O Tempo
Novo?
Em virtude dos acontecimentos recentes na
cidade de Jaraguá, objeto principal desta home page, faz-se
necessário alguns esclarecimentos, para que as pessoas de
todas as partes saibam o que ainda acontece no nosso país às
portas do novo milênio.
Vocês que navegaram por estas páginas
puderam ver o potencial que possui esta cidade, sob todos os
aspectos (econômico, cultural, turístico, ecológico, etc.). Somos a capital das
confecções, com inúmeras fábricas produzindo roupas do
mais alto nível. Existem na cidade centenas de pessoas
altamente capacitadas a desenvolver um projeto para alavancar
ainda mais o desenvolvimento da cidade. Possuímos uma riqueza
cultural e um acervo histórico considerável, como em poucos
lugares. Com tudo isso, você aí poderia imaginar que aqui se
vive praticamente em um paraíso. Ledo engano. Por incrível
que isto possa parecer, Jaraguá teve nos últimos tempos espaço
considerável na mídia nacional. Primeiro fomos agraciados
com uma singela reportagem no Jornal Nacional. Falou-se bem
daqui? Não. A reportagem ironizava nossa cidade, já que aqui
não há sinalização de trânsito, e como conseqüência ele
é o caos. Para ser justo, alguma sinalização foi feita ,
muito pouco, e às vésperas da eleição. Coincidência, não?
Recentemente o jornal Correio Braziliense
também nos cedeu espaço, no entanto fomos depreciados mais
uma vez, sem que nenhuma autoridade eleita pelo povo de Jaraguá
tomasse qualquer atitude a fim de uma reparação.
Que saudade nos dá o carnaval de Jaraguá!
Era o mais animado de todo o Centro-Oeste. Era realizado com
muita criatividade e respeito pelos turistas. Hoje a história
mudou. Temos ainda um carnaval de renome, porém fruto de épocas
passadas. As pessoas agora reclamam. A freqüência já não
é mais a mesma. Por que será? E a cultura? O turismo?
Talvez tenhamos algumas razões que
expliquem esse pandemônio. Em 1992, um certo candidato foi
eleito. Ele usava chapéu de boiadeiro, e se dizia um típico
representante do povo, contra os doutores. A princípio este
processo parecia salutar, já que a alternância de poder faz
bem à democracia. Pois bem, 4 anos se passaram e o Chapeludo
ainda na impossibilidade de reeleição, fabricou um
candidato, um doutor, o Dr. Nadafez! Ele ganhou, quase 4 anos
se passaram e o Dr. Nadafez nada fez, sendo sua administração
considerada a pior de todos os tempos. Ah! O Chapeludo no meio
do mandato do Dr. Nadafez conseguiu a proeza de se eleger
deputado estadual, e nos parece, devido à convivência
prolongada com o Dr. Nadafez, nada fez também. Ele (o do chapéu)
é o típico político que governa e legisla em causa própria,
profundamente preocupado com sua “brilhante” carreira política.
Mas o pior ainda estava por vir. Chegou a hora de escolher o
candidato à prefeito 2001-2004. O DR. Nadafez não poderia
ser já que possuía uma rejeição altíssima. Então o
Chapeludo tirou o coelho da cartola, ou melhor dizendo, sua
esposa, a Dona Muda. Não! Vocês não estão lendo errado, é
isso mesmo e é ridículo.
Só que desta vez, a eleição seria
acirrada. Só que para o Chapeludo tudo era válido, desde que
sua carreira não fosse prejudicada. E relembrando a ditadura
em plena democracia, funcionários municipais e estaduais
passam a ser ameaçados com a perda dos cargos caso não
demonstrem de forma ostensiva o apoio à Dona Muda. Dizem as más
línguas, que a troca de favores por votos foi atitude comum
por parte deles, além das ameaças aos mais humildes de perda
de suas casas, etc. O poder econômico e a falta de moral
fizeram com que a Dona Muda fosse estranhamente eleita. (ela
até conseguiu discursar por 5 minutos!). Agora o resultado,
funcionários públicos foram sumariamente demitidos pelo
simples fato de não terem sido cabos eleitorais da Dona Muda.
Ora, isso é muito grave, fere a democracia e é um crime. E
os puxa-sacos continuarão lá, sugarão até a última gota.
E o mais triste de tudo isso é que Jaraguá é que padecerá
ainda mais, ficando à mercê de pessoas inescrupulosas, egoístas
e amorais.
Aqui não se fez generalizações, é lógico
que há pessoas bem intencionadas dentro do município, mesmo
ao lado destas pessoas. Só que estas pessoas bem
intencionadas serão abruptamente podadas assim que o Rei e
sua nobreza sentirem-se ameaçados. Resta aos descontentes com
essa situação esdrúxula fiscalizar com extremo rigor a próxima
administração, cobrando cada promessa de campanha, as casas
prometidas, os lagos, os shoppings (quando a cidade nem
asfalto decente têm!) e todo o paraíso na Terra que foi
irresponsavelmente prometido. E que o Rei acorde, descubra que
o coronelismo faz parte de um passado triste, dispa-se de sua
arrogância peculiar, antes que seja tarde para ele e para a
cidade de Jaraguá, patrimônio de todos nós, e não de meia
dúzia de pessoas ávidas por dinheiro e poder.
E-mail enviado por Augusto dos Anjos e
Tomás Antônio Gonzaga
PS. As declarações aqui contidas
exprimem a opinião das pessoas citadas acima e fazem parte de
um sistema denominado democracia, às vezes esquecida por
alguns boçais.
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