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aventuraram em caixotes de madeira que voavam. Muitos
morreram. Voar entre a Europa e a América era o maior desafio, e
o grande obstáculo era o Oceano Atlântico. Os portugueses
Gago Coutinho e Sacadura Cabral foram os primeiros a ligar, pelo ar, o
Velho (Lisboa) e o Novo Continente (Rio de Janeiro) em 1922. Porém,
fizeram várias escalas.
O impávido jauense João
Ribeiro de Barros também venceu o Atlântico:
"Dia 28 de abril de 1927 - Quatro e meia da madrugada.
A população da Ilha de São Tiago
(Cabo Verde), acorda sobressaltada com o rugido ensurdecedor de 1.100 HPs
(550 em cada motor) de potência a plena rotação, cuspindo
fogo pelas 24 trompas de escape e tal qual um monstro enfurecido vai rasgando
uma a uma as ondas para depois apoiar-se nas asas e alçar vôo.
O "JAHÚ" contorna repetidas vezes a ilha, para
ganhar altura, enquanto as luzes do povoado se acendem lá embaixo
e vão ficando para trás...
Trazendo o manche em direção ao peito,
Ribeiro
de Barros grita aos companheiros: apaguem todas as luzes de
bordo. Eu quero ver o Cruzeiro do Sul, mesmo que seja pela última
vez. E ajusta o nariz da aeronave rumo ao Brasil."
Porém, o mundo espantou-se em 21 de maio de 1927
com o solitário estadunidense Charles A.
Lindbergh Júnior, no "Spirit of Saint Louis". Ele voou
durante 33 horas e meia, sem escala, de Nova York para o aeroporto de Le
Bourget, em Paris.
Em Porto Alegre, parte dos 250 mil habitantes recepcionaram,
em 29 de janeiro de 1927, às 12h30min, o pouso