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23 DE OUTUBRO DE 2001
Tesouros fora do cofre 

Colocadas na internet, obras raras da Biblioteca Nacional finalmente chegam ao alcance do grande público

GABRIELA GOULART


Para consultar hoje a Bíblia da Mogúncia, publicação mais antiga do acervo da Biblioteca Nacional, o ritual é quase religioso. Impresso em 1462, o livro, que veio para o Brasil na bagagem de D. João VI, fica trancado em um cofre da Divisão de Obras Raras da instituição. Só poucos pesquisadores, depois de muito confessar seus motivos, alcançam a graça de folhear o incunábulo (esse é o nome que se dá aos primeiros livros impressos no século 15). Conta-se que a obra é tão valiosa que uma instituição americana chegou a oferecer uma biblioteca inteira, porteira fechada - com prédio, equipamentos, funcionários -, em troca de um dos dois exemplares da raridade. Dois exemplares? É, a Biblioteca Nacional não tem só uma Bíblia da Mogúncia. São duas. E o volume é apenas um dos tesouros de seu acervo que estará disponível na   Internet  www.bn.br , a partir do dia 29, quando a Biblioteca completa 191 anos. Como se diz hoje nos corredores do imponente prédio da Av. Rio Branco, ''a velha senhora está ficando muderna''.

Bancada pelo Ministério da Cultura, a passagem para entrar neste mundo custa R$ 4 milhões. E, de acordo com Ana Lígia Medeiros, presidente da comissão que cuida do assunto, o bilhete é de primeira classe. A inspiração veio de um mix da British Library, da Inglaterra, e da Library of the Congress, dos Estados Unidos. ''Muitas pessoas têm vergonha de não saber mexer nos catálogos de consulta. Acham que a Biblioteca é uma torre de marfim cheia de gente com óculos de fundo de garrafa. Não têm noção do que a instituição guarda. Agora isso vai mudar'', diz Ana.

Grandiosidade - O acervo da Biblioteca guarda, de fato, muita coisa. São 9 milhões de documentos - algo em torno de 900 milhões de páginas. ''Não dá para digitalizar tudo. Mas estamos fazendo um rastreamento e, até dezembro, 1 milhão de cromos e microfilmes estarão disponíveis'', afirma Ana Lígia. Verba de R$ 4 milhões, 9 milhões de documentos, 900 milhões de páginas, 1 milhão de cromos e microfilmes. Na Biblioteca Nacional, tudo é grande. E transportar esse tudo para a internet é uma operação quase de guerra que só deve terminar em fevereiro.

O alvo? Garantir a preservação, democratizar o acesso às obras e personalizar o atendimento. Cada internauta terá, por exemplo, um cartão, como aqueles de banco, para usar os serviços e acompanhar seu histórico de pesquisa na Biblioteca, agilizando o processo. Hoje, para se obter uma cópia especial de qualquer documento, a demora é de 15 dias a 1 mês.

Hoje, obra rara, tesouro mesmo, como a Bíblia da Mogúncia, só via microfilme. É assim também com o Manuscrito 512, que também fica trancafiado em cofre. O local é mais que apropriado. O documento de 1753 traz um relato anônimo de um viajante que descobriu uma cidade romana - rica em ouro, prata e moedas - em pleno sertão baiano. Não há indicações de como se chega ao local, só a descrição das suas características.

Trilha - Muita gente já tentou encontrar o tesouro. Em 1920, o inglês Percy Fawcett se abalou de seu país até aqui com esta missão. Antes, deu uma passadinha na Biblioteca Nacional para colher informações. Seguindo a trilha do Manuscrito 512, se embrenhou pelo interior. Nunca mais ninguém ouvir dele ou de qualquer outro de sua expedição. Mesmo assim, o mapa da mina é o documento mais pesquisado da Biblioteca.

Em 1711, o livro Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas, de João André Antonil, também foi considerado uma espécie de mapa do tesouro - só que por parte coroa portuguesa. Enaltecendo as riquezas do país, a publicação irritou o rei de Portugal, que não queria a exuberância de sua colônia divulgada por aí. Resultado: o volume foi retirado de circulação. Restaram pouquíssimos originais. Um deles, claro, está no acervo da Biblioteca.

No quesito originalidade, outra publicação badalada é Viagem ao Brasil, de Hans Staden, que já virou filme e livro de cabeceira de muita gente com a reedição feita pela editora Dantes, em 1998. Uma das curiosidades sobre esse relato do navegador alemão, que naufragou na costa do país em 1550 e teve que inventar mil historinhas para escapar de tupinambás canibais, dá conta de que existem duas edições originais - uma verdadeira e outra falsa. A autêntica, segundo pesquisadores, está no acervo da Biblioteca.

Desenhos - É lá também que fica guardado o primeiro mapa, de 1552, em que o Brasil aparece como Brasil. Ou melhor, como America Brasiliis. Na xilogravura estão representados ainda os principais temores que a fértil imaginação dos navegantes - na época, de primeira viagem - poderia supor. Desenhos mostram ventos soprados por figuras gorduchas e oceanos povoados por monstros marinhos.

Na Gramática de João de Barros, a primeira da Língua Portuguesa, impressa no século 16, cada letra do alfabeto tem sua ilustração. Curiosidade: segundo informações da Divisão de Obras Raras da Biblioteca Nacional, é o único exemplar do livro conhecido no mundo. Curiosidade por curiosidade, a foto Os 30 Valérios ganha pelo inusitado. Na fotomontagem de 1890, o fotógrafo paulista Valério Vieira reproduz um recital em que os 30 personagens têm a sua cara, do garçom ao busto sobre o piano.

Da arte, mais light, ao noticiário, mais hard, o site da Biblioteca oferecerá os primeiros jornais publicados no Brasil - Gazeta do Rio de Janeiro (de 1808 a 1922); A idade douro do Brasil (de 1811 a 1823); e O patriota (1813 a 1814). Entre os registros de fatos históricos está a Carta de Abertura dos Portos (1808) e até um contrato de concessão de terras portuguesas (1477), do Rei Afonso V, o Africano, para a Condessa de Guiomar. O salto tecnológico da Biblioteca é grande. A velha senhora ainda está em forma.

Copyright © 1995, 2000, Jornal do Brasil.  A  reprodução
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