© Copyright  2000, 2001 / 2002 / 2003 - Brava Gente Brasileira:  Genealogia no Brasil -  Todos os direitos reservados - Proibida reprodução total  ou parcial por quaisquer mídias ou veículos, sem citação da fonte. Website depositado na Biblioteca Nacional do Brasil, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Informações   especialmente históricas e literárias , pesquisas, documentos e receitas constituem  propriedade material ou bem  intelectual dos membros das famílias  citadas neste website genealógico. 

Ícone: Horas Marianas, livro de oração de Maria carolina Alves Machado,  minha ancestral, que nele anotava dados genealógicos.  Impresso em Paris, 1827. VOLTE PARA A PÁGINA INICIAL POR AQUI

Ícone: certidão de nascimento de Sylvio de Oliveira Guimarães, avô da editora. FAMÍLIAS E SOBRENOMES PESQUISADOS

Ícone: prensa manual, do século XVII. NOTÍCIAS DE NOSSA GENTE
Ícone: Solar dos Guimarães, em Ouro Preto, MG. Casa onde viveu o escritor Bernardo Guimarães -  Crayon de Renato Picazzio - ÁRVORE GENEALÓGICA DESTE RAMO DA FAMÍLIA - LINKS LITERÁRIOS
Ícone: Solar dos Alves, em Soledade de Itajubá, hoje Delfim Moreira, MG. Crayon de  Delu Senna Machado. ÁRVORE GENEALOGICA  DESTES RAMOS DA FAMÍLIA
Ícone: Colégio Três Corações, fundado por Olympia Guimarães Fonseca, bisavó da autora deste site, fundadora de mais 4 escolas em MG e SP. Crayon sobre foto de Maria Paula Guimarães Lopes.
Ícone: Casa da Travessa da rua Barão de Petrópolis,  Rio de Janeiro RJ. Crayon sobre foto de Suely Guimarães.
Ícone: Oliveira, árvore-símbolo de Portugal,  onde se fixa meu pé europeu. O outro pé está nas tabas.   ÁRVORE GENEALÓGICA DA AUTORA E EDITORA DO SITE
Ícone: Cozinha (de fora) de uma fazenda sul-mineira. AS MELHORES RECEITAS DA NOSSA FAMÍLIA AGORA REVELADAS
Ícone: antigas árvores de costado, manuscritas, século XIX. Origem: Portugal FICHAS, DIAMAGRAS E FORMULÁRIOS DE GENEALOGIA
Ícone: Relógio antigo sobre folha de outono. Criação digital. FORMULÁRIO PARA  VOCÊ ATUALIZA OS DADOS DO SEU RAMO
Ícone: primeiro mapa que delineia o Brasil (1502) Chamado Mapa de Cantino.
Ícone: Árvore de Costados Manuscrita. Origem: Espanha. Século XIX. A QUEM ESTE SITE É DEDICADO
Ícone: Família do procurador do Estado de Minas Gerais, Albino José Alves Filho, bisavô da autora do site. FOTOS DE FAMÍLIA

 



São Paulo, sábado, 03 de março de 2001
 
| Próximo Texto

Tempo de colheita na árvore dos Guimaraens

Ana Carolina Fernandes/Folha Imagem
O poeta Alphonsus de Guimaraens Filho, 83, que organizou compilação de toda a poesia do pai


Livrarias recebem este mês poesia completa do "patriarca", o simbolista Alphonsus de Guimaraens, e outros frutos plantados pela família de autores

CASSIANO ELEK MACHADO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Diz a lenda que dona Francisca não podia fazer sopa de letrinhas para seus filhos que eles ficavam subnutridos. Não queriam saber de comer. Sentados no cadeirão, se esticavam todos para organizar versinhos com os macarrões boiando na superfície do caldo.
Lendas à parte, Francisca de Paula Guimarães Alvim acabou alimentando, de alguma forma, uma das famílias mais literatas de que se tem (ou não tem) notícia. Basta seguir os galhos.
Sobrinha de Bernardo Guimarães, que marcou a história do romantismo brasileiro (e tem pelo menos seu "A Escrava Isaura" ainda bem fresco na memória popular), ela criou os garotos Arcanjo Augusto e Afonso Henriques. O primeiro virou o pouco conhecido escritor Archangelus de Guimaraens. O segundo adotaria o nome de Alphonsus e entraria para o time dos maiores poetas da literatura brasileira.
Os ramos não pararam de esticar. O filho mais velho de Alphonsus, João, recolheu prêmios como o Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, e elogios rasgados a seus contos, vindos das melhores cepas modernistas. Seu irmão mais moço, Alphonsus de Guimaraens Filho, apanhou outra larga admiração de nomes como Bandeira, Drummond e Mário de Andrade e está nos principais livros de literatura brasileira.
A seiva da poesia correu adiante por netos do velho Alphonsus e já está na corrente sanguínea de pelo menos três bisnetos.
Essa envergada árvore genealógica literária chega agora a um de seus períodos mais férteis. Organizando a colheita está Alphonsus de Guimaraens Filho.
Aos 82 anos, o poeta publicou recentemente o seu 18º livro de versos, "O Tecelão do Assombro", pela editora carioca 7 Letras.
Quando o livro saiu, no final de 2000, ele já trabalhava no projeto mais ambicioso do clã.
Está chegando às livrarias, ainda na primeira quinzena de março, a "Poesia Completa" de seu pai, Alphonsus de Guimaraens. Editado pela prestigiada Nova Aguilar, com a tradicional capa de couro verde e papel-bíblia, o volume traz a versão definitiva da obra poética do autor de versos como "Ismália" -"Quando Ismália enlouqueceu,/ Pôs-se na torre a sonhar.../Viu uma lua no céu,/Viu uma lua no mar (...)".
O projeto, organizado com colaboração de Afonso Henriques Neto (o neto) e o extrafamiliar Alexei Bueno, poeta e ensaísta, faz a chamada fixação da poesia guimaraense, ou seja, a revisão meticulosa de seus versos, de modo a retirar qualquer erro de digitação, diagramação, grafia.
"Resolvi preservar a parte fundamental dele, a poesia", diz Guimaraens Filho, explicando por que resolveu deixar de lado a prosa e trabalhos como os "textos humorísticos", que entraram em edição preliminar da obra do pai.
Além da produção poética de Guimaraens, o volume também traz subsídios para entender por que ele é "uma das poucas unanimidades poéticas brasileiras", nas palavras de Alexei Bueno.
Um estudo de Eduardo Portella, uma "notícia biográfica" que o filho João Alphonsus havia elaborado para edição que Manuel Bandeira organizou de poesias de Guimaraens em 1938, uma cronologia da carreira do poeta e até um caderno com todas as fotos conhecidas dele são outras atrações.
Completando o elenco, estão reunidas "homenagens poéticas" a Alphonsus, como texto feito para ele por Drummond e "Contemplação de Alphonsus", poema de 422 versos de Murilo Mendes que foi considerado por nomes como o crítico Alfredo Bosi o melhor trabalho de Mendes.
Em meio a todas essas centenas de textos, o fruto mais suculento talvez seja um poema curto, o único soneto ainda inédito da obra centenária de Guimaraens. Nos versos, que a Folha publica com exclusividade (leia à pág. E 3), estão algumas das marcas mais fortes da poesia do "solitário de Mariana", como o mineiro Alphonsus de Guimaraens foi conhecido.
Considerado o grande poeta do simbolismo brasileiro, ao lado de Cruz e Sousa (ultimamente mais celebrado), o escritor coloca no soneto algumas de suas características, como a obsessão com o tema da morte, o ambiente místico, a referência à noite e à cor branca (comum ao simbolismo).
"É dos melhores sonetos de papai", vibra Alphonsus de Guimaraens Filho. Emoção semelhante ele mostra ao falar da amplitude dos ramos poéticos da família.
"Em Minas, o maior vulto do romantismo foi Bernardo. O maior vulto do simbolismo, Alphonsus. Depois veio João Alphonsus, contista de primeira grandeza e poeta", diz em seu apartamento em Laranjeiras, no Rio, pondo-se a declamar "Corre em meu corpo o sangue de um asceta", verso do irmão.
A obra de João Alphonsus, que em abril completaria 100 anos, também faz parte da primavera dos Guimaraens. Uma coletânea de textos dele deve sair ainda este ano, na coleção "Os Melhores Contos", da editora Global.
Completa a colheita o lançamento em abril de "Ser Infinitas Palavras", volume que reúne poemas dos sete livros já publicados por Afonso Henriques Neto, filho de Guimaraens Filho.
A obra, que traz também um livro inédito, inaugura a editora Azougue, que o paulistano Sérgio Cohn, editor da badalada revista de poesia "Azougue", está lançando no Rio de Janeiro.
"A influência da família é óbvia. Desde pequeno me lembro de Manuel Bandeira, Cecília Meireles e todos os outros em casa. Papai falava muito de poesia. Mas só resolvi publicar quando percebi que tinha uma linguagem própria", diz Afonso Henriques, professor de comunicação da Universidade Federal Fluminense.
"Uma estranha mão parece empurrar essa família para o mundo das letras", sintetiza com um misticismo bem guimaraense Alphonsus de Guimaraens Filho.



Próximo Texto: "Poesia Completa" traz obra inédita

 

 

Ícone: Coleção de Livros - Criação Digital - BRAVA GENTE BRASILEIRA - GENEALOGIA NO BRASIL
Ícone: Procura no Dicionário - VOCABULÁRIO DE PESQUISA GENEALÓGICA - BRAVA GENTE BRASILEIRA - GENEALOGIA NO BRASIL
Ícone: pormenor de pintura ruprestre na Serra da Capivara, PI,  Brasil - TEMAS CORRELATOS À GENEALOGIA -  BRAVA GENTE BRASILEIRA -  GENEALOGIA NO BRASIL


Associação Brasileira 
de Genealogia


Grupo de Discussão de
Genealogia  Mineira  
   


Associação Gentree 
Genealogia & História 


A
ssociação Online de Autores de Genealogia em Português



Genea Portugal 
Portal de Genealogia 

  Clique aqui para voltar à Página Inicial do website de genealogia "Brava Gente Brasileira"
O padrão estético deste website fica superior se você dispuser das fontes:

Havendo interesse, solicite as fontes : [email protected]
Favor comunicar quebra de links: [email protected]
 PRESERVE A MEMÓRIA NACIONAL.   DEFENDA A  HONESTIDADE INTELECTUAL.  RESGUARDE A ÉTICA.
Hosted by www.Geocities.ws

1