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Fazer uma
pesquisa genealógica é uma atividade prazerosa e divertida.
Qualquer pessoa bem alfabetizada é capaz de fazer sua pesquisa e
lançar os dados colhidos em folhas de papel ou em softwares específicos.
Só o fato de você ter chegado a esta página, pela Internet,
comprova que você é capaz.
No entanto, ser um pesquisador de Genealogia exige algumas
qualidades pessoais.
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1.
Você tem que gostar do assunto.
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2.
Pergunte a seus próprios
botões por que você está querendo iniciar uma pesquisa
genealógica?
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3.
Se a resposta for por razões afetivas, culturais, ou
religiosas, porque
gosta de História ou porque acha que a trajetória da sua família
"dá um romance", congratulações! Você tem a qualidade mais
importante para ser um investigador genealógico:
o prazer pelo
assunto.
Mas atenção: você tem de
pesquisar! Ninguém vai fazer a investigação genealógica por você.
Pode até contratar um profissional se quiser encurtar o caminho e
tiver recursos financeiros para isso. Mas ninguém pesquisará tão
bem seus ancestrais como você mesmo.
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4.
Se você estiver fazendo
uma pesquisa apenas para obter cidadania de países europeus, é bem
capaz que uma assessoria profissional faça a tarefa mais rápido. E
é uma ótima opção no caso. Mas se contratar um
profissional for economicamente inviável, saiba que você vai trabalhar duro para
ter sua árvore... nem que seja só daquele ramo do avô imigrante,
cuja nacionalidade vai lhe garantir um passaporte da Comunidade Européia.
E apesar de toda a pilha de documentos que cada estado-membro da
CE exige, saiba que essa é uma pesquisa genealógica
superficial.
(Leia depois quem tem direito à Cidadania Européia)
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5. Listas de
discussão, fóruns, grupos de ajuda pela Internet ou fora dela, o site
dos mórmons e outros constituem maravilhosos recursos
tecnológicos de pesquisa genealógica. Mas não são a sua
pesquisa! Tudo isso é apenas ferramenta!
Atenção: De nada adianta
entrar numa lista de discussão e perguntar coisas do
tipo "descendo de uma família Oliveira, do Paraná, podem
me indicar minha genealogia?"
Ora, não seja ingênuo(a). Quantos Oliveiras existem em todo o
Paraná? Quantos já passaram por lá e deixaram o Estado? Quantos
Oliveiras foram e vieram? Quantos deixaram de assinar esse nome?
Quantos ramos de Oliveiras vieram de Portugal? Quantos foram
"inventados" aqui? Quantos Olivieri e Oliveros
não foram "transformados" em Oliveira? Você tem de ser
mais preciso, mais específico.
As respostas estão na sua própria família. Há que se investigar,
que perguntar, que escarafunchar os documentos, telefonar para os
parentes afastados.
Leia com atenção o Pequeno
e Despretensioso Manual para Principiantes
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6. Uma outra
qualidade importante é a memória. Você tem que ter boa
memória. Se não a tiver por natureza, procure manter
apontamentos básicos
numa agenda pessoal que esteja sempre à mão.
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7. Você
tem que ser um indivíduo "concentrado". Se, para você,
grafar "Melo" com um L ou com dois não faz
diferença, se costuma escrever sobrenomes "de
ouvido", se ao conhecer uma pessoa não interessa lhe perguntar
o nome de família, se nunca soube o nome de
solteira da sua avó paterna (ou de seu primeiro amor, não da
avó, o seu mesmo!) desculpe, mas procure outro hobby.
Você não tem o mínimo pendor para a Genealogia.
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8. Mantenha a sua atenção no
mundo! Uma notícia de jornal, um livro encontrado numa
livraria, uma conversa em família podem ser fonte de muita
informação.
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9.
Você tem que se despir de preconceitos quanto a quem vai
encontrar entre os seus ascendentes.
Se tiver vergonha de descender de pessoas que viveram do seu
próprio trabalho ou que emigraram para "puxar
enxada", se prefere esconder que tinha um bisavô
meio índio ou uma avó negra, ou sendo uma pessoa de
rígidos princípios morais que se escandaliza com filhos fora do
casamento, melhor não se aventurar em Genealogia... especialmente
no Brasil!
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10. Você tem que
deixar de lado de uma vez por todas aquelas lendas megalomaníacas de que descende de um nobre exilado e empobrecido ou
ainda de reis e rainhas. Pode ser até que você ache um conde
entre seus ancestrais. Não é impossível. Mas a maioria esmagadora dos nossos avoengos
era gente plebéia, que vivia uma vida simples e sem grandes brilhos
sociais. Orgulhe-se de seus antepassados!
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11. Você tem que
ser honesto em relação às informações colhidas. Se você
descobrir um ancestral que foi ladrão de cavalos, paciência.
Se
isso ferir muito o seu ego, desista da Genealogia.
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12. A pesquisa
Genealógica não tem fim. Você pode se impor um limite: "vou
até os trisavós ou até os vigésimos avós..." Tudo depende
da sua disposição, temperamento, necessidade, vontade e
gosto.
A Pesquisa Genealógica pode ser o trabalho de meses, de anos e até
de uma vida inteira. Nunca, porém, será uma atividade imediatista.
Se você optar por uma pesquisa não superficial é porque está em
busca de suas raízes, de sua identidade familiar. A
profundidade das suas investigações vai além de nomes e datas:
ela obetiva contar uma história.
Por isso, é importante
registrar a personalidade de cada antepassado, suas lutas, suas
conquistas, suas decepções e perdas, seus feitos, seu modo de
vida, seus amores.
Você não só terá um registro da trajetória de um indivíduo,
mas estará delineando o quadro histórico de toda uma época. A
Vida, enfim.
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13. Você tem que
ser persistente.
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14. Você tem que
ser muito persistente!!!
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15. Se
você chegou até aqui neste texto, das duas uma: ou já se
inoculou com o «vírus» da genealogia ou... vai se
contaminar em breve! Parabéns! Junte-se às listas de discussão,
leia todos os sites importantes sobre o assunto (veja em Links
& Navegação), providencie fichas de família e de
grupos, mapas de costado, baixe (ou compre) um software (veja
em Programas Grátis e Demo) e mãos à
obra.
O seu trabalho está
apenas começando...
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Uma
dica valiosa: Existem muitas
Listas de Discussão na Internet sobre o tema
Genealogia. Nestas listas (como em outras quaisquer), você pode
encontrar de tudo: profissionais e amadores, pessoas
arrogantes e modestas, experientes e iniciantes, gente que tripudia sobre a
ingenuidade ou o desconhecimento dos companheiros de lista os que
são generosos com as informações que colhem. Há ainda dois tipos
de oportunistas: aqueles
que querem "explorar" os colisteiros pretendendo que os
outros pesquisem por ele próprio e um outro tipo que está lá
só para
vampirizar o trabalho alheio.
Mas você vai descobrir
também muita gente ética, simpática, cordial e de
boa-vontade, que tem real prazer em dar boas explicações e compartilhar
informações. Participar de listas é uma delícia, a
gente aprende muito e faz amigos de verdade. Sendo genealogista
amador(a), não se envolva em discussões estéreis para não
servir de lenha para a fogueira das vaidades; divida seus achados e descobertas,
pergunte sim, mas não fique cobrando respostas dos companheiros, não tome
partidos em debates acadêmicos (que muitas vezes nem acadêmicos
são, mas apenas vitrine de vanidades), não ofenda ninguém, seja
cortês em todas as ocasiões e mantenha a urbanidade.
Você só tem a ganhar... |
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