Como
Pesquisar em Documentos Paroquiais e Civis |
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por
Antônio Carlos de Castro (*) |
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Documentos
Paroquiais |
1. A metodologia de
pesquisa utilizada devo aos meus amigos das listas de discussões, links
e bibliografias citados no meu site, e não é mistério |
2.O restante é pesquisa em
fontes primárias: os microfilmes do CHF da Igreja Mórmon. Pacientemente
a gente vai entendendo a caligrafia a partir do texto que é mais ou menos
padronizado. Nos locais com concentração de parentes é bom pesquisar
tudo: certidões de batismos incluindo escravos, onde
algum parente pode ser o (a) proprietário(a) ou padrinho(a) sendo citados
os seus pais, e os locais de residências. |
3. Também
os documentos de filhos naturais e expostos devem ser pesquisados pelos
mesmos motivos, além de que mais adiante podem ser reconhecidos como legítimos. |
4. Do mesmo jeito ver também
todas certidões de casamentos, as que eu pesquisei são mais completas
que as de batismos. As certidões de óbitos as vezes são acompanhadas de
testamento que trazem bastantes informações. |
5.Sobrenomes de famílias que
julgue importante também devem ser pesquisados, pois além de eventuais
conexôes não esqueça que vários colegas adorariam as informações
e assim você conseguirá várias parcerias. |
6. Mapear os locais
pesquisadas e citados nas certidões e pesquisá-los incluindo os
locais vizinhos. As vezes o ascendente possuia várias propriedades
em diferentes cidades, batisando e casando seus filhos nas ermidas ou
igrejas próximas as suas fazendas. Também observei batisados e
casamentos em ermidas ou igrejas próximas as propriedades dos padrinhos. |
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Documentos
Civis |
Os documentos civis, iniciados
no Brasil em 1889, são semelhantes,
mas assim diferenciados: |
1. A
igreja era bem rigorosa com o batismo, exigindo em alguns casos uma
semana após o nascimento. Mas normalmente não passava de um mes (não
tenho estatistica a respeito, mas pode ser obtido no meu site).
Quanto ao civil, já vi atrasos de mais de 30 anos em registro de
nascimento. O meu pai, por exemplo registrou-se com 23 anos em Lavras-MG,
sendo nascido em Ribeirão Vermelho-MG, cidade próxima. |
2. As dicas, além das
relacionadas nos sites de genealogia são inesgotáveis. Achei uma pequena
árvore genealógica no livro de receitas da minha tia. No arquivo
distrital de Braga solicitei cópias de duas Inquirições de Genere
(processo de habilitação ao sacerdócio) e consegui retificar a filiação
de um ascendente. |
3. Neste mesmo arquivo
distrital, em Arquivos Cronólogicos se não me engano, solicitei cópia
uma carta do século XVII encaminhada a um ascendente por um
soberano. Ainda não consegui transcrevê-la. |
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Dica
Fundamental |
Em todos os documentos, não
deixe nada sem pesquisar as páginas canceladas e as anotações laterais.
Não confie muito no índice, anote as referencias: fl./livro/n° de
assento/Local ou Igreja/dados do microfilme. Se precisar posso enviar
modelos de transcrição de documentos. Não esqueça que há muitas páginas
soltas e desordenadas. Há também aproveitamento de espaços vazios em
livros, sendo assentos lançados em anos anteriores ou posteriores. O
padre(ou responsável) as vezes esquecia na gaveta da mesa ou
nos bolsos, rascunhos de assentos para registros que eram lançados mais
tarde ou quando alguém os descobriam após sua morte... |
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(*)
Antônio
Carlos Castro é pesquisador genealógico |