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Entrevistas exclusivas! NENHUM DE NÓS, SAMUEL ROSA, HERBERT VIANNA, DINO (EX-BAIXISTA DO IRA!) E NASI.

 

Opinião.
"Eu gosto muito do Ira!, grandes amigos, grande banda, importantíssima para o rock brasileiro e grande representante do rock paulista. Além disso, tem um dos maiores guitarristas do Brasil, meu amigo Edgard Scandurra."
Roberto Frejat - Vocalista do Barão Vermelho.

 
 

 

Os “Guris” do Nenhum de Nós, vestindo a camisa do IRA!NET!

*Nenhum de Nós: mais que parceria, admiração.

Aproveitando uma passagem do Nenhum de Nós por São Paulo, o Ira!Net! entrou em contato com a banda a fim de colher pequenas opiniões dos músicos sobre o Ira!. Os integrantes do Nenhum de Nós nos receberam com muita simpatia, e numa conversa regada à chimarrão, os "guris" deixaram claro que além de integrarem uma grande banda do rock brasileiro, também são fãs confessos do Ira!.
Os guitarristas Veco Marques e Carlos Stain e o baterista Sady Homrich nos contaram um pouco da relação Ira! & Nenhum de Nós, e nos surpreenderam com as parcerias, as opiniões sobre a banda, e mais ainda com tantos momentos engraçados às vezes em comum.
O vocalista e baixista Thedy Corrêa chegou apenas nos últimos minutos, e o tecladista João Vicente aproveitou para fazer uma viagem ao Rio de Janeiro.
Os gaúchos do Nenhum de Nós contam especialmente para o Ira!Net! o que eles vêem no quarteto paulista, incluindo vários "lados B" da amizade entre as bandas. Confira o bate-papo.

Ira!Net! - Contem um pouco pra gente da parceria com o Edgard na música "Vou deixar que você se vá"...

Carlão - O Edgard é um cara com quem a gente tem muita simpatia pelo trabalho, a gente tem a sensação de que ele realmente gosta muito do que faz, e isto acrescenta bastante na música. "Vou deixar que você se vá" é uma parceira do Nenhum de Nós com o Edgard Scandurra, lançada no disco "Mundo Diablo", de 1997, que é um disco de várias parcerias, inclusive com o Herbert Vianna. O Thedy mandou 2 letras pro Edgard, uma dessas letras era "Vou deixar que você se vá", e dela o Edgard fez duas versões, uma lenta e outra rápida, e o refrão da música ainda não existia. Quando a música voltou, nós resolvemos dar um toque nosso, começamos a mexer, pegamos a idéia do Edgard e construímos um refrão pra música, e nós temos convicção de que esta foi uma das melhores composições que nós já fizemos. Ele fez também uma versão para uma letra chamada "Palavras", que ficou muito boa. A letra ficou bem Nenhum de Nós, e a música ficou parecida com um trabalho que o Edgard estava levando com o Arnaldo Antunes na época. A gente ainda não usou, mas ficou bem legal, tá na manga.

Veco - Sem contar o "solaço"! Tanto eu como o Carlão, se nós fossemos fazer o solo nós com certeza iríamos para outro lado, e não daríamos a saída que ele deu. Nós suamos a camisa para tirar este solo. Eu também acho que a grande genialidade do Edgard é que ele tira som de qualquer guitarra, é muito mais a mão e a técnica propriamente dita.

Sady - O Edgard também tem uma relação grande com o Sul, a família dele é de Bagé e ele é sempre muito bem recebido em Porto Alegre, até com os trabalhos solo dele…

Ira!Net! - É, com o "Benzina"…

Sady - É, até mesmo com o "Amigos Invisíveis"! Aliás, tem uma música desse disco que o Nenhum é super fã, e a gente já tocou muito que é "Abraços e Brigas", ele até participou de um show da gente no CCSP (Centro Cultural São Paulo) tocando esta música.

Ira!Net! - Vocês já dividiram o palco com o Ira! diversas vezes. Tem algum que marcou mais?

Sady - Ao longo de todos esses anos, uma das bandas com quem a gente mais dividiu palcos e campos de futebol foi o Ira!, então nós criamos uma amizade muito bacana…

Veco - Acho que um show em Taubaté (interior de São Paulo) marcou bastante. A gente estava vindo do Rio, nós ficamos em São Paulo, e o avião com o nosso equipamento foi pra Santiago do Chile. No fim o avião voltou, ainda bem, mas a gente já tinha falado com o pessoal do Ira! pra eles nos emprestarem algumas coisas, e pra gente poder fazer o show e não deixar o pessoal na mão.

Carlão - Eu lembro daquele projeto na praia do Guarujá, Kaiser Summer Draft, em 98, em que nós tocamos com o caminhão transformista do feijão... (???)

Sady - Eu não lembro que show que foi. Sempre que eu me encontro com o André a gente fica batendo papo, sobre bateria, lógico, mas sobre a vida também. E era aquela história de show coletivo, tem que liberar o camarim e ceder pra próxima banda, só que a gente é amigo…Então eu tava no camarim conversando com ele, e vinha a menina toda hora: " Você pode sair pra deixar o camarim pro Ira!?"- isso umas 3 vezes… Na 4 vez eu e o André viramos pra ela… "Olha aqui ó!! Se arranca daqui! Sai fora! A gente é amigo pô, eu tô conversando, eu não tô aqui na boca livre não…" (risos)

Ira!Net! - O que você acha que as duas bandas tem mais em comum?

Veco - O Ira!, como poucas bandas onde a nossa se inclui, não dá o braço a torcer, deixa o tempo passar, passarem os modismos, e continuam fazendo o seu trabalho… isso é muito difícil, uma banda enfrentar a mídia e falar "eu vou fazer isso e pronto...", e inclusive passar por períodos ruins…

Carlão - A identidade do Ira! com São Paulo e do Nenhum de Nós com o Rio Grande do Sul.

Ira!Net! - Se vocês fossem regravar alguma coisa do Ira!, o que seria? Seria meio que a música preferida de cada um…

Sady - Eu acho "Tolices" a melhor.

Carlão - "Envelheço na Cidade" eu acho muito legal, o rítmo é bem bacana. A gente já tocou muito essa música em ensaios, mas nunca botamos no palco. Uma que eu sei que não é do Ira!, mas tem muito a ver é "Abraços e Brigas", eu sou apaixonado por essa música.

Veco - A minha é um pouco mais recente, ouvindo o show no Ginásio do Ibirapuera - SP eu e o Thedy chegamos até a comentar, "Vida Passageira" é uma música muito legal, super emocionante.

Thedy - Eu fico entre duas, que ele até tocaram no show... "Tolices" e "Envelheço na Cidade". E tem uma música do Edgard, "Abraços e brigas", que eles até regravaram no "Isso é amor"... essa música é espetacular!

André, a nossa vítima!

Sady e Thedy revelam pérolas do nosso baterista...

Sady - Quando a gente jogava com o Ira! no MTV Rockgol, nós combinamos um "treino secreto", um coletivo que não adiantou nada, lógico... (risos), e foi toda a galera. Depois eu fiz um churrasco de carneiro, assei uma ovelha a rigor... Eu não sei como o André comeu tanto! Ele sentou lá e comeu pra caramba!

Ira!Net! - ...parece que quanto mais tempo passa, melhor o André fica...

Thedy - É, e mais calmo também! Tinha uma época que ele andou meio irritado... até um dia ele tava conversando com o Sady, chegou um fã e disse "ô André, me consegue uma baqueta!!", aí o André: "baqueta, baqueta!! Vocês só pedem baqueta!!!!!!". Tolerância zero!

 
 
 

*Samuel Rosa, do Skank (20/7/2000).

-Ira!Net!: Como foi que você entrou em contato com o Ira! e sua participação em "Um Girassol da Cor do Seu Cabelo"?

-Samuel Rosa: A primeira vez que a gente teve contato com o Ira! foi numa jam da MTV (Jam do MTV Rock e Gol 99) e a gente tocou "Um Girassol..." e "Jorge Maravilha", músicas que eu já conhecia muito bem. Inclusive "Jorge Maravilha" o Skank já tocou em sua época de bar em Belo Horizonte. E eu fiquei muito satisfeito, primeiro por serem 2 músicas que eu conhecia bem e gostava. E principalmente por estar tocando com o Ira!, que era e ainda são, na verdade, grandes ídolos. Eu já disse a eles naquela ocasião e reafirmo agora que o Ira! foi minha porta de entrada no rock brasileiro nos anos 80, porque eu não acreditava e não gostava. E a partir do Ira! eu comecei a me interessar mais por rock nacional. E para mim foi gratificante participar de um álbum deles, ainda mais um álbum tão bom quanto esse. Eu gostei muito de minha participação e gosto muito da faixa, ainda mais por ser de um grande parceiro meu de composições que é o Lô Borges.

-Ira!Net!: E como o Edgard Scandurra acabou em "Maquinarama" (o novo CD do Skank)?

-Samuel Rosa: Esta é uma longa história... O André Jung, numa ocasião, me ligou e mandou uma fita com uma música e queria que eu colocasse uma letra nela. Mas, definitivamente, letra não é o meu forte, mesmo. Então eu decidi procurar o Chico (Amaral), que é meu parceiro. Ele escreveu "Bagaceira Sincera", que foi um nome provisório. Mandamos devolta para o Ira!, mas acho que pelo fato do disco deles ter um argumento de regravações optaram por não incluí-la. Então peguei a música, mostrei algumas alterações que eu tinha feito para o Chico e para o Edgard, que aprovaram. Então ela entrou para o álbum do Skank, como "Água e Fogo".

 
 
 

*Herbert Vianna, do Paralamas do Sucesso (25/3/1999).

-Ira!Net!: Há um tempo atrás ouvi uma entrevista em que você dizia que não era nenhum Edgard Scandurra, mas estava se dedicando cada vez mais à guitarra...

-Herbert Vianna: Bom, cada um dentro de suas limitações, né?! O Edgard é um gênio, é um extra-classe. Não dá para comparar, nem de longe, eu a ele. Mas eu estou me dedicando, sim, mais à guitarra e usando mais em shows, dentro do possível.

 
 
 

Nasi, Charles Gavim, Edgard e Dino.

*Luís Carlos Nascimento, o Dino, ex-baixista do IRA!, formado em geografia nos cedeu essa entrevista, e contou algumas coisas que a galera sempre quis saber...

IRA!NET! - Primeiramente é um prazer falar com você, então diz ai, o que anda fazendo atualmente?

Dino - Bom...além de matar o tempo dando umas aulas por ai, ainda tem algumas coisas paralelas que estou preparando pra esse novo milênio, mas é segredo!!!

I!N! - Você gosta muito desse lance meio sideral, você vive na Lua?

D - Não!!! Na lua??? Que absurdo, o mais próximo que chego é Plutão!!! (risos)

I!N! - No ICQ, você usa o nick "Pyxis"...de onde vem?

D - Ah, é referente ao nome de uma pequena constelação Boreal...gostou?!

I!N! - E ainda curte o IRA!?

D - Lógico, curto!!! Me traz boas lembranças!!!

I!N! - O que anda ouvindo?

D - Gosto muito de Blues, tenho escutado tudo que esta rolando por ai, Mas de preferência Britânico.

I!N! - O que acha da música eletrônica?

D - Não Gosto.

I!N! - O que esteve fazendo musicalmente, desde que saiu do IRA!?

D - Bom...depois que sai do IRA!, montei uma banda com uma garota chamada Celize, depois montei outra banda chamada "Anarcotráfico" e por último a banda "Vultos" onde lançamos um CD há alguns anos atrás.

I!N! - Nos anos 80, o que o impulsionou a entrar na cena musical?

D - Bom...foi através de meu irmão mais velho que tinha uma banda, e eu ia nos shows, ai despertou. Até conhecer o Edgard (Scandurra) em 1.97 e bolinha, e começamos a fazer alguma coisa semelhante a música! (risos)

I!N! - E quando saiu do IRA!, como foi? O que planejava para você na época?

D - Na realidade, me desliquei do IRA!, pelo fato da moçada estar pensando em morar no Rio de Janeiro, pois a Warner queria o pessoal mais perto, e o Charles já tinha saido. Ai pintou também mulher no esquema, foi a Namorada!!! A coisa ficou mais séria, ai ja sabe, começou a pintar o lance de grana, etc...

I!N! - Qual o disco do IRA! que mais gosta?

D - O 1º, pois contém o melhor da criação do IRA!, creio que foi a melhor fase.

I!N! - O Compacto ou o Mudança de Comportamento?

D - Prefiro os dois, Pois sai do IRA!, logo no começo das gravações do Mudança...

I!N! - Acompanhou o IRA! desde lá? Qual a importância do IRA! na história do BRock?

D - Sim!!! Sempre estou a par do que rola com a banda, pois a moçada do IRA! sempre estão falando comigo e vice versa!!! O IRA! é o grande responsável pelo rock do Brasil nos anos 80, e pra frente, além de ser uma das melhores bandas do Brasil, Creio que o IRA! fermentou uma postura e atitude na moçada, os preparando pra encarar a vida, por isto o nome do 1º disco!

I!N! - Diga algumas bandas que marcam você, e o que recomenda atualmente?

D - Putz!!!...Olha foi sem dúvida o The Who, Clash, Jam e Jimmi Hendrix, agora o que recomendo: IRA! lógico, e Vultos também!!!

I!N! - Pra finalizar, onde encontramos o trabalho do Vultos?

D - Creio que na Galeria do Rock no centro de São Paulo, O nome do CD é "Lixo Rico".

 
 
 

*Ao Vivo MTV - Ira!: o sucesso reconhecido.

Depois de vinte anos de estrada, o grupo Ira! lança (finalmente!) seu álbum ao vivo. Os fãs e muito menos os integrantes da banda não aguentavam mais esperar, mas todo esse tempo de espera foi presenteado com um álbum histórico, onde foram selecionados os 16 maiores clássicos da banda, juntamente com mais 4 inéditas. Há algum tempo o Ira! não atingia tanto a mídia como hoje em dia. Em 5 meses de lançamento do álbum (novembro de 2000), o grupo já atinge mais de 100.000 cópias, marca antes superada apenas pelo álbum "vivendo e não aprendendo", que teve uma vendagem de 195.000 cópias em vinil, e 30.000 em CD não remasterizado (estimado). Mas qual o porque desse sucesso tão duradouro? Foram 9 álbuns, aproximadamente 100 canções e uma afinidade de out-takes e projetos paralelos de seus integrantes. Muitos ofertam o sucesso do Ira! à grande mescla de sons e gêneros que a própria banda assume (vide os álbuns "Psicoacústica" de 1988, "Você Não Sabe Quem Eu Sou" de 1998; clássicos de puro rock ´n roll “Sete”, de 1996, e o mais romântico "Isso é amor",1999). Claro que esse álbum ao vivo diz muito tanto para os fãs, banda e mesmo para o cenário musical atual, onde temos inúmeros estilos e pessoas tentando mostrar seu talento, sua capacidade de se manter vivos na atual conjuntura da música brasileira. Pensando nisso, o Ira!Net! fez uma entrevista com Nasi, vocalista da banda, a respeito dessa consagração do grupo Ira! depois de vinte anos de carreira e sobre esse projeto "ao vivo MTV- Ira!”

IRA!NET! - Qual foi o ritmo dos ensaios?

Nasi - O disco foi gravado em 1° de setembro (2000), e os ensaios começaram três semanas antes, sendo que nas duas primeiras fizemos 6 ensaios, e a última foi "full time". Foram ensaios mais "relax", com cerca de 4 horas, porque com exceção das músicas novas, as outras já estavam legais, só faltava acertar alguns finais que a gente descuidava um pouco quando tocava ao vivo. Um ponto que nós tivemos que nos acostumar foi com o uso do hearphone (um tipo de retorno colocado na orelha), e também com o metrônomo, que nós usamos para achar o andamento ideal de cada música.

I!N! - Qual música foi a mais preocupante?

N - Das antigas, Receita pra se Fazer um Herói deu trabalho. Nós "encanamos" com a levada dela, tentamos fazer uma hora mais rock, uma hora mais reggae, e no final das contas ela ficou como ela é mesmo. Tarde Vazia, apesar de não ter entrado no disco, também deu bastante trabalho. Nós não ficamos satisfeitos com o jeito de toca-la, até tentamos fazer outro arranjo, alguma coisa que satisfizesse a gente, mas como não encontramos, ela acabou não entrando. Das novas, nenhuma deu muito trabalho, foi mais pela questão do tempo. Eu citaria Logo de Cara, porque a gente mexeu bastante no arranjo dela. A música original, do Kiko Zambianchi e do Marcelo Rubens Paiva, era uma coisa bem voz e violão, e nós procuramos fazer um arranjo que fosse bem a nossa cara.

I!N! - De todas, qual você gostou mais?

N - Eu gostei do resultado de todas, mas eu destacaria Tolices. Fazia tempo que a gente queria fazer um arranjo diferente para ela, sem um beat, eu gostei bastante.


I!N! - De onde surgiu a idéia de chamar o DJ Ramilson Maia?

N - Foi uma idéia do Edgard. Essa música é bem antiga, foi gravada pelo Cabine C, e nós já fizemos outros arranjos pra essa música. Até fizemos uma demo com uma versão punk, mas como essa música é bem new wave, nós quisemos fazer um arranjo que não fosse muito datado. Então o Edgard veio com a idéia de chamar um DJ pra dar a ela um sabor mais Drum 'n Bass. Ele fez um arranjo com Groove Box (levadas programadas de baixo e bateria ao mesmo tempo) e como ele está super "update" com os DJ's, ele chamou o Ramilson.

I!N! - Durante a execução de "Inundação de Amor" alguns
reclamaram. O que você achou disso?

N - Foram duas coisas. Nesse show nós tivemos um imprevisto chato que foi aquela chuva que fez o show atrasar bastante. As pessoas reclamaram, ficaram mais de 1 hora esperando, mas a gente não podia fazer nada porque se a gente começasse o show no horário, muita gente ia ficar de fora. E enquanto as pessoas esperavam, o Edgard colocou uma fita do Massive Attack. Não que eu não ache legal o Massive Attack, mas como tocou só isso o público ficou meio massificado. Depois do Você Não Sabe Quem eu Sou, nós tivemos um problema de aceitação com o público, que achou que o Ira! ia virar tecno. Então, a partir daí, qualquer coisa que tivesse um DJ, uma programação na música, o público já fica intolerante. E quando o Edgard foi apresentar o DJ, acionou o Groove Box, essa parte do público já ficou pensando "lá vem aquela 'tecnera'..." Eu já acho que não, acho que nessa música nós conseguimos fazer um arranjo bem moderno, com nuances de drum 'n bass, e ao mesmo tempo pesado, rock. Essa intolerância é um pouco de ranço do Você não sabe quem eu sou...

I!N! - Faltou alguém ou alguma coisa nesse projeto "Ao Vivo MTV"?

N - Bom, num lance desse, se você for perguntar para cada um da banda o que faltou, todo mundo vai falar que faltou tal música, ou tal coisa... isso é normal, e a gente teve que chegar num consenso. São 9 álbuns, umas 100 músicas, e de 100 tirar só 16 é difícil. Eu, por exemplo, desde quando eu comecei a pensar num disco ao vivo, eu queria fazer uma versão do Advogado do Diabo com a percussão da Nação Zumbi. Essa música tem uma levada de maracatu, e isso influenciou muito o pensamento do Chico Science, ele a tocava nos shows, e eu achei que o Ira! devia fazer uma homenagem à essa galera toda.

I!N! - Em 2 meses, o "MTV Ao Vivo" vendeu mais de 100 mil cópias. Se compararmos com outros álbuns, apenas o "Vivendo e Não Aprendendo" chegou perto (195 mil cópias em vinil e 30 mil em CD não remasterizado). Isso faz do "Ao Vivo" o mais importante do Ira! até hoje?

N - Não necessariamente, isso é muito relativo... Na minha opinião, Meninos da Rua Paulo é um bom disco, pop, pra tocar em rádio, mas a gente não estava num bom momento com a gravadora e ele passou meio despercebido. O Psicoacústica também foi um disco que não vendeu bem, se comparado com discos anteriores. Na época, ele vendeu 50 mil cópias, e de uma banda que vinha de mais de 100 mil cópias do disco anterior, soa meio como um fracasso. Apesar de ser um disco mais difícil de tocar em rádio, por não ter o "apelo comercial" de um Acústico, ou de um "Balada", que devido aos arranjos de violão, violino etc., é muito mais fácil de tocar em rádios populares; eu diria que esse "Ao Vivo" é super significante porque reuniu canções dos nossos discos mais conhecidos, que estavam inundadas em várias coletâneas lançadas pela Warner, e também foi reflexo de um bom momento de destaque depois do "Isso é Amor".

 
 

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