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Fachada lateral Norte

 

A igreja  de Lourosa ( 912 )

estilo Moçárabe

Veja este site também em http://es.geocities.com/atoleiros

 

 
Lourosa - A Igreja dos Três Milénios
 
Quando Alexandre III em 1179, com a Bula "Manifestis Probatum" reconhece D. Afonso Henriques como rei, e o seu Estado, Portugal, como reino já a Igreja de São Pedro de Lourosa tinha 257 anos. Construída no ano de 912 do 1º Milénio no pontificado de Anastásio III, assiste à chegada do 2º Milénio com o pontificado de Silvestre II, assistindo agora à chegada do 3º Milénio com João Paulo II. Impressionante, mas certo.
 
 

Igreja de São Pedro / Igreja Matriz de Lourosa

De  História de Portugal de Damião Peres

A construção da igreja de Lourosa pertence à época de Ordonho ( ? ) rei da Galiza ( seguramente Garcia I,  911 - 914 ). A igreja de Lourosa é a única de estilo moçárabe existente em Portugal. Todos os estudiosos que se têm ocupado do seu estudo atribuem o ano de 912 à sua construção, data mencionada em uma inscrição que nela se encontra.
 
Lourosa, a vila onde se ergue a velha igreja, fica ao sul do Mondego, na região onde vêem morrer as derradeiras ondulações dos contrafortes ocidentais da Serra da Estrela. Ali permaneceu, ignorada e tranquila, durante largos séculos.
 
A fúria transformadora, que destruiu tantas outras igrejas dos séculos da reconquista, deixou que esta chegasse até nossos dias, acrescentada embora de adições posteriores, mas respeitada nas suas linhas fundamentais primitivas.
 
Nota - Em escavações e estudos arqueológicos, encontraram-se vestígios da época romana e visigótica, que mostram que a igreja de Lourosa já era local de culto há mais de dois mil anos.
 
 
Orientada ao poente, ostenta a fachada principal, sobre a porta, uma janelinha geminada com os seus arcos de ferradura - ajimez característico, único em Portugal. Um arco da mesma natureza, ainda vísivel, fechava o vão da porta principal, em parte entaipado, hoje, pela construção da porta actual, mais pequena.
 

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Fachada principal

 
 
Descendo alguns degraus, pois o nível do pavimento é sensivelmente mais baixo que o do terreno exterior, penetra-se no templo.
 
O interior da igreja de Lourosa está dividido em três naves que apresentam uma particularidade notável quanto à sua extensão, pois a nave central é muito mais comprida que as naves laterais. Arcadas formadas de três arcos de ferradura   separam,  a cada lado, a nave central das naves laterais.
 

 

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Pedra existente na porta principal da Igreja de Lourosa que indica o ano de construção da Igreja. Era de César de DCCCCL ( 950 ) que corresponde ao 912 do calendário cristão.

 
A História do Calendário.
 

 

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Sacristia

Estes arcos apoiam-se pelos extremos, em impostas, e, na parte central em ábacos lisos, quadrangulares, assentes sobre colunas de tipo dórico que se supõe provenientes de edifício levantado durante o domínio romano.
 
 
 
 

     

 
O arco de ferradura, nota dominante e característica do monumento encontra-se ainda nas portas de comunicação da sacristia com a nave central e com a lateral do lado do Evangelho, portas que se encontram em paredes formando ângulo recto, e ainda em outras duas, simétricas, do lado da Epístola.
 

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Fachada sul

 
O alto valor deste monumento foi reconhecido só na era  moderna. Até 1911 as referências eram que a igreja "foy fábrica de mouros". Só em 1911 começou a ser estudado por pessoas competentes.
 
Ocuparam-se da Igreja de Lourosa três eminentes historiadores da arte portuguesa: cronologicamente, Virgílio Correia, Joaquim de Vasconcelos e D. José Pessanha. Todos estão de acordo quanto ao inestimável valor deste monumento, pois ele veio preencher uma lacuna na evolução artística da terra portuguesa - a lacuna que separa as igrejas visigóticas das primeiras igrejas românicas.
 
 

A lacuna que separa as igrejas visigóticas das primeiras igrejas românicas.

 

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Sarcófagos

 

Há no entanto ainda hoje uma questão de forma política:

Estava o território, onde se ergueu o monumento, sob o domínio dos cristãos ou sob o dos muçulmanos?

Como os árabes entraram e conquistaram a Península Ibérica em 711 ou 712, e a igreja foi construída em 912, há quem afirme que o território era dos árabes, mas que a deixaram construir, outros afirmam que o território nessa altura já era dos cristãos.
 
( Condensado da História de Portugal - de Damião Peres )
 
Cronologia :
 
912 - Data numa inscrição sobre a porta correspondendo eventualmente às primeiras obras;
 
1119 -Doada por D. Teresa à Sé de Coimbra;
 
1132 - Coutada por D. Afonso Henriques;
 
1188 - Reforma de toda a parte alta da nave, logo a seguir à zona dos arcos englobando os do cruzeiro;
 
Séc. XIV - Obras com vestígios nas fortes colunas monocilíndricas da nave;
 
Séc. XV e XVI - Novas obras em capelas na zona da cabeceira;
 
Séc. XVIII - Colocação do púlpito no arco médio do lado N., elevação do arco da capela-mor e renovação dos suportes do coro-alto.
 
 
Tipologia :
 
Arquitectura religiosa pré-românica. Raro exemplar de igreja pré-românica ( Moçárabe ) em Portugal, apresenta estrutura típica de uma construção de 3 naves e cabeceira desenvolvida. Edifício muito reconstruído ao longo do tempo apresenta, mesmo assim características da heterogeneidade de influências culturais, artísticas e civilizacionais da época da primeira Reconquista
 
Informação Técnica da DGMN - Fotografias próprias
 
 

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Torre sineira

 
A Igreja de Lourosa merece uma visita, e quando lá chegar,  toque duas vezes o sino na torre sineira, para que senhora que cuida da igreja, venha dos seus trabalhos e lhe abra a porta .
 
É interessante a pia baptismal, no chão, à entrada da igreja e que aproveitava uma nascente de água natural, e os sarcófagos cavados no granito à volta da igreja.
 
Assine o livro de registro, pois assim poderemos mostrar aos estrangeiros que a visitam, e que assinalam a sua presença, que também nos interessamos pelos monumentos da nossa terra.
 
E-Mail [email protected]
 

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