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Três
PISTAS PARA
DESCOBRIR A ORIGEM
DE UM ANCESTRAL IMIGRANTE |
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por
Nilza Cantoni e Regina Cascão |
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Antes de
sair à cata do vapor e da respectiva lista de passageiros, veja só onde
você pode encontrar dados mais consistentes. |
1.
ASSENTOS PAROQUIAIS E CIVIS
Essa é sempre uma boa alternativa. Para realizar um casamento, a Igreja
costumava pedir aos noivos a comprovação de que eram batizados. Este é
um item que faz parte dos processos de casamento. Muitas vezes, no próprio
assento de casamento, o padre anotava o local onde se deu o batismo. Da
mesma forma, os assentos de batismo de filhos de imigrantes por vezes
possuem anotações do local onde os pais se casaram. No registro civil de
casamento consta o local de nascimento dos noivos. Claro que nem sempre
esta informação está completa, porque depende dos documentos que os
noivos apresentaram e da maneira como o oficial de registro o efetuou. No
registro de nascimento dos filhos de imigrantes, também, podemos ter a
sorte de encontrar o local de nascimento dos pais. Se esses registros -
paroquiais ou civis - estiverem microfilmados pela Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Último Dias, é por aí que sua busca deve seguir. Você
mesmo poderá fazer a pesquisa num dos Centro de História da Família-
CHF que eles mantêm, sem precisar pedir cópia alguma a nenhuma repartição. |
2. LIVROS
DE HOSPEDARIA
Hospedaria era o local para onde os imigrantes eram encaminhados ao
chegarem. As páginas de registro de seus livros eram como grandes folhas
de papel almaço abertas. No cantinho da direita de cada página havia a
coluna "Observações". Nesta coluna, o encarregado pelo
registro de entrada do imigrante às vezes copiava a origem que havia no
passaporte familiar. Mas isto também não era regra geral, e muitas vezes
nós encontramos tal campo em branco ou preenchido com outra informação.
Em outro modelo de livro que as hospedarias usavam, a coluna da extrema
direita é para a Procedência. Podemos aí também encontrar o lugar de
origem retirado do passaporte familiar. Mas novamente isto não é regra
geral, podendo este campo estar em branco ou com a expressão: "não
consta da lista > de passageiros". Ou seja, nem sempre o livro foi
preenchido com os dados retirados do passaporte. |
3. A LISTA
DE PASSAGEIROS DO NAVIO
Numa lista de passageiros do final dos anos 1800, raramente constará a
exata origem do imigrante.Entre outros fatores, isto se deve ao próprio
formulário disponível que deveria ser preenchido na chegada deles. Veja
só, por exemplo: - no documento que a "República dos Estados
Unidos do Brazil" oferecia para registro de entrada, e que se
chamava Lista de Passageiros, em 1896, a coluna para se escrever a
Nacionalidade tinha 1cm - não havia espaço para a Naturalidade; - no
mesmo ano de 1896, o formulário equivalente, disponibilizado pela
"Repartição Central de Terras e Colonisação" (sic) e que se
chamava "Lista Geral de Passageiros de 3a. Classe", a coluna
Nacionalidade só tinha 3cm. Portanto, só ia ali escrito o nome do país
de origem do passageiro; - em 1898, havia um terceiro modelo. Ao lado da
coluna Nacionalidade havia outra, também de uns 3 cm, para a Procedência.
Aí era registrado o porto de origem. Resumo: naquela época, não
constava o local de nascimento do imigrante nas listas de passageiros. |
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