Francisco Antônio da Silveira, Ajudante Pago de Milícia

 

pai: ?

mãi: ?

n.: ?, Portugal [?], ±1735-1745 (estima-se que fosse cerca de 10 anos mais velho do que sua mulher, nascida em 1752)

bat.: ?, Portugal [?], ±1735-1745 (não foi encontrado registro de batizado)

f.: Vila do Príncipe, MG, Brasil, 07/fev/l803, com ±65 anos de idade, repentinamente, de uma hemoptise ("derepente afogado em Sangue"), proveniente de uma crise hemorrágica de tuberculose pulmonar aguda, e por isso não houve tempo de que recebesse os sacramentos da Igreja.

sep.: Foi solenemente acompanhado do Pároco e mais sacerdotes que se encontravam na Vila do Príncipe, MG, Brasil, e sepultado na Igreja Matriz de N. Sra. da Conceição.

c.: Arraial de Paracatu do Príncipe [?], MG, Brasil, ±1770 (estimativa: o único filho, Simão da Cunha Pereira da Silveira, nasceu cerca de ±1772-1775).

c.c.: Marianna Luciana da Cunha Pereira (n. Capela de Santo Antônio, Arraial do Tejuco, MG, Brasil, ±abr/1752; bat. Capela de Santo Antônio, do Arraial do Tejuco, MG, Brasil, 08/mai/1752; f. Serro, MG, Brasil, 07/nov/1839), filha do Capitão de Dragões Simão da Cunha Pereira e de Ignácia Mendes Ramos.

escolaridade/formação: Tinha as "Primeiras Letras".

profissão/atividades: Recebeu praça de Soldado da Companhia de Dragões do Capitão Ignácio da Luz, no dia 08/ago/1760, provavelmente em Vila Rica do Ouro Preto, MG, Brasil, sede mais provável dessa companhia, ou no Quartel dos Dragões, em Cachoeira do Campo, MG, Brasil, o qual, muito mais tarde, se tornou um conhecido Colégio dos Padres Salesianos. Foi mandado em uma missão, na década de 1760, para Paracatu, MG, Brasil, mas adoeceu gravemente, em 1768, e teve que se licenciar, para tratamento, tendo feito uma petição solicitando reembolso das despesas com o tratamento, no valor de 69$132 r.s. Recebeu em dinheiro o pagamento do fardamento dos anos de 1762 a 1768, no valor de 85$310 r.s, por requerimento datado de "Vila Rica 21 de 8br.º de 1768", com a Informação: "O Sup.e teve praça na Comp.ª de Luz a 8 de Ag.º // de 1760 e se lhe deve o fardam.tº a 35 rz por dia // te o presente em q´ se deve abater 22$000 r.s de q´ recebeo. V.ª R.ª de M.çº 30 de 1769. // Mag.es." - Cálculos: "Em 146 dias de 8 de Ag.º the os dias [?] de Dez.º de 1760 = 5$120 // 61 // 62 // 63 // 64 // 65 // 66 // 67 // 68 - Em 8 anos he o de 17 [?] a 12$775 = 102$200 // Soma = 107$320 // - 22$ // 85$310". Regressando, foi internado no Hospital dos Militares de Vila Rica do Ouro Preto, MG, Brasil, ignorando-se por quanto tempo. Mais tarde, anos de 1773 e 1774, ainda era Soldado da Companhia de Dragões, do Capitão Ignácio da Luz. Em 1775, as Companhias de Dragões foram extintas e foi criado o Regimento de Cavalaria Ligeira Paga. Em 06/jun/1778, o Soldado Francisco Antônio da Silveira iniciou a servir na 1.ª Companhia do Regimento de Cavalaria Ligeira Paga, do Destacamento do Serro do Frio, no Arraial do Tejuco, MG, Brasil, onde chegou proveniente de Paracatu, MG, Brasil. Já no ano de 1779, vamos encontrar o Soldado Francisco Antônio da Silveira integrando a 4.ª Companhia, uma das oito (8) Companhias do Regimento de Cavalaria Ligeira Paga. No 2° trimestre do ano de 1780, Francisco Antônio da Silveira havia sido promovido ao posto de Anspeçada, que é um degrau acima do posto de Soldado e inferior ao de Cadete. No 4° trimestre do ano de 1781, Francisco Antônio da Silveira continuava no posto de Anspeçada, incluído com o n° 91, em outra Relação de Menestras vencidas. Em 25/out/1784, o Anspeçada Francisco Antônio da Silveira foi de novo incluído em outra relação de conserto de armas. Sabe-se, que, após a reforma, o Cadete Francisco Antônio da Silveira passou a Ajudante Pago de Milícia, posto reservado, nas Milícias, para militares reformados e com experiência suficiente para exercê-lo. É certo que, em 1796, o Cadete Francisco Antônio da Silveira já se encontrava na Vila do Príncipe, MG, Brasil, pois já existem reembolsos de despesa em seu nome por transportar cabedais da Intendência do Ouro, da Vila do Príncipe, MG, Brasil, para Vila Rica do Ouro Preto, MG, Brasil, e vice-versa. Em 1797, seu filho Simão da Cunha Pereira da Silveira já entrava na licitação para ocupar o cargo de Escrivão da Câmara da Vila do Príncipe, MG, Brasil, no triênio 01/jan/l798 a 31/dez/1800, coincidindo também com os primeiros registros de batizados de escravos daquele, encontrados nessa localidade.

serviço militar: Era um militar profissional.

religião/confrarias: Era católico apostólico romano.

escravos: Uma importante fonte de receita para os moradores do Arraial do Tejuco, MG, Brasil, era o aluguel de escravos para a Real Extração dos Diamantes, do Arraial do Tejuco, MG, Brasil, e, no período 1778-1785, ele foi um freqüente fornecedor de mão de obra de escravos de aluguel, recebendo "a jornal", isso é, por escravo/dia. Tinha medianas posses, na década de 1790, considerando-se o número de escravos que possuía, cerca de meia dúzia.

diversos: O Senado da Câmara da Vila do Príncipe, MG, Brasil, recusou-se a aceitar o novo Escrivão, alegando os mais diversos motivos, incluindo "... injurias publicas e escandalosas que tem sido feitas com palavras injuriosas indignas de se relatarem a V. Ex.a [pelo] Pai do Rematante o cadete Francisco Antonio da Silveira destacado nesta Vila a muitos dos moradores da mesma e ainda aos oficiais deste Senado, ...". Os camaristas insubordinados foram admoestados pelo Ouvidor Geral e o jovem Simão da Cunha Pereira da Silveira pode exercer o ofício de Escrivão da Câmara sem ser molestado, permanecendo no cargo de 01/jan/1798 a 31/dez/1799. Em uma petição do Capitão de Milícia Simão da Cunha Pereira (pai), alega que "he filho legítimo e unico de Francisco Antonio da Silveira que relevantes serviços prestou também ao Estado na Intendencia do Ouro da Vila do Principe, o que tudo mostra pelos Documentos juntos". Entre os documentos anexos à petição anterior, encontra-se um em que "Bernardino José de Queiroga Cavalleiro da Ordem de Christo Coronel Comandante do Regimento N.12° de Cavallaria Ligeira de 2ª Linha do Exercito &" diz: "Attesto que Simão da Cunha Pereira, Capitam da 2ª Cõpanhia do mesmo Regimento hé f. legitimo e unico de Francisco Antonio da Silveira, Ajud.e pago que foi do 1° Extinto Regimento de Cavallaria desta Comarca: ...". Em um atestado encabeçado por "O D.ºr Juis de Fora Prizidente, Vereadores e o Procurador da Camara da Villa do Principe, e Seu Termo" consta que o "... Cadete Francisco Antonio da Silveira, que muitos annos esteve destacado na Intendencia desta Villa, sendo muito diligente em promover os interesses della, no Exercicio de buscar, e conduzir o Ouro para a dita Intendencia: e passando depois ao Posto de Ajudante de Milicias, exercitou este Posto com muito Louvor, e honrado Comportamento ...", datado de "Villa do Principe em Camara de 17 de Novembro d' 1827.".

residência: Residiu na Vila Rica do Ouro Preto, MG, Brasil, na década de 1760, ou mesmo antes, onde, em 08/ago/1760, sentou praça como Soldado Dragão, e provavelmente em Paracatu, MG, Brasil, onde foi em missão, tendo se apresentado no Arraial do Tejuco, MG, Brasil, no dia 6 de Junho de 1778, proveniente de Paracatu, MG, Brasil, para servir no Destacamento de Dragões do Serro do Frio, da Demarcação Diamantina, de onde passou, cerca de 1795, a residir na Vila do Príncipe, MG, Brasil, onde prestava serviços na Intendência e Casa de Fundição, e aí residiu até seu falecimento.

filhos: único (1): Simão da Cunha Pereira (da Silveira), Capitão de Milícia. Criou um "exposto" (enjeitado), ou "filho adotivo" (1): Justiniano da Cunha Pereira.

 
Igreja Matriz de N. Sra. da Conceição, do Serro, MG, Brasil, dentro da qual foi sepultado o Ajudante de Milícia Francisco Antônio da Silveira, no dia 07/fev/l803, acompanhado pelo pároco e demais sacerdotes que se encontravam presentes na então Vila do Príncipe, Comarca do Serro do Frio, MG, Brasil - Fotógrafo: Virgílio Pereira de Almeida, ano 1996 - Por gentileza de Virgílio Pereira de Almeida - copyright © 1996, 2005, Virgílio Pereira de Almeida - Só é permitida a reprodução com a autorização do dono da imagem.

 

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