Pontos de Vista


Capítulo II Capítulo III

 

Capítulo I

Com o propósito de alavancar o interesse dos PEREIRA para a história da família publiquei em nosso site alguns artigos, tendo o cuidado de esclarecer tratar-se da memória de um garoto de 7 a 10 anos cheia de fantasias, escrita por um adulto de 73 anos (agora com 75 anos!) com suas perdas de memória.
Na oportunidade pedia aos meus primos que também registrassem suas lembranças sobre os nossos entes queridos para que os nossos filhos e netos tivessem a continuação da "Saga dos Pereira" como Vírgínia denominou aquela série.
O meu apelo foi prontamente atendido por ANTONIO SÉRGIO FARIAS DE SOUZA, filho de tio Oscarzinho, com uma série de artigos sob o título " Memórias Resgatadas " regalo mensal para nossos olhos e fonte para as nossas reflexões. Trabalho sério e reparador de dúvidas que as vezes me trazem angústias e sentimento de perda de certas lembranças de ocorrências havidas nos anos 40 (1940-1949).
No Capítulo 10, último publicado no site, Sérgio contesta o que escrevi sobre a intriga de Oscar Pereira de Souza e Oscar Pereira Sobrinho (Oscarzinho). E disso eu tenho certeza: Não havia nenhum traço de rancor nos seus olhares. Se ocorreram divergências elas nunca chegaram a "vias de fato". Não pelo menos quando o velho Oscar Pereira cumpriu mandato de prefeito no período de 1947 a 1951.
Aí eu já passava por gente. Participava ativamente da vida social de Catu: 15 anos de idade, 1,65m de altura, 56 kgs bem pesados, vestido sempre com uns slacks Ban-tan, comprados prontos na loja Leão de Ouro, óculos ray-ban lentes G-15, bem falante e muita pose. Fumava como uma chaminé. Durante o dia freqüentava a tenda de Antonio Pinto, Jogava sinuca no bar de Demétrio quando não arriscava um joguinho de víspora la mesmo. Uma passagem na alfaiataria de Luiz Pessoa, e outra no bar de Ambrósio. Pronto. Verdadeiro jornal. Ficava sabendo de tudo que se passava em Catu.
As tardes eram dedicadas a prática de esportes. Futebol no campo de Waldemar Olivieri ou no de Oscarzinho na Aruanha, ou basquete no CAC. As noites dançava no CAC ao som de boleros tocados em uma vitrola e namorava. Boa vida!
Se houvesse desentendimento pessoal, político ou social fatalmente chegaria ao meu conhecimento. Principalmente entre meus familiares.
Oscar Pereira era um democrata. Vaselina demais para meu gosto. Preocupado em gerir a cidade de forma moderna (calçou ruas, construiu escolas e prédios públicos, implementou serviços de varrição de ruas e coleta de lixo) e, sobretudo exerceu seu governo de modo probo.
Oscarzinho era um cara responsável, trabalhador, tocava suas indústrias (padaria, fábrica de biscoitos, alambique) com muita dedicação. Tinha suas convicções políticas, trabalhava por elas, procurava encontrar seus espaços, mas com certeza não dispunha de tempo para piquinhas nem atos menores.
Asseguro que se houve brigas elas ocorreram na década de 20, quando Oscar Pereira, segundo Sérgio, exerceu outro mandato do qual somente agora tomei conhecimento.

No próximo mês vou dar continuidade a este assunto, calçar melhor minha argumentação.
Até lá...
Luiz Carlos.

02 de fevereiro de 2007

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