<META NAME="Keywords" Content=" MANUSCRITOS DO MAR MORTO,QUMRAN,taqui, ESSÊNIOS, NAG HAMMADI, GOSPELS, RENNES LE CHATÊAU, DEUSES GREGOS, MASSACRE DE MASADA,CRISTIANISMO. MONASTÉRIO DO SINAI, CÁTAROS, TEMPLÁRIOS, MAÇONARIA, SOCIEDADE SECRETA, JOSEPHUS, MADALENA, MEROVÍNGEOS, GOLPELS DE MARIA, LINHAGEM SAGRADA, SANGRAAL,TEMPLÁRIOS, CÁTAROS,EVANGELHOS APÓCRIFOS, BÍBLIA SAGRADA, MISTÉRIO, HERESIA, JESUS,JOSÉ, TIAGO, BARTOLOMEU, PISTIS SOPHIA, PAULO, FILIPE, PEDRO,ENOCH, JOSÉ,ABRAÃO, MELQUISEDEQUE,ARCÁDIA, HITLER, HOLOCAUSTO,BRASILEIRA,EVANGÉLICA,OCULTISMO,TEOSOFIA,PSEUDO-EPÍGRAFO,SALÉM,TOMÉ,JOÃO,IGREJAS,ADVENTISTA,BRASILEIRA, EVANGÉLICA, LUTERANA, ROSA CRUZ,ALQUIMIA, BUDISMO,FLORAL,TAOÍSMO,ANGLICANA, CALVINISTA HINDUISMO METODISTA,TEOSOFIA,ANJOS,CATÓLICA,ISLAMISMO,NUMEROLOGIA,UMBANDA,ASSEMBLÉIA,CONFUCIONISMO,JEOVÁ,ORTODOXA,UNIVERSAL,ASTROLOGIA, CONGREGAÇÃO, JUDAISMO, PRESBITERIANA ,WICCA ,BATISTA,ESPIRITISMO, LBV ,QUADRANGULAR, XAMANISMO "> <TITLE>notícias, religião <META NAME="Keywords" Content="MANUSCRITOS DO MAR MORTO, NAG HAMMADI E OS DE RENNES LE CHATÊAU & SOCIEDADES SECRETAS"><META NAME="keywords" CONTENT="MANUSCRITOS DO MAR MORTO,QUMRAN, ESSÊNIOS, NAG HAMMADI, GOSPELS, RENNES LE CHATÊAU, DEUSES GREGOS, MASSACRE DE MASADA,CRISTIANISMO. MONASTÉRIO DO SINAI, CÁTAROS, TEMPLÁRIOS, MAÇONARIA, SOCIEDADE SECRETA, JOSEPHUS, MADALENA, MEROVÍNGEOS, GOLPELS DE MARIA, LINHAGEM SAGRADA, SANGRAAL,TEMPLÁRIOS, CÁTAROS,EVANGELHOS APÓCRIFOS, BÍBLIA SAGRADA, MISTÉRIO, HERESIA, JESUS,JOSÉ, TIAGO, BARTOLOMEU, PISTIS SOPHIA, PAULO, FILIPE, PEDRO,ENOCH, JOSÉ,ABRAÃO, MELQUISEDEQUE,ARCÁDIA, HITLER, HOLOCAUSTO,BRASILEIRA,EVANGÉLICA,OCULTISMO,TEOSOFIA,PSEUDO-EPÍGRAFO,SALÉM,TOMÉ,JOÃO,IGREJAS,ADVENTISTA,BRASILEIRA, EVANGÉLICA, LUTERANA, ROSA CRUZ,ALQUIMIA, BUDISMO,FLORAL,TAOÍSMO,ANGLICANA, CALVINISTA HINDUISMO METODISTA,TEOSOFIA,ANJOS,CATÓLICA,ISLAMISMO,NUMEROLOGIA,UMBANDA,ASSEMBLÉIA,CONFUCIONISMO,JEOVÁ,ORTODOXA,UNIVERSAL,ASTROLOGIA, CONGREGAÇÃO, JUDAISMO, PRESBITERIANA ,WICCA ,BATISTA,ESPIRITISMO, LBV ,QUADRANGULAR, XAMANISMO "> <TITLE>A GENEALOGIA SECRETA DE JESUS
INVENTANDO O UNIVERSO 

PENSAR DEUS A PARTIR DA NOVA FÍSICA

Este artigo foi publicado inicialmente em Cadernos de Teologia n. 4 (setembro de 1997), Campinas, FTCR da PUC-Campinas, pp. 7-24.

Einstein disse certa vez que  estava interessado mesmo era em saber como Deus criara este mundo. Ora, já são passados cerca de 2/3 de século desde que a teoria da relatividade e a mecânica quântica começaram a ajudar os homens a compreenderem melhor como é feito este mundo em que vivemos. Porém, muitos teólogos ainda encontram sensíveis dificuldades em pensar Deus e o homem a partir da cosmologia que surgiu com as descobertas da física do século XX. Às portas do terceiro milênio, teólogos há que, por razões diversas, ainda continuam a ler os textos bíblicos e a elaborar suas reflexões como se as cosmologias antiga e medieval fossem mais do que suficientes para explicar o universo e o lugar do homem nele. Tempo, espaço, matéria, Deus, causalidade, alma, criação, salvação, redenção, determinismo, livre-arbítrio e tantos outros conceitos precisam ser revisitados sob o olhar vigilante da nova física.

O que modestamente proponho neste artigo é descrever a postura de alguns cientistas sobre Deus e a religião de modo geral e apresentar algumas das questões da cosmologia científica colocadas por esta nova física, levando a sério os desafios que daí surgem para o biblista e para o teólogo.

1. Deus, Três Cientistas e Alguns Teólogos

1.1.Pensar Criticamente Deus, Homem e  Mundo

No editorial do número 186 (1983/6) da revista Concilium, os teólogos David Tracy, norte-americano, e Nicholas Lash, indiano, enfatizam que “parece não só desejável mas até necessária uma volta às questões de cosmologia na atual situação histórica”[1], pois desde o século XVIII os teólogos têm se concentrado nas questões relativas à redenção e negligenciado a teologia da criação. Isto foi uma conseqüência da “antropologização” e da “privatização” da pesquisa teológica.

Por isso, um grupo de teólogos da Concilium participa deste “Projeto X”, colocando um desafio: “Que as questões cosmológicas reingressem em toda a teologia contemporânea”[2]. Isto por razões teóricas e práticas:

·  Ocorreu enorme mudança de paradigma nas ciências, e antigos modelos científicos rígidos dominados pelo mecanicismo, pelo materialismo e pelo positivismo foram superados em favor de posturas mais flexíveis e menos arrogantes dos cientistas, posturas estas exigidas pelas teorias da evolução, pela teoria da relatividade, pela mecânica quântica etc.

·       A mudança de paradigma também ocorre na teologia, que, com exceção das posturas fundamentalistas, abandonou as clássicas concepções a-históricas e autoritárias do passado, partindo para um diálogo com as ciências humanas (por exemplo, a teologia da libertação e as várias teologias do político) e - o que se requer cada vez mais - com as ciências da natureza, para poder pensar criticamente a relação Deus-homem-mundo. Tanto a “guerra” ciência x religião como o “concordismo” fácil entre visão científica e visão teológica da realidade estão superados.

·       A crise ecológica e a crescente consciência de amplos setores da sociedade de que nós, os seres humanos, somos profundamente integrados com o meio-ambiente que nos cerca, exige que “a luta pela justiça deve também incluir a luta pela ecologia - não só para assegurar a justiça para outras criaturas que não o ser humano, mas até para assegurar a justiça mais elementar de todas: um ambiente em que possam viver as futuras gerações de seres humanos”[3].

Pode-se finalizar com o apelo de John Collins, no primeiro artigo deste número da Concilium, que é o de “encontrarmos um meio de integrar nossos valores humanos com um enfoque cosmológico, se é que nossa teologia quer  representar algo mais do que apenas um fragmento de nossa experiência”[4].

1.2. Que Deus?

Antes de prosseguirmos, abordando a visão de Deus de alguns cientistas, é necessário um breve parênteses sobre o uso generalizado da palavra Deus usada nessas discussões. Pelo menos cinco diferentes concepções estão em jogo quando se aborda a relação de Deus com a matéria ou, se quisermos, quando se fala de Deus como criador (isto sem levar em conta as cosmogonias antigas).

O deísmo defende que Deus criou o universo e não participa mais, ao longo de sua existência, no desenrolar dos acontecimentos. Deus seria uma espécie de sofisticado engenheiro cósmico que criou um mecanismo complexo e o colocou em funcionamento. Esta é a idéia de Deus presente na mecânica newtoniana que permite uma previsão exata do que irá acontecer com base no que se conhece em determinado momento, já que “existe uma rede rígida de causas e efeitos, e todo e qualquer fenômeno, desde a mais pequena agitação de uma molécula até a explosão de uma galáxia, está desde há muito predeterminado em pormenor”[5].

Península do SinaiO teísmo, ao contrário do deísmo, afirma que Deus não só criou o universo como também o governa dia após dia, controlando os fenômenos da natureza e se envolvendo de modo especial no mundo dos homens, com os quais mantém uma relação pessoal. Esta é a visão judaico-cristã de Deus, com inumeráveis variantes no tocante ao grau de envolvimento de Deus com suas criaturas.

O panteísmo, diferente tanto do deísmo quanto do teísmo para os quais existe uma nítida separação entre Deus e o mundo, defende que Deus e o universo físico são uma só coisa, estando Deus em tudo, tudo fazendo parte de Deus. Spinoza, filósofo judeu que viveu no século XVII, era panteísta, pois via os objetos do universo físico como atributos e não como criação de Deus.

O panenteísmo é semelhante ao panteísmo quando afirma que o universo faz parte de Deus, mas é dele diferente, pois considera que o universo não é tudo de Deus. Uma idéia assim é a afirmação de que o universo é o corpo de Deus.

Por último, existe a proposta de cientistas como o astrônomo Fred Hoyle e o físico Frank Tipler de um tipo de Deus que é uma inteligência viva ou mecânica, que se desenvolve a partir do universo e dentro do universo, espalhando-se pelo cosmos e aumentando a tal ponto o seu poder que seria capaz de manipular matéria e energia de um modo tão sutil que não nos permitiria distinguí-la da própria natureza. “Esta inteligência, tão semelhante a Deus, poder-se-ia desenvolver a partir de nossos descendentes, ou mesmo já poderia se ter desenvolvido a partir de alguma ou de algumas comunidades extraterrestres. É concebível a fusão de duas ou mais inteligências diferentes durante este processo evolutivo”[6].

1.3. Deus é uma Hipótese Desnecessária: Laplace

Pierre Simon Laplace foi um astrônomo e matemático francês nascido em Beaumont-en-Auge a 23 de março de 1749 e falecido em Paris a 5 de março de 1827. Estudou a perturbação  dos planetas e satélites, a forma e a rotação dos anéis de Saturno, a origem e a estabilidade do sistema solar e realizou notáveis estudos sobre o cálculo das probabilidades. Escreveu uma Exposition du systéme du monde em 2 volumes (1796) e reuniu todo o conhecimento sobre astronomia dinâmica existente até então em seu Traité de mécanique céleste (1799-1825), obra em cinco volumes[7].

Expondo a Napoleão sua teoria do universo, ao ser perguntado por este sobre o lugar ocupado por Deus neste sistema, Laplace lhe respondeu não ser Deus uma hipótese necessária.

 


[1]. AA. VV., Teologia e Cosmologia, Concilium 186 (1983/6): “Projeto X", Petrópolis, Vozes, 1983, p. 122.

[2].Idem, ibidem, p. 127.

[3].Idem, ibidem, p. 126. No Congresso da SOTER de 1996, que teve como tema a Teologia e  novos paradigmas,  esta era a preocupação central dos teólogos brasileiros. Mas salientou-se também a necessidade de manter viva a reflexão teológica da libertação, evitando, assim, o risco de uma despolitização e elitização do debate teológico. Cf., sobre isso, DOS ANJOS, M. F. (org.), Teologia e novos paradigmas, São Paulo, Loyola/SOTER, 1996. O Congresso da SOTER de 1999 abordou a questão, tendo como tema Mysterium Creationis: um olhar Interdisciplinar sobre o Universo. Observe-se, também, a preocupação ecológica nas mais recentes obras de Leonardo Boff.

[4]. COLLINS, J., Cosmologia do Novo Testamento, em Concilium 186  (1983/6), p.12. Nestes posicionamentos da Concilium os teólogos assumem  a definição de E. Schillebeeckx de que "a teologia é uma tentativa de interpretar o mundo estabelecendo correlações mutuamente críticas  (na teoria e na prática) entre as interpretações de nossa situação atual e a tradição cristã" (p. 124).

[5]. DAVIES, P., Deus e a nova física, Lisboa, Edições 70, 1986, p. 148.

[6]. DAVIES, P., A mente de Deus. A ciência e a busca do sentido último, Rio de Janeiro, Ediouro, 1994, p. 41. Fred Hoyle é um astrônomo e escritor inglês nascido em 1915. Trabalhou nos observatórios norte-americanos de Monte Wilson e Monte Palomar. Em 1958 foi nomeado professor de astronomia em Cambridge, Inglaterra. Elaborou a teoria da criação contínua num universo estacionário. Cf. MOURÃO, R. R. de F., Dicionário  enciclopédico de astronomia e astronáutica, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1987, verbete Hoyle, Fred.

[7]. Cf.  Idem, ibidem, verbete Laplace.


Copyright © 1999-2004 Airton José da Silva. All rights reserved.

PENSAR DEUS A PARTIR DA NOVA FÍSICA

Este artigo foi publicado inicialmente em Cadernos de Teologia n. 4 (setembro de 1997), Campinas, FTCR da PUC-Campinas, pp. 7-24.

Einstein disse certa vez que  estava interessado mesmo era em saber como Deus criara este mundo. Ora, já são passados cerca de 2/3 de século desde que a teoria da relatividade e a mecânica quântica começaram a ajudar os homens a compreenderem melhor como é feito este mundo em que vivemos. Porém, muitos teólogos ainda encontram sensíveis dificuldades em pensar Deus e o homem a partir da cosmologia que surgiu com as descobertas da física do século XX. Às portas do terceiro milênio, teólogos há que, por razões diversas, ainda continuam a ler os textos bíblicos e a elaborar suas reflexões como se as cosmologias antiga e medieval fossem mais do que suficientes para explicar o universo e o lugar do homem nele. Tempo, espaço, matéria, Deus, causalidade, alma, criação, salvação, redenção, determinismo, livre-arbítrio e tantos outros conceitos precisam ser revisitados sob o olhar vigilante da nova física.

O que modestamente proponho neste artigo é descrever a postura de alguns cientistas sobre Deus e a religião de modo geral e apresentar algumas das questões da cosmologia científica colocadas por esta nova física, levando a sério os desafios que daí surgem para o biblista e para o teólogo.

1. Deus, Três Cientistas e Alguns Teólogos

1.1.Pensar Criticamente Deus, Homem e  Mundo

No editorial do número 186 (1983/6) da revista Concilium, os teólogos David Tracy, norte-americano, e Nicholas Lash, indiano, enfatizam que “parece não só desejável mas até necessária uma volta às questões de cosmologia na atual situação histórica”[1], pois desde o século XVIII os teólogos têm se concentrado nas questões relativas à redenção e negligenciado a teologia da criação. Isto foi uma conseqüência da “antropologização” e da “privatização” da pesquisa teológica.

Por isso, um grupo de teólogos da Concilium participa deste “Projeto X”, colocando um desafio: “Que as questões cosmológicas reingressem em toda a teologia contemporânea”[2]. Isto por razões teóricas e práticas:

·  Ocorreu enorme mudança de paradigma nas ciências, e antigos modelos científicos rígidos dominados pelo mecanicismo, pelo materialismo e pelo positivismo foram superados em favor de posturas mais flexíveis e menos arrogantes dos cientistas, posturas estas exigidas pelas teorias da evolução, pela teoria da relatividade, pela mecânica quântica etc.

·       A mudança de paradigma também ocorre na teologia, que, com exceção das posturas fundamentalistas, abandonou as clássicas concepções a-históricas e autoritárias do passado, partindo para um diálogo com as ciências humanas (por exemplo, a teologia da libertação e as várias teologias do político) e - o que se requer cada vez mais - com as ciências da natureza, para poder pensar criticamente a relação Deus-homem-mundo. Tanto a “guerra” ciência x religião como o “concordismo” fácil entre visão científica e visão teológica da realidade estão superados.

·       A crise ecológica e a crescente consciência de amplos setores da sociedade de que nós, os seres humanos, somos profundamente integrados com o meio-ambiente que nos cerca, exige que “a luta pela justiça deve também incluir a luta pela ecologia - não só para assegurar a justiça para outras criaturas que não o ser humano, mas até para assegurar a justiça mais elementar de todas: um ambiente em que possam viver as futuras gerações de seres humanos”[3].

Pode-se finalizar com o apelo de John Collins, no primeiro artigo deste número da Concilium, que é o de “encontrarmos um meio de integrar nossos valores humanos com um enfoque cosmológico, se é que nossa teologia quer  representar algo mais do que apenas um fragmento de nossa experiência”[4].

1.2. Que Deus?

Antes de prosseguirmos, abordando a visão de Deus de alguns cientistas, é necessário um breve parênteses sobre o uso generalizado da palavra Deus usada nessas discussões. Pelo menos cinco diferentes concepções estão em jogo quando se aborda a relação de Deus com a matéria ou, se quisermos, quando se fala de Deus como criador (isto sem levar em conta as cosmogonias antigas).

O deísmo defende que Deus criou o universo e não participa mais, ao longo de sua existência, no desenrolar dos acontecimentos. Deus seria uma espécie de sofisticado engenheiro cósmico que criou um mecanismo complexo e o colocou em funcionamento. Esta é a idéia de Deus presente na mecânica newtoniana que permite uma previsão exata do que irá acontecer com base no que se conhece em determinado momento, já que “existe uma rede rígida de causas e efeitos, e todo e qualquer fenômeno, desde a mais pequena agitação de uma molécula até a explosão de uma galáxia, está desde há muito predeterminado em pormenor”[5].

Península do SinaiO teísmo, ao contrário do deísmo, afirma que Deus não só criou o universo como também o governa dia após dia, controlando os fenômenos da natureza e se envolvendo de modo especial no mundo dos homens, com os quais mantém uma relação pessoal. Esta é a visão judaico-cristã de Deus, com inumeráveis variantes no tocante ao grau de envolvimento de Deus com suas criaturas.

O panteísmo, diferente tanto do deísmo quanto do teísmo para os quais existe uma nítida separação entre Deus e o mundo, defende que Deus e o universo físico são uma só coisa, estando Deus em tudo, tudo fazendo parte de Deus. Spinoza, filósofo judeu que viveu no século XVII, era panteísta, pois via os objetos do universo físico como atributos e não como criação de Deus.

O panenteísmo é semelhante ao panteísmo quando afirma que o universo faz parte de Deus, mas é dele diferente, pois considera que o universo não é tudo de Deus. Uma idéia assim é a afirmação de que o universo é o corpo de Deus.

Por último, existe a proposta de cientistas como o astrônomo Fred Hoyle e o físico Frank Tipler de um tipo de Deus que é uma inteligência viva ou mecânica, que se desenvolve a partir do universo e dentro do universo, espalhando-se pelo cosmos e aumentando a tal ponto o seu poder que seria capaz de manipular matéria e energia de um modo tão sutil que não nos permitiria distinguí-la da própria natureza. “Esta inteligência, tão semelhante a Deus, poder-se-ia desenvolver a partir de nossos descendentes, ou mesmo já poderia se ter desenvolvido a partir de alguma ou de algumas comunidades extraterrestres. É concebível a fusão de duas ou mais inteligências diferentes durante este processo evolutivo”[6].

1.3. Deus é uma Hipótese Desnecessária: Laplace

Pierre Simon Laplace foi um astrônomo e matemático francês nascido em Beaumont-en-Auge a 23 de março de 1749 e falecido em Paris a 5 de março de 1827. Estudou a perturbação  dos planetas e satélites, a forma e a rotação dos anéis de Saturno, a origem e a estabilidade do sistema solar e realizou notáveis estudos sobre o cálculo das probabilidades. Escreveu uma Exposition du systéme du monde em 2 volumes (1796) e reuniu todo o conhecimento sobre astronomia dinâmica existente até então em seu Traité de mécanique céleste (1799-1825), obra em cinco volumes[7].

Expondo a Napoleão sua teoria do universo, ao ser perguntado por este sobre o lugar ocupado por Deus neste sistema, Laplace lhe respondeu não ser Deus uma hipótese necessária.


[1]. AA. VV., Teologia e Cosmologia, Concilium 186 (1983/6): “Projeto X", Petrópolis, Vozes, 1983, p. 122.

[2].Idem, ibidem, p. 127.

[3].Idem, ibidem, p. 126. No Congresso da SOTER de 1996, que teve como tema a Teologia e  novos paradigmas,  esta era a preocupação central dos teólogos brasileiros. Mas salientou-se também a necessidade de manter viva a reflexão teológica da libertação, evitando, assim, o risco de uma despolitização e elitização do debate teológico. Cf., sobre isso, DOS ANJOS, M. F. (org.), Teologia e novos paradigmas, São Paulo, Loyola/SOTER, 1996. O Congresso da SOTER de 1999 abordou a questão, tendo como tema Mysterium Creationis: um olhar Interdisciplinar sobre o Universo. Observe-se, também, a preocupação ecológica nas mais recentes obras de Leonardo Boff.

[4]. COLLINS, J., Cosmologia do Novo Testamento, em Concilium 186  (1983/6), p.12. Nestes posicionamentos da Concilium os teólogos assumem  a definição de E. Schillebeeckx de que "a teologia é uma tentativa de interpretar o mundo estabelecendo correlações mutuamente críticas  (na teoria e na prática) entre as interpretações de nossa situação atual e a tradição cristã" (p. 124).

[5]. DAVIES, P., Deus e a nova física, Lisboa, Edições 70, 1986, p. 148.

[6]. DAVIES, P., A mente de Deus. A ciência e a busca do sentido último, Rio de Janeiro, Ediouro, 1994, p. 41. Fred Hoyle é um astrônomo e escritor inglês nascido em 1915. Trabalhou nos observatórios norte-americanos de Monte Wilson e Monte Palomar. Em 1958 foi nomeado professor de astronomia em Cambridge, Inglaterra. Elaborou a teoria da criação contínua num universo estacionário. Cf. MOURÃO, R. R. de F., Dicionário  enciclopédico de astronomia e astronáutica, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1987, verbete Hoyle, Fred.

[7]. Cf.  Idem, ibidem, verbete Laplace.


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Para Saber Mais Sobre Cosmologia

A Cosmologia avançou muito nos últimos 10 anos. Por isso, aqui vão algumas recomendações para o leitor que deseja ficar atualizado sobre o assunto.

Edição Especial SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL n0 1: O Passado e o Presente do Cosmos, São Paulo, Duetto Editorial, setembro de 2003. 

Diz o Editor Ulisses Capozzoli em Ponto de Vista, nesta número da revista SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL, p. 5: "Desde 1609, quando, pela primeira vez, Galileu apontou sua luneta para o céu, o olho humano foi capaz de perceber corpos cada vez mais distantes e esmaecidos. Assim mergulhamos mais profundamente no tempo e estabelecemos, com o recurso de equações físico-matemáticas, como foi a cena da criação do Universo. Ainda que o momento anterior à criação permaneça um mistério. A postura do homem do século 21 sob um céu estrelado ainda é de perguntas e emoção. Mesmo com o conhecimento de que, como os seres vivos, também as estrelas nascem, vivem e morrem enquanto viajam pelo espaço em expansão como enxames de vaga-lumes reunidos no corpos das galáxias. O homem do século 21 investiga o Universo com radiotelescópios (...), além de sondas e satélitesGaláxia vizinha da Via Láctea - novembro de 2003 também enviados ao espaço por foguetes (...). Nesta edição especial, SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL nos leva à fronteira do conhecimento científico com a tecnologia atual e o desconcerto de sempre frente ao maior de todos os enigmas:a existência do Universo e a presença humana como parte de uma ordem cósmica (...). Daí a beleza poética da frase de John Wheeler, em A Journey Into Gravity and Spacetime: 'Este é o nosso universo, nosso museu de maravilha e beleza, nossa catedral'". 

Recomendo uma visita ao site do Professor Edward L. (Ned) Wright, PhD em astronomia pela Harvard University e desde 1981 trabalhando na UCLA, USA: 

Ned Wright's Cosmology Tutorial (além do inglês, este tutorial pode ser lido também em italiano e francês).

Relativity Tutorial

Frequently Asked Questions in Cosmology 

Cosmology and Religion

Relativity on the World Wide Web
Site criado por Chris Hillman, PhD em Matemática, University of Washington, 1998, e atualmente mantido por John Baez, Professor de Matemática, University of California at Riverside, USA. O site traz links para várias abordagens da Teoria da Relatividade, desde as mais simples até as mais complexas.

The Astronomical Journal

The Astronomical Journal is one of the world's finest journals in the field. The expanded coverage of quasars, galaxies, supernova remnants, and studies of the interstellar medium complement the more traditional areas of astronomy, including galactic structure and dynamics, astrometry, variable and binary stars, solar system studies, and cosmology.

The Astrophysical Journal

The Astrophysical Journal is the foremost research journal in the world devoted to recent developments, discoveries, and theories in astronomy and astrophysics. Many of the classic discoveries of the twentieth century have first been reported in the Journal, which has also presented much of the important recent work on quasars, pulsars, neutron stars, black holes, solar and stellar magnetic fields, X-rays, and interstellar matter. In addition, videos that complement specific issues are periodically available.

The Official String Theory Web Site

Aqui pode se aprender desde o nível básico até o avançado sobre a teoria das cordas.

 

 

2. Quatro Questões Fundamentais da Cosmologia

No prefácio de seu estimulante livro Deus e a nova física,  Paul Davies coloca quatro questões que são fundamentais para a cosmologia científica:

·       Qual é a origem do universo?

·       Como conseguiu o universo a sua organização?

·       Por que o universo é feito das coisas de que é feito?

·       Por que são como são as leis da natureza?

Claro que só uma leitura completa do livro poderá responder adequadamente a tais questões, mas uma síntese das respostas encontra-se no capítulo 16, pp. 225-228, onde o autor percorre novamente  as quatro perguntas do início. Minha intenção aqui é abordar um pouco mais detalhadamente a primeira questão e muito resumidamente as outras três, dado o pouco espaço disponível. Não colocarei lado a lado argumentos científicos e teológicos sobre a necessidade de Deus para explicar a criação. Apenas apresento os argumentos de Paul Davies, menos conhecidos, certamente, para os leitores,  do que os argumentos teológicos[22].

Qual é a origem do universo?

Duas propostas se apresentam: a de um universo infinito e a de um universo criado. Ou o universo sempre existiu, não teve origem no tempo e, portanto, tem uma idade infinita, ou o universo teve um começo em determinado momento e, portanto, há um acontecimento primordial que deve ser investigado.

Hoje a maioria dos cosmólogos sustenta a idéia de que entre 12 e 15 bilhões de anos atrás o universo surgiu de uma tremenda explosão, que foi batizada de big-bang.

Há inúmeras provas que atestam esta teoria. A segunda lei da termodinâmica estabelece que dia após dia o universo se torna mais desorganizado, caminhando irreversivelmente para o caos[23]. Os cientistas concluíram que o universo caminha para um equilíbrio termodinâmico, quando as temperaturas se nivelam e o universo entra num estado de “morte térmica” ou desordem molecular máxima. “O fato do universo ainda não ter morrido (...) implica que ele não pode ter existido por toda a eternidade”[24].

Além disso, na década de 20, o astrônomo americano Edwin Hubble descobriu que o universo está em expansão, pois as galáxias estão se afastando umas das outras em alta velocidade e de modo uniforme em toda a parte, já que é o espaço entre elas que está se dilatando.

E na década de 60, acidentalmente, os físicos Penzias e Wilson descobriram uma radiação que banha todo o universo e que veio a se confirmar como a radiação cósmica do big-bang, o calor restante das enormes temperaturas geradas pela explosão inicial, quando o universo estava todo comprimido em dimensões mínimas.

Não é correto, porém, pensar o estado primordial do universo como um ponto altamente comprimido num determinado lugar e época. Não existe um onde nem um quando, pois tanto o espaço quanto o tempo surgem do próprio big-bang. “O primeiro instante do big-bang, quando o espaço estava infinitamente contraído, representa um limite ou extremidade no tempo em que o espaço cessa de existir. Os físicos chamam a esse limite uma singularidade (...) Nem o espaço nem o tempo se podem estender para lá da singularidade inicial”[25].

Mas o que provocou o big-bang? Antes do século XX tanto cientistas quanto teólogos supunham que a matéria não podia ser criada por meios naturais. Muitos cientistas falavam num universo eterno, o que evitava o problema da criação da matéria, enquanto os teólogos se apegavam aos relatos bíblicos da criação, nos quais se lia que todo o universo fora feito por Deus a partir do nada (embora não seja exatamente isto  o que diz Gn 1,1-2,4a, onde o ato criador consiste parcialmente na organização do caos!)[26].

Contudo, “a crença em que a matéria não se pode criar por meios naturais sofreu um rombo dramático durante os anos trinta, quando, pela primeira vez, se  produziu matéria em laboratório”[27]. São três os passos desta história:

·       Com a famosa equação de 1905, E=mc2 (energia = massa multiplicada pelo quadrado da velocidade da luz), Einstein mostrou que a matéria é energia trancada a sete chaves: “Se se encontra uma forma de a abrir, então a matéria desaparece numa explosão de energia [como  as terríveis bombas atômicas]. Inversamente, se se concentrar uma quantidade suficiente de energia, aparecerá matéria”[28].

·       Nos anos 30, Paul Dirac, tentando conciliar a teoria da relatividade de Einstein com a teoria quântica, prevê o pósitron. Estudando o estranho comportamento dos elétrons [que, digamos assim, têm que girar duas vezes sobre si mesmos para apresentar a mesma face...], Dirac predisse que, se se concentrasse energia suficiente, novas partículas com carga positiva, uma espécie de anti-elétrons, apareceriam.

·       Em 1933, Carl Anderson estudando a absorção de raios cósmicos por folhas de metal, detectou, pela primeira vez, o pósitron. Depois da Segunda Guerra Mundial, com a construção dos aceleradores de partículas, centenas de outros tipos de partículas subatômicas foram  produzidas e hoje são comumente armazenadas em recipientes magnéticos.

Aplicado ao cosmos,  isto, em princípio, excluiria a necessidade de um ser sobrenatural para a criação da matéria no big-bang, mas ainda resta o problema do espaço e do tempo.

E  antes de procurarmos uma causa externa para a origem do universo, vale a pena conferirmos o conceito de causação retroativa, elaborado por John Wheeler. Partindo das conclusões da mecânica quântica, quando esta diz que a realidade só se concretiza através de atos de observação, Wheeler afirma que “a física gera a participação do observador; a participação do observador gera a informação; a informação gera a física”, numa espécie de circuito fechado auto-excitante que permite atenuar a relação de precedência da causa sobre o efeito[29].

NebulosaEm síntese,  quanto  à origem das coisas físicas, sabe-se que os objetos, como estrelas e planetas, formaram-se a partir dos gases primordiais e o material  cósmico foi criado no big-bang. Estas descobertas são possíveis pela compreensão da origem do espaço-tempo, explicada pela teoria quântica, que sugere que a matéria pode ser criada e destruída no espaço vazio espontaneamente e sem causa. Assim o espaço-tempo também pode ter sido  criado espontaneamente e sem causa alguma. Neste cenário notável, todo o cosmos se limita a surgir do nada completamente, de acordo com as leis da física quântica, e cria pelo caminho toda a matéria e energia necessárias para construir o universo visível.

Como conseguiu o universo a sua organização?

Ora “um estado inicial caótico pode evoluir para um mais ordenado, desde que haja uma reserva de entropia negativa”.  Em tempo, lembro que entropia é uma quantidade matemática inventada pelos físicos para quantificar a desordem; logo, a entropia negativa, gerada pela expansão do universo, explica como “a presente organização é compatível com um universo que começou acidentalmente num estado aleatório” [30].

 

Por que o universo tem as coisas e leis que tem?

A respeito destas duas questões, a resposta vem de uma teoria matemática que abrange toda a física numa única super-lei. Assim, a física pode explicar o conteúdo, a origem e a organização do universo físico, mas não as leis (ou a super-lei) da própria física.  Tudo o que é necessário são as leis. O universo pode tomar conta de si próprio, mesmo de sua criação. Mas as leis têm de estar ali para começar, de modo que o universo possa vir à existência.

Tradicionalmente Deus é creditado como o inventor das leis da natureza e como criador das coisas (espaço-tempo, átomos, pessoas etc) sobre as quais estas leis atuam.

Seria Deus um matemático? Já que não se pode conhecer as coisas deste mundo sem conhecer a matemática... A matemática é a poesia da lógica. A lógica é o único ramo da matemática que pode “pensar acerca de si”. Assim, toda a natureza poderia ser deduzida de uma inferência lógica, mais do que de provas empíricas. O universo poderia então se constituir de uma conseqüência inevitável da necessidade lógica.

“Os cientistas têm cada vez mais consciência da ligação entre os processos físicos e a computação, e lhes parece produtivo pensar o mundo em termos de informática”, onde o universo seria o hardware e as leis matemáticas seriam o software[31].

Surge então a idéia de uma mente universal, existindo como parte do universo físico. Um Deus natural em vez de sobrenatural. Este “fazer parte” não significa ter uma “localização espacial”, como as nossas mentes também não a têm. Nem significa ser feito de átomos, do mesmo modo que as nossas mentes não o são, diferente do cérebro. O cérebro é o meio de expressão da mente humana. Analogamente o universo físico seria o meio de expressão da mente de um Deus natural. Neste contexto, Deus é o conceito holista supremo, talvez muitos níveis de descrição acima do da mente humana.

Conclusão

Paul Davies termina sua obra Deus e a nova física observando que  “muito do que foi apresentado confirmará a opinião de que a ciência se opõe implacavelmente à religião. Seria estulto negar que muitas das idéias religiosas tradicionais sobre Deus, o homem e a natureza do universo, foram varridas pela nova física (...) Contudo, não foi minha intenção neste livro fornecer respostas fáceis para questões religiosas que perduram. O que procurei fazer foi expandir o contexto em que as questões religiosas tradicionais se discutem. A nova física tem alterado tantas noções do senso comum quanto ao espaço, ao tempo e à matéria que nenhum pensador religioso o pode ignorar (...) É minha convicção profunda de que só pela compreensão do mundo em todos os múltiplos aspectos - reducionista e holista, matemático e poético, através de forças, campos e partículas, bem como através do bem e do mal - viremos a entender-nos a nós próprios e a captar o sentido por detrás do universo, a nossa casa” [32].

Entretanto, gostaria de terminar fazendo minhas as reflexões de Einstein em  um texto escrito em setembro de 1937 e que diz o seguinte: “O nosso tempo é marcado por maravilhosas conquistas nos campos da compreensão científica e da aplicação técnica destas percepções. Quem não se sentiria animado com isto? Mas não nos esqueçamos de que o conhecimento e as habilidades sozinhos não podem levar a humanidade a uma vida feliz e digna. A humanidade tem todas as razões para colocar os proclamadores de altos padrões e valores morais acima dos descobridores da verdade objetiva. O que a humanidade deve a personalidades como Buda, Moisés e Jesus está, para mim, acima de todas as conquistas da mente inquiridora e construtiva. O que esses homens abençoados nos deram devemos guardar e tentar manter vivo, com todas as nossas forças, para que a humanidade não perca sua dignidade, a segurança de sua existência e sua alegria de viver”[33].

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[22]. Entre as questões que merecem ser tratadas estão as conclusões incomuns da mecânica quântica que abolem a distinção entre sujeito e objeto, as teorias alternativas para explicar o surgimento do universo, a natureza das leis matemáticas, a relação entre mente, cérebro e identidade pessoal, holismo x reducionismo, o argumento cosmológico da existência de Deus... 

[23]. A segunda lei da termodinâmica diz que num sistema isolado, a entropia (= o processo de desorganização) ou é constante, quando o sistema está em equilíbrio, ou  evolui reversivelmente, ou é uma função crescente, quando o sistema evolui irreversivelmente. "O âmago da termodinâmica é a sua segunda lei, que proíbe o calor de fluir espontaneamente dos corpos frios para os corpos quentes, ao passo que permite o fluxo espontâneo do quente para o frio", explica DAVIES, P., A mente de Deus,  pp. 44-45.

[24]. Idem, ibidem, p. 45. Cf. sobre o big bang SILK, J., O big bang. A origem do universo, Brasília, Editora da UnB, 1985.

[25]. DAVIES, P., Deus e a nova física, p. 30.

[26]. Sobre os relatos da criação cf. GRELOT, P., Homem, quem és?, São Paulo, Paulus, 1980; FREIRE-MAIA, N., Criação e evolução. Deus, o acaso e a necessidade, Petrópolis, Vozes, 1986; MESTERS, C., Paraíso terrestre: saudade ou esperança?, Petrópolis,  Vozes, 200117; SCHWANTES, M., Projetos de esperança. Meditações sobre Gênesis 1-11, Petrópolis, Vozes/CEDI/Sinodal, 1989.

[27]. DAVIES, P., Deus e a nova física, p. 38.

[28]. Idem, ibidem, p. 38.

[29]. Idem, ibidem, p. 58. Sobre a mecânica quântica e sua incompatibilidade com o senso comum, cf. DAVIES, P., Outros mundos, Lisboa, Edições 70, 1987; GRIBBIN, J., À procura do gato de Schrödinger, Lisboa, Editorial Presença, 1986; HEISENBERG, W., Física e filosofia, Brasília, Editora da UnB, 19872; BOHR, N., Física atômica e conhecimento humano: ensaios 1932-1957, Rio de Janeiro, Contraponto, 19962, especialmente  o relato feito por Bohr de seu debate com Einstein sobre as conseqüências epistemológicas da interpretação ortodoxa da mecânica quântica, nas pp. 41-83.

[30]. DAVIES, P., Deus  e a nova física, p. 225.

[31]. DAVIES, P., A mente de Deus, p. 116.

[32]. Idem, ibidem, p. 239.

[33]. DUKAS, H./HOFFMANN, B. (org.), Albert Einstein: o lado humano. Rápidas visões colhidas em seus arquivos, p. 56.

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