imunológica, e as injeções eram acompanhadas por uma fragrância. Depois da quinta aplicação conjunta, das proteínas mais a fragrância, constatou-se que a reação alérgica dos animais, medida pela liberação de histamina, era estimulada apenas pela fragrância. Os níveis médios de histamina em reação àquela determinada fragrância eram trinta vezes maiores do que os níveis causados por uma fragrância neutra. Em outro estudo mais específico, ratos foram treinados para ter uma reação alérgica à luz e ao som. O nível de enzima específica essencial à reação alérgica foi aproximadamente quatro vezes maior que o nível obtido com animais não treinados.

Alguns pesquisadores acham que este é o processo que ocorre com pessoas que adquirem alergias. Um incidente ou uma reação emocional pode disparar a reação do sistema imunológico na presença de um gato, fumaça de cigarro, pólen ou qualquer outro 'alérgeno' " (A Essência da Mente, pg.49).

As técnicas usadas pela PNL costumam ser eficientes em 80% dos casos. Observa-se que a técnica funciona bem quando se trata apenas de desfazer o condicionamento, quando é apenas necessário reensinar o sistema imunológico. Todavia, inúmeras vezes as alergias são a parte aparente de um problema cujas raízes são mais profundas. Nestes casos, o condicionamento, a técnica, é a última coisa a ser realizada. Antes há que se tratar das questões envolvidas. Um exemplo disto que estamos falando são os ganhos secundários.

Os ganhos secundários seriam aquelas razões que, às vezes inconscientemente, mantêm as pessoas presas a um determinado tipo de problema. Por exemplo, uma pessoa não gosta que outros fumem perto dela, só que acha difícil dizer isto às pessoas. Então passa a ser alérgica à fumaça de cigarro, como se estivesse dizendo "Não sou eu quem não quer que você fume, é a minha alergia". Ou então uma pessoa que é alérgica a açúcar e cuja alergia tem a intenção positiva (ganho secundário) de evitar que ela engorde.

A solução para tais ganhos secundários é buscar com a pessoa maneiras mais eficientes de lidar com o problema do cigarro e o do peso. Quando a pessoa dispuser de meios mais adequados para reagir a estes problemas, a alergia não será mais necessária.

Outros ganhos secundários envolvem, por exemplo, a atenção e os cuidados que uma pessoa recebe em função de sua doença. Às vezes a doença é a única forma que ela sabe para conseguir atenção e afeto. Também aqui, se ela aprender novas maneiras de obter atenção e afeto, não mais necessitará da reação alérgica para esta finalidade.

Inúmeras vezes a alergia é apenas o sintoma de algo que não está bem na vida de uma pessoa. Às vezes, é até possível eliminar a alergia, mas como a verdadeira causa do problema não foi tratada, ele volta a se manifestar e a pessoa pode voltar a ter a alergia, ou então passará a ter um outro tipo de manifestação daquele problema, como por exemplo, problemas digestivos. Freqüentemente, por trás da alergia estão questões de extrema importância, tais como questões no nível da identidade e das crenças.

Tomemos um exemplo fictício. Um homem tem alergia a perfumes. Sempre que alguém que esteja usando um perfume se aproxima dele, ele começa a espirrar. Conhecendo melhor sua história, identificamos em sua infância um episódio no qual havia chegado em sua casa uma visita de quem ele não gostava. Casualmente, a visita usava uma colônia. Ele não poderia, por uma questão de educação, mostrar seu desagrado à visita. Mas poderia ter um comportamento reflexo, o espirro, uma vez que, via de regra, as pessoas não espirram porque querem. Espirrar passou a ser então uma forma de mostrar desagrado. O espirro tinha para ele a intenção positiva de afastá-lo das pessoas que o desagradavam. Note-se que tudo isto ocorria a nível inconsciente, ou seja, ele não agia "de propósito".

E geralmente o "pretexto" para os espirros era o perfume que elas usavam, e mais tarde outros odores foram acrescentados. Depois de um certo tempo, ele passou a espirrar sempre que qualquer coisa o desagradava, demonstrando assim a capacidade que tem o ser humano de generalizar um comportamento.

Além disto, ele recebia muita atenção (ganho secundário) de seus pais em virtude de seu problema. Vários médicos foram consultados, foram feitas viagens a cidades de clima mais agradável e ele tinha muitos privilégios em virtude de ser alérgico: era poupado de situações tais como ajudar na limpeza da casa, visitar a velha tia que morava numa casa úmida, etc. Ele adquiriu uma identidade de doente, de alérgico. Passou a ser visto e a ver a si próprio como doente. Acostumou-se a isto, de forma que ele nem se lembrava de como e por que sua alergia havia começado.

O tratamento para esta pessoa deveria possibilitar-lhe o conhecimento da intenção positiva de sua alergia. Em seguida, buscar com ela outras maneiras de satisfazer esta intenção positiva. Envolveria ainda uma mudança no nível da identidade, além de trabalhar a questão dos ganhos secundários. Provavelmente, muito mais que a cura de sua alergia, esta pessoa sentiria uma mudança global em sua vida, a começar em sua forma de se relacionar com as pessoas.

Lembramos que este é um exemplo fictício, o que quer dizer que cada caso é um caso. Não estamos aqui sugerindo que toda pessoa que espirra em função de uma alergia o faça pelos mesmos motivos que os do exemplo apresentado.

É preciso ressaltar que, como já afirmamos em artigos anteriores, TODO COMPORTAMENTO TEM UMA INTENÇÃO POSITIVA. Portanto, a pessoa que tem uma alergia, ou qualquer outro tipo de problema ou doença, está fazendo a melhor coisa que sabe. É a melhor escolha de que dispõe no momento.

Todavia, muitas pessoas ao procurarem tratamento para sua alergia desejam ser curadas sem que sejam trabalhadas as outras questões envolvidas. É como se dissessem ao profissional: "Eu vou deixar com você minha alergia para você tratá-la. Quando você houver resolvido o meu problema, me avise e eu passo aqui para buscá-lo. Até lá, não quero ser incomodado".

É preciso envolvimento total do indivíduo em relação ao tratamento. É preciso que ele queira curar-se. E queira muito!

Como na estória em que um doente pede a um curandeiro:

_ Por favor, cure-me.

_ Quanto você está disposto a investir em sua cura?

_ Vinte moedas de ouro.

_ Quantas moedas de ouro você tem ao todo?

_ Cem.

_ Então vá para casa e volte aqui somente quando estiver disposto a investir tudo o que tem em sua cura. Neste dia você saberá que obtemos as coisas que desejamos de acordo com a importância que lhes atribuímos.

 

 

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(*) Nelly Beatriz M. P. Penteado é Psicóloga e Master Practitioner em Programação Neurolingüística (PNL).

 [email protected]

  

 

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