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Robalos e as marés, como isso funciona ?

É uma pergunta freqüente como as marés funcionam e como elas podem interferir na pesca dos robalos...

Resolvi colocar logo um tópico sobre o assunto e, pedir a quem ainda tenha dúvidas que as faça que eu responderei com o maior prazer!

  Sobre a maré, a ideal é quando está vazando; isto é, quando após atingir seu ponto máximo (chamado de “reponto”) ela começa a “vazar (abaixar)”. Quando isso ocorre temos 2 situações: o robalo tem ao seu alcance áreas que normalmente seriam rasas ou estariam acima da água, e uma correnteza tende a arrastar pequenos peixes e outras presas para o alcance do robalo (normalmente, elas ficam abrigadas entre as estruturas e inacessíveis a um grande peixe). Quanto mais alta a maré, melhor para a pesca em mangues porque a vazante correrá com mais força.

  Notável também é que, em canais, o robalo tende a ser capturado no reponto; parece que ele se desloca para o mangue neste momento e que o pegamos “de passagem” para o mangue...

Na praia e em costões, os capturamos com mais freqüência até umas 2 horas antes do reponto máximo (o termo reponto também serve ao ponto onde a maré atinge seu mínimo...) ou após eles estarem voltando do mangue, umas 2 horas antes do pôr do Sol.

  Sobre as marés, uma tábua de maré pode ajudar muito; o mais difícil é entender como a “mecânica” das marés funciona, mas uma vez entendido, o simples saber da fase da Lua resolve (eu calculo de cabeça os horários da maré)... Funciona mais ou menos assim:

Tanto o Sol como a Lua tem sua força gravitacional; e essa força gravitacional atrai a água do mar no ponto mais próximo ao astro, e também formam outra elevação no ponto oposto da Terra. Como a Lua está bem mais próxima, mesmo tendo massa muito menor, sua força gravitacional tem uma atuação quase 2 vezes maior que a do Sol.

Quando ambas as forças se somam, quando o Sol e a Lua estão “juntos” do mesmo lado, ou ainda quando estão de lados opostos ao centro da Terra, temos as grandes marés. Coisa como o valor da atração do Sol (X) e da Lua (2 X) se somando e dando o valor da maré (2X + X = 3X)

Quando eles estão em “quadratura”, formando um ângulo de 90º, temos as marés mortas (2X – X = X).

Por conta das translações desses astros temos um período de 6 h (ou melhor, 6:12 h; pois a Lua “anda” 49 minutos por dia em média) entre um reponto e o outro (a maré alta e baixa), e um período de pouco mais de 7 dias entre uma maré morta e uma maré alta (o tempo que leva cada fase da Lua).

Só para não falar demais em teoria, em um dia de Lua Cheia ou de Lua "Vazia (ou melhor, Nova)", teremos o reponto ao meio-dia...

A coisa só complica um pouco quando se tem de calcular as frações, vamos por como exemplo que a Lua esteja 2 dias antes da lua nova (quando teremos uma maré de máxima amplitude). A Lua avança aproximadamente 50 minutos por dia, então, o máximo da influência da Lua se dará ao meio-dia menos 2 X 50 minutos = 100 minutos, então, a Lua estará “a pino” às 10:20 h. Sendo a máxima influência do Sol às 12:00 (tem-se de tirar a média do horário do nascer e pôr do Sol para maior precisão, desconsiderando, é claro, horário de verão...). Agora, dividimos este intervalo de tempo de 100 minutos por 3 e pegamos o terço que fique mais próximo do horário de máxima influência da Lua (lembre-se de que a Lua tem 2 vezes a influência do Sol); no caso 10:53:33 h será a hora da maré alta (2/3 de 100 minutos antes do meio-dia).

É aproximado... Mas é será que faz tanta diferença se a maré alta será às 10:00 h ou às 10:30? É claro que o grande problema é que a Lua tem uma variação no quanto ela avança por dia devido a sua órbita elíptica, mas quebra bem o galho ter um valor aproximado de cabeça !

 

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