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Bárbaros e Muçulmanos

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Primeiras invasões

Ano de 255 D.C., notícia da primeira invasão germânica .Atacam cidades do Norte de Hispânia, Tarragona, Clunia, e no Mediterrâneo em geral. As cidades reduzem-se e fortificam-se. Não se perde o tempo com monumentos. Pode considerar-se o fim da Hispania romana.

Anos 407-409 D.C. chegam em massa os invasores germânicos. Os vândalos vão para o Sul, os Suevos para Noroeste e os Alanos para nordeste. Os invasores germânicos são considerados às vezes como libertadores do jugo romano, outras vezes como invasores. Os efeitos imediatos  das invasões são a insegurança e a  anarquia. Sucedem-se os saques e as emigrações em massa . Perde-se a estabilidade imperial. Bandas incontroladas de gente que perdeu as suas terras dedicam-se ao roubo. Roma pactua com os visigodos para restabelecer a ordem na Hispania.

 

Vándalos (Silingos e asdingos)

Eram um povo guerreiro de origem germânica, que mantiveram um reino no norte de África desde 429  até 534 DC., e que saquearam Roma em 455 DC. O seu nome (vandalismo), é sinónimo de maldade e destruição. 

 Fugindo dos Hunos no começo do século V, invadiram e destruíram parte da Gália e estabeleceram-se na Hispania em 409.  Fixaram-se  a Este da Gallaecia e no ocidente da Bética. Em 429 D.C. passaram para África e chegaram a dominar todo o norte do continente. A sua religião era o Arianismo.

 

Compreendiam o ramo do Asdingos que foi para a Gallaecia, e o dos Silingos que se localizaram na Bética (Andaluzia), tendo sido destroçados em 418 D.C. pelo rei visigodo Valia e acolhendo-se os raros sobreviventes à protecção de Gunderico, rei vândalo da Gallaecia. Com o seu último rei, Gaiserico, passaram em 429 D.C. para a África.. Tornaram-se federados de Roma em 435, mas quatro anos mais tarde saíram da tutela romana, tomaram Cartago e formaram uma autocracia independente.

Chegaram a ter um grande poder naval. Estabeleceram-se firmemente no noroeste da Tunísia e nordeste da Algéria e evntualmente anexaram a Sardenha, Córsega e a Sícilia. As suas frotas piratas controlaram muito do Mediterrâneo ocidental. Sob o mando de Gaiserico, os Vândalos invadiram a Itália e capturaram Roma em Junho de 455 DC. Ocuparam a cidade durante 14 dias saqueando e pilhando todas as obras de arte valiosas. 

Eram ardentes cristãos arianos, e as suas perseguições à igreja Católica Romana foram ferozes, particularmente durante os últimos anos do reinado de Huneric ( reinou de 477-484), que tinha sucedido a Gaiserico. Em 533 os Bizantinos debaixo do comando de Belisário invadiram o Norte de África derrotaram e destruíram o reino Vândalo para sempre, restaurando as igrejas da Igreja católica Romana.

 

Alanos

Povo de origem iraniana, guerreiro e nómada que chegaram do Irão à costa Este do Mar Negro. Os alanos apareceram mencionados na literatura romana no 1º século DC, e eram descritos como um povo guerreiro especializado na criação de cavalos. 

Em 370 DC, empurrados pelos Hunos, tiveram que emigrar para Oeste, atravessando as Gálias com os Vândalos e os Suevos ( 406 DC) até chegar à Hispania e assentaram-se no centro da península. Misturaram-se com os Vândalos e passaram da península Ibérica para África. Os reis vândalos tinham o título oficial de "Reis dos Vândalos e ddos Alanos".

 

Suevos (Quados e Marcomanos)

Povo germânico, também chamado Suebi ou Suevi. No século I DC, a maioria dos Suevos viviam à volta do rio Elba. Desalojados pelos Hunos, alguns Suevos atravessaram o Reno e em 409 DC entraram na Hispania, assentando-se principalmente no noroeste ( Gallaecia). Em 447 DC, sob o mando do seu rei Rechila, os Suevos espalharam-se pelas províncias Romanas da Lusitania e Baetica. 

Apesar dos Suevos terem entrado em Hispania como pagãos, o seu rei Rechiar subiu ao trono como cristão em 448. Foi mais tarde derrotado pelos visigodos comandados por Teodorico II em 456. Um pequeno número de Suevos sobreviveram debaixo do comando de Maldras ( reinou de 456-460) e alguns reis rivais até 585, quando o seu reino foi anexado pelo estado Visigodo.

 

Visigodos

Um dos dois grupos em que se dividiu o povo Godo, um dos mais importantes povos germânicos. Os Visigodos separam-se dos Ostrogodos no século IV DC, e invadiram os territórios Romanos, estabelecendo grandes reinos na Gália e na Hispania. Os Visigodos eram agricultores na Dácia ( actual Roménia ) quando foram atacados pelos Hunos em 376 e dirigiram-se através do rio Danúbio invadindo o Império Romano.O Império permitiu-lhes a sus entrada mas os exageros tributários das autoridades Romanas levou-os à revolta e ajudados pelos Ostrogodos derrotaram o exército Romano em  378 matando o próprio imperador Valente, em Andrinopla.

Andaram 4 anos procurando sítio para estabelecer-se, mas em 382 Teodósio I deixou-os instalar em Mesia ( nos Balcãs) dando-lhes terras, aceitando-os como federados de Roma, com a obrigação de defender as fronteiras. Foi nesse período que se converteram ao Cristianismo Ariano. O seu bispo Wulfila traduziu a Bíblia em gótico. Permaneceram em Mesia até 395, mas sob a liderança de Alarico, abandonaram essas terras e dirigiram-se para a Grécia, onde saquearam Atenas, Corinto e Esparta e seguiram para a Itália, onde  saquearam Roma em 410. Morre Alarico, e o seu sucessor Ataulfo leva os visigodos para o sudeste da Gália, e invadem a Hispania em 415. 

Desde 418 a 475, os Visigodos foram federados de Roma, chamados por Constantino II, que necessitou da sua ajuda militar. Estabeleceram-se na província da Aquitania. O rei visigodo Teodorico I morreu lutando contra Átila na batalha de Catalaunian, e pode considerar-se como o primeiro monarca Visigodo. O  seu filho Eurico, declarou-se independente de Roma, e fundou o reino Gálico com capital em Toulouse, que se extendia de do Loire aos Pirinéus e incluia uma grande porção da Hispania. 

Seu filho Alarico II, foi derrotado e morto por Clovis e os seus Francos na batalha de Vouillé perto de Poitiers ( 507). Como resultado desta derrota perderam todas as suas possessões na Gália, excepto a Septimania, tira de terra ao longo da costa dos Pirinéus, com Narbona por capital, que os francos nunca foram capazes de conquistar. Acabaram por ser derrotados e destruídos pelos Muçulmanos em 711. Os visigodos governaram Septimania e grande parte da Hispania, tendo Toledo como capital., 

São Martinho de Dume

 

Chegada do Cristianismo à Lusitânia

O Cristianismo chegou à Lusitânia no século III e à Galiza somente no século IV onde os ensinamentos heréticos e ascéticos de Gaul Priscillian, bispo de origem belga, foram mais influentes e retardaram a sua penetração.

Com o colapso da fronteira do Reno, ( 406 DC ), os povos bárbaros forçaram a sua entrada na Gália e atravessaram os Pirinéus. Uma tribo germânica, os Suevos, instalou-se na parte sul da Galiza ( 411 DC ) e os seus governantes residiram em, ou perto de, Bracara Augusta (Braga) e Portucale. Anexaram a Lusitânia, e por um tempo dominaram o resto da Península, mas os Visigodos dominaram e extinguiram a sua monarquia (469 DC)

Pouco se sabe até cerca do ano 550, quando a monarquia Sueva foi restaurada e convertida ao Cristianismo por São Martinho de Dume ( S. Martin, natural da Pannonia, actual Hungria ).

Braga é portanto famosa por ser o lugar onde os Visigodos renunciaram ao Arianismo e às heresias Pricilianistas contra a divindade de Cristo.

 

A Sé de Braga   

Sé de Braga

 

Em 585 o rei Visigodo Leovigildo derrotou outra vez a monarquia Sueva, toma Braga e anexou o território, mas permaneceu distinto da Espanha Gótica. A igreja de São Martinho agrupou à sua volta os bispos do território Suevo, até cerca do ano 660, a partir do qual, as divisões eclesiásticas foram ajustadas ao antigo sistema provincial romano e a região do sul do Douro foi restaurada como Lusitânia.

 

A Religião Católica na História de Portugal   

 

Invasão Muçulmana

Com a invasão Muçulmana de 711, e a derrota de Roderico ( Rodrigo) em Guadalete, a única resistência gótica séria, foi feita em Mérida. Com a sua queda todo o noroeste foi submetido. Tropas Berberes ( povos oriundos do Norte de África) foram colocadas no centro de Portugal e Galiza., mas com a revolta dos Berberes e a grande fome na região (740 - 750), estas foram evacuadas.

Braga foi abandonada, mas a população rural aí permaneceu ou foi depois restaurada. Quando ‘Abd ´ar-Rahmän I criou a dinastia Umayyad em Córdova (756), houve alguma resistência no oeste, e talvez tenha colocado algumas tropas Berberes em Mérida e Coimbra. Lisboa foi independente por alguns anos ( cerca de 805).

 

 Por essa época, a conquista do norte da África estava consolidada pelos Árabes e o governador de Ceuta, Juliano ( o conde Julião dos cronistas), que outrora fora fiel ao monarca Visigodo havia cedido seu apoio aos Árabes (apesar de ser Cristão). Mas por quê? O rei Witza, da Hispania, tinha morrido e não foi permitido ao seu filho, Áquila,  assumir o trono; os nobres Visigóticos elegeram Rodrigo,  para o trono. Segundo Juliano disse aos Árabes, ele odiava Rodrigo, pois este havia desonrado sua filha ( lenda não provada ) , por isso, queria vê-lo derrotado e humilhado.

Os Árabes, que já vinham atacando, por meio de navios, as costas da Espanha há muito tempo, viram nessa inimizade sua chance para invadir e anexar a região que eles conheciam como al-Andalus. Em Junho de 711, Musa ibn Nuçair, o governador do norte da África, enviou à Hispania um exército composto por cem cavaleiros, quatrocentos guerreiros e sete mil Berberes. Os navios para o ataque foram fornecidos por Juliano, governador Visigótico de Ceuta.

Rapidamente, os Muçulmanos tomaram a cidade de Algeciras e os rochedos da costa (hoje conhecidos como Rochedo de Gibraltar). Depois disso, marcharam para Córdoba. O rei da Espanha, Roderico, estava ocupado combatendo os Vascónios, no norte, e demorou certo tempo para conseguir mobilizar seus exércitos para combater os invasores. Enquanto as tropas reais não chegavam, Djabal al-Tariq assolava o sul da península.

Enfim, em 19 de Julho de 711, o Rei Roderico finalmente alcançou a região onde os Árabes estavam e a batalha iniciou-se. Esta iria durar sete dias, ou seja, até o dia 26 e ser decidida pela inteligência do general Árabe.

Numericamente superiores e providos da motivação de defenderem seus domínios, os Visigodos estavam a ponto de derrotar os Árabes. Foi quando Tariq convidou dois irmãos do Rei Witza (o Rei que havia morrido), e fez com eles um pacto: se estes desertassem com suas tropas, seriam poupados e recompensados. 

Sendo assim, no dia 26, dia do combate derradeiro, as duas principais frentes da cavalaria Visigótica debandaram e os flancos do exército Hispano ficaram desguarnecidos. Avisados de antemão que isso iria ocorrer, os Muçulmanos atacaram pelos flancos e trucidaram a infantaria Visigótica. Foi um massacre no qual tombou, inclusive, Roderico.

Ficando sem  rei, a Hispania não conseguiu reagrupar-se para a defesa e, sendo assim, em dois meses, Tariq havia conquistado totalmente o sul da Hispania e  preparava-se para marchar em direcção ao centro.

Musa, na África, ao saber dos sucessos de seu general, reuniu um exército e desembarcou na costa leste da Hispania, formando agora duas frentes de invasão Muçulmana que atacavam a península. 

Os nobres Visigóticos que não tinham sido subornados pelos Mouros (nome pelo qual os Europeus,  chamavam os Islâmicos), começaram a ser exterminados e, ao procurarem auxílio nas cidades, não eram bem recebidos, pois os Judeus (que dominavam o comércio e, sendo assim, a vida urbana) estavam cansados das perseguições Cristãs impostas a eles pelos Visigodos e preferiam a liberdade de culto (mediante o pagamento de impostos) oferecida pelos conquistadores.

Dessa forma, os partidários de Rodrigo, agora sob o comando de Pelágio, foram  isolar-se nas montanhas do extremo norte da Hispania, onde, devido ao posicionamento estratégico, esperavam resistir ao extermínio da mesma maneira que os Bascos vinham fazendo contra eles. Formou-se assim, o primeiro dos Reinos Hispânicos pós-conquista Árabe: o Reino de Astúrias.

Entre 711 e 714, os dois generais Árabes conquistaram toda a Hispania, excepto o Reino das Astúrias, que devido à sua localização de difícil acesso, pode resistir e se tornar, mais tarde, no século IX, o berço da Reconquista da Hispania, reconquista esta que teve o apoio, militar e financeiro, de Carlos Magno (pelo menos em sua fase embrionária).

Quanto a Tariq, foi mais um dos conquistadores esquecidos de nossa História, só não foi totalmente esquecida porque, em homenagem a ele, foi erigida uma cidade (na parte Europeia do estreito), e esta cidade foi baptizada com seu nome, cujas corruptelas futuras tornaram Gibraltar, o mesmo nome com o qual foram rebaptizadas as Colunas de Hércules, pois, se no passado o Semi-Deus havia afastado os perigosos Berberes da Europa por meio da separação dos dois continentes, agora, um general (que nada tinha de Semi-Deus conseguia quebrar a vontade dele e impor a sua, em outras palavras, o Islão ganhava terreno dentro da Cristandade.

Pouco depois, o governador árabe da África, Mouça-ibn-Nokair, sabedor do êxito de Tarik, desembarcou na Espanha, acompanhado de seu exército. E em menos de dois anos efetuou a conquista de quase toda a Península Ibérica. Em 713, na cidade de Toledo, proclamou o califa de Damasco, Omar II (717-720), soberano de todos os territórios conquistados.

O Sul Islâmico

 

Conquista muçulmana da Península Ibérica



Batalha de Poitiers

 

A tentativa de Expansão Muçulmana na Europa

A Batalha de Poitiers, também conhecida como Batalha de Tours, travou-se entre o exército do Reino Franco, liderados por Carlos Martel — prefeito do palácio de Paris, da dinastia Carolíngia, governante de fato do reino — e o exército do Califado de Córdoba, liderado por Abd-ar-Rahman, governante de Córdoba.

Esta batalha é citada como sendo o marco do final da expansão muçulmana na Europa medieval. O exército franco postou-se junto a cidade de Tours, para sua defesa. O ataque muçulmano foi rechaçado, com a morte de seu comandante, junto a cidade de Poitiers.

 

O emirado de Córdoba havia invadido anteriormente a Gália, tendo sido parado no seu avanço mais ao norte na batalha de Toulouse, em 721. O herói do evento que é menos celebrado foi Odo, o Grande, duque da Aquitânia, que não foi o progenitor de uma estirpe de reis nem patrono dos cronistas.

Embora Odo tivesse derrotado os invasores muçulmanos antes, quando eles retornaram as coisas estavam muito diferentes. A chegada nesse ínterim de um novo emir de Córdoba, Abdul Rahman Al Ghafiqi, que trouxe com ele uma grande força de cavaleiros árabes e berberes, dando início à grande invasão. Abdul Rahman Al Ghafiqi havia estado em Toulouse e as crónicas árabes deixam claro que ele se opôs fortemente à decisão do emir de não assegurar as defesas externas contra uma força de socorro, o que permitiu a Odo e sua infantaria atacar sem piedade antes que a cavalaria islâmica pudesse estar preparada. Abdul Rahman Al Ghafiqi não tinha a intenção de permitir outro desastre.

Desta vez os cavaleiros islâmicos estavam prontos para a batalha e os resultados foram terríveis para os aquitanianos. Odo, o herói de Toulouse, foi duramente derrotado na invasão muçulmana de 732, na batalha do rio Garone - onde os cronistas ocidentais declaram que "só Deus sabe o número de mortos" - e a cidade de Bordeaux foi saqueada. Odo fugiu ao encontro de Carlos em busca de ajuda, que por sua vez concordou em ir em seu resgate, desde que ele e sua casa fossem reconhecidos como seus soberanos - o que Odo fez oficialmente e de imediato. Assim, Odo desapareceu na história enquanto Carlos Martel despontou. Pragmático, Carlos formou o flanco direito de suas forças em Tours com seu antigo inimigo, Odo, e seus nobres aquitanianos.

Al-Andalus

Al-Andalus foi o nome dado à Península Ibérica pelos seus conquistadores islâmicos do século VIII, tendo o nome sido utilizado para se referir à península independentemente do território politicamente controlado pelas forças islâmicas.

De início integrado na província norte-africana do império omíada, o Al-Andalus seria um emirado (929) e posteriormente um califado independente do poder abássida . Com a dissolução do califado em 1031, o território pulverizou-se em vários reinos Taifa.

Com a reconquista dos territórios pelos cristãos, descendentes dos godos, que se refugiaram na região das Astúrias, no norte da península, num processo que ficou designado historicamente por Reconquista, o nome Al-Andalus foi-se adequando ao cada vez menor território sob ocupação árabe-muçulmana, na metade sul da península, aproximadamente a mesma área da antiga província romana Hispânia Bética, cujas fronteiras foram progressivamente empurradas para sul, até à tomada de Granada pelos Reis Católicos.

A região ocidental da península era denominada Gharb Al-Andalus ("o ocidente do Al-Andalus") e incluía o actual território português. De uma maneira geral, o Gharb Al-Andalus foi uma região periférica em relação à vida económica, social e cultural do Al-Andalus.

Ficheiro:Mosque of Cordoba Spain.jpg              

             Interior da Mesquita de Córdova     

                        

 

O Gharb al-Ândalus

O Gharb al-Ândalus era a parte mais ocidental do al-Ândalus, que corresponde a parte do actual território português. Como já se disse, em 711, as tropas muçulmanas atravessaram o estreito de Gibraltar e deram início à conquista da Península Ibérica, o al-Ândalus; ao domínio muçulmano escapou somente uma pequena comunidade cristã, que se refugiou nas Astúrias.

O ocidente peninsular de influência mediterrânica, o Gharb al-Ândalus — corresponde aproximadamente aos limites da antiga Lusitânia — embora intensamente islamizado, não assumiu o protagonismo de outras regiões do al-Ândalus, resistindo sempre aos processos de centralização de Córdova, ou posteriormente de Sevilha.

O Gharb incluía cinco territórios principais correspondentes ao termo de Coimbra, ao estuário do Tejo, ao Alto Alentejo, ao Baixo Alentejo e ao Algarve. Estes territórios estendiam-se ainda para a Extremadura e Andaluzia Ocidental. Destacavam-se as cidades de Coimbra, Lisboa, Santarém, Silves, Mértola, Faro, Mérida e Badajoz.

O Gharb começou a perder terreno aquando da Reconquista, na qual os reis cristãos do norte da península, nomeadamente D. Afonso Henriques, começaram a conquistar o território para Sul. O fim do Gharb foi assinalado com a conquista do Algarve pelo rei D. Afonso III.

O Reino do Algarve

Algarve (do árabe "al-Gharb al-Ândaluz", al-Gharb, «o Ocidente»; do "al-Andaluz"), foi considerado, durante séculos, e até à proclamação da República Portuguesa em 5 de Outubro de 1910, como o segundo reino da Coroa Portuguesa — um reino de jure separado de Portugal, ainda que de facto não dispusesse de instituições, foros ou privilégios próprios, nem sequer autonomia — na prática, era apenas um título honorífico sobre uma região/comarca que em nada se diferenciava do resto de Portugal.

Note-se, porém, que nunca nenhum rei português foi coroado ou saudado como sendo apenas "Rei do Algarve" — no momento da sagração, era aclamado como "Rei de Portugal e do Algarve" (até 1471), e mais tarde como "Rei de Portugal e dos Algarves" (a partir de 1471).

 

 
Comentário - Como poderemos observar, depois de lermos O Império Islâmico, e embora nos possa surpreender um pouco, durante a dinastia Abássida, o Califado de Bagdad estendia-se desde o Sul da França até às fronteiras da China !/font>
 
O que em palavras simples, significa  que o território onde  hoje ficam Portugal e Espanha, já pertenceram durante séculos a esse Califado, e os nossos antepassados que viveram nesses tempos, já foram súbditos do Califa de Bagdad !

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Igreja de Lourosa -  Estilo Moçárabe

 
 
A restauração das Sés Cristãs da Galiza, a descoberta do suposto túmulo de São Tiago (talvez algumas relíquias do Apóstolo Tiago trazidas desde Mérida - Ver Enciclopédia de la Bíblia - e a construção da sua Basílica em Santiago de Compostela, foram seguidas pela organização da fronteira do território de Portucale (868) por Vimara Peres; Embora Coimbra tenha sido anexada pelos cristãos, voltou outra vez a ser perdida.

 

 

 

  Cronologia do período  

 

  O Condado Portucalense

 

                             

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