Simão da Cunha Pereira (da Silveira), Capitão de Milícia

 

pai: Cadete e depois Ajudante Pago de Milícia Francisco Antônio da Silveira

mãi: Marianna Luciana da Cunha Pereira

n.: Arraial de Paracatu do PríncipeMG, Brasil, ±1774-1775.

bat.: Matriz de Santo Antônio, freguesia de Manga, bispado de Pernambuco, do Arraial de Paracatu do Príncipe, MG, Brasil, ±1774-1775 (tem justificação de batizado, feita em 1819, junto do processo matrimonial, na Arquidiocese de Mariana, MG, Brasil).

f.: Serro, MG, Brasil, 13/jul/1843, com ±70 anos de idade.

sep.: Serro, MG, Brasil, 13/jul/1843 [?]. Poderia ter sido na Igreja Matriz, em sepultura da Irmandade do Santíssimo Sacramento (não foi encontrado o registro de óbito e sepultamento).

c.1n.: Vila do Príncipe [?], MG, Brasil, ±1800-1805.

c.2n.: Vila do Príncipe, MG, Brasil, 1819 (data declarada por Ignez Lidora Rosa de Queirós).

c.1n.c.: ? [de Assis ?] (n. Vila do Príncipe [?], MG, Brasil, ±1780-1790; f. Vila do Príncipe [?], MG, Brasil, < 1819 [?]), filha de ? e de ?.

c.2n.c.: Ignez Lidora Rosa de Queirós (n. Vila do Príncipe, MG, Brasil, 01/out/1799 [?]; bat. Vila do Príncipe, MG, Brasil, 08/out/1799; f. Serro, MG, Brasil, 06/ago/1881, com ±82 anos de idade, "de bronchite"), filha do Capitão (Ordenança) Carlos Pereira de Sá (filho) e de Luiza Victória de Siqueira Henriques de Ayala.

escolaridade/formação: Possivelmente foi educado no "trivium", isso é, "Ler e Escrever", "Contar" e "Latim", porque tinha uma excelente caligrafia.

profissão/atividades: Entre os anos de 1782 e 1790, encontramos o pagamento de jornais de escravos de propriedade de um "Simão da Cunha Pereira" alugados à Real Extração dos Diamantes, do Arraial do Tejuco, MG, mas pode ser um homônimo, porque também encontram-se pagamentos de salários de um funcionário de nome "Simão da Cunha Pereira", quase no mesmo período, entre os anos de 1783 e 1788, e por ele assina pelo menos um dos mesmos procuradores, exceto quando ele mesmo se assina de próprio punho para receber os jornais de escravos no ano de 1784 e na folha de pagamento de salários de 1785. Simão poderia ser beneficiário da renda de seus escravos de aluguel, um costume consagrado de nossos antepassados, mesmo sendo ainda uma criança, embora não fosse a mesma pessoa que trabalhasse na "tropa" da Real Extração dos Diamantes. Seja lá como for, no ano de 1817, encontramos, no Arraial do Tejuco, MG, Brasil, uma casa que pertencia à herança do Capitão (Ordenança) Francisco Pinto Ferreira, marido de Brízida Agostinha da Cunha Franco , filha de Anna Fortunata da Cunha Pereira, alugada a um "Simão da Cunha". Nesse mesmo ano de 1817, encontramos o "T.e [Tenente] Simão da Cunha Pereira", pagando o imposto da "dobla", por um "Armasem", no valor de 12$800 réis, indicando tratar-se dele mesmo. Surpreendentemente, esse armazém só esteve aberto nesse ano, e não se encontra mais registro dele do ano de 1818 em diante, indicando que só funcionou durante um ano. Devia ser difícil administrar bem dois armazéns abertos, em localidades diferentes, na Vila do Príncipe, MG, Brasil, e no Arraial do Tejuco, MG, Brasil, simultaneamente. Foi Escrivão do Senado da Câmara da Vila do Príncipe, MG, Brasil, nomeado para o período 1798-1800, por provisão passada pelo Governador da Capitania, Bernardo José de Lorena, em nome da Rainha D. Maria I de Portugal, dada em Vila Rica de Ouro Preto, MG, Brasil, a 23 de Dezembro de 1797. Exerceu o cargo somente até o dia 1° de janeiro de 1800, tendo sido substituído a 2 de janeiro de 1800 por Manoel Vieira do Prado Ottoni. Era negociante. Ele possuia uma "Venda", cujas atividades se iniciaram no dia 01/out/1815, pagando nesse ano apenas 3$200 r.s, do Imposto da Dobla, para constituir o capital do Banco do Brasil, instituído por D. João VI, cujo valor integral no ano era de 12$800 r.s. Somente no ano de 1817, a classificação do estabelecimento foi de "Taberna", voltando à de "Venda" logo no ano seguinte, continuando assim até o ano de 1820. No ano de 1821, o estabelecimento passou a ser classificado como "Armazém de Molhados" e assim continuou até o ano de 1823, quando parece ter encerrado as atividades, porque não mais se encontra registro dele depois desse último ano.

serviço militar: Em 02/dez/1799, recebeu de Bernardo José de Lorena, Governador da Capitania, a carta patente de Tenente da Segunda Companhia do Segundo Regimento de Cavalaria de Milícias da Comarca do Serro Frio. Em 11/mai/1804, recebeu de Pedro Maria Xavier de Ataíde e Mello, Governador, a carta patente de Tenente da Quinta Companhia do Primeiro Regimento de Cavalaria de Milícias da Comarca do Serro Frio. Em 20/fev/1824, recebeu do Governo Provisório da Província a carta patente de Capitão da Quinta Companhia do Primeiro Regimento de Cavalaria de Milícias da Comarca do Serro Frio. Em 11/mai/1826, recebeu do Imperador Dom Pedro I, a carta patente de confirmação no posto de Capitão da Quinta Companhia do Primeiro Regimento de Cavalaria de Segunda Linha da Comarca do Serro Frio. Em 1828, requereu o posto de Tenente-Coronel do então Regimento n° 12 de Cavalaria Ligeira da Segunda Linha do Exército, tendo sido negado o pedido, porque "... no referido Corpo não há vaga de Tenente Coronel, e o Sup.e em antiguidade do Posto hé o septimo Capitão, ...". Entre as alegações para o pedido constava, entre os serviços que havia prestado, os de que em 1808 havia comandado "a Escolta que trouxe o primeiro Recrutamento a esta Corte, aonde fielmente o entregou, e agora os de commandar tres Companhias do seu Regimento, existentes na Vila do Principe: ...". Evidentemente, ele foi injustiçado, senão os citados mais "antigos" do que ele teriam que estar ocupando o posto no Regimento do Serro Frio, o que não acontecia nem aconteceu. A desculpa foi uma violência contra o direito, mal disfarçada.

política/cargos públicos: Em 1822, foi signatário, junto com outros "notáveis", de diversos manifestos do Senado da Câmara da Vila do Príncipe, MG, ao Príncipe Regente, D. Pedro I, conclamando-o a que proclamasse a Independência do Brasil. Em 1836 foi eleito Vereador da Câmara Municipal da Vila do Príncipe, MG, para o exercício do quadriênio 1837-1840, cujo Termo de Juramento e Posse assinou no Livro "Termos de posse De Vereadores", no dia 07/jan/1837, juntamente com José Ferreira Carneiro (Juca) e outros cinco (5) eleitos.

religião/confrarias: Era católico apostólico romano. Foi irmão de compromisso, matriculado em 22/dez/1792, quando tinha entre 17 e 20 anos de idade, da Irmandade do Senhor Bom Jesus de Matozinhos, do Arraial de Nossa Senhora da Conceição do Serro, MG, atual cidade de Conceição do Mato Dentro, MG, Brasil. Também foi irmão da Irmandade do S.S. Sacramento da Vila do Príncipe, MG, Brasil, cujo compromisso assinou em 09/ago/1825.

escravos: Teve um bom número de escravos, tendo sido encontrados os nomes de 20 deles, entre os anos de 1807 e 1839, sendo cinco (5) deles de batizandos e 13 de falecidos. No Censo do Serro, MG, Brasil, de 1838, ele e a mulher dispunham juntos, em casa, de oito (8) escravos: Maria Cabra (50), Silvana Parda (30), Anna Parda (30), Martinianno Cabra (13), Elias Cabra (12), Mathias Cabra (12), Tibúrcio Cabra (30) e Paulo Cabra (38).

residência: Na sua infância, até entre 3 a 5 anos de idade, poderá ter residido no Arraial de Paracatu do Príncipe, MG, Brasil, porquanto seu pai só iniciou a servir no Arraial do Tejuco, MG, Brasil, provindo de Paracatu, MG, Brasil, em 6 de Junho de 1778. Na parte restante de sua infância e na sua adolescência, residiu no Arraial do Tejuco, MG, Brasil. Cerca de 1795, acompanhando os pais, foi residir na Vila do Príncipe, MG, Brasil. Pelo menos desde o ano de 1810, residia na casa nº 45, do lado direito da Rua do Gambá, na Vila do Príncipe, MG, Brasil, ano em que o sobrado em que morava foi avaliado em 4$860 r.s, tendo pago a décima urbana de $486 r.s. Em 1811, o sobrado passou a ter o nº 49 e a renda foi avaliada em 28$800 r.s, pelo que pagou 2$590 r.s de décima urbana. No ano de 1816, a renda da casa foi avaliada em 14$400 r.s, pelo que pagou a décima urbana de 1$296 r.s, e assim continuou até o ano de 1819. Nos anos de 1820 e 1821, a casa foi reavaliada para 15$300 r.s, e pagou um imposto de 1$377 r.s. Voltou, em 1822, ao valor e décima anteriores, de 14$400 r.s e décima de 1$296 r.s, e assim continuou até o ano de 1825. No ano de 1826, a avaliação foi de 10$800 r.s, e a décima foi de $972 r.s. e assim continuou até o ano de 1830. Não há mais registros a partir desse último ano, supondo-se que tenha havido uma reforma fiscal e que esse imposto foi substituído ou modificado.

filhos: Segundo a lenda, teria tido cerca de 16 filhos, número esse que incluiria certamente os natimortos e os falecidos logo após o nascimento, ou na mais tenra infância. Filhos do 1° casamento, com ? [de Assis ?] (1 ou +): Francisco de Assis (da Cunha) Pereira (Inhô). Filhos do 2° casamento, com Ignez Lidora Rosa de Queirós (7 ou +): Maria [da Cunha Pereira ?], um filho Anônimo-1, Carlos da Cunha Pereira, Dr. (Médico) Simão da Cunha Pereira (filho), Marianna Luiza da Cunha Pereira e um filho Anônimo-2.

 
Modelos de Uniformes dos Regimentos de Cavalaria de Milícias da Capitania de Minas Gerais, Brasil, 1814 - Originais existentes no APM - Arquivo Público Mineiro - Seção Colonial - Códice SC-358 - fls. 338 a 342 - copyright: © 2004, APM - Arquivo Público Mineiro, Belo Horizonte, MG, Brasil - Só é permitida a reprodução com a autorização do dono da imagem.
 

 

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