Bens tombados destru�dos no Brasil


          �Quando pela cultura se fizer a rea��o � daqui h� um s�culo � restar�o do passado da na��o meia d�zia de refer�ncias liter�rias.
          Ent�o, as carpideiras hist�ricas chorar�o l�grimas de crocodilo sobre as ruinas do passado que por ignor�ncia n�o soubemos defender.�

          Jos� Marianno Filho, 1943


      S�tio digital atualizado a 23 jul. 2001




      Celso Lago Paiva, Editor
      Centro de Mem�ria UNICAMP (GEHT/ CMU/ UNICAMP): http://www.geocities.com/RainForest/9468/tecnica2.htm

      http://www.geocities.com/lagopaiva/index.htm

      [email protected]


      Novo!

    Unitermos

      Abandono
      Arruamento
      Arruinamento
      Assalto
      Autenticidade
      Bem cultural edificado
      Bem hist�rico edificado
      Bem hist�rico arqueol�gico
      Berilo MG
      Bom Jesus do Amparo MG
      Campinas SP
      Campos dos Goytacazes RJ
      Cancelamento de tombamento
      Com�rcio de antiguidades
      Conselho de tombamento
      Conserva��o
      Consolida��o
      Declara��es de patrim�nio (�charters�)
      Demoli��o
      Descaracteriza��o
      Descaso
      Destombamento
      Ditadura
      Fachadismo
      Inc�ndio
      Interesse social
      Inunda��o
      Irresponsabilidade
      Itabirito MG
      Itapura SP
      Lendas de tesouros
      Mag� RJ
      Mariana MG
      Mercado imobili�rio
      Neglig�ncia
      Olinda PE
      Patrim�nio arqueol�gico
      Patrim�nio hist�rico
      Pilhagem
      Porto Alegre RS
      Porto Feliz SP
      Preserva��o
      Prote��o
      Recife PE
      Reforma
      Responsabilidade social da propriedade
      Restaura��o
      Rio Claro RJ
      Rio de Janeiro RJ
      Ru�na
      Sabotagem
      Salvador BA
      S�o Paulo SP
      S�o Roque SP
      Saque
      S�tio arqueol�gico
      Tombamento
      Tombamento cancelado
      Tr�fico de antiguidades
      Turba��o
      Urbanismo
      Vandalismo
      Vigil�ncia
      Vila Bela da Sant�ssima Trindade MT



      Sum�rio
              Introdu��o
          A. Bens tombados demolidos
          B. Bens tombados incendiados
          C. Bens tombados descaracterizados
          D. Bens tombados arruinados
          E. Bens tombados destombados
          F. Listagem geogr�fica
          G. Bibliografia
          H. Colabora��o
          I.   Agradecimentos
          J.   S�tio relacionado em Portugal



      Introdu��o

        a. Este s�tio digital re�ne informa��es sobre bens hist�ricos edificados e arqueol�gicos que, apesar de tombados a n�veis federal, estadual e/ ou municipal, foram destru�dos por demoli��o, inc�ndio, inunda��o, reforma, ru�na, turba��o ou descaracteriza��o.

        b. Os bens listados tiveram sua exist�ncia, sua integridade e sua autenticidade severamente atingidos.

        c. O objetivo b�sico dessas p�ginas � informar e historiar. No entanto o Editor espera que as informa��es expostas sirvam para estimular o debate acerca dos maus sucessos enfocados.
            Algumas quest�es pertinentes podem servir de ponto de partida para discuss�o das causas de fracasso na conserva��o.

          1. Por que faltou o envolvimento da comunidade, que se desinteressou do destino dessas edifica��es tombadas ou foi incapaz de impedir ou reverter os processos destrutivos (saque, abandono, vandalismo, inc�ndio, sabotagem, reforma)?

          2. Por que falhou o meio conservacionista em levantar as verbas necess�rias � consolida��o, restaura��o, prote��o e vigil�ncia das edifica��es amea�adas?
              Por que se permitiu que a falta de verbas fosse utilizada como argumento contra a conserva��o?

          3. Por que deixaram de ser aplicadas e utilizadas as t�cnicas, normas e equipamentos modernos de prote��o e seguran�a contra inc�ndio, vandalismo e acidentes? (Caso B.1)

          4. Quais foram as for�as econ�micas e pol�ticas que, combinadas, conseguiram anular os esfor�os de t�cnicos e conservacionistas? (Caso A.2 e caso E.1).

          5. Como puderam chegar os agentes imobili�rios, os construtores e os traficantes de arte e de antig�idades concretizar seus objetivos de dilapidar o patrim�nio, contra os interesses do restante da comunidade? (caso A.1 e CasoE.1).

          6. Por que falhou o relacionamento entre as institui��es encarregadas do tombamento e prote��o do patrim�nio e a comunidade?

          7. Por que n�o se encetou coopera��o m�tua de forma a salvar os bens amea�ados?

          8. Qual foi a g�nese do processo de debilita��o pol�tica dos conselhos de preserva��o do patrim�nio, que perderam sua autoridade t�cnica e peso de negocia��o?

          9. Como se disseminou em certos meios t�cnicos a tend�ncia do fachadismo, de considerar relevantes apenas uma ou mais fachadas de cada edifica��o, desprezando o restante como irris�rio (incluindo o patrim�nio arqueol�gico no solo), por maior que fosse seu interesse hist�rico, art�stico, t�cnico ou social? (Caso C.1).

          10. Por que se aceita o destombamento como instrumento jur�dico, muitas vezes previsto na pr�pria legisla��o, como ant�tese dos princ�pios conservacionistas?

        d. Nenhuma tentativa deliberada de censura ou de cr�tica pessoal � endere�ada �s entidades e conselhos ligados ao tombamento, conserva��o e restaura��o de bens hist�ricos citadas, que tanto j� fizeram por nosso patrim�nio cultural. Seus t�cnicos de carreira lutam contra os problemas aqui discutidos, muitas vezes sendo preteridos e tolhidos em sua atua��o por fatores n�o-t�cnicos e determina��es superiores.

        e. � preciso que sejam identificadas e avaliadas as for�as econ�micas, pol�ticas, t�cnicas, psicol�gicas e sociais que interagiram em prol da destrui��o em cada caso.

        f. Ser�o listados tamb�m bens que foram destombados, uma vez que o destombamento inevitavelmente conduz � r�pida demoli��o.
            A inclus�o foi feita como forma de sensibilizar os especialistas e a comunidade interessada em rela��o � necessidade de extirpar de nossa legisla��o conservacionista a figura jur�dica do destombamento.

        g. � preciso que sejam identificadas e avaliadas as for�as econ�micas, pol�ticas, t�cnicas, psicol�gicas e sociais que interagiram em prol da destrui��o em cada caso.

        h. O envolvimento da comunidade (moradores, conservadores, promotores culturais, pesquisadores, restauradores, historiadores, legisladores, administradores p�blicos e outros) � essencial para que sejam anuladas e desmascaradas as for�as e interesses escusos que, em nome do �progresso� imediatista e ego�sta, e de pretensos benef�cios sociais, dilapidam o patrim�nio cultural, social e hist�rico que � de todos, inclusive e principalmente dos p�steros.


        Itens incorporados recentemente est�o marcados com Novo!

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      A. Bens tombados demolidos

            �H� duas coisas num edif�cio: seu uso e sua beleza. Seu uso pertence ao propriet�rio. Sua beleza, a todos.
                Destru�-lo, portanto, � um abuso do direito de propriedade.�
                      Victor Hugo


        A not�vel considera��o doutrin�ria de Hugo acerca da responsabilidade social da propriedade � ainda hoje tabu no Brasil, onde impera a invers�o desse preceito: o destino dos bens hist�ricos m�veis e im�veis � geralmente determinada pelo poder financeiro.


        Consideram-se aqui apenas edifica��es que foram demolidas ilegalmente, por ato de for�a, estando ainda protegidas pelo instrumento do tombamento.

        Novo!
        Podem ser inclu�dos nesta se��o s�tios arqueol�gicos destru�dos por turba��o (como ara��o � caso do s�tio da miss�o de Santo In�cio, no Paran�), inunda��o, obras e eros�o h�drica.

        Bens demolidos ap�s o destombamento est�o listados abaixo.

        Os bens foram aqui arrolados em ordem da data de demoli��o.


        A. Bens tombados demolidos:
        A.1. Conjunto edificado (centro hist�rico), S�o Jo�o Marcos RJ
        A.2. Forte do Buraco, Recife ou Olinda PE
        A.3. Trecho ferrovi�rio Mau�Fragoso, Mag� RJ
        A.4. Igreja de Nossa Senhora do Ros�rio, Berilo MG


      A.1. Conjunto edificado (centro hist�rico)
        Localidade: S�o Jo�o Marcos, munic�pio anexado ao de Rio Claro, Rio de Janeiro.
        Bem: conjunto de edifica��es residenciais e uma edifica��o de uso religioso, urbanas, cemit�rio, cal�ada de pedras, s�tio arqueol�gico.
        Constru��o: s�culos XVIII e XIX.
        Propriedade: bens particulares, desapropriados pelo governo estadual; aparentemente a desapropria��o n�o foi paga.
        Tombamento: federal, SPHAN (inscrito a 19 maio 1939; parecer favor�vel do Conselho Consultivo do SPHAN a 28 set. 1938). Inscri��o nunca cancelada.
        Destrui��o: 1941�1943 (desapropria��o autorizada pelo decreto-lei federal 2269, de 3 jun. 1940).
        Novo tombamento: s�tio hist�rico-arqueol�gico, remanescentes de edifica��es e escombros tombados pelo INEPAC (estadual), 16 fev. 1990, atendendo a solicita��o da Secretaria de Cultura do munic�pio de Rio Claro (este abrange a �rea do munic�pio extinto de S�o Jo�o Marcos).
        Nota. Escreveu Maria Cristina Fernandes de Mello: �S�o Jo�o Marcos, fundada em 1739, foi incansavelmente defendida por muitas pessoas em �pocas diferentes. N�o foi suficiente tal ardor e compet�ncia frente a um dos argumentos mais controvertidos hoje em dia � o progresso � visto por um �nico �ngulo, aquele dos tecnocratas�.
        P�gina digital: http://www.uepg.br/rhr/v1n1/dilma.htm.
        Bibliografia: Pizarro (1946:167-174); Pohl (1976:62-3); Lerner (1991); Paula (1994); Mello (1996).


      A.2. Forte do Buraco
        Localidade: Recife ou Olinda, Pernambuco.
        Destrui��o: o in�cio da demoli��o pela Marinha se deu em 1953, � revelia do SPHAN (tombamento federal). Este conseguiu a suspens�o da demoli��o, mas despacho do presidente Kubitscheck de 10 jan. 1955 ordenou o cancelamento do tombamento. Imediatamente reiniciou-se a dinamita��o, que prosseguiu at� ser quase totalmente arrasada.
        Mais detalhes abaixo, onde se analisa a destrui��o ap�s o destombamento.


      A.3. Trecho ferrovi�rio Mau�Fragoso
        Localidade: do antigo porto de Mau� � Parada do Fragoso, munic�pio de Mag�, ao norte da Ba�a da Guanabara, Estado do Rio de Janeiro.
        Bem: trecho ferrovi�rio de cerca de quatorze quil�metros.
        Tombamento: federal. O trecho ferrovi�rio foi transformado em Monumento Nacional por decreto de 1954 de Vargas; tombado em seguida pelo SPHAN (processo 506-T-54; inscrito a 7 maio 1954 no Livro Hist�rico I, folha 51, n�mero 303).
        Destombamento: inscri��o cancelada pelo decreto-lei da interve��o federal 67.592. Em 1970 o General-presidente da Rede Ferrovi�ria solicitou o destombamento para construir uma esta��o de r�dio sobre o leito f�rreo; o IPHAN indeferiu o pedido e recomendou ao Presidente da Rep�blica que desmonumentalizasse a linha, no que foi atendido; n�o houve cancelamento da inscri��o no livro-tombo.
        Destrui��o: A esta��o de r�dio n�o foi constru�da, mas a linha foi afinal destru�da, por ter a estrada de ferro deixado de ser operacional.
        Nota 1. Primeiro trecho ferrovi�rio constru�do no Brasil, inaugurado em 1854, por Irineu Evangelista de Souza (depois Bar�o de Mau�, 1813�1889) (Matos, 1974:51, onde constam mais refer�ncias); mais tarde o trecho foi ampliado por ele at� Petr�polis.
        Nota 2. Este bem ainda consta como tombado nas p�ginas digitais do IPHAN; as informa��es de que disponho n�o permitem definir se o bem foi efetivamente destombado.
        Nota 3. Quest�es pertinentes. Restou o s�tio (leito, cortes, aterros, pontes e patrim�nio arqueol�gico subterr�neo)?
            Para quais museus hist�ricos ou museus de t�cnicas foram amostras dos trilhos (e mais ferragens), equipamentos e outros materiais do trecho ferrovi�rio?
            Foi feito levantamento descritivo-fotogr�fico exaustivo antes da destrui��o?
        Bibliografia: Rabelo (1932); Faria (1933); Besouchet (1942); Matos (1974:51); Caldeira (1995).
        P�gina digital: www.iphan.gov.br/bancodados/benstombados/
        mostrabenstombados.asp?CodBem=1638
        .


      A.4. Igreja de Nossa Senhora do Ros�rio
        Localidade: Berilo, antiga �gua Suja, depois �gua Limpa, a cerca de 180 km a NE de Diamantina, Minas Gerais (Servi�o, 1927[:95]).
        Bem: edifica��o de uso religioso.
        Constru��o: s�culo XVIII.
        Propriedade: particular (Irmandade de Nossa Senhora do Ros�rio).
        Tombamento: federal, IPHAN, 1974 (processo IPHAN 720-T-63; bem inscrito a 13 mar. 1974 no Livro de Belas-Artes, volume I, folha 93, n�mero 512). A igreja matriz de Nossa Senhora da Concei��o, restaurada em 1999 pelo IPHAN, foi registrada no mesmo dia, sob n.o 511.
        Saque: 1972/1991, tendo sido roubados ret�bulos principal e do arco-cruzeiro, portas, janelas, forro pintado, ferragens e grande arcaz da sacristia.
        Ru�na: dez. 1988 (parcial: parede fronteira, paredes e telhado da nave-m�e).



        Foto 1. Igreja de Nossa Senhora do Ros�rio, Berilo (foto © Isolde H. Brans, 1989)

        Demoli��o: 1991, � revelia do IPHAN.
        Bibliografia: Del Negro (1978:196, fotos 146 e 147); Carrazzoni (1987:191-2); IPHAN (1994:60).
        P�ginas digitais: http://www.geocities.com/lagopaiva/rosario.htm,
        www.iphan.gov.br/bancodados/benstombados/
        mostrabenstombados.asp?CodBem=1278
        .



      B. Bens tombados incendiados

        Falhou a prote��o contra os bens tombados, destru�dos pelo fogo.

        Faltaram medidas de precau��o (desligamento da rede el�trica geral durante as obras, aplica��o de subst�ncias retardadoras de fogo).

        Transformou-se uma igreja hist�rica em verdadeira pira hist�rica, pela aplica��o em suas madeiras de hidrocarboneto inflam�vel.

        Aceitou-se como fato lament�vel mas irrecorr�vel a destrui��o de bem particular pelo propriet�rio para uso posterior do terreno com outra finalidade, sem a conclus�o de inqu�rito policial.

        Outras causas concorrentes para o inc�ndio de bens tombados s�o:
            1. abandono;
            2. falta de vigil�ncia;
            3. condescend�ncia com invas�es e vandalismo;
            4. uso inadequado (Solar dos Rezendes em Campanha);
            5. toler�ncia de atividades inadequadas;
            6. uso como dep�sito de materiais inflam�veis (madeiras, documentos, jornais, materiais de limpeza, combust�veis ve�culares, solventes, etc.);
            7. presen�a de equipamentos incompat�veis com edif�cios hist�ricos (aquecedores � Col�gio do Cara�a, fog�es, lareiras, autom�veis, geradores, equipamentos industriais);
            8. falta de manuten��o e atualiza��o da rede el�trica;
            9. aus�ncia de disjuntores bem dimensionados;
            10. falta de sensores de calor;
            11. falta de aplica��o de subst�ncias e produtos retardantes de chama em estruturas de madeira e de taquara.
            12. presen�a de edifica��es tempor�rias de madeira no entorno (ed�culas, barracos);
            13. presen�a no entorno de casas de com�rcio e dep�sitos potencialmente perigosas (madeiras, g�s de cozinha, combust�veis, tintas, por exemplo);
            14. presen�a no entorno de ind�strias potencialmente perigosas;
            15. aus�ncia de corpo de bombeiros no distrito;
            16. falta de treinamento especializado dos funcion�rios;
            17. aus�ncia de telefone no local.

        Novo!
        Algumas autoridades da �rea de conserva��o de patrim�nio hist�rico alegam que inc�ndios s�o �fatalidades� ou �fruto do des�gnio divino�, eximindo-se, gra�as a justificativas metaf�sicas, da obriga��o de prevenir sinistros e de apurar as responsabilidades no caso de inc�ndios.


        B. Bens tombados incendiados:
        B.1. Solar do Visconde de Indaiatuba, Campinas SP
        B.2. Igreja de Nossa Senhora do Carmo, Mariana MG
        B.3. Col�gio do Cara�a, Santa B�rbara MG


      B.1. Antigo solar do Visconde de Indaiatuba
        Localidade: Campinas, S�o Paulo (Rua Bar�o de Jaguara, esquina com Rua General Os�rio, Pra�a Visconde de Indaiatuba, centro).
        Bem: edifica��o urbana originalmente residencial com dois pavimentos.
        Constru��o: d�cada de 1840, mandado erguer pela vi�va Thereza Miquelina do Amaral Pompeu (1800�1881, filha de Jos� Rodrigues Ferraz do Amaral e de Ana Mathilde de Almeida Pacheco); pertenceu depois a seu irm�o e genro Joaquim Bonif�cio do Amaral, Visconde de Indaiatuba (1815�1884, casado com Ana Guilhermina Pompeu do Amaral, filha de Thereza Miquelina e de Antonio Pompeu de Camargo, senior, falecido em 1836; Campos J�nior, 1952:260-2).
            Joaquim Bonif�cio foi herdeiro de seu pai na posse da sede da Fazenda Sete Quedas, localizada no bairro Boa Esperan�a, e vizinha da fazenda Jambeiro, de seu irm�o Herculano Pompeu de Camargo.
        Propriedade: particular (pessoa jur�dica).
        Levantamento planialtim�trico: Alexandre Luiz Rocha et al., 1988.
        Tombamento: municipal, CONDEPACC, 1988 (Resolu��o 1/88, de 19 dez. 1988, publicada no Di�rio Oficial do Munic�pio de Campinas a 19 dez. 1988).
        Inc�ndio: 18 fev. 1994 Causa oficial: fa�scas oriundas de transformador el�trico em poste a alguns metros da edifica��o. Testemunhas ouvidas d�o outra causa completamente diferente, dolosa, que nunca foi investigada em inqu�rito policial ou peritagem.
        Bibliografia: Pupo (1969:187-8, 1983:32, 47-8, 55 e 57); Sesso Junior [1970:114, 140, 142, 198 e 214 (fotos)]; Prefeitura (1995); Brefe e Meneguello (1996).
        Nota. Em 1998, tendo restado ap�s o inc�ndio e colapsos alguns trechos das paredes originais das paredes de taipa-de-pil�o, foi constru�do sobre essas ru�nas simulacro lembrando a edifica��o original, para utiliza��o por empresa de jogo; foram inclu�dos na contrafa��o as grades originais sesquiseculares que ornavam as fachadas voltadas para as ruas do pavimento superior do edif�cio antigo, e que deveriam ter sido depositadas em acervo de museu oficial (para n�o referendarem a reconstru��o, expressamente vetada pelas declara��es internacionais de patrim�nio hist�rico � �charters�) (Paiva, submetido).


      B.2. Igreja de Nossa Senhora do Carmo
        Localidade: Mariana, Minas Gerais.
        Bem: edifica��o de uso religioso, urbana.
        Constru��o: in�cio em 1784; t�rmino no s�culo XIX.
        Propriedade: Arcebispado de Mariana.
        Tombamento: federal, SPHAN, 1939 (processo SPHAN 75-T-38; bem inscrito a 8 set. 1939 no Livro de Belas-Artes, volume I, folha 46, n�mero 266).
        Inc�ndio: 20 jan. 1999, sendo destru�da a nave-m�e, telhado, forro com pinturas, e parte da estrutura de pedras das paredes.
        Bibliografia: Falc�o (1946:17-8, 72-6); Bazin (1956/ 1958, tome I: 28, 183, 184, 209-10, 322, tome II:72-3 e pranchas 86 e 92); Roteiro (1978:130-132); Brant (1981:92-3, 98); Carrazzoni (1987:215-6); IPHAN (1994:70); Barbosa (1995:197); Cinzas (1999); Magalh�es (1999a; 1999b); IPHAN (1999); IPHAN (2000).
        P�gina digital: http://www.geocities.com/lagopaiva/tochahis.htm.


        Novo!

      B.3. Edif�cio do Col�gio do Cara�a
        Localidade: Serra do Cara�a, no munic�pio de Catas Altas (antigo distrito de Santa B�rbara), Minas Gerais (Servi�o, 1927[:148]).
            Situa-se a cerca de 8 km a sudoeste da sede municipal (Servi�o, 1927[:148]).
        Bem: edifica��o de uso educacional, rural.
            Edifica��o de alvenaria de pedras, com 58 m de comprimento e 14 m de largura; os muros externos tem 12 m de altura; no andar t�rreo se achavam as salas de aula, gabinete de f�sica e qu�mica, enfermaria, batinaria, rouparia, gabinete dent�rio e sala de raios x; no primeiro andar: dois grandes sal�es (um para estudos, comportando 300 estudantes, e outro para festas e teatro; no segundo andar: dois dormit�rios para 200 camas, quarto para disciplin�rio e instala��es sanit�rias Brant (1981:74).
            O conjunto hist�rico conta com diversas outras edifica��es antigas, n�o atingidas pelo inc�ndio.
        Constru��o: iniciada em 1874; terminada entre 1885 e 1895 (Zico, 1988:67, 74).
        Propriedade: Congrega��o das Miss�es Lazaristas do Brasil.
        Tombamento: federal, SPHAN, 1955 (processo SPHAN 407-T-49; bem inscrito a 27 jan. 1955 no Livro de Arqueol�gico, Etnol�gico e Paisag�stico, volume I, folha 4, n�mero 15-A) e no Livro Hist�rico, volume I, folha 52, n�mero 309) como �Cara�a (col�gio) � conjunto arquitet�nico e paisag�stico�.
        Inc�ndio: 28 maio 1968. O fogo destruiu completamente o edif�cio (inclusive 20000 dos 30000 livros da biblioteca), deixando de p� apenas as paredes externas, de alvenaria de pedras (Roteiro, 1978:210; Carrazzoni, 1987:265; Zico, 1988:14, 74, 158-65; Barbosa, 1995:78).
            O fogo parece ter come�ado em aparelho el�trico esquecido ligado na biblioteca (aquecedor de cola de encaderna��o). Muitos materiais combust�veis facilitaram a r�pida propaga��o e alimenta��o do inc�ndio: estantes de madeira, livros, forros de taquara, m�veis, roupas, al�m de toda a estrutura de pisos de tabuado e paredes de taipa-de-m�o.
        Iconografia (apenas do pr�dio incendiado): Lima (1945:prancha entre p�ginas 128 e 129); Brant (1981:57, 62-3) (fotos); Zico (1988:161-2, 193, 196, 203-4, 207).
        Nota hist�rica. O Cara�a foi estabelecido na d�cada de 1770 como eremit�rio e hosp�cio (hospedaria religiosa) pelo religioso leigo portugu�s Irm�o Louren�o de Nossa Senhora, de identidade desconhecida. Logo o Cara�a se tornou local de peregrina��o religiosa (�santu�rio do Cara�a�). Louren�o faleceu a 27 out. 1819.
             Em 1816 foi visitado por Saint-Hilaire (Saint-Hilaire, 1975:98-101).
             Em 1821 come�ou a funcionar o col�gio, por onde, at� 1968, passaram milhares de estudantes, alguns dos quais se destacaram na pol�tica e na vida religiosa cat�lica mineira e nacional, como Afonso Augusto Moreira Pena (Lacombe, 1986:3-18), Antonio Augusto de Lima, Arthur da Silva Bernardes, Fernando Pereira de Melo Vianna, Joaquim Candido da Costa Senna, Jos� Falc�o Freire, Lucas Moreira Neves, Oleg�rio Maciel e Quintiliano Jos� da Silva.
             Atualmente o Cara�a � importante centro tur�stico, montan�stico e de pesquisa bot�nica.
        Bibliografia: Carrato (1963 e 1968:36-40); Roteiro (1978:206-213); Brant (1981:56-63); Carrazzoni (1987:264-5); Zico (1988); IPHAN (1994:85); Barbosa (1995:77-8).



      C. Bens tombados descaracterizados

        Inclui bens tombados que foram v�timas de interven��es irrevers�veis:
            demoli��es parciais;
            retirada de equipamentos, estruturas e ornamentos fixos originais;
            reformas;
            mutila��es por reconstru��es ou por �restaura��es� amador�sticas;
            acr�scimos ileg�timos ou inaut�nticos;
            restaura��es sem devida sinaliza��o dos elementos novos que substitu�ram os elementos antigos desaparecidos ou das paredes reconstru�das.

        Entendo que no caso de adapta��o de pr�dios hist�ricos a usos modernos (�revitaliza��o�) o uso deve se adequar ao bem, e n�o o bem ser adaptado ao uso, neste caso com perda de estruturas, patrim�nio arqueol�gico e autenticidade.
            Ali�s, diversas conven��es internacionais de patrim�nio (�charters�) deixam isso bem claro ao recomendar apenas interven��es revers�veis.


        C. Bens tombados descaracterizados:
        C.1. Resid�ncia com sobrado, Porto Feliz SP
        C.2. F�brica de Tecidos El�sticos Godoy Valbert, Campinas SP
        C.3. Resid�ncia da Prof.a Silvia Sim�es Magro, Campinas SP
        C.4. Resid�ncia, Campinas SP
        C.5. Solar do Bar�o de Ataliba Nogueira, Campinas SP


      C.1. Resid�ncia com sobrado (�Casa da Alf�ndega�)
        Localidade: Porto Feliz, S�o Paulo (Pra�a Duque de Caxias, antigo Largo da Penha, n�mero 66).
        Bem: Resid�ncia urbana de dois pavimentos, sendo o superior assobradado (com v�o em parte, resultando �rea pouco menor que o do andar inferior); erigida integralmente em taipa-de-pil�o, com duas �guas voltadas para a rua e para o quintal. A documenta��o de tombamento cita que o im�vel havia servido �de alf�ndega e registro no tempo das navega��es mon�oeiras para Cuiab� e Paraguai�, mas n�o cita documentos que comprovem essas afirma��es.
        Constru��o: primeira metade do s�culo XVIII, provavelmente para uso �nico como resid�ncia.
        Propriedade: particular (pessoas f�sicas: Luiza Soldera Bellini e Nivaldo Jos� Bellini); utilizado (1969/1997) como resid�ncia e com�rcio (bar e restaurante). Im�vel recebido ap�s 1975 de Augusto Bellini, que o comprou em out. 1964 de Agripina Sampaio, vi�va de Joaquim Martins Sampaio, que o adquiriu a 24 ago. 1928 de Jo�o Pires de Almeida e de Maria Sttetener de Almeida (2.o Tabelionato, Livro de Notas 25, folha 139 verso; pesquisa de Carlos Lemos, no documento 24/31 do Processo de tombamento).
        Tombamento: estadual, CONDEPHAAT (como �Casa da Alf�ndega�) (Processo 7860/69).
            Proposi��o de tombamento a 5 fev. 1969 de Vinicio Stein Campos, documento 1/31 no Processo.
            Parecer favor�vel de Carlos Alberto C. Lemos, sem data, documento 5/31.
            Resolu��o de Tombamento a 8 ago. 1972, do Secret�rio Estadual de Cultura, Esportes e Turismo, documento 5/31 no Processo (que consta de 31 p�ginas numeradas de documentos, presentes no prontu�rio a 24 mar. 1997).
            Inscri��o 113, Livro do Tombo Hist�rico n�mero 1, folha 16; publica��o no Di�rio Oficial do Estado a 16 ago. 1972
        Descaracteriza��o: 1. elimina��o das pe�as de madeira das portas originais (providas de couce ou coice � prolongamento da t�bua mais interna da porta para bascula��o na padieira e na soleira � comum at� o in�cio do s�culo XVIII em S�o Paulo) com respectivos gonzos met�licos; essa mutila��o foi completada em 1975, ap�s tombamento, e denunciada oficialmente ao CONDEPHAAT por seu ent�o Diretor T�cnico Prof. Carlos Lemos, atrav�s da Folha de Informa��o 23/31, de 30 jul. 1975, p�ginas 23 e 24 apensas ao Processo; o comprador � ator nacionalmente conhecido, e seu nome consta da den�ncia; o propriet�rio na �poca era Augusto Bellini (Nota 1);
            2. elimina��o (para venda a colecionador) do primeiro lan�o da escada interna (escavado num �nico bloco de madeira antiga) e substitui��o por lan�o de t�buas; mutila��o realizada em 1975, ap�s tombamento, e denunciada oficialmente ao CONDEPHAAT pelo Prof. Carlos Lemos, atrav�s da Folha de Informa��o 23/31, apensa ao Processo (Nota 1);
            3. abertura de porta na parede posterior do c�modo anterior esquerdo do pavimento inferior; mutila��o anterior ao tombamento (?);
            4. incorpora��o de caixilhos envidra�ados em janela do andar t�rreo (descaracteriza��o anterior ao tombamento e plenamente revers�vel, por seu car�ter de aposi��o, ao contr�rio das tr�s outras agress�es).
        Nota 1. Escreveu Carlos Lemos: �[...] houve imperdoaveis altera��es no terreo do bem tombado: desapareceram o �nico marco autentico de porta interna, que ostentava em seus cantos os orif�cios de gonzos primitivos de madeira e o enorme �toco� de madeira que estava chumbado no ch�o de terra batida servindo de primeiro degrau (convite) na escada de acesso ao sobrado. Disse-nos o propriet�rio que o referido aro de porta foi comprado para a casa de fazenda do ator Tarc�sio Meira, quem, a nosso ver, poder� ser interpelado e elucidado a respeito da import�ncia da pe�a, j� que todos ignoram o tombamento� (Folha de Informa��o 23/31, de 30 jul. 1975, acima).
        Nota 2. A edifica��o em quest�o foi recentemente valorizada em seu entorno pela demoli��o em 1999 do edif�cio do mercado e rodovi�ria municipais, que enchiam o Largo da Penha (pra�a colonial fronteira ao bem tombado); a demoli��o foi fruto de inger�ncias do pesquisador Prof. Jonas Soares de Souza (do Museu Republicano �Conven��o de Itu�, Museu Paulista, USP), que prop�s a demoli��o.
        Nota 3. A denomina��o colonial da povoa��o hist�rica (porto das mon��es que demandavam Cuiab�; Taunay, 1981) era Araraytaguaba; a resid�ncia em quest�o faz fundos (quintal) com o Parque das Mon��es, tombado a n�vel estadual (Reis Filho, 1982:27 e 122).
        Iconografia: Florence (1977:29); Taunay (1981:253); Reis Filho (1982:121); Paiva (1996a:25); levantamento fotogr�fico de Lew Parrela, 1975.
        Bibliografia: Reis Filho (1982:27); Paiva (1996a:24-5).


      C.2. Antiga F�brica de Tecidos El�sticos Godoy Valbert
        Localidade: Campinas, S�o Paulo (Rua Jos� Paulino 1829, centro).
        Bem: conjunto de tr�s edifica��es originalmente industriais urbanas t�rreas; seis edifica��es industriais e residenciais no entorno.
        Constru��o: c. 1921.
        Propriedade: particular (entidade mantenedora da Igreja do Nazareno).
        Tombamento: municipal, CONDEPACC, 1994 (Resolu��o 15, de 3 fev. 1994, publicada no Di�rio Oficial do Munic�pio de Campinas a 10 fev. 1994, p�ginas 3-4).
        Descaracteriza��o: reforma, de nov. 1998 a jun. 1999 (obras autorizadas por decis�o do colegiado do CONDEPACC em sess�o ordin�ria a 19 set. 1996), que acarretou descaracteriza��o grav�ssima e irrevers�vel.
            Foram destru�dos: edif�cio central; telhado e duas fachadas do pr�dio direito; telhado do pr�dio esquerdo; corredor coberto que unia estes dois pr�dios; e arco met�lico na mesma situa��o.



        Foto 2. F�brica de Tecidos El�sticos Godoy
        Valbert. Detalhe da fachada
        anterior, com o novo telhado.

        Nota. O instrumento legal de tombamento n�o especificava tombamento parcial, pelo que presumia tombamento integral das edifica��es no estado em que se encontravam na data da publica��o; a autoriza��o da reforma foi, portanto, irregular.
        Destrui��o: as duas edifica��es industriais no entorno (Rua Lu�s Rosa n.os 278 e 354), que deveriam ser protegidas legalmente, foram destru�das durante a reforma da F�brica, dando uma delas lugar � quadra de esportes e estacionamento da igreja e outras duas ao Instituto de Educa��o Jaime Kratz, ligado a essa igreja.
            Nenhuma documenta��o sobre essas demoli��es foi incorporada ao processo da F�brica no CONDEPACC (fotografias, levantamentos ou autoriza��es para demoli��o).
            Dessa forma parece ilegal a demoli��o dessas edifica��es; nem por isso os respons�veis foram notificados ou processados.
        Bibliografia: Prefeitura (1995); Brefe e Meneguello (1996:34).
        P�gina digital: http://www.geocities.com/lagopaiva/fabrica.htm.


      C.3. Antiga resid�ncia da Prof.a Silvia Sim�es Magro
        Localidade: Campinas, S�o Paulo (Rua C�nego Scipi�o 1074, centro).
        Bem: edifica��o residencial urbana, em alvenaria de tijolos.
        Constru��o: 1894, por Heinrich Husemann.
        Propriedade: particular (pessoa jur�dica).
        Levantamento planialtim�trico: Ricardo Tella Ferreira, 1988.
        Tombamento: municipal, CONDEPACC, 1991 (Resolu��o publicada no Di�rio Oficial do Munic�pio a 14 dez. 1991).
        Descaracteriza��o: retirada do telhado em 1991.
        Ru�na: desde 1991 em total abandono.
        Bibliografia: Prefeitura (1995).


        Novo!

      C.4. Resid�ncia
        Localidade: Campinas, S�o Paulo (Rua Padre Vieira 1277, com fachada esquerda para a Rua Benjamin Constant, centro).
        Bem: edifica��o residencial urbana, com dois andares, em alvenaria de tijolos.
        Constru��o: fins do s�culo XIX.
        Propriedade: particular (Irmandade da Santa Casa de Miseric�rdia).
        Tombamento: municipal, CONDEPACC, 1991 (Resolu��o publicada no Di�rio Oficial do Munic�pio a 14 dez. 1991).
        Descaracteriza��o: reforma em 1996/ 1998, para instala��o de estabelecimento comercial, com constru��o de anexos, destrui��o do patrim�nio arqueol�gico subterr�neo (n�o pesquisado), elimina��o do sobrado (piso de tabuado) superior e outras altera��es; havia sofrido inc�ndio parcial em 1988.
        Bibliografia: Prefeitura (1995; Garcia (1996); Costa (1996).


        Novo!

      C.5. Solar do Bar�o de Ataliba Nogueira (antigo Hotel Vit�ria)
        Localidade: Campinas, S�o Paulo (Rua Regente Feij� 1087, com fachada esquerda para a Av. Campos Sales, centro).
        Bem: edifica��o residencial urbana, com dois andares, em alvenaria de tijolos.
        Constru��o: fins do s�culo XIX, para resid�ncia de Jo�o Ataliba Nogueira.
        Propriedade: particular (Irmandade da Miseric�rdia).
        Tombamento: municipal, CONDEPACC, 1990 (Resolu��o publicada no Di�rio Oficial do Munic�pio a 13 jul. 1990).
        Descaracteriza��o: reforma em ago.�set. 2000, para instala��o de centro cultural de entidade de cursos pr�-vestibulares, com constru��o de anexos, destrui��o de parte do forro de t�buas original, abertura de portas, poss�vel danifica��o de pinturas murais originais, ere��o de parede com aposi��o de ornamentos imitando o edif�cio original e outras altera��es.
        Nota hist�rica. Jo�o de Ataliba Nogueira, advogado, agricultor e empres�rio (1834�1912) foi propriet�rio da importante fazenda de caf� Jaguari (hoje Santa �rsula), na esta��o de Jaguari (no munic�pio de Campinas), da estrada de ferro Mogiana. Ainda existe o casar�o da fazenda, de propriedade de um seu descendente, muito pr�xima da ponte da estrada de ferro sobre o rio Jaguari, em frente da cidade de Jaguari�na, esta surgida da esta��o (Pupo, 1969:196, 258-9, 1983:185-7, 197-8).
             Em 1816 foi visitado por Saint-Hilaire (Saint-Hilaire, 1975:98-101).
        Bibliografia: Campos J�nior (1952:267-9); Prefeitura (1995).



      D. Bens tombados arruinados

        Contempla edifica��es arruinadas por agentes naturais ou humanos, v�timas do abandono, da falta de manuten��o e de consolida��o estrutural, ou que sofreram danos por eros�o ou solapamento.

        � o caso de muitas edifica��es tombadas que, por todo o pa�s, v�o lentamente sendo consumidas pelas intemp�ries, pela retirada de materiais de constru��o pela popula��o, pela eros�o.

        Outras vezes os edif�cios antigos s�o agredidos continuadamente pelo solapamento vand�lico de suas paredes, incentivado pela persist�ncia de lendas que dizem de �tesouros� nelas encerrados (caso da sede da Col�nia Militar de Itapura, Estado de S�o Paulo).     Esse tipo de assalto motivado pela incultura e pela gan�ncia foi comentado por Paulo Duarte (1938:38):     ï¿½A lenda desses tesouros jesuiticos ou bandeirantes leva a supersti��o grosseira � excava��o dos alicerces das ruinas conventuaes, dos muros ainda de p�, dos poucos monumentos historicos, como tudo, abandonados, fazendo que esboroem e desapare�am para sempre esses raros e maltratados documentos.�

        Falta de consolida��o estrutural, de cobrimento ou tratamento das ru�nas, de impermeabiliza��o, de drenagem, de tratamentos anti-cupins, de vigil�ncia, de campanhas de conscientiza��o e esclarecimento da popula��o, de verbas e programas para tudo isso: fatores que contribuem para manter e acelerar os processos de degrada��o.

        As obras edificadas com terra crua, nas t�cnicas de gaiola (preenchidas com adobes ou taipa-de-m�o), de taipa-de-pil�o e de �torr�o� (RS) s�o mais suscet�veis � degrada��o que as edifica��es de alvenaria (de tijolos ou de pedras), com estrutura met�lica, de gaiolas com paus-a-pique sem revestimento ou de gaiolas com paus deitados. Essas duas �ltimas t�cnicas s�o comuns em Minas Gerais e raras alhures.


        D. Bens tombados arruinados:
        D.1. Pal�cio dos Capit�es-generais, Vila Bela da Sant�ssima Trindade MT
        D.2. Igreja Matriz da Sant�ssima Trindade, Vila Bela da Sant�ssima Trindade MT
        D.3. Casa bandeirista do S�tio Mirim, S�o Paulo SP
        D.4. Igreja de Nossa Senhora do Ros�rio, Berilo MG
        D.5. Sede da Fazenda Jambeiro, Campinas SP
        D.6. Sede da Fazenda Rio de S�o Jo�o, Bom Jesus do Amparo MG
        D.7. Sede da Col�nia Militar de Itapura, Itapura SP


      D.1. Pal�cio dos Capit�es-generais
        Localidade: Vila Bela da Sant�ssima Trindade, Mato Grosso, primeira capital de Mato Grosso, na margem direita do Rio Guapor�. A 17 set. 1818 passou a ser denominada cidade de Mato Grosso).
        Nome alternativo: Conjunto de ru�nas da cidade de Vila Bela da Sant�ssima Trindade, Mato Grosso.
        Constru��o: segunda metade do s�culo XVIII.
        Tombamento: federal, IPHAN, 1988 (processo IPHAN 877-T-73; inscrito a 13 jun. 1988 sob n.o 526 no Livro Hist�rico, vol. II, f. 9).
        Ru�na: o Pal�cio foi recuperado pela Comiss�o Rondon em 1907; estava em boas condi��es e em uso em 1936; tem funda��es de pedra-canga e paredes de adobes (Rondon, 1938:107-14, fotos XVII a XIX).
        Notas. Vila Bela foi fundada oficialmente a 19 mar. 1752 por Antonio Rolim de Moura Tavares (depois Conde de Azambuja), nomeado a 25 set. 1748 primeiro Governador e Capit�o-General da Capitania do Mato Grosso (criada a 9 maio desse ano por provis�o r�gia); tomou posse a 17 jan. 1751 em Cuiab�, dando por instaurada a Capitania. Pode-se atribuir as edifica��es a esse dec�nio.
            De qualquer forma, trata-se de importante s�tio hist�rico-arqueol�gico, por sua import�ncia como centro administrativo e estrat�gico na segunda metade do s�culo XVIII e como centro regional no s�culo XIX (a par de localidades pr�ximas como Chapada de S�o Francisco Xavier � anterior a Vila Bela, Casalvasco, Nossa Senhora do Pilar, Ouro Fino, S�o Vicente Ferrer, Lavrinhas, S�o Luiz, Santa B�rbara e outras mais, h� muito desaparecidas, e dos Fortes de Concei��o e do Pr�ncipe da Beira, Guapor� abaixo).
        Bibliografia: Rondon (1912:13-14); Taunay (1925); Figueiredo (1935); Rondon (1938:107-14, fotos XVII a XIX); Mello (1968:11-3); D�Alincourt (1975:188); Casal, 1976:135; Moura (1984:77-8); Mendon�a (1985:1-29, 117); Carrazzoni (1987:176-7); IPHAN (1994:55); Souza (s. d.).


      D.2. Igreja Matriz da Sant�ssima Trindade
        Localidade: Vila Bela da Sant�ssima Trindade (ou vila de Mato Grosso), Mato Grosso, antiga capital de Mato Grosso.
        Nome alternativo: Conjunto de ru�nas da cidade de Vila Bela da Sant�ssima Trindade, Mato Grosso.
        Constru��o: segunda metade do s�culo XVIII.
        Tombamento: federal, IPHAN, 1988 (processo IPHAN 877-T-73; inscrito a 13 jun. 1988 sob n.o 526 no Livro Hist�rico, vol. II, f. 9).
        Ru�na: a matriz, nunca conclu�da, era utilizada pela popula��o; j� estava em ru�nas em 1936, depois da retirada das telhas; tem funda��es de pedra-canga e paredes de adobes (Rondon, 1938:107-14, fotos XVII a XIX).
        Bibliografia: Rondon (1912:13-14); Taunay (1925); Figueiredo (1935); Rondon (1938:107-14, fotos XVII a XIX); D�Alincourt (1975:188); Casal (1976:135); Carrazzoni (1987:176-7); IPHAN (1994:55).


      D.3. Casa bandeirista do S�tio Mirim
        Localidade: S�o Paulo, S�o Paulo (Rua D.r Assis Ribeiro s. n.o, bairro de S�o Miguel Paulista).
        Nome alternativo: Casa do S�tio Mirim.
        Bem: edifica��o residencial em taipa-de-pil�o (casa bandeirista, segundo Saia, 1944).
        Constru��o: s�culo XVII ou XVIII.
        Propriedade: p�blica; t�tulo do governo municipal.
        Tombamento: federal, IPHAN, 1973 (processo IPHAN 755-T-65; inscrito a 6 mar. 1973 no Livro Hist�rico, volume I, folha 72, n�mero 440-A).
        Ru�na: desde antes de 1965 at� 2000; em 1967 o SPHAN iniciou obras de restaura��o, logo interrompidas; as paredes n�o foram consolidadas nem cobertas; em 1971 a casa voltou ao abandono, o que acelerou o processo de deteriora��o; j� em 1984 somente existiam trechos de paredes (de taipa-de-pil�o) de pequena altura (S�o Paulo, 1984:193). Fotos de Graeser de 1965 mostram edifica��o ainda plenamente recuper�vel (Katinsky, 1976:29.
        Bibliografia: Saia (1944:266); Saia (1972:108; 1975:274); Katinsky (1976:13-14, 29 e 61-4); Reis Filho (1982:45-6 e 167); S�o Paulo (1984:193); Carrazzoni (1987:494-5); IPHAN (1994:191).


      D.4. Igreja de Nossa Senhora do Ros�rio
        Localidade: Berilo, Minas Gerais.
        Tombamento: federal, IPHAN, 1974.
        Abandono: de 1974 (tombamento) at� 1988 (ru�na parcial). Demolida em 1991. Mais detalhes acima.


      D.5. Sede da Fazenda Jambeiro
        Localidade: Campinas, S�o Paulo (Parque Jambeiro, extremidade leste do bairro colonial da Boa Esperan�a; esse bairro ficava a leste da �estrada de Itu� � estrada de S�o Carlos, hoje Campinas, a Indaiatuba; Pupo, 1983:141). A �rea originalmente tombada (cerca de 72000 metros quadrados) � limitada pelas ruas Eduardo Monkecevic, D.r Otac�lio Ferreiro de Souza, L�zaro F. Filho e Padre Gil Correia Machado.
        Bem: edifica��es rurais: resid�ncia (de dois pavimentos); capela; tulha; senzala; dois portais; curral; celeiro; casa-de-for�a; terreiros de caf�, muro de pedras, resid�ncia do administrador (Prefeitura, 1995), em �rea de cerca de 21000 metros quadrados. V�rias dessas edifica��es s�o de taipa-de-pil�o.
        Constru��o: inaugurada em 1897 por Herculano Pompeu de Camargo (Pupo, 1983:181), propriet�rio da fazenda entre 1885 e 1914.
        Propriedade: Prefeitura Municipal de Campinas, desde 1998, quando recebeu a �rea em doa��o de empresa de engenharia (que a comprou de sua propriet�ria na �poca do tombamento, Maria Cec�lia Silva Prado, residente em S�o Paulo, SP). N�o constam do processo de tombamento no CONDEPACC certid�es relativas ao hist�rico da posse.
        Tombamento: municipal, CONDEPACC, 1993; Processo 7/89, aberto a 2 jun. 1989, atendendo a abaixo-assinado de 148 moradores do parque Jambeiro, de 15 de julho de 1989, no qual se solicitava �[...] que seja tombada e restaurada a ex-Sede da Fazenda Jambeiro, com os seus respectivos equipamentos [...] Uma rel�quia que o avan�o do urbanismo da cidade moderna reserva para a Hist�ria�.
            Parecer favor�vel de 7 out. 1993, da Conselheira do CONDEPACC Maria Cristina Sampaio Franco, aprovado em sess�o ordin�ria do Colegiado a 11 nov. 1993; dessa data � a Resolu��o de Tombamento n�mero 13, publicada a 4 dez. 1993 no Di�rio Oficial do Munic�pio.
            N�o constam do Processo fotografias, levantamentos planialtim�tricos ou descri��es pormenorizados das edifica��es.
        Descaracteriza��o: retirada da escada fronteira, com dois lan�os laterais e um central, antes de 1983 (Pupo, 1983:168-170, 181); constante roubo de materiais de constru��o antigos (Moradores, 1996).
        Ru�na: desde antes de 1983, dado total abandono desde d�cada de 1970 ou antes; telhado j� completamente arruinado em 2000. A aus�ncia de iconografia detalhada ou descri��es pode dificultar eventual processo de restaura��o.
        Destrui��o: celeiro demolido em ago. 1999.
        Iconografia: levantamentos fotogr�ficos de: 1. Celso Maria de Mello Pupo (Pupo, 1983:168-170; Marcondes, 1995:165); 2. Aristides Pedro da Silva (�V-8�), d�cada de 1980; Augusto de Paiva (Verzignasse, 1997).
        Bibliografia: Pupo (1983:168-170, 181); Prefeitura (1995); Moradores (1996); Verzignasse (1997).
        Nota. A Fazenda Jambeiro foi formada por divis�o de �s�tio e terras [...] na paragem chamada sete quedas�, de propriedade do tenente Jos� Rodrigues Ferraz do Amaral (comprada em 1802 de Jos� Antonio de Figueir� e de sua mulher Izabel Correa da Cunha). Esse propriet�rio, casado com Ana Matilde de Almeida Pacheco, foi pai de (entre outros):
            1. Francisco Pompeu do Amaral (fundador da Fazenda Jambeiro);
            2. Thereza Miquelina do Amaral Pompeu (construtora de solar urbano); e de
            3. Joaquim Bonif�cio do Amaral, casado com sua sobrinha, filha de Thereza Miquelina, e propriet�rio do mesmo solar, listado nesta p�gina).


        Novo!

      D.6. Sede da Fazenda Rio de S�o Jo�o
        Localidade: Bom Jesus do Amparo, entre Belo Horizonte e Itabira, a sul-sudeste da Serra do Cip�, na bacia do Rio Piracicaba, Minas Gerais.
        Bem: complexo de edifica��es rurais num �nico edif�cio: resid�ncia (de dois pavimentos, com cerca de 23 c�modos); capela com forros pintados (possivelmente por Manoel da Costa Ata�de), ret�bulo e arco-cruzeiro entalhados; galp�o com engenho e moinho; port�o sob �mirante�; todas de gaiola de madeira com veda��es de taipa-de-m�o e de adobes; pavimentos de lagedos de pedras.
        Constru��o: cerca de 1791 (Menezes, 1969:[13]) ou 1815 (Carrazzoni, 1987:192-3) por Jo�o da Motta Ribeiro. O segundo propriet�rio foi seu genro Jos� Teixeira da Fonseca Vasconcellos (Bar�o de Caet�), que ali faleceu.
        Tombamento: federal, SPHAN (processo 846-T-71; inscrito a 18 set. 1973 no Livro de Belas Artes I, folha 92, n�mero 507), como �Sede da Fazenda Rio de S�o Jo�o� (IPHAN, 1994:60).
        Ru�na: ap�s 1969 (quando ainda servia de moradia); o andar superior do corpo que se localizava acima da porta de entrada de carros (�mirante�) (Menezes, 1969) desmoronou (como se v� em fotos de Cotta, 2000) ou foi desmontado; em 2000 a degrada��o era muito avan�ada, com perda de elementos decorativos e estruturais por vandalismo, roubos e agentes naturais.

        Mirante, cerca de 1968, foto de Ivo P. de Menezes

        Mirante, 2000, foto de Andre Guerra Cotta

        Foto 3. Foto 4. Fotos do corpo central da sede, de c. 1968 (Foto 3, acima, foto de Ivo Porto de Menezes) e de 2000 (Foto 4, abaixo, foto de Andr� Guerra Cotta), na mesma escala visual.

Iconografia: levantamentos fotogr�ficos de: 1. Ivo Porto de Menezes, c. 1968 (Menezes, 1969:[24-89]); 2. Desenho de Felipe A. de Souza (Carrazzoni, 1987:192) baseado em fotografia. 3. Andr� Guerra Cotta, fotos coloridas, 2000.
Bibliografia: Mota (1942); Menezes (1969:[13, 24-89]); Carrazzoni, 1987:192-3; IPHAN (1994:60).
P�ginas digitais: p�ginas de den�ncia de Andr� Guerra Cotta, de 25 out. 2000: http://sites.uol.com.br/andregc/Discuss3.html e http://sites.uol.com.br/andregc/capela.html


Novo!

D.7. Sede da Col�nia Militar de Itapura
    Localidade: periferia oeste da �rea urbana do munic�pio de Itapura, na margem direita do rio Tiet�, a 10 km da foz deste rio no rio Paran�.
        Localizava-se cerca de 800 a jusante do Salto do Itapura (Pinto, 1903:296; Scorrar, 1906: 3 + fotos; Cavalheiro, 1929:[173, 187, 193, 197 e 211-2]; Andrade, 1941:51; Florence, 1977:51-3; Lef�vre, 1944; Marques (1980); Taunay, 1981; N�brega, 1981:68, 106; Monbeig, 1984:41; Juzarte, 1999:56-8), depois destru�do e inundado.
    Nomes alternativos: �Pal�cio do Itapura� (mais utilizado); Pal�cio Imperial (Livro, 1951:743); �Pal�cio do Imperador� (adotado pelo CONDEPHAAT), �Pal�cio de D. Pedro II� e �Forte do Imperador�, incorretos.
    Bem: edif�cio de alvenaria de tijolos primitiva (com paredes de espessura uniforme, constituindo colunas os panos entre as envazaduras) com arcos de escarga de tijolos sobre as vergas.
        Com dois pavimentos assobradados; consta de dois corpos transversais de planta retangular e front�es com �culos (com telhados de duas �guas), unidos por corpo quadrado (com telhado de quatro �guas). Beiral largo em balan�o com lambrequim de t�buas corridas.
        Portas externas e janelas com vergas em arco abatido e bandeiras.
        Planta-baixa totalmente sim�trica em H (com �rea concidente em ambos os pavimentos), com exce��o de: 1. escada de madeira de acesso ao sobrado superior (localizada junto � fachada fronteira voltada para o rio, no corpo lateral direito); 2. pequena sacada com guarda-corpo met�lico, na fachada lateral do corpo esquerdo, que d� para o salto; 3. porta correspondente a essa sacada no andar t�rreo.
        Localiza-se em meia-encosta, atualmente � margem de quarteir�o urbano reservado.
    Constru��o: ap�s 1858; 1887 (fide Carmo, 2000).
    Levantamento planialtim�trico: 1. CONDEPHAAT: planta de situa��o (1:500), plantas-baixas (1:50), al�ados (1:50) e detalhamentos (1:20) de Natal Zavaloni, ago. 1977 e jan. 1978, na biblioteca do CONDEPHAAT;
        2. DPHAN (4.o Distrito): detalhamentos (1:10) de portas e janelas, sem data ou autoria, na biblioteca do CONDEPHAAT;
        3. plantas-baixas de Rosel� Luzia do Val, 21 jul. 1980 [1:125], na biblioteca do CONDEPHAAT;
    Tombamento: estadual, CONDEPHAAT, como �Pal�cio do Imperador � col�nia militar�
    (Processo 12318/1969):
        1. proposi��o de tombamento a 22 ago. 1969 de Vinicio Stein Campos, folha 2/100 no Processo;
        2. resolu��o de Tombamento a 4 dez. 1969, do Secret�rio Estadual de Cultura, Esportes e Turismo, folha 19 no Processo (que consta de 100 folhas numeradas de documentos, presentes no prontu�rio a 24 mar. 1997);
        3. publica��o no Di�rio Oficial do Estado a 5 dez. 1969;
        4. inscri��o 2, Livro do Tombo Hist�rico n�mero 1, folha 301 v. e 302; 26 out. 1973.
    Abandono e ru�na: o edif�cio sofreu ciclos de uso/ abandono e ru�na/ restaura��es/ reformas; os principais per�odos de abandono, que influ�ram em sua conserva��o, foram de 1896 at� cerca de 1910 (ano em que foi utilizado como instala��o da Estrada de Ferro Itapura-Corumb�; Azevedo, s. d.:70-1, 74; Scorrar, 1906), de �poca desconhecida at� 1968, quando foi pela primeira vez �restaurado�, de 1975 a 1978 e entre 1990 e 2000.
        Quando conheci o pr�dio em 1967 pouco restava de seu madeiramento interno (sobrados, forros, portas, janelas, escadaria), e muitos trechos das paredes auto-portantes estavam destru�dos por vandalismo (por pessoas que buscavam �tesouros� nelas encerrados, segundo lendas locais. O piso de terra sob o sobrado inferior e o solo no entorno imediato foram escavados (Higa, 1969).
        Em 1969 toda a fachada lateral direita j� havia desmoronado (Higa, 1969).
        Em minha segunda visita em 1975 a edifica��o havia sido submetida h� algum tempo a reforma conservadora que recuperou apenas as paredes, estando o telhado em condi��es ruins.
        A 14 abr. 1977 o ent�o Diretor T�cnico do CONDEPHAAT, Prof. Carlos Lemos, comentou: �[...] temos a obriga��o de manter as ru�nas de p� ou, ent�o, de ir �s vias de fato e proceder � restaura��o. A unica coisa indesculpavel � o abandono por que passa aquele monumento na fronteira do Mato Grosso. A sua restaura��o ir� demandar enorme quantia totalmente imprevis�vel que, com certeza, iria consumir n�o uma mas duas ou tr�s dota��es or�ament�rias deste CONDEPHAAT [...] n�o podemos permanecer em constante atitude de alheamento a esse monumento [...]� (Folha de Informa��o 23/31, p�gina 93 apensa ao Processo).
        Mais obras foram realizadas a partir de 1978, provavelmente com assessoria da t�cnicos do CONDEPHAAT, completando a recupera��o.
        Poucas interven��es descaracterizadoras foram realizadas, provavelmente em 1968, sendo ainda observ�veis: constru��o de escadarias externas em granito e de sanit�rios no andar superior.
        Algumas interven��es descaracterizadoras foram realizadas, provavelmente em 1968, sendo ainda observ�veis: constru��o de escadarias externas em granito e de sanit�rios no andar superior.
        Em minha terceira visita a 11 jan. 1999 a edifica��o estava completamente abandonada, cercada por alto capinzal, com grandes danos no telhado e deteriora��o avan�ada no madeiramento dos forros, dos sobrados e das envazaduras, al�m de vandalismo por busca de �tesouros� na parede fronteira do sal�o t�rreo.
        Cada ciclo de arruinamento retira da edifica��o parte de seus elementos originais, corroendo sua autenticidade; esta n�o ser� devolvida por obras de restaura��o ulteriores.
    Restaura��o: obras parciais entre 1970 e 1971 (folhas 41 a 52 do Processo) e c. 1978 (K�hl, 1993).

    Palacio Itapura, 196?, foto de Gladis Miz do Lago

    Foto 5. Pal�cio do Itapura (fachada posterior). Foto de Gladis Martins do Lago, in�cio da d�cada de 1960.

    Iconografia:
    1. fotos e plantas (1:5000) de 1905 em Scorrar (1906);
        2. Mapa do sudeste brasileiro com indica��o correta de Itapura em Calvert, 1915:plate 127.
        3. fotos em Cavalheiro (1929:[189, 191, 192, 195 e 196]);
        4. Fotos em Higa, 1969.
        5. fotos (1969?) no Processo no CONDEPHAAT;
        6. levantamentos fotogr�ficos de Celso Lago Paiva, 1975 e 11 jan. 1999;
        7. Foto em Torrecilla (1977:1.a capa;
        8. desenho de Vera Lucia Mariotti em Reis Filho (1982:105), baseado em fotografia.
        9. fotos em K�hl (1993).
    Nota hist�rica 1. A Col�nia Militar de Itapura foi fundada por decreto imperial de 26 jul. 1858, para, como sede de destacamento e estacionamento naval, garantir a seguran�a da navega��o da via fluvial de S�o Paulo a Mato Grosso e fornecer apoio log�stico �s mon��es (Florence, 1977; Taunay, 1981). Foi instalada e dirigida inicialmente pelo Primeiro-tenente da Armada Antonio Marianno de Azevedo.
        O local foi escolhido pois, devido � necessidade de vara��o (N�brega, 1981:106-8; Juzarte, 1999:56-9), quaisquer flotilhas (quer brasileiras, quer paraguaias) deveriam ali se deter por certo tempo para vencer o salto. Ali�s j� era o s�tio do Salto pouso corrente para as mon��es ao menos desde o s�culo XVIII (o 25.o pouso desde Araraytaguaba), segundo manuscrito an�nimo de 1764 (N�brega, 1981:75).
        Escreveu Pinto (1903:296): �Em meiados do seculo passado, o Governo Imperial, depois de ter mandado explorar o Tiet� por uma commiss�o dirigida pelo Primeiro Tenente da Armada Antonio Mariano de Azevedo, julgou de conveniencia crear um estabelecimento naval na f�z d�esse rio, e alli fundou a colonia militar do Itapura, para onde foi transportado um pequeno vapor de guerra, o Tamanduatehy, que por algum tempo navegou o alto Paran� [...] Depois da funda��o das colonias do Itapura e Avanhandava foram os rios Tiet� e Piracicaba frequentemente sulcados por grandes mon��es d�esses estabelecimentos.�
        Nela existia em 1876 quartel, 90 casas de morada, capela, armaz�ns e oficinas e popula��o de cerca de 400 pessoas (Marques, 1980).
        Em 1873 a Col�nia Militar de Itapura localizava-se no 2.o Distrito do Termo de Araraquara, da mesma comarca, tendo como Diretor interino o Capit�o-tenente da Armada Francisco Goulart Rolim (Lun� e Fonseca, 1985:49, 534).
        Em 1875 Godoy (1978:138-9) comentou sobre a Col�nia: �Tem mais de 17,724 hectares de extens�o de terras cobertas de mattas virgens, ricas em madeiras para construc��o naval e civil. Ha grande variedade de ca�a em suas mattas e tambem seu rio � abundante em peixes. Sua popula��o excede a 300 habitantes dedicados � lavoura. As terras produzem bem cereaes, fumo, caf�, algod�o. A colonia � composta de 1 director, 1 ajudante, 1 escriv�o, 1 capell�o, 1 medico e 1 enfermeiro. Possue officinas de carpinteiros, pedreiros, etc. Foi criado na colonia um estabelecimento naval [...]�.
        Em 1885 haviam arsenal, arruamento com passeios cal�ados com pedras, cemit�rio, igreja com �trio murado, porto, duas escolas prim�rias (com 45 alunos), escola de m�sica e 11 engenhocas de cana e a casa-sede (e resid�ncia do Diretor � a �nica edifica��o hoje remanescente).
        O n�cleo colonial foi desativado em 1896.
        Em 1910 a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (EFNOB) chegou a Itapura (na margem esquerda), onde se iniciou a Estrada de Ferro Itapura-Corumb�, que teria utilizado o edif�cio da Col�nia Militar (Azevedo, s. d.:70-1, 74).
        Em 1959 Itapura j� era distrito, no munic�pio de Pereira Barreto (Quadro, 1959:81); tinha �rea de 289 quil�metros quadrados (Rela��o, 1963:159-60).
        O munic�pio de Itapura foi instalado em 1965.
    Nota hist�rica 2. Na d�cada de 1960 a sede urbana de Itapura desenvolvia-se na parte baixa da antiga Col�nia; com o enchimento em 1968 da represa de Jupi�, no rio Paran�, toda a antiga �rea urbana foi inundada, tendo sido constru�da pela CESP nova cidade na parte alta, a leste do Pal�cio. Perdeu-se assim a maior parte do antigo s�tio arqueol�gico da Col�nia.
        A represa de Jupi� atende ao fornecimento de �gua � usina de Jupi� e, atualmente, � Hidrovia Tiet�-Paran�.
    Nota 3. Publica��o de 1951 j� citava a edifica��o entre as �atra��es tur�sticas� do munic�pio de Pereira Barreto: �[...] Salto do Itapura, Salto Urubupung� e Col�nia Militar do Itapura (Ru�nas do Pal�cio Imperial)� (Livro, 1951:743).
    Nota 4. O Pal�cio consta do bras�o da cidade de Itapura (K�hl, 1993:7).
    P�gina digital (Salto do Itapura): http://www.transportes.gov.br/bit/rios/griotiet.htm
    Bibliografia: Scorrar (1906); Cavalheiro (1929:[189, 191, 192, 195, 196, 207-10]); Lef�vre (1944); Santos (1960); Higa (1969); Silva (1972); Torrecilla (1977); Godoy (1978:138-9); Marques (1980); N�brega (1981:92-3, 217-8); Reis Filho (1982:20-1 e 105); Monbeig (1984:26, 41); Lun� e Fonseca, 1985:49, 534; K�hl (1993:7); Carmo (1997; 2000); Azevedo, s. d.:70-1, 74.



E. Bens tombados destombados

        �Escrevo estas palavras, no momento em que tomba, reduzido a frangalhos, o nobre portico da velha Academia de Belas Artes...     A despeito de estar convenientemente �tombado�... foi o nobre edificio construido por Grandjean arrasado...�
                         Jos� Marianno Filho, 1943


    Jos� Marianno Filho estava equivocado, pois a Academia Imperial de Belas Artes foi demolida em 1938 sem prote��o legal, apesar de sua enorme import�ncia hist�rica (Azevedo, 1877; Taunay, 1956). Nunca foi tombada. Apenas parte pequena de sua fachada fronteira o foi, juntamente com o patrim�nio do Jardim Bot�nico do Rio de Janeiro (IPHAN, 1994:149).
        Mas a preocupa��o de Jos� Marianno com a perenidade dos bens tombados era justificada, como se v� abaixo.

    a. Diversos outros bens tombados tiveram sua inscri��o nos livros-tombo averbada com termo de cancelamento, o que recebe freq�entemente a designa��o de �destombamento�.

    b. S�o listados abaixo bens cuja inscri��o no livro-tombo foi cancelada por for�a de ato legal. Bens demolidos enquanto ainda tombados est�o arrolados acima.

    c. O Decreto-Lei federal 3866, de 29 nov. 1941 (interventor Vargas; SPHAN, 1980:123), autoriza o Presidente da Rep�blica a cancelar tombamento de bens hist�ricos.
        Esse decreto, surgido como produto da pol�mica do cancelamento do tombamento da cidade de S�o Jo�o Marcos (RJ), foi utilizado j� em 1943 para destombar v�rios im�veis, como a igreja de S�o Pedro dos Cl�rigos (Rio de Janeiro RJ).

    d. Destombamentos s�o sempre atos de for�a, portanto ditatoriais, indignos de ambientes sociais democr�ticos. Nota-se, na listagem abaixo, a predomin�ncia de destombamentos nos regimes ditatoriais e populistas (interven��o Vargas, Vargas e interventores federais militares).

    e. Al�m do aspecto pol�tico, atentam contra os interesses culturais e sociais da popula��o, por priv�-la de bens que um dia foram considerados (ap�s estudos) importantes.

    f. Destombamentos desmoralizam o corpo t�cnico dos conselhos de tombamento, anulando a autoridade profissional de pesquisadores e especialistas.
        Desqualificam arbitrariamente a autoridade profissional de pesquisadores das universidades e mais institui��es de pesquisa, que nunca s�o chamados a opinar.

    g. Do ponto de vista econ�mico, destombamentos colocam acima dos interesses sociais (por vezes nacionais ou mundiais) os interesses de pequena parcela de interessados, sejam empres�rios, pol�ticos ou pessoas beneficiadas por obras locais.
        Propostas alternativas que salvariam o bem amea�ado s�o descartadas por seu maior custo financeiro (ainda que sejam esquecidos os lucros financeiros e pol�ticos das obras quando operantes).

    h. Destombamentos s�o ainda mais danosos quando, al�m de permitirem a elimina��o de bens edificados tombados, se aliam � desapropria��o para a altera��o do arruamento hist�rico, da maior import�ncia hist�rica (vide o caso das igrejas do Bom Jesus e a de S�o Pedro, na cidade do Rio de Janeiro, em que boa parte do centro hist�rico foi eliminada para a constru��o de avenida laudat�ria). Ver Nota a respeito.

    i. Uma das formas de impedir o destombamento � estimular o tombamento em n�veis m�ltiplos (ex. bem tombado pelo conselho local, pelo estadual e pelo IPHAN).
        Essa estrat�gia, sempre que aplic�vel, dificulta as manobras anti-patrimoniais.

    j. O Editor desta p�gina � favor�vel, tamb�m, a que os bens destombados ou destru�dos continuem a fazer parte das listagens do patrim�nio tombado (impressas ou virtuais, oficiais ou n�o), devendo ficar expl�citos em cada caso os dados da anula��o do tombamento.

    l. O destombamento, como instrumento casu�stico e oportun�stico, reflete os interesses de alguns poucos, contra os direitos da coletividade (e dos p�steros) de usufruir do passado. Este � representado, entre outros, pelos documentos edificados e arqueol�gicos, j� t�o escassos e amea�ados.

    m. Ao contr�rio do destombamento, o tombamento � processo conduzido por t�cnicos, que representam toda a coletividade e seus interesses e necessidades culturais. Garante ou tenta garantir o legado que receberam do passado aos que h�o de vir.

    m. Concluindo: todo patrim�nio hist�rico-cultural � heran�a coletiva, interessando n�o somente a moradores locais, como a toda a humanidade. Sua transcend�ncia torna qualquer homem legitimamente interessado e respons�vel por esse patrim�nio.
        Propriet�rios de bens hist�ricos devem considerar sua responsabilidade de deposit�rios de patrim�nio universal (como sugeriu Victor Hugo), do qual devem dispor no interesse da sociedade.


    E. Bens tombados destombados:
    E.1. Igreja de Nossa Senhora do Ros�rio, Porto Alegre RS
    E.2. Igreja do Bom Jesus do Calv�rio, Rio de Janeiro RJ
    E.3. Igreja de S�o Pedro dos Cl�rigos, Rio de Janeiro RJ
    E.4. Campo de Sant�Ana, Rio de Janeiro RJ
    E.5. Resid�ncia, Salvador BA
    E.6. Arcos da Lapa, Rio de Janeiro RJ
    E.7. Forte do Buraco, Recife PE
    E.8. Solar, Salvador BA
    E.9. Casa do Coronel, Salvador BA
    E.10. Resid�ncia, Santa Cruz, Rio de Janeiro RJ
    E.11. Casa na pra�a Quatro Jornadas, Campos dos Goitacazes RJ
    E.12. Igreja de Nossa Senhora M�e dos Homens, Campos dos Goitacazes RJ
    E.13. Pico de Itabira, Itabirito MG
    E.14. �Sobrados� imperiais, S�o Roque SP
    E.15. Igreja de Bom Jesus dos Mar�timos, Recife PE


E.1. Igreja de Nossa Senhora do Ros�rio
    Localidade: Porto Alegre, Rio Grande do Sul
    Tombamento: federal, SPHAN (processo 178-T).
    Destombamento: inscri��o cancelada por for�a de despacho presidencial de 8 dez. 1941 (sob Vargas).


E.2. Igreja do Bom Jesus do Calv�rio
    Localidade: Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (Rua do Bom Jesus, desaparecida integralmente).
    Constru��o: s�culo XVIII (1719, segundo Morales de los Rios Filho, c.
    1946:428; 1796, com reformas entre 1856 e 1861, segundo Alvim, 1997:221-2).
    Tombamento: federal, SPHAN (processo 37-T-38).
    Destombamento: tombamento cancelado por for�a de despacho presidencial de 8 jan. 1943 (interventor Getulio Vargas); o motivo foi a demoli��o de diversos quarteir�es para abertura da Avenida Presidente Vargas.
        Rodrigo M. F. de Andrade se empenhou junto a entidades governamentais respons�veis pela obra, tentando sem sucesso alterar o tra�ado da futura avenida laudat�ria.
    Destrui��o: 1943. No trajeto da avenida nova salvou-se apenas a igreja da Candel�ria (1775-1878), mas a igreja do Bom Jesus e a de S�o Pedro dos Cl�rigos, ambas tombadas, foram sacrificadas, bem como parte do Campo de Sant�Ana.
    Bibliografia: Morales de los Rios Filho (c. 1946:428); Bazin (1956/1958, tome I: 104, tome II:40); Alvim (1997:106, 221-2).

    Nota do Editor. Algumas cidades j� se preocuparam com a conserva��o dos tra�ados urbanos antigos. � o caso de Campinas (Estado de S�o Paulo). A Resolu��o 1/88 do CONDEPACC, de 19 dez. 1988 (publicada no Di�rio Oficial do Munic�pio de Campinas a 19 dez. 1988) especifica que o tra�ado urbano do centro hist�rico da cidade deva ser respeitado.
        Essa decis�o impede que os poderes p�blicos, na �nsia de produzirem obras consp�cuas e eleitoreiras, alterem legalmente esse patrim�nio hist�rico importante.


E.3. Igreja de S�o Pedro dos Cl�rigos
    Localidade: Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (Rua de S�o Pedro, esquina da Rua da Alf�ndega).
    Nome alternativo: Igreja dos Cl�rigos do Pr�ncipe dos Ap�stolos S�o Pedro (fide Morales de los Rios Filho, c. 1946:428 e 433).
    Constru��o: iniciada em 1733 e conclu�da antes de 1744, pelos irm�os da Irmandade dos Cl�rigos do Pr�ncipe dos Ap�stolos S�o Pedro. Reformada entre 1794 e 1859 (Alvim, 1997:221-2).



    Foto 6. Igreja de S�o Pedro dos Cl�rigos (cart�rio
    IPHAN/ RJ; Bury, 1991:125)

    Propriedade: particular (Vener�vel Irmandade do Pr�ncipe dos Ap�stolos de S�o Pedro).
    Tombamento: 1938, federal, SPHAN (Processo 17-T-38; inscrito no livro de Belas-Artes).
    Destombamento: inscri��o cancelada por for�a de despacho presidencial de 8 jan. 1943 (primeiro per�odo de Vargas). O destombamento se fez para permitir sua demoli��o para abertura da Avenida Presidente Vargas; o SPHAN lutou contra essa imposi��o (especialmente atrav�s de Rodrigo M. F. de Andrade) para tentar salvar a igreja rec�m-tombada.
    Destrui��o: jun. 1944 (Morales de los Rios Filho, c. 1946:208). Esta igreja, a de Bom Jesus do Calv�rio e a de S�o Domingos de Gusm�o (1706, nunca tombada) foram destru�das, sem que tivessem sido estudadas, descritas e fotografadas.
    Bibliografia: Mac�do (1942; o melhor texto sobre a hist�ria da mais singular das igrejas cariocas, com descri��o ligeira); Morales de los Rios Filho (c. 1946:208, 428, 433); Bazin (1956/1958, tome I: 214-8, tome II:54, prancha 95); Carvalho (1966:65-7); Oliveira (1967:16-7); Burmeister (1980:353); Bury (1991:122-6, 54, 57); Alvim (1997:101-2, 202-3).


E.4. Campo de Sant�Ana
    Localidade: Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
    Nome alternativo: Pra�a da Aclama��o (de 1822 a 1889), Pra�a da Rep�blica (de 1889 em diante), Campo da Regenera��o, Campo da Liberdade, Campo de Honra (ap�s 7 abr. 1831) (Morales de los Rios Filho, c.
    1946:197-8).
    Propriedade: p�blica; t�tulo do governo municipal.
    Tombamento: federal, SPHAN (processo 99-T-38).
    Destombamento: inscri��o cancelada por despacho presidencial de 8 jan. 1943 (ditadura Vargas). O destombamento foi parcial, permitindo a destrui��o de uma faixa de vinte metros, por onde passou a Av. Presidente Vargas.
    Bibliografia: Morales de los Rios Filho (c. 1946:197-8).
    Nota do Editor. Algumas cidades j� se preocuparam com a conserva��o dos tra�ados urbanos antigos. � o caso de Campinas.


E.5. Resid�ncia
    Localidade: Salvador, Bahia (Rua Carlos Gomes 26).
    Tombamento: federal, SPHAN (processo 115-T-38).
    Destombamento: inscri��o cancelada por for�a de despacho presidencial de 10 ago. 1943 (interventor Vargas).


E.6. Arcos da Lapa
    Localidade: Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (bairro da Lapa).
    Nomes alternativos: Arcos da Carioca, Aqueduto da Carioca.
    Constru��o: s�culo XVIII.
    Propriedade: p�blica; t�tulo do governo municipal; aparentemente a desapropria��o n�o foi paga.
    Tombamento: federal, SPHAN (inscritos no livro de tombo Hist�rico (livro 5, folha 2, a 5 abril 1938), e das Belas Artes (inscri��o 17, folha 4, a 5 abril 1938).
    Destombamento: destombados pelo decreto federal 26670, de 12 maio 1949, para que, com a demoli��o de duas de suas impostas, sobre as ruas Mem de S� e do Riachuelo, fosse facilitado o tr�nsito. Essa parte dos arcos foi demolida e reconstru�da pela Prefeitura, anos depois, mas o destombamento permanece averbado no livro de tombo.
    Bibliografia: Luiz (1938, foto frente � p. 513); Ribeyrolles (1941, prancha entre p�ginas 90 e 91 � foto de Victor Frond); Reis (1955); Ewbank (1976:303-18); Pohl (1976:39); Carrazzoni (1987:387-8); IPHAN (1994:134).
    Nota doutrin�ria. Existe hoje sinaliza��o vis�vel nos Arcos limitando e anunciando expressamente a separa��o entre a edifica��o original e o trecho reconstru�do, como recomendam as Declara��es internacionais do patrim�nio ("charters")?


E.7. Forte do Buraco
    Novo!
    Localidade: Recife ou Olinda, Pernambuco; no cord�o arenoso (istmo) entre Olinda e Recife, a norte da �ltima barra do porto do Recife, pr�ximo � atual Escola de Aprendizes Marinheiros (Albuquerque, Lucena & Walmsley, 1999:77-83).
    Bem: forte (instala��o militar permanente).
    Novo!
    Nomes alternativos: Fortaleza de Santo Ant�nio do Buraco; segundo Albuquerque, Lucena & Walmsley (1999:77-83), ainda: Forte Madame Bruyne, Domina Brunonis, Fortaleza de Santo Ant�nio do Buraco, Fortaleza de Santo Antonio do Buraco, Fortaleza de Santo Antonio dos Coqueiros do Buraco, Fortaleza de Santo Ant�nio dos Coqueiros do Buraco, Fortaleza de Santo Ant�nio dos Coqueiros.
    Constru��o: in�cio do s�culo XVIII.
    Propriedade: p�blica; t�tulo do governo federal.
    Tombamento: 1938, federal, SPHAN (Processo 101-T-38; inscrito a 24 maio 1938, sob n.o 44, f. 9, no livro de tombo Hist�rico e n.o 85, f. 16, no livro de Belas-Artes).
    Destombamento: cancelada a inscri��o a 19 jan. 1955, em cumprimento ao despacho presidencial de 10 jan. 1955, baseado no Decreto-lei 3866, de 29 nov. 1941 (mandato de J. Kubitscheck). O pedido do cancelamento foi feito pelo Minist�rio da Marinha. Houve oposi��o forte do IPHAN (especialmente atrav�s de Rodrigo Melo Franco de Andrade e de Ayrton de Almeida Carvalho, este representante do SPHAN em Pernambuco � Melo, 1998), que foi desconsiderada.
    Destrui��o: 1953 (antes do destombamento); demoli��o retomada em 1958 (dinamitado). As obras que motivaram a destrui��o do forte (constru��o dos novos cais e diques da Base Naval do 3.o Distrito Naval) foram abandonadas antes mesmo da demoli��o total da edifica��o. Parte de suas pedras foi aproveitada no prolongamento do porto do Recife.
    Retombamento: remanescentes e escombros tombados novamente pelo IPHAN em 2000.
    Outra prote��o legal: tombado ex-officio em maio de 1982 pelo munic�pio de Olinda. Pela Lei Municipal 4849/92 (Legisla��o Urban�stica dos S�tios Hist�ricos de Olinda), est� inserida na Zona Especial de Prote��o � ZEPC 3, no Setor de Preserva��o Rigorosa. Tamb�m responsabilidade do do IPHAN, pois o s�tio encontra-se em zona de entorno da poligonal de tombamento pelo IPHAN, do conjunto arquitet�nico e paisag�stico de Olinda, no Setor F do Pol�gono de Preserva��o do Munic�pio de Olinda.
    Novo!
    Iconografia (dos escombros): Albuquerque, Lucena & Walmsley (1999:77-83); Barreto (1958:140-143).
    Novo!
    Bibliografia: Albuquerque, Lucena & Walmsley (1999:77-83); Barreto (1958:140-143).


E.8. Solar
    Localidade: Salvador, Bahia (Rua Visconde de Rio Branco 18).
    Tombamento: federal, SPHAN (processo 132-T-38).
    Destombamento: inscri��o cancelada por despacho presidencial de 5 fev. 1957 (mandato de J. Kubitscheck).


E.9. Casa do Coronel
    Localidade: Salvador, Bahia (Ro�a do Argolo).
    Tombamento: federal, SPHAN (processo 260-T-43).
    Destombamento: inscri��o cancelada por despacho do Diretor da DPHAN (sic...) de 5 fev. 1957.


E.10. Resid�ncia
    Localidade: Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (Rua Campeiro-m�r, esquina com Pra�a do Gado, bairro e distrito de Santa Cruz).
    Tombamento: federal, SPHAN (processo 152-T-38).
    Destombamento: tombamento cancelado na Reuni�o do Conselho Consultivo (sic) de 18 dez. 1957.


E.11. Casa na pra�a Quatro Jornadas
    Localidade: Campos dos Goitacazes, Rio de Janeiro.
    Constru��o: s�culos XVIII e XIX
    Propriedade: particular (Santa Casa de Miseric�rdia de Campos).
    Tombamento: federal, SPHAN (Processo 519-T-??).
    Destombamento: inscri��o cancelada em maio de 1961 por for�a de despacho do Presidente J�nio Quadros (data? n.o do decreto?), a pedido da Provedoria da Santa Casa de Miseric�rdia de Campos. Esta arrasou o quarteir�o em que se situavam os bens.
    Nota. Edifica��o destombada juntamente com a Igreja de Nossa Senhora M�e dos Homens, abaixo, junto � qual era localizada.
    Bibliografia: Lamego (1945:Figura 116 � foto).


E.12. Igreja de Nossa Senhora M�e dos Homens
    Localidade: Campos dos Goitacazes, Rio de Janeiro.
    Constru��o: s�culos XVIII e XIX
    Propriedade: particular (Santa Casa de Miseric�rdia de Campos).
    Tombamento: federal, SPHAN (Processo 519-T-??; ano? livro? inscri��o?).
    Destombamento: inscri��o cancelada maio de 1961 por for�a de despacho do Presidente J�nio Quadros (data? n.o do decreto?), a pedido da Provedoria da Santa Casa de Miseric�rdia de Campos. Esta arrasou o quarteir�o em que se situavam os bens.
    Nota. Edifica��o destombada juntamente com a casa na pra�a Quatro Jornadas, acima, junto � qual era localizada.
    Bibliografia: Lamego (1945:Figura 116 � foto).


E.13. Pico de Itabira � conjunto paisag�stico
    Localidade: Pico de Itabira, 1386 m s. n. m., no distrito da sede do munic�pio de Itabirito, Minas Gerais [antes de 7 set 1923, chamava-se Itabira do Campo; Barbosa (1995:156); n�o confundir com Itabira do Mato Dentro, hoje Itabira, no mesmo Estado]; em 1927 era Itabira (Servi�o, 1927[:72]).
    Nome alternativo: Pico do Itabirito.



    Foto 7. Pico de Itabira, Itabirito (foto Albert F. Calvert; Calvert, 1915:plate 59). Legenda da foto: �Pico d�Itabira do Campo/ This wonderful peak is of massive hematite. The summit is about 250 feet above the level of the foreground, and it is about 150 feet across at the top. The slopes are covered with rubble and conglomerate ore.�

    Tombamento: federal, SPHAN (processo 608-T-60; inscri��o a 26 jun. 1962 no Livro Arqueol�gico, Etnogr�fico e Paisag�stico, I, folha 8, n�mero 31).
    Destombamento: inscri��o cancelada por despacho de 8 jun. 1965 do general-presidente.
        O SPHAN tentou manter o tombamento do Pico, que se localizava numa regi�o de minera��o de ferro, com potencial de 150 milh�es de toneladas (o pico tinha potencial de quatro milh�es de toneladas).
        O SPHAN argumentou que a Companhia Sider�rgica Nacional (CSN) poderia explorar as outras 148 milh�es de toneladas, mantendo o pico; recorreu ao Departamento Nacional de Produ��o Mineral (DNPM) para sustentar sua argumenta��o, mas este nunca respondeu.
    Bibliografia: Calvert (1915:59-63, plates 4, 5, 58-9, 62-3, 65-6, 120, 122-5; excelente bibliografia); Servi�o, 1927[:72]; Carvalho (1929:74); IPHAN (1994:66).
    Outra prote��o legal: conjunto paisag�stico protegido explicitamente pela Constitui��o Estadual mineira de 1989.
    P�gina digital: http://www.iepha.mg.gov.br/itabirito.htm.
    Nota. O Pico do Cau�, em Itabira MG � ex-Itabira do Mato Dentro, pr�xima a Bom Jesus do Amparo, foi destru�do pela mineradora Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) (Paiva, 1996b).
        Como bem natural e reserva mineral o Pico do Cau� foi retratado e analisado por Calvert (1915:63, 67-71, plates 77-83, 86-7, 107, 112, 122-5) como �Peak of Cau�.


E.14. �Sobrados� imperiais
    Localidade: S�o Roque, S�o Paulo.
    Bem: duas edifica��es residenciais urbanas com dois pavimentos.
    Constru��o: s�culo XIX
    Tombamento: estadual, CONDEPHAAT.
    Propriedade: particular (pessoa jur�dica).
    Destombamento: c. 1971.
    Destrui��o: c. 1971
    Bibliografia: Lemos (1999:121-122).
    Notas: escreveu o Prof. Carlos Lemos: �O poder do dinheiro, os conchavos pol�ticos e o total desamor �s coisas do passado condenaram os velhos documentos arquitet�nicos a um criminoso destombamento, cuja documenta��o processual est� desaparecida�.
        Parte do madeiramento de algumas envazaduras das casas demolidas (portas e janelas) foi �depositada� informalmente na casa bandeirista do S�tio do Padre In�cio, no mesmo munic�pio de S�o Roque, atendendo a solicita��o de t�cnicos do IPHAN. Est�o atualmente no sal�o posterior direito dessa edifica��o, n�o musealizados.


E.15. Igreja de Bom Jesus dos Mar�timos (Mart�rios?)
    Localidade: Recife, Pernambuco.
    Tombamento: federal, SPHAN (processo 836-T-71).
    Destombamento: registro cancelado por for�a do decreto presidencial 70389 (interventor M�dici), de 11 abr. 1972.



H. Colabora��o

    O Editor deste s�tio gostaria de receber contribui��es para aperfei�oar a rela��o acima.
        Informa��es, fotos e depoimentos ser�o bem recebidos (mantido sigilo sobre a fonte, se solicitado).



I. Agradecimentos

    O Editor deste s�tio agradece �s pessoas que contribu�ram com informa��es, dados, fotos e sugest�es para aperfei�oar o levantamento acima:
    1. Andr� Guerra Cotta, Belo Horizonte MG.
    2. Aristides Arthur Soffiati Netto, Prof., Campos dos Goytacazes RJ.
    3. Gladis Martins do Lago, Campinas SP.
    4. Jonas Soares de Souza, Museu Republicano Conven��o de Itu, Museu Paulista, Universidade de S�o Paulo, Itu SP.
    5. Maria Cristina Monteiro Tasca, Museu Republicano Conven��o de Itu, Museu Paulista, Universidade de S�o Paulo, Itu SP.
    6. M�rcia de Grandi, Servi�o de Biblioteca e Documenta��o, Faculdade de Filosofia, Letras e Ci�ncias Humanas, USP, S�o Paulo SP.
    7. Margarida Maria de Sousa, Biblioteca de Geografia e Hist�ria, Servi�o de Biblioteca e Documenta��o, Faculdade de Filosofia, Letras e Ci�ncias Humanas, USP, S. Paulo SP.
    8. Dois colaboradores que preferiram permanecer an�nimos.



Novo!

F. Listagem geogr�fica

    BA   MG   MT   PE   RJ   RS   SP

    Bahia � BA

      Salvador
        E.5. Resid�ncia
        E.8. Solar
        E.9. Casa do Coronel


    Mato Grosso � MT

      Vila Bela da Sant�ssima Trindade
        D.1. Pal�cio dos Capit�es-generais
        D.2. Igreja Matriz da Sant�ssima Trindade


    Minas Gerais � MG

      Berilo
        A.4. Igreja de Nossa Senhora do Ros�rio

      Bom Jesus do Amparo
        D.6. Sede da Fazenda Rio de S�o Jo�o

      Catas Altas
        D.6. Edif�cio do Col�gio do Cara�a

      Mariana
        B.2. Igreja de Nossa Senhora do Carmo

      Itabirito
        E.13. Pico de Itabira � conjunto paisag�stico


    Pernambuco � PE
      Recife ou Olinda
        E.7. Forte do Buraco

      Recife
        E.15. Igreja de Bom Jesus dos Mar�timos (Mart�rios?)


    Rio Grande do Sul � RS

      Porto Alegre
        E.1. Igreja de Nossa Senhora do Ros�rio


    Rio de Janeiro � RJ

      Campos dos Goitacazes
        E.11. Casa na pra�a Quatro Jornadas
        E.12. Igreja de Nossa Senhora M�e dos Homens

      Mag�
        A.3. Trecho ferrovi�rio Mau�Fragoso

      Rio Claro
        A.1. Conjunto edificado (centro hist�rico) da antiga cidade de S�o Jo�o Marcos

      Rio de Janeiro
        E.2. Igreja do Bom Jesus do Calv�rio
        E.3. Igreja de S�o Pedro dos Cl�rigos
        E.4. Campo de Sant�Ana
        E.6. Arcos da Lapa
        E.10. Resid�ncia no bairro de Santa Cruz


    S�o Paulo � SP

      Campinas
        B.1. Antigo solar do Visconde de Indaiatuba
        C.2. Antiga F�brica de Tecidos El�sticos Godoy Valbert
        C.3. Antiga resid�ncia da Prof.a Silvia Sim�es Magro
        C.4. Resid�ncia na Rua Padre Vieira
        C.5. Solar do Bar�o de Ataliba Nogueira
        D.6. Sede da Fazenda Jambeiro

      Itapura
        D.7. Pal�cio da Col�nia Militar

      Porto Feliz
        C.1. Resid�ncia com sobrado (�Casa da Alf�ndega�)

      S�o Paulo
        D.3. Casa bandeirista do S�tio Mirim

      S�o Roque
        E.14. �Sobrados� imperiais



Novo!

J. S�tio relacionado:

    SOS Patrim�nio � espa�o destinado a �chamar a aten��o para situa��es de degrada��o do patrim�nio [em Portugal] com o objectivo de suscitar a interven��o das autoridades respons�veis e a tomada de consci�ncia dos cidad�os em geral para a responsabilidade que lhes cabe na preserva��o daquilo que � mem�ria comum�:

        http://www.cnc.pt/pages/sos.html



Refer�ncias bibliogr�ficas

    Os livros com a marca [SBU] ap�s a refer�ncia bibliogr�fica foram consultados por este compilador em bibliotecas pertencentes ao Sistema de Bibliotecas da UNICAMP � SBU, da Universidade Estadual de Campinas (Campinas, S�o Paulo, Brasil).


  1. ALBUQUERQUE, Marcos; LUCENA, Vel�da; WALMSLEY, Doris, 1999. Fortes de Pernambuco: imagens do passado e do presente. Recife, s. ed., 205 p., il.

  2. ALVIM, Sandra Poleshuck de Faria, 1997. Arquitetura religiosa colonial no Rio de Janeiro. Revestimentos, ret�bulos e talha. Rio de Janeiro, Editora UFRJ/ IPHAN/ Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, 269 p., il.

  3. ANDRADE, Theophilo de, 1941. O Rio Paran� no roteiro da marcha para o oeste. Rio de Janeiro, Irm�os Pongetti � Zelio Valverde, 165 p. + pranchas s. numer. + mapa desdobr�vel, il.

  4. AZEVEDO, Fernando de, s. d. Um trem corre para o Oeste: estudo s�bre a Noroeste e seu papel no sistema de via��o nacional. S. Paulo, Melhoramentos, 222 p. + pranchas (fotos). 2. ed. (Obras Completas 12).

  5. AZEVEDO, Moreira de, 1877. Academia das Bellas-Artes. P. 173-199 in: O Rio de Janeiro: sua historia, monumentos, homens notaveis, usos e curiosidades. Vol. 2. Rio de Janeiro, B. L. Garnier, 515 p. [SBU, IEL, Acervo Cornelio Penna]

  6. BARBOSA, Waldemar de Almeida, 1995. Dicion�rio hist�rico geogr�fico de Minas Gerais. Belo Horizonte, Itatiaia, 382 p. 2 ed. (1.ed., 1971. Belo Horizonte, Promo��o da Fam�lia). (Reconquista do Brasil, 2.a S�rie, 181).

  7. BARRETO, Anibal, 1958. Fortifica��es do Brasil (resumo hist�rico). Rio de Janeiro, Biblioteca do Ex�rcito, 339 p. + 10 pranchas. (Biblioteca do Ex�rcito, 250-251).

  8. BARROSO, Gustavo, 1943. A defesa do nosso passado. Anais do Museu Hist�rico Nacional 4:579-85.

  9. BAZIN, Germain, 1956/1958. L�architecture religieuse baroque au Br�sil. Tome I. �tude historique et morphologique. XII + 378 p., il. Tome II. R�pertoire monumenta. Documentation photographique. Index g�n�ral. 170 p. + 180 pranchas + XLVI. S�o Paulo, Museu de Arte/ Paris, Librairie Plon.

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  16. CALVERT, Albert F., 1915. Mineral resources of Minas Geraes (Brazil). London, E & F. N. Spon/ N. York, Spon & Chamberlain, XVI + 100 p. + 91 pranchas (il.). [SBU]

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  23. CARVALHO, Afranio de, 1929. A actualidade mineira. Belo Horizonte, Secretaria da Agricultura, Servi�o de Estatistica Geral, 108 p., il.

  24. CARVALHO, Benjamin de A., 1966. Igrejas barr�cas do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Civiliza��o Brasileira, 142 p. Fotos e desenhos do autor.

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    © Celso Lago Paiva, set. 2000

    Celso Lago Paiva, Editor
    Centro de Mem�ria UNICAMP (GEHT/ CMU/ UNICAMP): http://www.geocities.com/RainForest/9468/
    tecnica2.htm

    http://www.geocities.com/lagopaiva/index.htm

    [email protected]

    Declara��o do GEHT/ CMU/ UNICAMP em defesa das constru��es e instala��es utilit�rias:
        http://www.geocities.com/RainForest/9468/utilitar.htm



Refer�ncia bibliogr�fica desta p�gina

    PAIVA, Celso Lago, 2000. Bens tombados destru�dos no Brasil. P�gina tronco. Dispon�vel na rede mundial: http://www.geocities.com/lagopaiva/destruid.htm. 10 set. 2000 (publica��o); 23 jul. 2001 (atualiza��o).



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