Vímana em sua ultima formação, ja com Patrick Moraz (Ex-Yes, Moody Blues) em 1977.

Biografia



NOME

A palavra VÍMANA, significa disco voador em sânscrito, e foi provavelmente uma idéia de Lulu Santos, que sempre foi um fascinado por OVNIS e coisas inter-planetarías, essa é uma das hipóteses mais aceitaveis. A outra é a de que significa "Carruagem dos Deuses".



INÍCIO

Os integrantes originais do VÍMANA, eram oriundos de duas bandas: Modulo 1000 (Do qual sairam Luiz Paulo Simas (Teclados) e Candinho (Bateria) e Veludo, antes Veludo Eletrico, (Do qual sairam Lulu Santos (Guitarra/Vocal) e Fernando Gama (Baixo). Isso aconteceu em 1974.
Alguns fatos não confirmados, apontam que Fernando Gama teria abandonado o Veludo e começou inicialmente ensaiando com Simas e Candinho para um projeto de uma banda pesada, algo na linha do Modulo 1000, só que mais trabalhado nos arranjos. E depois teria entrado Luiz Mauricio (Lulu) por sugestão de Gama. Com essa formação, a banda tocava hard-rock, pois Lulu veio para injetar um pouco de influencia bluseira e do Rock tradicional. Mas pouco depois, foi tomando uma linha progressiva, com influencia de Yes, Genesis, Emerson, Lake & Palmer e Mahavishnu Orchestra, cantado em portugues. O que era natural já que na época os Mutantes e o Terço ditavam as regras por aqui em termos de som. Como havia poucas composições, as musicas eram longas (O que é praxe em progressivo).
O grupo tinha inúmeros problemas em casar seu som (sofisticado tecnologicamente, para a época) com a indigência dos equipamentos de palco que eram usados. Luiz Paulo, por exemplo, era dono de uma das maiores novidades tecnológicas no Brasil em 1971: um sintetizador. Foi o segundo no Brasil e primeiro no Rio. Um e.m.s inglês ainda com matrix, o que impressionava muito nesse tempo.

AS PRIMEIRAS APRESENTAÇÕES

Depois de varios ensaios, finalmente estreiaram no reveillon de 73/74. Como disse Lulu tempos depois, foi um "Showzaço" no jogo caetano, praça Tiradentes, centro do Rio. Nesse mesmo dia, os mais esperados eram os Mutantes (sem Rita e Arnaldo), Terço (Com Flavio Venturini) que fizeram o melhor show na ocasiao e Peso. Seguiram-se outros shows como em um festival em Agosto de 74, talvez o mais expressivo inicialmente foi no teatro João Caetano (RJ).
Um bom exemplo dessa fase, pode ser visto na gravação do show historico do Hollywood Rock em 1975 (Iniciativa de Nelson Motta de se fazer um dos primeiros festivais de rock no Brasil, mas oficialmente, não se reconhece como o primeiro Hollywood Rock), show esse que pode ser encontrado em fitas piratas por ai. A banda mostra técnica (principalmente nos teclados de Simas) só a iluminação que não estava tão boa, até o Raul Seixas (que tocou mais tarde) reclamou. Pena que o show foi marcado pelo desastre ja que o som deixou a banda na mão logo depois de tocarem a musica "Perguntas", mas o que valeu foi a iniciativa. Tocaram tambem no dia: Rita Lee & Tutti-Frutti, A Bolha, Erasmo Carlos e Cely Campelo. É interessante assistir o Lulu Santos cantando todo feliz (Apesar de ser dificil ouvir com perfeição a letra da musica),e depois, enquanto os teclados dava sua vez, ele dando uns passos esquisitos no palco.


Fernando, Lulu e Candinho (Primeira formação).




MUDANÇAS NA BANDA

Nesse ano, sai Candinho, que resolveu entrar numa ceita oriental seguindo um tal de guru Mahara-ji, e por pouco a banda não termina por ai. Na verdade ele teria sido demitido por incomodar os outros integrante que comiam carne!. Apesar da saida do baterista, agora como trio, o Vímana registraria suas participações em LP's de outros artistas, como musicos de estudio. Entre essas gravações destacam-se o disco "Ave Noturna" de Fagner, com as musicas "Riacho do Navio" e "Antonio Conselheiro", sendo que nesse disco, Lobão toca como baterista freelance, e nessas seções teria conhecido Lulu e os outros. E tambem o disco "Eu queria ser um anjo", da cantora Luiza Maria na faixa "Maya", com arranjo de Jim Capaldi (Ex-Traffic), com Rui Motta na bateria.

Lulu Santos, Carlinhos Sion e Luiza Maria, durante as gravações do disco da cantora.

Na vontade de continuar a manter a banda ativa, Lulu, Simas e Gama resolvem procurar musicos para preencher as vagas de vocalista, ja que Lulu estava disposto a abandonar o vocal e centralizar no trabalho de guitarra, e fica em duvida quanto a quem chamar para os postos. Para vocalista, não importavam a principio se fosse uma cantora ou um cantor. Até que entre uma das apresentações de bandas com influencias progressivas no Rio de Janeiro, Lulu conhece Richard Court (Ritchie), flautista ingles, recem demitido da Barca do sol, e pensou se não seria interessante te-lo na banda e quem sabe, fazer algo na linha do Jetroll Tull. Lulu ja tinha visto o inglês no grupo Scaladacida em show no teatro do Zacharia em Sampa. O convite que Lulu, Luiz Paulo e Gama fizeram a Ritchie hoje é histórico - os quatro se encontraram na Praça General Osório, em Ipanema no RJ, e Lulu teria dito: "Ainda bem que você saiu daquela merda!(A Barca) Quer tocar com a gente?".
Depois de muito bate papo na casa de Bernardo vilhena, com quem Ritchie compunha na epoca, este topa entrar. Para agradar o inglês, Lulu teria levado "2 maria-moles"!. Mas precisavam ainda de alguem para substituir Candinho. O grupo chegou a fazer uma tentativa com o baterista Azael Rodrigues, que tinha tocado no Scaladácida com Ritchie, mas não funcionou. Este teria dito que "não curtiu tanto assim a banda". Depois disso seguiram-se outros bateristas, mas a ideia era colocar Rui Motta, só que este estava fixo nos Mutantes de Sergio Dias já algum tempo, até que, durante um ensaio, optaram por um garoto, que foi sugestão de Inácio Machado, um admiridador do grupo, chamado João Luis Woedenbarg (Depois apelidado de Lobão), de 17 anos,que estava mais a fim de tocar violão clássico e achava rock coisa de colonizado. Para fazer esse teste, na hora acertada lobâo chegou no extinto casagrande,trazendo a bateria semidesmontada dentro de um taxi fusca. O restante do grupo observava, ai o garoto "demoliu a bateria num solo meio Keith Moon" como disse Lulu, ".. e agente achou aquilo fa-bu-lo-so." Ritchie definiu como "um samba no ritmo da Mangueira". Acabou agradando ao grupo que tinham que viajar com o espetáculo "Feiticeira", de Marília Pêra, produzido pelo entao marido da atriz , Nelson Motta. Porem, eles ainda eram apenas musicos contratados para o espetaculo. So que o empenho e a vontade do baterista fez o restante decidir que o grupo deveria continuar unido com o nome Vímana e assim prosseguiu.

FORMAÇÃO CLASSÍCA

Essa foi a formação que mais durou (Lulu, Simas, Gama, Ritchie e Lobão), dessa vez como um quinteto, e que ficou predestinado como a formação clássica. Com o time formado, foram para São Paulo se apresentar no espetáculo musical-teatral "Feiticeira", de Marília Pêra. Que apesar de ter sido um fracasso total, a atriz tinha uma banda fixa e a banda tinha local (Teatro Maison de France), aproveitando a temporada da peça, para ensaiar seu repertorio. Acompanharam a atriz tanto na palco como em disco, somente em uma faixa "Avô do Jabour". O disco saiu pela Som Livre em 1975 com musicas de Macalé, Jorge Mautner, Eduardo Dusek, entre outros.Em Sao Paulo, ficaram num apartamento na rua D. Antonia de Queiroz na Consolação, foi dai em diante que o grupo se fechou para a retomada.



Fernando, e Lobão (No palco).




A partir dai, a banda conquistava um publico fiel, e finalmente, tinham estourado como uma banda relevante naquele cenario meio marginal do Rock nacional. Chegaram a fazer shows lotados no Teatro Tereza Raquel, Teatro Casa Grande, Teatro Galeria e no Museu de Arte Moderna (MAM),RJ. Basicamente, só tocavam no Rio pois, de acordo com o livro BRock, de Arthur Dapieve, (o equipamento do grupo era tão pesado que o jeito era ficar por lá mesmo).Os problemas mais frequentes era sempre com o som, que éra normal, e a repressão do regime militar.
O período era produtivo para o rock, (apesar da onda disco) e a banda abria shows de Hermeto Pascoal, Terreno Baldio e A Bolha. As vezes ensaiavam tambem no sitio dos tios do Lobão, em Pedro do Rio (RJ). Quando ainda estavam em Sao Paulo, tocaram na Fundação Getulio Vargas na edição do festival Banana Progressiva realizado no Teatro da Fundação Getúlio Vargas dos dias 29 de maio à 1º.de junho, porém, só no Rio eles obtiveram melhor aceitação como na Sala Corpo Som do MAM e Teatro Tereza. Na ocasião do Banana progressiva, os mesmo mal sabia onde estavam em São Paulo, pois não conheciam a cidade. Existe registro em video dessa apresentação do grupo tambem, porem o mesmo ainda esta em poder de um dos organizadores do evento. A TV cultura ja divulgou trechos dessa apresentação do grupo nessa apresentação, o que de certa forma foi uma surpresa já que só éra conhecido o registro do "Hollywood rock" que mostra a primeira formação. Nesta é a formação com Lobão e Ritchie. A imagem tinha qualidade baixa mais de boa resolução e mostrava o grupo tocando sob uma forte luz vermelha.

DISCO

Em 1977, como processo de teste, (a instalação do primeiro estúdio Level de 24 canais do Brasil, que era equipamentos do recém-fundado estúdio da SOM LIVRE que teria sido comprados do engenheiro americano Don Louis) a banda conseguiu gravar um LP inteiro, a convite de Guto Graça Mello, que era diretor musical do espetaculo da Marilia Pera. Na verdade, os integrante da banda pedia a todo instante um tempo nesse recente estudio para gravar suas musicas, porem os operadores do estudio liberaram, o que caiu como uma luva para ambos, afinal o grupo gravaria seu material enquanto o recente estudio era montado e os equipamentos testados. Infelismente o LP nunca foi lançado, "Apesar das masters estarem em algum lugar" ou seja, tanto trabalho para nada. (Em pretexto oficial a gravadora disse que não lançaria, pois não haveria publico para o disco. "E hoje ? Com certeza tem e muitos.").
Deste disco, a gravadora optou por lançar somente um compacto como carro chefe seis meses depois. O compacto ficou sendo o único registro oficial. As Musicas : Zebra (Lulu/Ritchie/Lobao) e Masquerade (Simas/Ritchie). Recentemente, foi lançado numa coletanea do Lulu Santos, chamada E-Collection. "O nome 'Zebra' escolheu-se porque só o fato de o disco sair já seria uma zebra para a gente", ironiza Lobão.
Na época, foi mal divulgado e mal lançado e com erros de mixagem. Estima-se ter vendido no máximo 2000 cópias.
Ouve tambem um atraso consideravel no lançamento do compacto. A intenção éra distribuir uma cópia para cada pessoa do publico, num show na MAN, que estava lotado. Ou seja, a SOM LIVRE perdeu a chance de divulgar, e não tentou corrigir na época. Depois de tanta frustração com o fracasso do compacto, a banda se retirou para um sitio em Pedro do Rio, RJ onde viviam do que plantavam. Porem os ensaios ainda eram cada vez mais frequentes. Lobao e Gama tocavam choros de Villa-Lobos, fazendo uma especie de duo de violões que tinha até nome: Duodeno !. E Luiz Simas tambem desenvolvia novas possibilidades em seu instrumento. Inclusive nos shows ele tocava um tema chamado "Parece um Chorinho" em piano solo, o que chamou atenção de criticos na época. Teve revista que anunciou coisas como: "Chorinhos já são ouvidos nos palcos do rock brasileiro." O que prova que não havia radicalismo no estilo do grupo, que ja começava a compor temas mais "funk" para se aproximar de algo mais comercial e atual (para a época). Infelismente essa tentativa tambem foi frustrante, pois quando saiu o compacto, Lulu e Lobão sairam para divulga-lo e foram atraz de grande Big Boy (famoso DJ na época que abria sempre seus programas com a frase "Hello crazy people! Aqui é Big Boy!" e teve a famosa façanha de ter tocado o LP Sgt. Pepper's dos Beatles antes mesmo do seu lançamento na Inglaterra.!). Eles pediram que toca-se "Zebra" e o DJ teria dito "Ha é? E cadê a Bufunfa ?" o que causou uma tremenda dor de cabeça aos dois na época, seguido depois de uma revolta que perdura até hoje. Curiosamente Big Boy morreu nessa mesma época em 1977, pode ter certeza que niguem do grupo teve participação nisso!

O COMEÇO DO FIM

Durante esse periodo, a banda conheceria Patrick Moraz (Ex-tecladista do Yes que tocou no disco Relayer), que estava no Brasil a fim de pesquisar a cultura "exotica" do Brasil, inclusive é dele os teclados da faixa Avohai (Zé Ramalho), alem de participar de discos de outros artistas como Gilberto Gil. Os músicos do Vímana o conheceram quando este esteve no Rio de Janeiro, aparecendo no show do Vímana no colégio Bennett, sendo que o mesmo já tinha dado uma canja numa apresentação do grupo VELUDO em um fantástico show no Teatro Tereza Raquel, em março de 1975. Os rapazes acharam o maximo e depois disso, Luiz Paulo e Ritchie foram a Inglaterra levar uma cópia daquele que seria o disco inédito para Patrick ouvir. Um certo dia, Patrick ligou para Luiz Paulo e disse que tinha acabado de sair do YES e que tinha planos de montar uma banda com eles, para espanto geral da turma.

Obviamente, eles ficaram impressionados com o interesse do tecladista Suiço. Com ele, ensaiaram secretamente durante 9 meses em São Conrado, RJ - sem o Lulu, em meados de Abril de 1977, que não estava nos planos do Patrick (dizem que o estilo de tocar dele e a sua personalidade, incomodava o gringo).


Vímana com Patrick Moraz (Terceiro da esquerda para direita)




Ao que consta, eram sempre ensaios cansativos, com direito a aula de contra-ponto e suites progressivas longuissimas (dizem até que o gringo chegou a dar compassos complexos no quadro negro para os musicos solfejar, como 9/7, 7/3, 8/5), Moraz tinha como objetivo, fazer a banda excursionar pela Europa e EUA, ao seu lado, e competir com o seu ex grupo. Chegaram até a conhecer um dos diretores de uma gravadora inglesa, tudo estava programado para que eles mora-sem na Europa.
É claro que isso era sensacional para uma banda que tinha uma vida hippie, e estava vivendo anoníma ao sucesso comercial. Mas a chance não era para todos, o que dá a entender que Patrick Moraz aproveitaria alguns dos integrantes para "sua" banda de apoio. O mesmo chegou a dar entrevistas citando o nome de alguns membros do grupo e anunciando sua banda chamada "PATRICK MORAZ BAND".
Outra lenda que corre é que Patrick Moraz queria a principio fazer a banda tocar o repertorio do seu disco recem lançado com um titulo meio estranho (The Story of I), só que a banda tinha que tirar de ouvido, pois não estava nada na pauta.


THE END

Chega começo de 1978, o stress se generalizou no grupo, as brigas se tornaram constantes e a paciencia se esgotou. Lulu (que ja não tava na banda ha quase 9 meses) se apercebeu que não ia dar em nada ficar enclausudaro, esperando acontecer alguma coisa, pois a banda não tava mais nas suas mãos e tambem por não enchergar nenhuma expectativa (ele hoje ainda diz que foi demitido pelos outros integrantes!!). Lobão se desentendeu com Moraz (Andou muito com a exposa do gringo). Outro motivo aceitavel para o fim, foi o fato de que Lulu, Ritchie e Lobão (Autores de Zebra, a musica mais proxima do Pop que eles fizeram), estavam rompendo para as composições no formato de canção, e querendo fugir das "Suite sem fim".

CONCLUSÃO

A banda não tinha certeza do que Moraz queria, ele exagerava com suas promessas e o desgaste foi natural. No período em que Moraz esteve com o grupo, o mesmo ensaiou e registrou algumas gravações, como algumas composições de Fernando com Ritchie. Uma delas um choro (!!) chamado "Tem gringo no choro", entre outras coisas bem progressivas. Coisas que talvem nenhum grupo no Brasil tinha produzido até então no que diz respeito a qualidade sonora dos temas bem progressivos. Dessas seções (que já não contava mais com Lulu no grupo), algumas ainda permanecem inéditas. Logo depois, o grupo se desfez, e apenas Fernando Gama topou continuar por um tempo com Moraz, que voltou para Europa para finalizar seu disco e integrar o The Mooby Blue, mesmo assim só gravou um disco que foi lançado na Europa e depois, Fernando voltou ao Brasil e fez parte da ultima formação dos Mutantes, em 1978(que terminou logo em seguida tambem com o ultimo show em Riberão Preto, SP disponiveis em cópias piratas). Algum tempo depois se lançou solo, tocou com varios artistas e entrou para o Boca Livre. Basicamente solidificou seu estilo com base em MPB. Seus discos solos demonstram uma caracteristica muito peculiar e uma qualidade excelente na aréa instrumental.

Lulu, começou a compor e gravar com outros artistas até se lançar solo, como Luiz Mauricio. Foi um começo frustrante, pois o disco foi um fracasso. Mas, foi só mudar o nome artistico, que as coisas foram acontecendo. Numa carreira super bem sucedida, Lulu surpreende pelas vendagens de seus discos, e sua capacidade de compor canções estremamente de bom gosto, oscilando entre o POP e MPB. Dos ex-integrantes, é com certeza o que teve melhor exito comercial.

Ritchie voltou a dar aulas de ingles, e alguns anos depois se lançou solo. Se tornou um fenomeno de vendas, graças ao Mega-hit "Menina Veneno" e chegou a vender tanto quanto Roberto Carlos, causando a ira a inveja de artistas como a cantora Alcione, conhecida como "A Marron", que teria dito: "Por que esse ingles não volta para sua terra ?" Entre seus trabalhos mais interessantes, destacam-se o supergrupo Tigre de Bengala. Inicialmente, sua musica se tornou voltada ao romantismo exagerado, mas a qualidade de seus trabalhos menos comerciais, mostra um artista perfeccionista e descompromissado. Atuou tambem como Webdesigner fazendo cursos intensivos nessa area.

Lobão ficou entretido em livros e partituras, para depois virar freelancer.Tocou com alguns artistas (Marina, Ze Ramalho), para depois formar o Blitz, e saiu da banda por que cansou da postura "yeah yeah yeah" do grupo, e tambem pela demora de acontecer alguma coisa. Depois, Lobão e os Ronaldos. Sendo um artista polemico e de genio forte, Lobão representa toda a rebeldia que caracteriza o Rock´n Roll. O Forte de suas composições é o cinismo e as baladas doces que caracteriza seu estilo inconfudivel.

Simas tambem se tornou freelancer, alem de criar para Rede Globo o famoso Plim-Plim, que se tornou a marca registrada da emissora, algum tempo depois, foi residir nos EUA. Tocando basicamente peças ao estilo Ernesto Nazaré, chorinhos ou Jazz-fusion, Simas sempre primou pelo virtuosismo. Talves, de todos eles, Simas seja o musico que mais leva na bagagem a herança dos aureos tempos progressivo. Pois em seus trabalhos solos, mesmo sendo um desconhecido do grande publico, ele faz uma mistura bem distribuida de técnica, conhecimento, bom gosto aliada principalmente a seu ideal de fazer musica de primeira linha.

A PONTE DO PROGRESSIVO COM A MPB DE HOJE

A Banda se tornou cult. Ao lado de outras bandas setentistas como Secos & Molhados (Banda de Ney Matogrosso), Terço (Banda de Flavio Venturini), Terreno Baldio (Mozart Mello) e Moto Perpetuo (Banda de Guilherme Arantes). Mas, talvez o mais curioso disso tudo, é que alguns de seus ex-integrantes, abominam a ideia de falar sobre isso. Seria uma negação ao passado ? Arrependimento do que fizeram ? (É claro que eles curtiram muito aquele tempo!). Como Luiz Simas disse, eles adoraram aquele periodo, tanto que até hoje Lulu se magoa com o fato de sua banda, que ele fez de tudo para continuar juntos, acabou culminando na idéia de que ele não era bom o suficiente para continuar, e isso o deixou arrasado. O próprio Ritchie confirmou isso numa recente entrevista. E se de alguma maneira Lulu quer esquecer o Vímana, é por que ele quer esquecer tambem o vexame que foi o fim da banda, e ainda ver todo um trabalho nunca ser lançado justamente. Luiz Simas afirma tambem que as musicas lançadas em compacto não mostra nem um terço do que realmente eles eram capazas de fazer, e que as que estão inéditas sim era digno de mostrar o quanto havia espirito de grupo nas composições. Percebe-se isso um pouco nos registros recentemente disponiveis do grupo com Moraz.
É preciso que se diga que estilos musicais são sempre voluveis, dependendo do gosto. Mesmo quando um artista esta bem lapidado em seu estilo, ele ja teve fase em que pensou se poderia ser um Roger Waters ou um Noel Rosa. Isso as vezes pode parece estranho ao ouvinte ou fã. Raros são os artistas consagrado que se podem ouvir o primeiro disco e o ultimo e não perceber algo estranho.
Com o VÍMANA não foi diferente. É claro que se hoje os ex-integrantes se junta-sem para um projeto, provavelmente não iria ter sentido algum, a menos que alguns deles cede-sem de si para o outro. Um revival do grupo aconteceu em um show no Mistura Fina, no Rio em 2004, quando numa apresentação de Luiz Simas, subiram no mesmo palco, Ritchie, Lobão e Fernando Gama.

Vímana. No Detalhe: Simas no Teatro João Caetano.





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