2 - O TERMO "PNL "E A UTILIZAÇÃO ÉTICA DE SUAS TÉCNICAS E PRESSUPOSTOS

REPRODUÇÃO PERMITIDA DESDE QUE MENCIONADA A FONTE

Nelly Beatriz M. P. Penteado (*)

 

O termo "Programação" vem da computação e diz respeito à instalação de um plano ou estratégia, de um programa em nosso sistema neurológico. Isto significa que nós condicionamos nosso cérebro, nós o programamos para obter um resultado específico.

Por exemplo, para aprender a dirigir um automóvel, inicialmente praticamos por partes e depois, com o tempo e com a prática, a habilidade toda se torna automática.

Portanto, um programa fornece um caminho ao nosso sistema neurológico, indicando-lhe a direção a seguir, e este caminho é fortalecido pela prática e enfraquecido pela ausência desta. Vale ressaltar que nós possuímos programas para tudo, inclusive para nos sentirmos felizes ou tristes.

Um exemplo extremo de um programa é a fobia (medos intensos, incontroláveis, geralmente desproporcionais aos elementos que os causam, como o medo de baratas, ratos, medo de altura). Uma fobia também acontece através de um condicionamento, em que uma emoção intensa é associada a um objeto, animal ou situação, o qual, a partir de então, terá o poder de causar aquela emoção. Falaremos mais sobre este tema num próximo artigo.

O termo "Neuro" refere-se ao sistema nervoso, através do qual recebemos e processamos informações que nos chegam pelos cinco sentidos: visual, auditivo, táctil-proprioceptivo, olfativo e gustativo.

O termo "Lingüística" diz respeito à linguagem verbal e não verbal, através das quais as informações recebidas são codificadas, organizadas e recebem significado. Inclui imagens, sons/palavras, sensações/sentimentos, sabores e odores. Simplificando muito, poderíamos dizer que é o que nos permite "traduzir" as informações recebidas.

O termo "Lingüística" está relacionado também ao modelo de linguagem que um indivíduo possui, e que lhe permite interagir com o mundo exterior. Este modelo amplia ou reduz a compreensão do indivíduo com relação à realidade externa. Quando muito empobrecido, dificultará o contato com o mundo e o indivíduo representará a si mesmo como tendo poucas opções para enfrentar as mais diversas situações. Isto porque nós não reagimos à realidade, mas sim à representação que fazemos dela. Para compreender, ampliar ou modificar o modelo de alguém, a PNL conta com o Meta Modelo de Linguagem, que será assunto de nosso próximo artigo.

Exemplificando o termo todo, tomemos novamente a habilidade de dirigir automóveis. Um programa nos permite fazê-lo automaticamente. Neuro: nós vemos (placas de trânsito, cruzamentos, outros carros), ouvimos (sons do motor, buzinas), sentimos (uma trepidação no volante, o contato do pé com a embreagem, etc.). Lingüística: os sons, as imagens e as sensações/sentimentos são traduzidos para que tenham significado para nós. Desta forma, um som estridente é automaticamente reconhecido como o som de uma buzina e nos lembramos de que buzinas são usadas para alertar alguém. Estas associações ocorrem rapidamente e em geral não as percebemos da forma seqüencial como a que estamos utilizando neste exemplo.

Atualmente podemos observar um crescimento na utilização da PNL e uma certa popularização de suas técnicas e pressupostos. A mídia e profissionais inescrupulosos vêm se encarregando de associá-la à literatura de auto-ajuda e àquela que prega o poder do pensamento positivo. Repetimos: PNL não é auto-ajuda e não se relaciona ao "pensamento positivo".

Alertamos o leitor para que desconfie da velha fórmula, sempre reciclada, segundo a qual o poder do pensamento positivo é capaz de criar sozinho qualquer resultado que se deseje. A PNL nos mostra que é preciso muito mais do que isto - são necessárias estratégias, que são processos internos de pensamento, e também um planejamento, que inclua onde você está, aonde quer chegar e quais os recursos que vai utilizar para obter aquilo que deseja.

Vemos, portanto, que não existe substituto para o trabalho real, objetivo, e que se os resultados da PNL são espantosos, todavia não são mágicos, posto que seguem um caminho, uma seqüência, que podem ser descritos, aprendidos e repetidos por outras pessoas.

Quando afirmamos que a PNL estuda a estrutura da experiência subjetiva humana (que inclui nossos processos internos de pensamento, sentimento, sensação, etc.) isto quer dizer que é possível abordá-la de forma objetiva, pois apesar de ser subjetiva ela possui estrutura (uma seqüência que pode ser descrita, observada, modificada). Talvez por isso um dos principais livros da PNL se chame A Estrutura da Magia, numa referência ao fato de que os resultados aparentemente mágicos da PNL possuem uma estrutura, que é lógica, demonstrável - você não precisa acreditar na PNL para que ela funcione com você e com as outras pessoas.

É exatamente por ser prática, demonstrável, lógica, que a PNL produz bons resultados - e geralmente em tempos menores que os usados por outras abordagens.

Àquelas pessoas que acusam a PNL de ser simplista, de resolver problemas graves com "fórmulas" prontas, lembramos que quando um cientista descobre uma fórmula de uma substância ou processo que poderá ajudar a humanidade, ele a anota num papel (ou num computador), possivelmente como uma fórmula matemática. Todavia, posteriormente alguém precisará produzir concretamente aqueles passos anotados na fórmula - da mesma forma que quando você vai ao restaurante você não come o cardápio e sim os alimentos que posteriormente lhe são servidos.

Assim é a PNL: um conjunto de notações que descrevem processos, estratégias. Infelizmente algumas pessoas ainda não perceberam este fato e acabam comendo o cardápio (ou engolindo o papel que contém as fórmulas...)

(Saiba mais sobre isto lendo uma entrevista que concedi sobre a utilização da PNL).

 (*) Nelly Beatriz M. P. Penteado é Psicóloga e Master Practitioner em Programação Neurolingüística (PNL).

 [email protected]

 

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