A Sé da Arquidiocese de Braga
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Sé
de Braga |
Sé de
Braga - Arquidiocese de braga
Compreendendo os túmulos
do Conde D. Henrique e D. Teresa, do Infante D. Afonso e dos Arcebispos D. Gonçalo e D.
Diogo de Sousa
Localização : Braga, Braga, Sé
Acesso : R. do Cabido, R. Dom Paio
Mendes
Protecção : MN, Dec. 16-06-1910, DG
136 de 23 Junho 1910, ZEP, DG 202 de 30 Agosto 1967
Enquadramento : Urbano. Ergue-se no
centro histórico, tendo nas proximidades o Paço Episcopal e a Igreja da Misericórdia, e
à volta da qual se desenvolveu a cidade.
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São
Pedro de Rates |
A Diocese de Braga data
do século
III sendo conhecido do primeiro período da sua história apenas o
Bispo
Paterno cujo nome figura nas actas do Concílio
de Toledo de 400.
Não obstante, a tradição faz de São
Pedro de Rates o primeiro bispo da cidade, cerca do ano
45 da nossa era.
Já neste primeiro período tinha dignidade metropolitana,
com jurisdição sobre todo o noroeste da Península (Galécia), tendo dela
dependentes os bispados de Conímbriga,
Viseu,
Dume,
Lamego,
Porto e Egitânia.
Do período suevo-visigótico conhecem-se os nomes de 12 Prelados
bracarenses. Quando da invasão muçulmana,
Braga ficou no domínio dos infiéis: e os seus Bispos passaram
a residir em Lugo.
Após a reconquista cristã,
mesmo antes da fundação da Monarquia,
foi definitivamente restaurada a Arquidiocese (1070),
tomando o seu arcebispo o título de metropolitana de Braga. Depois de
contendas com a Sé
de Compostela, Pascoal
II, em 1103,
dá a Braga como sufragâneas as Dioceses de Porto, Coimbra, Lamego e Viseu
(em Portugal),
e mais cinco em território da Espanha .
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- Cronologia :
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- Séc. XI - Construção de uma
igreja episcopal sob a iniciativa do bispo D. Pedro (1070 - 1091), sobre os restos de um
grande edifício romano e outro da Alta Idade Média;
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- 1089 - Sagração da mesma; 1096 /
1108 - construção da capela de S. Geraldo;
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- 1118 / 1137 - início da
reconstrução da Sé sob a iniciativa do arcebispo D. Paio Mendes;
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- 1135 - Derrocada das torres por
acção de terramoto;
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- 1210 - D. Sancho I legou à Sé 2
mil morabitinos;
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- 1212 / 1228 - Reparações na
sacristia e claustro e reconstrução da capela de S. Geraldo;
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- 1326 / 1348 - D. Gonçalo Pereira
manda construir a capela tumular, conhecida como capela da Glória, junto à de S.
Geraldo, bem como pintar o coro;
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- 1374 - D. Lourenço Vicente manda
construir, junto da parede N. da Sé, no local onde estavam sepultados os condes D.
Henrique e D. Teresa, uma capela, a capela dos reis;
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- Séc. XV - Data do túmulo do
infante D. Afonso, filho de D. João I;
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- 1416 / 1467 - D. Fernando da Guerra
dotou e restaurou a Biblioteca, bem como a capela de S. Geraldo;
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- 1486 / 1501 - Construção da
galilé;
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- Séc. XVI - O arcebispo D. Diogo de
Sousa procede a melhoramentos no portal axial, retirando-lhe 2 arcadas e o mainel;
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- 1505 / 1532 - Reconstrução da
capela-mor, sob desenho de João de Castilho; construção de retábulo em pedra de
ançã; restauro das torres; reconstrução do claustro; restauro da capela de S. Geraldo;
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- 1513 - Construção da capela de
Jesus da Misericórdia (Nª Sª da Piedade);
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- Séc. XVII, finais - Construção da
sacristia grande;
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- 1704 / 1728 - Reforma ordenada por
D. Rodrigo de Moura Teles: remodelação das capelas laterais; remodelação da capela de
S. Geraldo; aplicação de talha dourada; execução de janelas para maior entrada de luz;
execução de um zimbório no cruzeiro e uma cúpula junto ao coro-alto; reforma das duas
torres da fachada;
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- 1721 - Transferência das grades da
capela-mor para a galilé;
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- 1737 - Data do cadeiral;
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- 1737 / 1738 - Construção dos
órgãos por Fr. Simon Fontanes com a colaboração de Marceliano de Araújo;
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- 1755 - Terramoto provoca fendas nas
torres;
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- 1758 / 1789 - obras no claustro;
destruição do retábulo da capela-mor;
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- 1930 - Criação do Museu de Arte
Sacra.
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Tipologia : Arquitectura
religiosa românica, manuelina e barroca. Sé românica de planta em cruz latina, 3 naves
cobertas em madeira e cabeceira de 5 capelas com abóbada artesoada manuelina e
frontispício flanqueado por torres e com galilé de estilo barroco, como são também
outras construções anexas. O portal axial, que conjuga arcadas românicas com outras
góticas, constitui na parte românica um mostruário de rica temática do que se designou
por escola decorativa românica bracarense. O portal S. é outro mostruário temático do
românico rural da região.
Características Particulares
: A Sé preconiza uma série de esquemas construtivos e decorativos que se repetem na
região pelo facto de ser sede Episcopal de extensa diocese. Os capitéis do portal axial
têm grande originalidade, quer na modelação do cesto, quer na organização decorativa.
Os do portal S. representam uma oficina de gosto mais refinado e ecléctico.
Nota-se relativa pobreza de
ornamentação na cachorrada que percorre a Sé. A abóbada de combados da capela-mor é
considerada a primeira do género construída em Portugal. Frontal do altar-mor em gótico
final, organizando as figuras em edículas e onde é notório a horror ao vazio. Pinturas
mudéjares na Capela da Glória. Cadeiral maneirista de excelente qualidade. Os órgãos
são considerados os mais espectaculares do estilo joanino.
- Condensado da Informação da DGMN
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